CRIAÇÃO DO ESTADO DE ISRAEL
O Caminho Para a Independência
A inabilidade da Grã-Bretanha em conciliar as exigências opostas das comunidades judaica e árabe levou o governo inglês a requerer que a "Questão da Palestina" fosse inscrita na agenda da Assembléia Geral das Nações Unidas (abril de 1947). Em conseqüência, foi constituído um comitê especial para preparar propostas relativas ao futuro do país. Em 29 de novembro de 1947, a Assembléia votou pela adoção da recomendação do comitê propondo a partilha do país em dois estados, um judeu e outro árabe. A comunidade judaica aceitou o plano; os árabes o rejeitaram. Após a decisão da ONU, os militantes árabes locais, ajudados por forças voluntárias irregulares dos países árabes, desfecharam violentos ataques contra a comunidade judaica, num esforço por frustrar a resolução da partilha e impedir o estabelecimento do estado judeu. Após vários revezes, as organizações de defesa judaicas expulsaram a maior parte das forças atacantes, tomando posse de toda a área que tinha sido destinada ao estado judeu.
Em 14 de maio de 1948, data em que o Mandato Britânico terminou, a população judaica na Terra de Israel era de 650.000 pessoas, formando uma comunidade organizada, com instituições políticas, sociais e econômicas bem desenvolvidas - de fato, uma nação em todos os sentidos, e um estado ao qual só faltava o nome.
O Estado de Israel
...E a salvação [está] no grande número de conselheiros.
(Provérbios 11:14)
A Declaração do Estabelecimento do Estado de Israel, assinada em 14 de maio de 1948 pelos membros do Conselho Nacional, representantes da comunidade judaica no país e do movimento sionista mundial, constitui o credo da nação. Ela inclui referências aos imperativos históricos do renascimento de Israel; as diretrizes de um estado judeu democrático, baseado em liberdade, justiça e paz, conforme a visão dos profetas bíblicos; e um apelo por relaç›es pacíficas com os estados árabes vizinhos, para o benefício de toda a região.
O texto da Declaração:
" Eretz Israel (a Terra de Israel) foi a terra natal do povo judeu. Aqui tomou forma sua identidade espiritual, religiosa e política. Foi aqui que, pela primeira vez, os judeus se constituíram em estado, criaram valores culturais de significação nacional e universal e deram ao mundo o eterno Livro dos Livros.
...os judeus se empenharam, de geração em geração, no ideal de se restabelecerem em sua antiga pátria... fizeram florescer os desertos, reviveram a língua hebraica, construíram cidades e povoados e criaram uma comunidade próspera, controlando sua própria economia e cultura, procurando a paz mas sabendo como se defender...
O Estado de Israel estará aberto à imigração judaica fomentará o desenvolvimento do país em benefício de todos os seus habitantes; basear-se-á nos princípios de liberdade, justiça e paz, conforme concebido pelos profetas de Israel; assegurará completa igualdade de direitos sociais e políticos a todos os seus habitantes, sem distinção de religião, raça ou sexo; garantirá a liberdade de culto, consciência, língua, educação e cultura, protegerá os Lugares Santos de todas as religiões; e se manterá fiel aos princípios da Carta das Nações Unidas.
Estendemos nossa mão a todos os estados vizinhos e a seus povos, com o propósito de paz e boa vizinhança, na esperança do estabelecimento de laços de cooperação e ajuda mútua com o povo judeu soberano estabelecido em sua própria terra."
Os Signatários da Declaração:
Os 37 signatários da Declaração de Independência de Israel foram membros do Conselho Provisório de Estado, os líderes do Estado em formação, representando suas comunidades. O mais velho tinha 82 anos; e o mais jovem, 29. Dois eram mulheres; três foram primeiro-ministros; um foi presidente; e 14 foram ministros do governo.
David Ben-Gurion (1886-1973) - 1º Primeiro-ministro.
Daniel Auster (1893-1962) - 1º Prefeito de Jerusalem, após a declaração do Estado.
Mordechai Bentov (1900-1985) - Líder do "Mapam", Ministro da Casa.
Izhak Ben-Zvi (1884-1963) - 2º Presidente de Israel.
Eliyahu Meir Berligne (1866-1959) - Líder do "General Zionists" e fundador de Tel Aviv.
Perez (Fritz) Bernstein (1890-1971) - Líder do "General Zionists", Ministro de Comércio e Indústria.
Rachel Cohen (Kagen) (1888-1982) - Ativista do WIZO e MK.
Eliyahu Dobkin (1898-1976) - Dirigente da Agência Judaica de Juventude e Departamento do Hehalutz.
