sexta-feira, 10 de junho de 2022

DISCIPULADO E EVANGELISMO (PARTE 03)

 

INTEGRAÇÃO

CRIANÇAS E ADOLESCENTES - INTEGRAÇÃO

 "ENSINA A CRIANÇA NO CAMINHO EM QUE DEVE AN-DAR E AINDA QUANDO FOR VELHO NAO SE DESVIARA DELE" Pv 22.6. Apesar de a maioria de nossos obreiros pensarem que este versículo é enii: ' ;.?do somente aos pais, afirmamos que, pelo contrário, é endereçado à Igreja. Pouco se tem feito pela sal­vação dos pequeninos, mas esperamos que esta situação mude após meditarmos no assunto.

-  UMA VISÃO DISTORCIDA SOBRE O ASSUNTO Constantemente se vê obreiros maltratando crianças, quando as mesmas não têm sequer lugar adequado para sentar; não têm uma retribuição de amor por parte da Igreja e nem um reconhecimento de que são filhos de Deus, assim como os adultos o são.

A realidade é que nossas crianças estão sendo marginalizadas e suas almas se perdem por falta de alguém que se disponha em aju­dá-las buscando sua amizade e fazendo-lhes uma programação ade­quada.

-  CRIANÇAS, UMA GRANDE PREOCUPAÇÃO

Nossa alma chora de amor por tantos coraçõezinhos que pode­riam continuar com Cristo, mas não conseguimos fazê-lo. A maio­ria se perde por falta de apoio, amor e compreensão por parte dos líderes da Igreja. Muitas delas chegam na adolescência, encontram o mundo e nunca mais voltam para a Casa Paterna.

-  QUEBRANDO O PRECONCEITO

Somente após quebrarmos esse gelo em relação às crianças, te­remos condições de pensar em um trabalho de integração das mes­mas; do contrário não haverá condições.

Os discípulos tentaram impedir as crianças de irem à Cristo (Lc 18.15,16), mas o Mestre por excelência chamou-lhes à atenção di­zendo: ". . . Deixai vir a mim as criancinhas", trazendo várias delas para junto de si. Conclamo-vos, vamos amar nossas crianças fazen­do com que tenham uma vida de comunhão com Deus.

-  CONFIRMANDO PELA PALAVRA

A palavra de Deus vem de encontro com tudo o que já dissemos até agora, confirmando. Vejamos o que Deus fez através das crian­ças:

-     SL 8.2 - SUSCITA FORÇA. Até mesmo através do choro de uma criança move-se o braço do poderoso de Israel.

-    Mt 21.15,16 - LOUVAM COM PERFEIÇÃO - Enquanto muitos adultos cantam para comércio e nome, a criança can­ta adorando a Deus.

-    Jr. 1.6,7 - DEUS CONSTITUIU CRIANÇAS POR ATA­LAIAS - "... A quem eu te enviar, irás, falarás.. .".

-    Jr. 1.10 - PODEROSO "... Hoje te constituo sobre as na­ções. ..".

-    Mc 9.33-37 - HUMILDADE - Homens sem humildade algu­ma, buscam as melhores posições. Crianças, uma lição de hu­mildade.

-  A INTEGRAÇÃO DA CRIANÇA

Nunca poderíamos falar em integração sem antes ter comentado sob, os grandes problemas existentes em nossas Igrejas que impe­dem a integração das crianças. Agora sim, entraremos no assunto para o qual fomos designados a discorrer.

Há muito que podemos fazer para integrar uma criança: 1.   Conhecer as características da criança.

    1 Co 13.11 - "Quando eu era menino, falava como menino, pensava como menino". Não conseguíamos de maneira algu­ma integrar uma criança com nossas maneiras de adultos: sermões. Preleções, seminários. Temos que falar e pensar e agir co.i.o meninos para chegarmos até eles. Programando festinhas com balões, bombons e muita cor.

