A APROVAÇÃO DE DEUS DE SUA OBRA
“E viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom. E foi a tarde
e a manhã, o dia sexto” (Gênesis
1:31)
I. Deus primeiro criou os quarto
elementos; dos quais todo o universo foi composto; terra, água, ar e fogo.
II. O mundo, no princípio, estava em um
estado totalmente diferente do que nós o encontramos agora.
1. Quando Deus criou os céus e terra, e
tudo que está nela, no término de cada dia de trabalhado foi dito: “E Deus viu que estava bom”. O que quer
que foi criado foi bom em seu tipo; adequado à finalidade para a qual foi
designado; adaptado para promover o bem do todo, e a glória do grande
Criador. Agradou a Deus fazer esta
constatação com respeito a cada criatura em específico. Mas existe uma variação
notável daquela expressão, com respeito a todas as partes do universo, tomadas
em ligação umas com as outras, e constituindo um sistema: “E Deus viu tudo que o que ele criara, e observou que era muito bom”.
2. Quão pequena parte desta grande obra
de Deus o homem é capaz de entender! Mas é nossa obrigação contemplar o que ele
tem forjado, e entender dela, tanto quanto somos capazes. Porque “a misericórdia do Senhor”, como o
salmista observa, “tem assim feito suas
obras maravilhosas” da criação, assim como da providência, “para que elas estivessem na lembrança”, de
todos os que o temem; o que elas não
poderiam ser corretamente, exceto se forem compreendidas. Vamos, então, através
da assistência daquele Espírito que dá ao homem entendimento, esforçarmo-nos
para termos uma visão geral das obras que Deus criou neste mundo inferior, como
elas eram. antes que fossem desarranjadas e corrompidas em conseqüência do
pecado do homem: Nós devemos ver facilmente, como cada criatura era boa em seu
estado primitivo. Então, quando todos foram compactados em um sistema geral, “observou que tudo estava muito bom”. Eu
não me lembro de ter visto alguma tentativa deste tipo, exceto naquele poema
verdadeiramente excelente, (denominado pelo Sr. Hutchinson, “Aquela Farsa Perniciosa!”), “Paraíso Perdido” de Milton.
I
1. “No
princípio, Deus criou a matéria dos céus e terra”. (Assim, as palavras, como um grande homem
observa, podem propriamente ser traduzidas). Ele primeiro criou os quatro
elementos, dos quais todo o universo foi composto; terra, água, ar, e fogo,
todos misturados em uma massa comum. As partes mais grosseiras dele, a terra e
água, eram extremamente sem forma, até que Deus infundiu o princípio de
movimento, ordenando o ar para se mover “sobre
a superfície das águas”. Em seguida, “o
Senhor Deus disse: Aja luz: e houve luz”. Aqui estavam as quarto partes
constituintes do universo; os verdadeiros, originais elementos simples. Eles
eram todos essencialmente distintos uns dos outros; e, ainda assim, tão
intimamente misturados, em todos os corpos compostos, de maneira que não podemos
encontrar algum, seja ele, mesmo que minúsculo, que não os contenham todos.
2. “E
Deus viu que” cada um desses “era
bom”; era perfeito em seu tipo. A terra era boa. Toda a superfície dela era
bonita em um alto grau. Para tornar isto mais concordante, Ele vestiu a face
universal com verde aprazível. Ele a adornou com flores de cada matiz, e com
arbustos, e árvores de cada tipo. E cada parte era fértil, assim como bela; ela
não era, de forma alguma, deformada pelas rochas ásperas; não chocava os olhos,
com precipícios horríveis, abismos enormes, ou cavernas sombrias; com
profundos, e intransitáveis pântanos, ou desertos de areia estéril. Mas nós não
temos autoridade para dizer, com alguns letrados e engenhosos autores, que não
havia montanhas na terra original, não havia desigualdade sobre sua superfície.