Wolf (Ze'ev) Gold (1889-1956) - Líder do Sionista Religioso, Membro Executivo da Agência Judaica.
Meir Grabovsky (Argov) (1905-1963) - Secretário-Geral do Movimento Trabalhista Sionista Mundial.
Abraham Granott (Granovsky) (1890-1962) - Presidente do Partido Progressista, MK.
Yitzhak Gruenbaum (1879-1970) - Líder de facção Sionista do "El Hamishmar", membro da Executiva Sionista.
Kalman Kahana (1910-1991) - Líder do "Agudat Yisrael", deputado e Ministro de Educação.
Eliezer Kaplan (1891-1952) - 1º Ministro das Finanças.
Sa'adia Kobashi - Membro do Conselho Provisório de Estado, líder de comunidade do Yemenite.
Moshe Kol (Kolodny) (1911-1989) Líder do Partido Liberal, Ministro do Turismo.
Yitzhak Meir Levin (1894-1971) - Líder do "Agudat Yisrael", Ministro de Bem-Estar Social.
Meir David Loewenstein (1904-1995) - Líder do "Agudat Yisrael", MK.
Zvi Lurie (1906-1968) - Líder do Mapam, oficial de Agência Judaico.
Yehudah Leib Hakohen Maimon (Fishman) (1875-1962) - Líder do "Mizrahi", Ministro de Assuntos Religiosos.
Golda Meir (Myerson) (1898-1978) - 4º Primeiro-ministro.
Avraham Nissan (Katznelson) (1888-1956) - Membro do Mapai; embaixador para os países Escandinavos.
Nahum Nir-Rafalkes (1884-1968) - Líder Trabalhista, segundo porta-voz do Knesset
David Zvi Pinkas (1895-1952) - Líder do Mizrahi, Ministro de Transportes.
Moshe David Remez (Drabkin) (1886-1951) - Líder do Mapai, Ministro de Comunicações.
Berl Repetur (1902-1989) - Líder Trabalhista, MK.
Pinhas Rosen (Felix Rosenblueth) (1887-1978) - Líder do Partido Progressisto, Ministro de Justiça.
Zvi Segal (Moses Hirsch) (1876-1968) - Líder do Movimento Revisionista.
Moshe (Hayim) Shapira (1902-1970) - Líder do Partido Religioso Nacional, Ministro de Asuntos Religiosos.
Mordechai Shattner - Industrial, membro do Mapai e do Conselho Executivo do Estado Provisório.
Moshe Sharett (Shertok) (1894-1965) - 2º Primeiro-ministro.
Behor Shalom Shitrit (1895-1967) - Líder do "Sephardi", Ministro da Polícia.
Ben-Zion Sternberg (1894 -1962) - Membro Revisionista do Conselho Provisório de Estado.
Herzl Vardi (Naftali Herzl Rosenblum) (1903-1991) - Líder Revisionista.
Meir Wilner-Kovner (1918 - ) - Líder do Partido Comunista e MK.
Zerah Warhaftig (1906- ) - Líder do Partido Religioso Nacional, Ministro de Serviços Religiosos.
Aharon Zisling (1901-1964) - Líder Trabalhista, MK.
A Bandeira do Estado de Israel
A bandeira do Estado de Israel é inspirada no desenho do xale de orações judaico (talit), com uma Estrela de David (Maguen David) azul
A Menorá
O emblema oficial do Estado de Israel é um candelabro (menorá), cuja forma teria sua origem na planta de sete galhos moriá, conhecida desde a antigüidade. Os ramos de oliveira dos dois lados representam o anseio de Israel por paz.
A menorá de ouro era um dos principais objetos de culto no Templo do Rei Salomão, em Jerusalém. Através dos tempos, ela tornou-se um símbolo da herança e tradição judaica, em sem número de lugares e com grande variedade de formas.
Hatikvá - O Hino Nacional
Enquanto no fundo do coração
Palpitar uma alma judaica,
E em direção ao Oriente
O olhar voltar-se a Sion,
Nossa esperança ainda não estará perdida,
Esperança de dois mil anos:
De ser um povo livre em nossa terra,
A terra de Sion e Jerusalém.
VI - GUERRA EM BUSCA DA PAZ
Com o fim da Primeira Guerra Mundial e a vitória sobre o império Otomano, os britânicos passaram a controlar a região da Palestina ou Terra Santa. Na mesma época, o movimento sionista ganha força e, em 1917, é divulgada a Declaração de Balfour, que defende a criação de um Estado judeu na região.
