A IDOLATRIA E SEUS MALES
1.
As nações pagãs que circundavam Israel criam que a
adoração a vários deuses era superior à adoração a um único Deus. Noutras
palavras: quanto mais deuses, melhor. O povo de Deus sofria influência dessas
nações e constantemente as imitava, ao invés de obedecer ao mandamento de Deus,
no sentido de se manter santo e separado delas.
2.
Os deuses pagãos das nações vizinhas de Israel não
requeriam o tipo de obediência que o Deus de Israel requeria. Por exemplo,
muitas das religiões pagãs incluíam imoralidade sexual religiosa no seu culto,
tendo para isso prostitutas cultuais. Essa prática, sem dúvida, atraía muitos
em Israel. Deus, por sua vez, requeria que o seu povo obedecesse aos altos
padrões morais da sua lei, sem o que, não haveria comunhão com Ele.
3.
Por causa do elemento demoníaco da idolatria (ver a
próxima seção), ela, às vezes, oferecia, em bases limitadas, benefícios
materiais e físicos temporários. Os deuses da fertilidade prometiam o
nascimento de filhos; os deuses do tempo (sol, lua, chuva etc.) prometiam as
condições apropriadas para colheitas abundantes e os deuses da guerra prometiam
proteção dos inimigos e vitória nas batalhas. A promessa de tais benefícios
fascinava os israelitas; daí, muitos se dispunham a servir aos ídolos.
A NATUREZA REAL DA IDOLATRIA.
Não se pode compreender a atração
que exercia a idolatria sobre o povo, a menos que compreendamos
sua verdadeira natureza.
1.
A Bíblia deixa claro que o ídolo em si, nada é (Jr
2.11; 16.20). O ídolo é meramente um pedaço de madeira ou de pedra, esculpido
por mãos humanas, que nenhum poder tem em si mesmo. Samuel chama os ídolos de
"vaidades" (12.21), e Paulo declara expressamente: "sabemos que
o ídolo nada é no mundo" (1Co 8.4; cf. 10.19,20). Por essa razão, os salmistas
(e.g., Sl 115.4-8; 135.15-18) e os profetas (e.g. 1Rs 18.27; Is 44.9-20;
46.1-7; Jr 10.3-5) freqüentemente zombavam dos ídolos.
2.
(2) Por trás de toda idolatria, há demônios, que são
seres sobrenaturais controlados pelo diabo. Tanto Moisés (ver Dt 32.17 nota)
quanto o salmista (Sl 106.36,37) associam os falsos deuses com demônios. Note,
também, o que Paulo diz na sua primeira carta aos coríntios a respeito de comer
carne sacrificada aos ídolos: "as coisas que os gentios sacrificam, as
sacrificam aos demônios e não a Deus" (1Co 10.20). Noutras palavras, o
poder que age por detrás da idolatria é o dos demônios, os quais têm muito
poder sobre o mundo e os que são deles. O cristão sabe com certeza que o poder
de Jesus Cristo é maior do que o dos demônios. Satanás, como "o deus deste
século" (2Co 4.4), exerce vasto poder nesta presente era iníqua (ver 1Jo
5.19 nota; cf. Lc 13.16; Gl 1.4; Ef 6.12; Hb 2.14). Ele tem poder para produzir
falsos milagres, sinais e maravilhas de mentira (2Ts 2.9; Ap 13.2-8,13;
16.13-14; 19.20) e de proporcionar às pessoas benefícios físicos e materiais.
Sem dúvida, esse poder contribui, às vezes, para a prosperidade dos ímpios (cf.
Sl 10.2-6; 37.16, 35; 49.6; 73.3-12).
3.
A correlação entre a idolatria e os demônios vê-se mais
claramente quando percebemos a estreita vinculação entre as práticas religiosas
pagãs e o espiritismo, a magia negra, a leitura da sorte, a feitiçaria, a
bruxaria, a necromancia e coisas semelhantes (cf. 2Rs 21.3-6; Is 8.19; ver Dt
18.9-11 notas; Ap 9.21 nota). Segundo as Escrituras, todas essas práticas
ocultistas envolvem submissão e culto aos demônios. Quando, por exemplo, Saul
pediu à feiticeira de Endor que fizesse subir Samuel dentre os mortos, o que
ela viu ali foi um espírito subindo da terra, representando Samuel (28.8-14),
i.e., ela viu um demônio subindo do inferno.
4.