Não é fácil conciliar esta hipótese com aquelas palavras de Moisés: “as águas prevaleceram; e todas as altas
montanhas que estavam sob todo o céu foram cobertas. Quinze côvados acima”,
acima da mais alta “as águas
prevaleceram; e as montanhas foram cobertas” (Gênesis 7:19-20). Nós não temos razão para acreditar que essas
montanhas foram produzidas, através do próprio dilúvio: Nem a menor insinuação
disto é dada: Portanto, não podemos duvidar de que elas existiram antes dele. –
Na verdade, elas responderam muitos excelentes propósitos, além de aumentar
grandemente a beleza da criação, pela variedade de panoramas, que teriam sido
totalmente perdidos, caso a terra tivesse sido uma planície prolongada. Ainda
assim, não precisamos supor que seus lados eram abruptos, ou de difícil acesso.
É altamente provável que eles se erguiam e caiam, através de graus quase
imperceptíveis.
3. Quanto às partes internas da terra,
até mesmo hoje, nós escassamente temos algum conhecimento deles. Muitos têm
suposto que o centro do globo é cercado com um abismo de fogo. Muitos outros
têm imaginado que ele é circundado com um abismo de água; que eles supõem ser
denomina nas Escrituras de “a grande
profundidade” (Gênesis 7:11 “No ano seiscentos da vida de Noé, no mês
segundo, aos dezessete dias do mês, romperam-se todas as fontes do grande
abismo, e as janelas do céu se abriram”), todas as fontes do qual
irromperam, com o objetivo do grande Dilúvio. Mas, como quer que isto fosse,
estamos certos de que todas as coisas foram dispostas nele, com a mais perfeita
ordem e harmonia. Disto, não havia agitações nos interiores do globo; não havia
convulsões violentas, abalos da terra, nenhum terremoto; mas tudo estava imóvel
como pilares do céu! Não havia, então, tais coisas como erupções de fogo; não
havia vulcões, ou montanhas ardentes. Nem Vesúvio, Etna, ou Hecla, se eles
tivessem alguma existência, então, derramou fumaça e fogo, mas estavam cobertos
com um manto verdejante, do topo ao sopé.
4. O elemento água, provavelmente, estava,
em sua maioria, confinado dentro de um grande abismo. Na nova terra (como fomos
informados pelo Apóstolo em Apocalipse
21:1) “não haverá mais mar”, nada cobrindo, como agora, a face da terra, e
conferindo uma parte tão larga dela inabitável pelo homem. Disto, é provável,
que não existiu mar exterior na terra paradisíaca; nada, até que a grande
profundeza irrompeu as barreiras que estavam originalmente designadas para ela.
– Na verdade, não havia, então, aquela necessidade de oceano para navegação,
que existe agora: Porque, como o poeta supõe...
Omnis tuli
omnia tellus;
Tanto
cada região produzia o que quer que fosse requisito, quer para a necessidade ou
conforto dos seus habitantes; quanto o homem, sendo, então (como ele será
novamente, quando da ressurreição), igual aos anjos, era capaz de se
transportar, a seu prazer, para qualquer distância dada; para cima e para
abaixo, de modo que aqueles mensageiros flamejantes estivam sempre prontos a
ministrar aos herdeiros da salvação. Mas quer houvesse mar ou não, havia rios
suficientes para regar a terra, e torná-la muito produtiva. Esses responderam a
todos os propósitos da conveniência e prazer, através de queda d’água de
correntezas murmurantes; para a qual foram acrescidas precipitações suaves e
geniais, com névoas salutares e evaporações. Mas não havia lagos pútridos;
águas lodosa ou estagnada; mas apenas tal, que levava impressa, a límpida
imagem da natureza em seu plácido peito.
5. O elemento ar era, então, sempre
perene, e sempre amigável para o homem. Ele
continha nenhum meteoro assustador; não continha vapores insalubres; exalações
venenosas. Não havia tempestades, mas apenas brisas frescas e gentis, -- genitabilis
aura Favoni, -- refrescando a ambos, homem e besta, e soprando os odores
agradáveis em suas asas silenciosas.