Após uma série de conflitos entre árabes, judeus e ingleses, as Nações Unidas aprovam -com forte apoio norte-americano- a criação de um Estado judeu e o fim do mandato dos britânicos na região é marcado para 14 de maio de 1948.
No mesmo dia, os dois principais líderes judeus, Chaim Weizmann (principal figura da Organização Sionista Mundial) e David Ben-Gurion anunciam a Declaração de Independência do Estado de Israel. Os regimes árabes não aceitaram a criação de Israel como proposto pela ONU -os judeus, que eram minoria da população da região, controlavam praticamente todo o território.
Os principais líderes da região se uniram em uma guerra contra o novo país com o objetivo de destruí-lo. A Guerra de 1948-49 foi a primeira de muitas que Israel viria a enfrentar.
Mas os árabes, que começaram a guerra com certa vantagem, não atingiram seu objetivo. Com apoio norte-americano, os israelenses conseguiram conter a invasão de seus vizinhos e ainda conquistaram territórios ao norte e, principalmente, ao sul.
Esta primeira guerra criou um dos mais complicados problemas para a paz na região: um imenso número de palestinos refugiados. Já na época eles eram mais de 300 mil. Os palestinos, árabes que viviam na região antes da criação do Estado de Israel, ficaram sem uma nação. Muitos fugiram para o Líbano, ao norte, para Gaza, ao sul, ou para a Jordânia, a leste, região hoje conhecida como Margem Ocidental.
Em 14 de maio de 1948, uma resolução da ONU dividiu o território da Palestina entre árabes e judeus, criando o Estado de Israel. Todos os regimes árabes da época rejeitaram a criação de Israel, e prometaram destruir o novo Estado judeu. Era o começo do conflito que já dura mais de 50 anos. Após vários anos de guerra, em 1967, Israel invadiu e tomou a Margem Ocidental (controlado pela Jordânia), incluindo a cidade de Jerusalém, as colinas de Golã (que pertenciam à Síria), e a Faixa de Gaza (Egito). A bem-sucedida invasão, que durou apenas seis dias, criou uma enorme quantidade de refugiados palestinos, que viviam nas áreas invadidas. A partir da década de 70 começaram a surgir importantes grupos terroristas, como o Hamas e o Hizbollah, que, segundo Israel, têm o financiamento e a colaboração de países como Líbano, Irã e Síria. Com a finalidade de se proteger de ataques terroristas contra o norte de seu território, Israel invadiu o Líbano, para onde os grupos terroristas fugiram depois de terem sido expulsos pela Jordânia. Desde então, as tropas israelenses ocupam uma faixa de 15 km no sul do país.
Em 1993, o então primeiro-ministro israelense Yitzak Rabin (assassinado em 1995 por um extremista judeu) e o líder palestino, Iasser Arafat, fecharam o primeiro acordo que daria o controle da Margem Ocidental e da Faixa de Gaza aos palestinos. Conhecido como o Acordo de Oslo, é a base para o processo de paz discutido entre Israel e a Autoridade Palestina.
As conversas sobre o processo de paz foram interrompidas por Israel em 1997, após a explosão de uma bomba em um mercado de Jerusalém que matou várias pessoas. Em janeiro de 1998, o presidente norte-americano, Bill Clinton, recebeu na Casa Branca Iasser Arafat e Benjamim Netanyahu. Era o recomeço da conversas sobre o processo de paz entre palestinos e israelenses, que foram retomadas nesta semana em Camp David.
Guerras Árabes - Israelenses
Crise de Suez – 1956 - Em 1956, o presidente egípcio Gamal Abdel Nasser nacionaliza o canal e impede a passagem de navios israelenses, originando um conflito internacional. Com o apoio da França e do Reino Unido, tropas israelenses invadem o Egito em outubro de 1956. Apesar da derrota militar egípcia, a intervenção da ONU e as pressões dos EUA e da União Soviética garantem o controle do Egito sobre o canal, com a obrigatoriedade de mantê-lo aberto à navegação mundial.
Guerra dos Seis Dias – 1967 - Conflito armado entre Israel e a frente árabe, formada por Egito, Jordânia e Síria, e apoiada pelo Iraque, Kuweit, Arábia Saudita, Argélia e Sudão. O crescimento das tensões árabe-israelenses, em meados de 1967, leva ambos os lados a mobiliza suas tropas. Sem esperar que a guerra chegue às suas fronteiras, os israelenses, fortemente armados pelos EUA, tomam a iniciativa do ataque. O pretexto é a intensificação do terrorismo palestino no país e o bloqueio do Golfo de Ácaba pelo Egito – passagem vital para os navios de Israel. O plano traçado pelo Estado-Maior israelense, chefiado pelo general Moshe Dayan (1915-1981), começa a ser posto em prática às 8 horas da manhã do dia 5 de junho de 1967, quando os caças israelenses atacam nove campos de pouso e aniquilam a força aérea egípcia no chão.