1a A CURIOSIDADE

Um dos meios mais importantes para se integrar a criança é a sua curiosidade. Sendo elas curiosas podemos usar atividades que mexam com sua curiosidade.

    Nunca deixar uma pergunta sem resposta.

    Despertar o interesse dos pais para esse fato.

    Usar brincadeiras curiosas. Ex. Uma caixa de segredo. Um sábio nunca desprezará a curiosidade da criança.

 

1.b A ATIVIDADE

Uma criança é cheia de energia, e só com exercícios anima­dos podemos prender sua atenção. Elas gostam de muito barulho. Gostam muito de exercícios arriscados.

Procurando realizar um trabalho que explore bem estas áreas você estará integrando a criança à salvação e à Igreja.

2.   As Crianças dos Obreiros

É imperioso que aqueles que se dedicam a trabalhar com cri­anças conheçam pormenores pertinentes a esta área? Qual a manei­ra de integrar os filhos dos obreiros, especialmente pastor, na Igreja? Existe alguma diferença entre estas e as demais crianças? O que queremos chamar a atenção é para o fato de muitos conside­rarem os filhos do pastor como os piores da Igreja. É um pesado estigma que as próprias crianças aprendem e põem em prática, hos­tilizando os filhos dos obreiros. E estes, os filhos, sentem o peso desta discriminação. Daí a necessidade de se conhecer esse fato e lutarmos contra esta discriminação, para que os filhos dos obreiros não sejam os primeiros a sairem da Igreja, mas que sejam integra­dos e alicerçados na fé.

 

OS ADOLESCENTES

- INTRODUÇÃO

O  termo adolescente vem do latim "adolesco", crescer, desen­volver-se para a idade varonil, é uma idade intermediária, de tanta transição entre criança e jovem.

1  -   O ADOLESCENTE E SEU CONVÍVIO NA IGREJA

Ao chegar na adolescência, o indivíduo passa por sérias e fortes mudanças físicas, mentais, sociais e espirituais. E na maioria dos casos a Igreja não está preparada para ajudar esse adolescente a en­frentar tal situação.

O que está ocorrendo é que, por falta de visão da Igreja, estamos perdendo estes "pequenos jovens".

Para podermos ajudá-los veremos a seguir, algumas característi­cas relacionadas a eles.

 

II  - CARACTERÍSTICAS DO ADOLESCENTE

a.    Físico

O adolescente tem agora mais energia que antes. Suas glândulas sexuais já amadureceram, seu físico (corpo) ainda em rápido cres­cimento torna o adolescente desajeitado e com isso ele se sente en­vergonhado.

b.    Mental

O adolescente pensa que não precisa mais receber ordens pois já se acha adulto o bastante para resolver tudo sozinho. Com isso ele se torna rebelde, responde os pais e líderes da Igreja.

c.    Social

Nesta idade este "pequeno jovem" gosta de companhias que te­nham as mesmas idéias, procura uma namorada; quer ser indepen­dente.

Os pais e líderes da Igreja devem orientá-los a que cultivem boas amizades pois do contrário, no mundo existem muitas "amizades".

d.    Espiritual

Se bem orientados, nesta idade poderão fazer uma entrega de suas vidas ao Senhor. Caso contrário, dificilmente continuarão na Igreja.

 

III  - COMO INTEGRAR O ADOLESCENTE

Após observar bem as características de um adolescente podere­mos então partir para a integração dos mesmos.

A integração do adolescente vai depender da dedicação de cada pai ou líder da Igreja, promovendo eventos e trabalhos específicos para os mesmos. Se já existem programações específicas para ado­lescentes em sua Igreja, parabéns. Se não, citaremos algumas que poderão ajudar.

A -      DEPARTAMENTO DE ADOLESCENTES:

De — w criado na Igreja um departamento de adoles­centes, com liderança própria (se possível o líder não deverá ser adolescente).