6. O sol, fonte de fogo deste grande
mundo, tanto os olhos quanto a alma, estava situado na mais exata distância da
terra, de maneira a produzir quantidade suficiente de calor (nem muito pouco,
nem excessivo) para toda parte dela. Deus, ainda assim, não havia ordenado aos
seus anjos mudar a obliqüidade deste globo oblíquo. [Milton – Paraíso Perdido].
Não havia,
portanto, região alguma que gemia, sob a ira de Ártico, e o congelamento
eterno. Não havia inverno violento, ou verão sufocante; nenhum extremo, quer de
calor ou frio. Nenhum solo queimava, devido ao calor solar; nada inabitável,
pela necessidade dele. Assim, terra, água, ar, e fogo, todos conspiravam juntos
para o bem-estar e prazer do homem!
7. Para o mesmo propósito, serviu a
agradável vicissitude de luz e trevas, -- dia e noite. Porque, como o corpo
humano, embora não inclinado à morte ou dor, ainda necessitava de substância
contínua, através do alimento; então, embora não estivesse propenso ao cansaço,
ele necessitava da contínua reparação pelo sono. Através deste, as fontes da
máquina animal eram regularizadas, de tempos em tempos, e mantinham-se sempre
ajustadas para o trabalho prazeroso para o qual o homem foi designado, pelo seu
Criador. Desta forma, “a tarde e a manhã
foram o primeiro dia”, antes que o
pecado ou a dor estivesse no mundo. O primeiro dia natural tinha uma parte
escura para o período de repouso; uma parte de luz para o período de trabalho.
E, até mesmo no paraíso, “Adão dormia” (Gênesis 2:21) “Então o Senhor Deus fez cair um sono pesado sobre o homem, e este
adormeceu”; antes que ele pecasse: O sono, portanto, pertencia à natureza
humana inocente. Mesmo assim, eu não compreendo que possa ser deduzido disto,
que existem tanto trevas ou sono no céu. Certamente não existem trevas naquela
cidade de Deus. Não está expressamente dito em (Apocalipse 22:5) “E ali não
haverá mais noite, e não necessitarão de luz de lâmpada nem de luz do sol,
porque o Senhor Deus os alumiará; e reinarão pelos séculos dos séculos”,
que “não deverá haver noite lá?”. Na
verdade, eles não têm Luiz do sol, mas “o
Senhor fornece a eles a luz”. Assim,
tudo é dia no céu, como é noite no inferno! Na terra, nós temos uma mistura de
ambos. Dia e noite sucedem um ao outro, até que a terra se transforme em céu.
Nem podemos, afinal, acreditar no relato dado pelo poeta antigo, concernente ao
sono no céu; embora ele admita “nuvens
constrangem Júpiter” para permanecer acordado, enquanto os deuses
inferiores estão dormindo. É de se lamentar, portanto, que nosso grande poeta
copiasse tão servilmente segundo o antigo ateu, quando nos diz: --
O sono tem velado
Tudo, a não ser os olhos despertos do próprio Deus
Não
é assim: Eles estão “diante do trono de Deus para servi-lo, dia e noite”.
Falando, segundo a maneira de homens, “em seu templo”. (Apocalipse 7:15) “Por isso estão diante do trono de Deus, e o
servem de dia e de noite no seu santuário; e aquele que está assentado sobre o
trono estenderá o seu tabernáculo sobre eles”; ou seja, sem qualquer intervalo.
Como espíritos maus são atormentados, dia e noite, sem qualquer interrupção de
sua miséria; assim os espíritos santos desfrutam de Deus, dia e noite, sem
qualquer interrupção de sua felicidade.