Ao mesmo tempo, forças blindadas israelenses investem contra a Faixa de Gaza e o norte do Sinai. A Jordânia abre fogo em Jerusalém e a Síria intervém no conflito. Mas, no terceiro dia de luta, o Sinai inteiro já está sob o controle de Israel. Nas próximas 72 horas, os israelenses impõem uma derrota devastadora aos adversários, controlando também a Cisjordânia, o setor oriental de Jerusalém e as Colinas de Golã , na Síria. A resolução da ONU de devolver os territórios ocupados é rejeitada por Israel. Como resultado da guerra, aumenta o número de refugiados palestinos na Jordânia e no Egito. Síria e Egito estreitam ainda mais as relações com a URSS, renovam seu arsenal de blindados e aviões, e conseguem a instalação de novos mísseis perto do Canal de Suez.
Guerra do Yom Kippur – 1973 - Quarto conflito armado entre Israel e os países árabes vizinhos. Tem início com o ataque da Síria e do Egito às posições israelenses no Sinai e nas Colinas de Golã , em 6 de outubro de 1973, dia em que os judeus comemoram o Yom Kippur (Dia do Perdão), feriado religioso. Os árabes tentam recuperar as áreas perdidas para Israel na Guerra dos Seis Dias (1967), além de responder aos bombardeios israelenses na Síria e no Líbano, em busca das bases militares da Organização para a Libertação da Palestina (OLP). A guerra dura 19 dias e é concluída sob intervenção das potências mundiais.
Os sírios, ajudados por tropas jordanianas e iraquianas, avançam ao norte em direção a Golã , enquanto as forças egípcias invadem pelo sudoeste, a partir do Canal de Suez . Obrigam os israelenses a abandonar as suas linhas de defesa em Bar-Lev e os campos petrolíferos de Balayim, ocupando toda a área do Canal, de Port Said a Suez . Mas o contra-ataque de Israel força o recuo dos egípcios e sírios. Damasco é bombardeada e os blindados israelenses obrigam as forças sírias a retroceder até as linhas demarcadas pela guerra de 1967. No Sinai, cerca de 200 tanques e 10 mil soldados de Israel cruzam o Canal, destruindo instalações de artilharia e bases de lançamento egípcias na margem oeste. Essa manobra militar de Israel isola o Exército adversário na margem leste do deserto.
Pressões diplomáticas dos Estados Unidos e da União Soviética impedem o massacre das forças egípcias cercadas no Canal. O cessar-fogo é assinado em 24 de outubro. As posições vigentes ao final da Guerra dos Seis Dias são praticamente restabelecidas com os acordos assinados entre Israel e Síria, em 1974, e entre israelenses e egípcios, em 1975.
As perspectivas de paz no Oriente Médio
Egito - Foi o primeiro país da região a desafiar o boicote do mundo árabe e assinar, em 1978, um acordo de paz com Israel. Em troca da normalização de relações, recebeu de volta a península do Sinai e passou a ser aliado estratégico dos EUA. Atualmente, mantém uma ‘paz fria‘ com Israel: a cooperação econômica e cultural entre os dois países é bastante limitada
Líbano - Diz que aguarda retirada israelense sem condições do sul do país, onde há uma faixa territorial ocupada pelo Exército de Israel, para negociar um acordo de paz. O governo atual se diz cético em relação ao reinício das negociações
Síria - Damasco aceitou retomar negociações com Israel esta semana, em Washington. Os dois países, que já se enfrentaram em três guerras têm disputa territorial nas colinas do Golã, ponto chave no diálogo de paz.
Arábia Saudita - Critica o governo israelense pela ‘ocupação de terras árabes‘. O país, que é forte aliado dos EUA, poderia assinar acordo com Israel após a resolução das negociações com os palestinos e a Síria.
Turquia - Aliada estratégia dos EUA e de Israel no Oriente Médio (os três países fizeram recentemente manobras militares conjuntas). Mantém relações diplomáticas e comerciais com Jerusalém e é um dos principais destinos turísticos entre os israelenses.
Iraque - É, ao lado do Irã, um dos piores inimigos históricos de Israel. Durante a Guerra do Golfo (1991), o ditador Saddam Hussein lançou mísseis contra território israelense. Enquanto permanecer no poder, as chances de um acordo de paz são pequenas.