Dentro deste trabalho eles irão evangelizar outros ado­lescentes, se sentirão bem e estarão se unindo para trabalhar. Com isso a integração automaticamente estará sendo feita.

B-      ACEITAÇÃO

O adolescente não é jovem e não é mais criança, mas ainda tem alguma brincadeira de criança. Devido a este fator, às ve­zes, ele não é aceito entre os jovens, visto que os jovens já não acei­tam mais determinados tipos de brincadeiras.

Sendo assim, o adolescente não encontra ambiente na Igreja e é quando busca encontrar algo mais atraente lá no mundo.

Devemos conscientizar nossas Igrejas para este fato, e le­vá-las à dar mais apoio aos adolescentes, aceitando-os como eles são.

C-      AMOR

Devemos demonstrar a nossa amizade aos adolescentes, conversar com eles, visitá-los, dar-lhes oportunidade para que testemunhem, distribuam folhetos, cantem, etc. Aproximemo-nos dos adolescentes, falemos com eles sobre a vida cristã, compartilhando com suas alegrias e dificuldades. Fazendo assim, estaremos inte­grando os adolescentes e os novos convertidos. Alcançando com is­to o alvo que nos é proposto.

Que Deus nos ajude a proporcionar, praticar e incentivar a participação dos nossos adolescentes.

 

INTEGRAÇÃO E MULTIPLICAÇÃO


"ORA, quem despreza o dia das coisas pequenas? (Zc 4.10)" "O mais pequeno virá a ser mil, e o mínimo uma nação forte; eu o Senhor, apressarei isso a meu tempo" 

(Isaias 60.22)".

 Integração é o melhor meio de fazer atuante na Igreja o princí­pio da multiplicação. No momento em que um recém-convertido, "educado" (amadurecido) espiritualmente, ganha sua primeira al­ma para Cristo, o princípio da multiplicação entre em ação.

Ganhar uma alma, edificar-lhe a vida em Cristo, acompanhá-la com doutrinamento até que ela mesma possa ganhar uma outra al­ma, ensiná-la e treiná-la para também frutificar, isto é multiplica­ção, é isso que devemos ter em mente ao trabalhar no reino de Deus, esta é a visão de que carecemos, aquela que contempla futu­ras gerações atingidas através daqueles que ganhamos para o Salva­dor.

1.   MULTIPLICAÇÃO    ESPIRITUAL   NO   NOVO   TESTA­MENTO

No Novo Testamento vemos exemplos de terceira e quarta gera­ções de crentes.

1.1-     ANDRÉ

    Nos evangelhos. André estava sempre trazendo pessoas para Jesus. Ele levou o seu irmão, Simão (Jo 1.40-42).

    Este Simão se tornou Pedro, o gigante da fé. André encon­trou o menino cujo lanche Jesus multiplicou para alimentar cinco mil pessoas (Jo 6.8,9). E quando os gregos disseram: "Senhor, queríamos ver a Jesus" (Jo 12.21), André sabia onde os levar.

    Contudo, foi ao alcançar o seu irmão Pedro, que o Ministé­rio de André estendeu até os nossos dias. No pentecostes, Pedro evangelizou milhares de judeus, que confiaram em Cristo (At 2). Os que converteram em Jerusalém mais tarde saíram de lá por causa da perseguição (At 8.1-4) e viajaram para a Antioquia (At 1b.19), onde outros judeus se conver­teram através da evangelização pessoal deles.

    Quanto Pedro cresceu em graça, depois da ressurreição, Deus lhe deu poder para abrir a porta para a conversão dos gentios, quando Cornélio e sua família creram (At. 10).

    Isto é multiplicação: Desde André, a Pedro, aos milhares convertidos em Jerusalém e a primeira Igreja missionária em Antioquia.

André realizou a sua pregação através de evangelização pes­soal: ele levou pessoas a Jesus uma por uma.

    Ao levar o seu irmão Pedro a Cristo, André participou das recompensas de tudo o que Simão Pedro mais tarde realizou para o reino de Deus.