8. No segundo dia, Deus circundou o
globo terráqueo, com aquele suplemento nobre, a atmosfera, consistindo
principalmente de ar, mas repleto com partículas terrenas de vários tipos, e
com grandes volumes de água, algumas vezes,invisíveis; algumas vezes, visíveis,
mantida flutuando por aquele fogo etéreo, uma partícula do qual fende-se a cada
partícula de ar. Através disto, a água foi dividida em inumeráveis gotas, que,
descendo, irrigaram a terra, e a tornaram muito abundante, sem incomodar
quaisquer de seus habitantes. Porque havia, então, nenhuma corrente impetuosa
de ar; não havia ventos tempestuosos; granizos furiosos; não havia torrentes de
chuva; trovões estrondosos; ou raios bifurcados. Uma primavera perene estava
perpetuamente sorrindo sobre toda a superfície da terra.
9. No terceiro dia, Deus ordenou que
todo o tipo de vegetais brotassem da terra; e, então, acrescentou a eles,
inumeráveis ervas, misturadas com flores de todas as matizes. A essas ele
acrescentou arbustos de todo tipo; junto com árvores altas e majestosas, quer
pelo sombreado, madeiramento, ou pelo fruto, em variedade interminável. Alguns
desses foram adaptados a climas e exposições específicos; enquanto vegetais de
um uso mais geral (como trigo em particular) não foram confinados a uma região,
mas floresceriam em quase todo o clima. Mas, em meio a todos esses, não havia
ervas daninhas; não havia plantas desnecessárias, nenhuma que comprometesse o
solo; muito menos, existiram algumas venenosas, inclinadas a ferir qualquer
criatura; mas todas as coisas eram salutares em seu tipo, adequadas ao gracioso
desígnio de seu grande Criador.
10. O Senhor agora criou “o sol para governar o dia, e a lua para
governar a noite”.
O sol era
deste grande mundo, ambos os olhos e alma: --
O olho,
tornando todas as coisas visíveis, distribuindo luz a todas as partes do
sistema, e, por meio disto, exultando ambos terra e céu; -- e a alma; o
princípio de toda a vida, quer para vegetais ou animais. Algumas das utilidades
da lua, nós estamos familiarizados; o fato de causar o fluxo e refluxo do mar;
e influenciar, em um maior ou menor grau, todos os fluidos no globo terráqueo.
E muitos outros usos, ela pode ter, desconhecidos a nós, mas conhecidos ao
sábio Criador. Mas é certo que ela não causa dano, nenhuma influência
prejudicial em alguma criatura viva. “Ele
criou as estrelas também”; ambas aquelas que se movem ao redor do sol, quer
da primeira ou da ordem secundária; ou aquelas que, estando a uma distância
muito grande, parecem a nós, como fixadas no firmamento. Quer os cometas sejam
enumerados em meio às estrelas, quer foram partes da criação original, não é
tão fácil de determinar, pelo menos, com certeza; já que temos nada, a não ser
conjecturas prováveis, concernentes à natureza ou uso deles. Nós não sabemos,
(como alguns homens engenhosos têm imaginado) se eles são mundos destruídos; -
- mundos que sofreram uma conflagração geral; ou se (como outros não
improvavelmente supõem) eles são imensos reservatórios de fluidos, designados a
revolverem, em certas ocasiões, e suprirem a ainda umidade decrescente da
terra. Mas nós estamos certos de que eles não produziram ou pressagiam algum
mal. Eles não (como muitos têm imaginado, desde então) derramam pestes e
guerra, de seus horríveis cabelos.
11. O Senhor Deus, mais tarde, povoou a
terra com animais de todo tipo. Ele primeiro, ordenou às águas para produzir
abundantemente; -- produzir criaturas, que, por habitarem o elemento mais
grosseiro, eram, em geral, de uma natureza mais simples; dotados com menos
sentidos e menos entendimento do que os outros animais. Os moluscos, em
específico, parecem ter nenhum sentido, a não ser o do tato, exceto, talvez,
uma pequena medida de paladar; de maneira que eles são apenas um grau acima dos
vegetais. E, até mesmo a rainha das águas (um título que alguns dão à baleia,
devido à sua enorme magnitude), embora ela tenha visão, acrescida ao gosto e
tato, não parece ter um entendimento proporcionado ao seu volume. Antes, ela é
inferior nisto, não apenas a maioria dos pássaros e bestas, mas à generalidade
de, até mesmo, os répteis e insetos. No entanto, nenhum desses, então, tentavam
devorar, ou, de alguma forma, causar dano, um ao outro. Tudo era pacífico e tranqüilo, como eram os
campos úmidos, que eles percorriam à vontade.