Irã - É um dos maiores inimigos de Israel. Teerã financia os principais grupos terroristas que combatem Israel (Hamas e Hizbollah). O processo de paz, que costuma trazer uma abertura em relação ao Ocidente, é visto como uma ameça pelo clero conservador iraniano, que adota discurso anti-sionista e anti-EUA para justificar uma ameaça externa e se manter no poder.
Jordânia - Em 1994, o rei Hussein firmou um tratado de paz com Israel, o que possibilitou o fim da tensão e a abertura de pontos de passagem na mais extensa fronteira israelense. Seu filho, rei Abdallah, assumiu após sua morte, no início do ano, e mostra estar comprometido com a paz.
Autoridade Nacional Palestina - Desde 1993, com os Acordos de Oslo, os palestinos vêm recebendo autonomia de governo nos territórios da faixa de Gaza e da Cisjordânia. Israel e ANP trabalham agora num acordo definitivo, que seria concluído até setembro de 2000.
O Fundamentalismo
Fundamentalismo Islâmico - Manifesta-se em movimentos empenhados na criação de sociedades regidas pelo Corão , o livro sagrado do islamismo , e contrários aos modelos políticos e filosóficos ocidentais (como a separação entre Estado e religião, a democracia e o individualismo). O fundamentalismo propaga-se entre os muçulmanos especialmente após a Revolução Iraniana de 1979, que instala no país um Estado teocrático, conduzido pelo líder xiita Ruhollah Khomeini . Também é possível destacar a atuação, no Egito, do grupo extremista Gammaat-i-Islamia, responsável por atentados terroristas no país; da Frente Islâmica de Salvação (FIS), na Argélia, que reivindica um país regido pelas leis do Corão; da milícia xiita libanesa Hezbollah (Partido de Deus), diretamente envolvida no combate com tropas israelenses instaladas no sul do Líbano; do Hamas, nos territórios ocupados por Israel, contrário aos acordos de paz entre palestinos e israelenses; e da milícia Taliban, que luta, no Afeganistão, pela criação de um Estado islâmico "puro".
Fundamentalismo Judaico - Atualmente, está associado a facções religiosas radicais em Israel, como o Eyal (Força Judaica Combatente) e o Kahane Vive. Esses movimentos condenam o acordo de paz entre palestinos e israelenses, que prevê a devolução dos territórios conquistados por Israel na Guerra dos Seis Dias (1967). Para eles, a entrega de terras bíblicas como Hebron, Jericó e Nablus, na Cisjordânia, é uma afronta à vontade de Deus. Ela contraria a aspiração judaica do retorno a uma Grande Israel, similar aos tempos do Rei Davi, que por volta de 1.000 a.C. pacifica a região e transforma Jerusalém em centro religioso. A efervescência dessas idéias leva ao assassinato, em 1995, do primeiro-ministro de Israel, Yitzhak Rabin , mentor dos acordos de paz, ao lado de Yasser Arafat. O assassino, Yigal Amir, um fundamentalista pertencente ao Eyal, justifica a sua atitude afirmando que Rabin era um "traidor do ideal judaico", por devolver terras ocupadas aos palestinos.
Organização pela Libertação da Palestina - OLP
A Organização pela Libertação da Palestina (OLP) é um "governo no exílio" dedicado ao objetivo de estabelecer um Estado palestino independente no território hoje ocupado por Israel. Formada em 1964, a OLP propôs-se coordenar e comandar o movimento nacionalista palestino. Politicamente, obteve muitas vitórias - desde 1964, mais de cem países passaram a reconhecê-la como representante legítima do povo palestino.
Um dos principais problemas da OLP tem sido uma consistente falta de consenso com relação ao uso da força militar. O primeiro líder da organização, Ahmad Chukeiry, era favorável a criação de um "exército no exílio" para destruir Israel com auxílio dos exércitos de outros Estados árabes. Mas, como a guerra de 1948-49 havia demostrado, essa era uma posição discutível, pois implacava uma dependência de forças não palestinas e a subordinação da OLP em termos militares.
Já em 1965 a organização Al Fatah (Luta), de Yasser Arafat, executara pequenas ações-relâmpagos contra Israel, indicando o potencial da guerra de guerrilhas. Após o esmagador fracasso da Guerra dos Seis Dias, em junho de 1967, a guerrilha passou a ser a estratégia preferida dos palestinos. Arafat acabaria eleito presidente da OLP em fevereiro de 1969, mas não foi capaz de unificar o movimento em torno de uma diretriz única.