1.2 -     JOÃO

    O apóstolo João treinou homens: as suas três epístolas, diri­gidas a líderes eclesiásticos, revelam a sua contínua respon­sabilidade como pai espiritual.

    A história da Igreja registra que João ganhou e treinou uma testemunha dinâmica, chamada Policarpo, que, por seu tur­no, alcançou Irineu. Esses homens deram vidas durante as perseguições do segundo século. Contudo, através da multi­plicação o seu ministério continuou a viver.

1.3-     BARNABÉ

    Em At 4, encontramos um cristão chamado José, homem suficientemente próximo dos apóstolos para receber um no­vo nome: "Barnabé", o encorajador. Que homem! Ele ouvira o testemunho de um jovem convertido, chamado Saulo de Tarso, e creu que era genuíno.

    Barnabé sempre olhava para os problemas passados das pes­soas, a fim de visualizar o potencial que enxergava nelas pe­las obras da graça de Deus.

    Quando Saulo viajou para Jerusalém, todos tinham medo dele. Barnabé, todavia, confirmou Saulo diante dos irmãos. Mais tarde eles,se empenharam juntos, durante um ano, num ministério pessoal em Antioquia (At 11.22-26).

    Paulo já havia sido ensinado particularmente pelo Espírito Santo durante três anos, no deserto. Mas Deus usou Barnabé para encorajar, refinar e fortalecer esse rabi de muitos talen­tos, de quem outros não ousariam se aproximar.

    Barnabé decidiu-se a discipular o seu sobrinho João Marcos. Quando Marcos abandonou a primeira viagem missionária, Paulo recusou-se a dar-lhe uma segunda oportunidade. Na Divisão de opinião com Barnabé, a respeito de Marcos, Pau­lo escolheu Silas e Timóteo, e entrou na história.

    Barnabé permaneceu com Marcos. Porém, em 2 Tm 4.11, quando Paulo pede a Timóteo para mandar os seus livros e a sua capa, ele também escreveu: Toma a Marcos e traze-o contigo, porque me é útil para o ministério, o que transfor­mou um desertor em um ajudador.

    Certamente não somos capazes de avaliar Marcos a parte do tempo, do amor e do treinamento que recebeu tanto de Pe­dro quanto de Barnabé. Deus usou esses multiplicadores pa­ra desenvolver aquelas qualidades em Marcos que estavam escondidas dos olhos de Paulo.

1.4-     AQUILA E PRISCILA

Paulo começou outra cadeia de multiplicação quando en­controu com Aquila e Priscila.

    Este casal cuidou e discipulou um homem chamado Apoio (At 18.24-28).

Os Judeus ficaram "poderosamente convencidos", através do ministério didático de Apoio. Deus formou uma cadeia de quatro gerações espirituais: de Paulo a Aquila e Priscila, depois a Apoio e, finalmente, aos judeus (aleluia). Paulo alcançou muitos outros de maneira pessoal, que conti­nuaram a exercer um impacto sobre a história, inclusive Lu­cas.

    Lucas se dedicou a escrever tanto o seu evangelho quanto o livro de Atos, para realizar o seguimento de um homem: Teófilo(Lc 1.1-4 e At 1.1).

    Tito, outro fruto do ministério de Paulo, mais tarde veio a pastorear uma Igreja em Creta.

 

CADEIA DE MULTIPLICAÇÃO:

JESUS:

André - Simão - Pedro - Pentecostes - Antioquia - Barnabé - João - Marcos - Paulo - Timóteo - Priscila e Aquila - Apolo - Judeus - Lucas - Teófilo - Tito - Creta - Outros também 2 Tm 2.2.

    Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações. . . (Mt 28.19,20).

    O mais pequeno virá a ser mil, e o mínimo, uma nação forte; eu o Senhor, apressarei isso a seu tempo (Is 60.22).

 


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