12. Parece que os tipos de insetos
foram, pelo menos, um grau acima dos habitantes da água. Quase todos esses
também devoram um ao outro, e cada criatura que eles podem conquistar. Na
verdade, tal é o estado miseravelmente desorganizado do mundo no momento, de
maneira que criaturas inumeráveis podem, de modo algum, preservar suas próprias
vidas, do que destruindo outras. Mas, no princípio, não foi assim. A terra
paradisíaca proporcionou uma suficiência de alimento para todos os seus
habitantes; de modo que nenhum deles tinha alguma necessidade ou tentação de
fazer do outro, presa. A aranha era, então, tão inofensiva como uma mosca, e,
então, não se colocava a espera por sangue. As mais fracas delas rastejavam
seguramente sobre a terra, ou estendiam suas asas douradas no ar, para esvoaçarem na brisa, e
brilharem ao sol, sem alguém para causar-lhes medo. Enquanto isto, os répteis
de cada tipo, eram igualmente inofensivos, e mais inteligentes do que elas;
sim, uma espécie deles “era mais
engenhosa”, ou inteligente “do que
algumas da” criaturas brutas, “que
Deus criou”.
13. Mas, em geral, os pássaros, criados
para voar no firmamento aberto do céu, parece ter sido de uma ordem muito
superior a tanto os insetos quanto os répteis; embora ainda consideravelmente
inferior às bestas; já que nós agora restringimos esta palavra aos quadrúpedes;
animais de quatro patas, que, duzentos anos atrás, incluíam todo tipo de
criaturas vivas. Muitas espécies desses não são apenas dotadas com uma larga
medida de entendimento natural, mas são igualmente capazes de muita melhoria,
através da habilidade, tal como alguém não poderia rapidamente conceber. Mas,
em meio a todos esses, não havia pássaros ou bestas de rapina; nenhuma que
destruiu ou molestou outra; mas todas as criaturas respiravam, em seus diversos
tipos, da benevolência do seu grande Criador.
14. Tal era o estado da criação, de
acordo com as idéias insuficientes que podemos agora formar, concernente a ele,
quando seu grande Autor, inspecionou todo o sistema de uma só vez, e o declarou
“muito bom”. Foi bom, no mais alto grau, em que ele foi
capaz, e sem qualquer mistura de mal. Cada parte estava exatamente ajustada às
outras, e condutivas para o bem do todo. Existia “uma corrente dourada” (para usar a expressão de Platão) “saindo do trono de Deus”; e exatamente
ligada às séries de seres, do mais superior, ao mais inferior; da terra morta,
através de fósseis, vegetais, animais, ao homem, criado na imagem de Deus, e designado
para conhecer, amar, e desfrutar de seu Criador para toda a eternidade.
II
1. Aqui está um firme alicerce
colocado, sobre o qual podemos permanecer, e responder todos os sofismas dos
precisos filósofos; todas as objeções que “homens
vãos”, que “seriam sábios”,
fariam à bondade ou sabedoria de Deus na criação. Todos essas estão alicerçados em um completo
equívoco; ou seja, de que o mundo está agora no mesmo estado que esteve no
princípio. E com esta suposição, eles plausivelmente constroem abundância de
objeções. Mas todas essas caem por terra, quando observamos que esta suposição
não pode ser admitida. O mundo, no princípio, estava em um estado totalmente
diferente do que ele se encontra agora. Alegue, portanto, o que quer que lhe
agrade do presente estado, tanto da criação animada e inanimada; se em geral,
ou com respeito a algumas instâncias específicas; e a resposta está pronta:--
Essas não são agora, como elas eram no princípio. Vocês, por conseguinte,
ouviram que o vão rei de Castela, clamando, com maravilhosa auto-suficiência: “Se eu tivesse feito o mundo, eu o teria
feito melhor do que Deus Altíssimo o fez”; vocês teriam replicado: “Não: O Deus Altíssimo, se você o conhece
ou não, não o criou, como ele é agora. Ele mesmo o fez melhor, inexprimivelmente
melhor, do que é no presente. Ele o fez, sem qualquer mancha; sim, sem qualquer
defeito. Ele o criou sem corrupção, sem destruição, na criação inanimada. Ele
não criou a morte na criação animal, nem seus precursores, -- o pecado e dor.