Georges Habache, outro líder palestino, havia preferido adotar o terrorismo e fundara a Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP) em 1968. A partir daí, surgiram vários grupos dissidentes, cada um mais extremista que o anterior e todos teoricamente subordinados à OLP. É o caso, entre outros, do Saiqa (Vanguardas de Guerra de Libertação Popular, fundado em 1968 e apoiado pela Síria) e da Frente de Libertação Árabe (FLA, criada em 1969 por Abd al-Wahhab al-Kayyali, sob orientação do governo do Iraque).
Apesar da existência de uma grande massa de refugiados predominantemente pró-OLP, entre os quais poderiam ser arregimentados guerrilheiros, os palestinos não tinham as vantagens de contar com bases seguras e inexpurgáveis. No início dos anos 60, esse problema ainda não era muito sério - campos de refugiados na faixa de Gaza, na margem ocidental (esquerda) do Jordão e no Líbano ofereciam bases próximas às fronteiras israelenses - mas a partir de 1967 os palestinos foram gradativamente rechaçados. Na Guerra dos Seis Dias, os israelenses capturaram o Sinai, a margem ocidental do Jordão e as colinas de Golã, obrigando a OLP a se retirar para o interior do Egito, Jordânia e Síria. Isso reduzio o impacto de suas ações, pois eles precisavam percorrer várias distâncias em terreno hostil para atingir alvos preferenciais em pleno território de Israel.
Momentos de grande tensão foram criados entre os palestinos e os territórios que os abrigavam. À medida que os Estados Árabes hospedeiros sofriam os efeitos das retaliações israelenses em resposta a ataques dos palestinos e enfrentavam o surgimento de enclaves controlados pela OLP dentro de seu próprio território, o movimento foi perdendo apoio. Em 1970, o rei Hussein expulsou a OLP de suas bases a leste do rio Jordão, enquanto o Egito e a Síria começaram a impor um rigoroso controle sobre as populações palestinas abrigadas em suas fronteiras. Uma mudança da OLP para bases no sul do Líbano permitiu aos guerrilheiros reconquistar um certo grau de eficiência, mas a subseqüente guerra civil naquele país (1975-76), seguida por uma invasão israelense (1982), veio a enfraquecê-los ainda mais.
Em fins de 1983, uma verdadeira guerra foi travada no norte do Líbano entre os partidários de Arafat e de outras organizações palestinas filiadas à OLP (principalmente o Saiqa, controlado pelos sírios). Arafat sobreviveu, explorando a força política da OLP, mas os sírios assumiram a estratégia palestina. Com isso destruíram a iniciativa militar da OLP e subordinaram suas aspirações àquelas de um mundo árabe mais amplo.
Hoje, a OLP controla várias áreas administradas pela Autoridade Nacional Palestina, da qual Arafat é presidente, eleito pela maioria dos palestinos.
Jerusalém - Israel conquistou Jerusalém Oriental e a Cisjordânia na Guerra dos Seis Dias, em 1967. Tradicionalmente afirma que Jerusalém é sua capital eterna e indivisível². Na cúpula de Camp David, pela primeira vez, um governante seu aceitou negociar alguma forma de soberania compartilhada na cidade. Os palestinos reivindicam a parte oriental da cidade como capital de seu futuro Estado.
Os assentamentos - Mais de 170 mil judeus vivem em assentamentos nos territórios ocupados por Israel na Cisjordânia e na faixa de Gaza. O premiê Ehud Barak diz querer manter os assen-tamentos sob soberania israelense. Os palestinos afirmam que os assentamentos devem deixar os territórios.
Água - Israel reivindica controle total dos recursos hídricos, incluindo os lençóis subterrâneos na Cisjordânia, cuja administração é reivindicada pelos palestinos.
Refugiados palestinos - Há mais de 3,5 milhões de refugiados palestinos em países da região. Israel rechaça a idéia de permitir a volta de todos eles a seu território. Nas negociações, discute-se a autorização do retorno de pequena parte deles, em casos de reunificação familiar, e o pagamento de indenização aos outros refugiados.
Fronteiras e segurança - A Autoridade Nacional Palestina quer uma Palestina independente, com poderes soberanos na Cisjordânia, incluindo Jerusalém Oriental e faixa de Gaza. Diz que as fronteiras em relação a Israel devem voltar ao que eram antes de junho de 67. Israel diz que não voltará às fronteiras de 67.
Entenda a crise atual
O estopim - Em 28 de setembro de 2000, Ariel Sharon, líder da oposição israelense, fez uma visita à Esplanada das Mesquitas, local mais sagrado de Jerusalém para palestinos e judeus (que o chamam de Monte do Templo), provocando protestos palestinos.