Se você não acreditar no próprio relato dele, acredite em seu irmão ateu: foi
apenas...”.
Post
ignem aetherea domo
Subductum,
-- ou seja, em
um Inglês claro:-- “depois do homem, em
extreme desafio a seu Mestre, comeu da árvore do conhecimento…”
Macies, et nova febrium
Terris incubuit cohors;
“... foi que todo um exército de males,
totalmente novos, totalmente desconhecidos, até então, irromperam sobre o homem
rebelde, e todas as criaturas, e se espalhou na face da terra”.
2. “Mais
do que isto”, (diz um homem
audacioso, sr. S---J---s], que, desde então, tem personificado um cristão, e,
desta forma, muitos pensam que ele é um ); “Deus
não deve culpar pelos males naturais ou morais que estão no mundo; porque ele
fez isto, tão bem quanto ele pôde; vendo que o mal deve existir na própria
natureza das coisas”. Deve, na natureza presente das coisas; supondo-se que
o homem rebelou-se contra Deus: Mas o mal não existiu, afinal, na natureza
original das coisas. Ele não foi o resultado necessário da matéria, mais do que
foi o resultado necessário do espírito. Todas as coisas, então, sem exceção,
eram muito boas. E como poderiam ser ao contrário? Não havia defeito, afinal,
no poder de Deus, não mais do que em sua bondade ou sabedoria. Sua bondade inclinou-o
a fazer todas as coisas boas; e isto foi executado pelo seu poder e sabedoria.
Que todo infiel sensível, então, envergonhe-se de fazer tal miserável alegação
para seu Criador. Ele necessita nada de nós para fazer apologias, quer para
ele, ou para sua criação. “Uma vez que
para Deus, seu caminho é perfeito”, e tal,
originalmente, eram todas as suas obras; e tais serão novamente, quando “o Filho de Deus” destruir todas “as
obras do mal”.
3. Neste fundamento, então, de que “Deus fez o homem ereto”, e toda a
criatura perfeita em seu tipo, em que aquele homem “descobriu para si mesmo muitas invenções” de felicidade,
independente de Deus, e isto, através de sua apostasia de Deus, ele atirou, não
apenas a si mesmo, mas igualmente toda a criação que estava intimamente ligada
a ele, na desordem, miséria, morte; -- neste fundamento, eu digo, nós não
achamos difícil justificar os caminhos de Deus para com os homens.
Porque,
embora ele deixasse o homem, nas mãos de seu próprio conselho, para escolher
entre o bem e o mal; vida ou morte; embora ele não tirasse a liberdade que ele
tinha dado a ele, mas permitisse que ele escolhesse a morte, em conseqüência do
que toda a criação agora geme junta; ainda assim, quando consideramos que todos
os males introduzidos na criação podem cooperar para nosso bem; sim, podem “proporcionar-nos um peso mais excelente e
eterno de glória”, nós podemos louvar a Deus por permitir esses males
temporários, com o objetivo de nosso bem eterno: Sim, nós podemos bem clamar: “Ó, a profundidade de ambos, a sabedoria”,
e a bondade de Deus! “Ele fez todas as
coisas boas”. “Glória a Deus, e ao Cordeiro, para todo o sempre!”.
[Editado por
Kevin Farrow, estudante da Northwest Nazarene College (Nampa, ID), com
correções por George Lyons para a Wesley
Center for Applied Theology.]
John Wesley
Nenhum comentário:
Postar um comentário