A escalada - No dia seguinte à visita, forças israelenses reprimiram violentamente protestos palestinos na esplanada, deixando pelo menos quatro mortos Desde então, novos protestos de palestinos em Gaza e Cisjordânia e de árabes israelenses dentro de Israel já fizeram cerca de cem mortes, a quase totalidade palestina ou árabe israelense. Na quinta-feira, helicópteros de Israel bombardearam centros palestinos após o linchamento de soldados israelenses. Foi o maior ataque à Autoridade Nacional Palestina.
Os antecedentes - Após décadas de disputa, Israel e palestinos iniciam um processo de paz em 1993, com os acordos de Oslo (Noruega).
Israel retirou-se de boa parte dos centros urbanos palestinos em Gaza e Cisjordânia, dando autonomia administrativa aos palestinos, mas mantendo encraves protegidos em cidades como Hebron, Gaza e Nablus.
Oslo previa um acordo final até maio de 99, prazo adiado devido à falta de avanço nos temas mais polêmicos: soberania sobre Jerusalém e retorno de ou compensação a refugiados palestinos que deixaram ou foram expulsos de suas casas desde a criação do Estado de Israel (1948).
Em julho, reuniram-se em Camp David para tentar chegar a um acordo final. Israel ofereceu pela primeira vez soberania aos palestinos em certas áreas de Jerusalém Oriental, mas Arafat afirmou que não poderia abrir mão de soberania plena nos locais sagrados de Jerusalém.
VII - O ESTADO PALESTINO - CAPITAL JERUSALÉM
Impossível!
Por que lutas sem sim são travadas na região que conhecemos como "Oriente Médio" e principalmente em torno da cidade de Jerusalém? Por que os palestinos exigem que Jerusalém lhes seja dada como capital do Estado Palestiniano? Seria Yasser Arafat um visionário ou simplesmente um homem que busca o conflito através de meias-palavras tentando impor sobre os judeus à força a vontade de seu povo?
Estas e outras perguntas são feitas diariamente aos palestinos e judeus e já houveram várias tentativas de resolução do conflito, mas todas sem solução! O que pode e deve ser feito então? Vejamos o que aconteceu no passado e o que acontece hoje e porque estes fatos conduzem a história a tal situação.
O Princípio Palestiniano
O líder da oposição israelita e último primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu chamou de pesadelo o confronto em seu país, no qual a uma minoria Palestina tem sido dadas terras que eles não tem direito, a teoria do "Princípio Palestiniano", no qual o ditado "qualquer minoria que não quer ser minoria, não tem que ser única". E é este pesadelo que deve retornar amanha para assombrar aqueles que impuseram isto sobre os judeus...
Pela insistência de que os palestinos têm direitos a um estado árabe no centro de Israel, as nações do leste estão abrindo um precedente pelo qual uma minoria em outro país (como os palestinos em Israel), os quais relutam em obedecer às leis do país hospedeiro no qual são minoria - começam a exigir o direito de separarem-se da nação hospedeira e estabelecerem-se como um estado islâmico independente.
Netanyahu disse: "O Princípio Palestiniano" tem sido, é claro, entusiasticamente aceito pelos muçulmanos em todo o mundo que vêem isso como uma extensão lógica do ideal do Reino do Islã.O escritor americano Charles Khathamener está apto a apontar que a intifada não está restrita à disputa árabe-israelense. Esta é uma iniciativa mundial dirigida a todo o governo não-muçulmano pelas minorias muçulmanas exigindo secessão: no Azerbaijão e Tajakistão, na União Soviética depois de sua independência, em Kashmir na Índia, em Kosovo na Iugoslávia, em Xin Jiam na China; e assim por diante. O princípio palestiniano parece significar que se há sempre uma maioria muçulmana significativa em uma região da Inglaterra ou da França, eventualmente poderá haver uma demanda por separação ali também.
Netanyahu chama o princípio palestiniano de uma bomba de fragmentação política que explodirá a paz civil e nacional em muitos países.
Todas as tentativas de acordos feitas por Israel e os Palestinos nas chegam a um denominador comum. Sempre há um empecilho à paz. Os apertos de mão e as tentativas de se promover a paz redundam em nada! Os EUA tem tentado ajudar as partes a entrarem num acordo, mas parece que estamos longe do ponto comum entre eles. Parece que as tentativas teem sido pura perda de tempo...
Estes fatos não somente ameaça a Israel, como também todos os países livres do mundo! Imaginemos que os palestinos (muçulmanos) resolvam fazer o mesmo em cada país "hospedeiro" em que se encontram! Isso geraria um caos no mundo, pois a tática destes fanáticos é a luta armada a fim de desestabilizar os governos, atraindo sobre si as atenções como minorias, e depois reivindicando sobre si os "direitos humanos" estabelecidos internacionalmente pela ONU. Isto além de ser um disparate é uma tática diabólica a fim de estabelecer na terra um governo totalmente alijado da Palavra de Deus. Para estas "minorias" o único Deus que eles conhecem é Alá e seu livro guia (o Alcorão) autoriza-os à guerra para conseguir o paraíso!
Os fatos
Os fatos falam por si só e nos apresentam uma situação realmente alarmante, principalmente se considerarmos que a terra de Israel foi dado aos judeus como herança pelo proprietário do Universo: o eterno D-us! Isso não parece ser suficiente para intimidar (ou convencer) aos palestinos - e também aos árabes - que lutam continuamente pela expulsão dos judeus da terra onde estão e também por sua total aniquilação! Há uma aliança entre os árabes a fim de destruírem Israel, pois eles o consideram seu maior inimigo. Isso nos mostra haver uma perpetuação do espírito que atuou na época de Ester através de Hamã, a fim de destruir o povo de Israel.
Inclusive, a argumentação apresentada pelos árabes e palestinos não mudou desde aquele tempo: "E Hamã disse ao rei Assuero: Existe espalhado e dividido entre os povos em todas as províncias do teu reino um povo, cujas leis são diferentes das leis de todos os povos, e que não cumpre as leis do rei; por isso não convém ao rei deixá-lo ficar. Se bem parecer ao rei, decrete-se que os matem; e eu porei nas mãos dos que fizerem a obra dez mil talentos de prata, para que entrem nos tesouros do rei" - grifo nosso - (Ester 3:8,9). Esta é exatamente a mesa atitude compartilhada pelos árabes e palestinos hoje! Não nos parece ser um tanto "estranho"?
VIII - TENHA SUA PRÓPRIA OPINIÃO
A mídia internacional acusa Israel de matar palestinos desarmados e indefesos. Acusa Israel de responder com metralhadoras, tanques e helicópteros as manifestações pacíficas dos palestinos que somente usam pedras.
Será que a mídia fala a verdade ou não quer abrir os olhos ?
Este documento é dedicado a esclarecer os estudantes sobre o estado atual dos conflitos entre palestinos e israelenses. Entendemos que é necessário uma enérgica atitude por parte das comunidades muçulmanas, judaicas e cristãs em todo o mundo no sentido de frear as ambições terroristas e os métodos violentos para obtê-las. Não existe política sem esclarecimento.
Este estudo não tem como objetivo agredir o povo palestino ou fazer as pessoas acreditarem que todos os palestinos sejam terroristas, pois isso seria uma grande mentira reservada para os tolos. Esse estudo tem como objetivo claro, mostrar que existem massas de palestinos lideradas por terroristas e fundamentalistas islamicos e que a imprensa nem sempre é imparcial e justa, tornando-se uma grande manipuladora de opinião pública.
Porque crianças palestinas matam?
Israel está sendo acusado de ser assassino de crianças e crimes contra a humanidade. O maior motivo para estas acusações é o video da criança palestina sendo morta no colo do pai.
Os palestinos e a mídia árabe criaram uma propaganda enganosa de tal tamanho, que para todas as mortes de crianças palestinas, as pessoas associam a imagem da criança inocente no colo do pai , levando o tiro de um soldado israelense selvagem, cruel e imoral.
O que você faria, estando também armado,se um desses dois garotos mirasse o fuzil na sua direção?
Para onde você atiraria, se eles estivessem atirando escondidos, propositalmente para confundir, no meio de uma multidão jogadoras de pedras?
Porque crianças palestinas morrem?
Crianças palestinas morrem aos montes, em conflitos armados por ambos os lados, porque os palestinos ensinam suas crianças, desde o berço a odiarem Israel.
Crianças palestinas morrem aos montes porque os palestinos não medem consequencias em colocar suas crianças no meio de tiroteios, quando estas deveriam estar em lugares seguros e nas escolas. Crianças palestinas morrem aos montes porque palestinos usam elas como escudos humanos para que solados israelenses sejam culpados de se defenderem ou acertem alguma por erro induzido.
Crianças palestinas morrem ao montes para que sejam criados mártires e sensibilizem a opinião pública. Quem tem a ganhar com essas mortes?
Não importa quantas guerras ainda o povo judeu irá passar, não importa quantas nações ainda irão levantar-se contra eles. Na última guerra no Armagedom eles terão a vitória final.
Porque certamente nós sabemos que as promessas de Deus para o povo judeu estão acontecendo lentamente e sofridamente. Ainda tem muito para acontecer...
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