O NT declara que a cobiça é uma forma de idolatria (Cl
3.5). A conexão é óbvia: pois os demônios são capazes de proporcionar
benefícios materiais. Uma pessoa insatisfeita com aquilo que tem e que sempre
cobiça mais, não hesitará em obedecer aos princípios e vontade desses seres
sobrenaturais que conseguem para tais pessoas aquilo que desejam. Embora tais
pessoas talvez não adorem ídolos de madeira e de pedra, entretanto adoram os
demônios que estão por trás da cobiça e dos desejos maus; logo, tais pessoas
são idólatras. Dessa maneira, a declaração de Jesus: "Não podeis servir a
Deus e a Mamom [as riquezas]" (Mt 6.24), é basicamente a mesma que a
admoestação de Paulo: "Não podeis beber o cálice do Senhor e o cálice dos
demônios" (1Co 10.21).
DEUS NÃO TOLERARÁ NENHUMA FORMA DE IDOLATRIA.
1.
Ele advertia freqüentemente contra ela no AT. (a) Nos
dez mandamentos, os dois primeiros mandamentos são contrários diretamente à
adoração a qualquer deus que não seja o Senhor Deus de Israel (ver Êx 20.3,4
notas). (b) Esta ordem foi repetida por Deus noutras ocasiões (e.g., Êx 23.13,
24; 34.14-17; Dt 4.23,24; 6.14; Js 23.7; Jz 6.10; 2Rs 17.35,37,38). (c)
Vinculada à proibição de servir outros deuses, havia a ordem de destruir todos
os ídolos e quebrar as imagens de nações pagãs na terra de Canaã (Êx 23.24;
34.13; Dt 7.4,5; 12.2,3).
2.
A história dos israelitas foi, em grande parte, a
história da idolatria. Deus muito se irou com o seu povo por não destruir todos
os ídolos na Terra Prometida. Ao contrário, passou a adorar os falsos deuses.
Daí, Deus castigar os israelitas, permitindo que seus inimigos tivessem domínio
sobre eles.
a)
O livro de Juízes apresenta um ciclo constantemente
repetido, em que os israelitas começavam a adorar deuses-ídolos das nações que
eles deixaram de conquistar. Deus permitia que os inimigos os dominassem; o
povo clamava ao Senhor; o Senhor atendia o povo e enviava um juiz para
libertá-lo.
b)
A idolatria no Reino do Norte continuou sem dificuldade
por quase dois séculos. Finalmente, a paciência de Deus esgotou-se e Ele
permitiu que os assírios destruíssem a capital de Israel e removeu dali as dez
tribos (2Rs 17.6-18).
c)
OReino do Sul (Judá) teve vários reis que foram
tementes a Deus, como Ezequias e Josias, mas por causa dos reis ímpios como
Manassés, aidolatria se arraigou na nação de Judá (2Rs 21.1-11). Como
resultado, Deus disse, através dos profetas, que Ele deixaria Jerusalém ser
destruída (2Rs 21.10-16). A despeito dessas advertências, a idolatria continuou
(e.g., Is 48.4,5; Jr 2.4-30; 16.18-21; Ez 8), e, finalmente, Deus cumpriu a sua
palavra profética por meio do rei Nabucodonosor de Babilônia, que capturou
Jerusalém, incendiou o templo e saqueou a cidade (2Rs 25).
3.
O NT também adverte todos os crentes contra a
idolatria.
a)
A idolatria manifesta-se de várias formas hoje em dia.
Aparece abertamente nas falsas religiões mundiais, bem como na feitiçaria, no
satanismo e noutras formas de ocultismo. A idolatria está presente sempre que
as pessoas dão lugar à cobiça e ao materialismo, ao invés de confiarem em Deus
somente. Finalmente, ela ocorre dentro da igreja, quando seus membros acreditam
que, a um só tempo, poderão servir a Deus, desfrutar da experiência da salvação
e as bênçãos divinas, e também participar das práticas imorais e ímpias do
mundo.
b)
Daí, o NT nos admoestar a não sermos cobiçosos,
avarentos, nem imorais (Cl 3.5; cf. Mt 6.19-24; Rm 7.7; Hb 13.5,6; ver o estudo
RIQUEZA E POBREZA) e, sim, a fugirmos de todas as formas de idolatria (1Co
10.14; 1Jo 5.21). Deus reforça suas advertências com a declaração de que
aqueles que praticam qualquer forma de idolatria não herdarão o seu reino (1Co
6.9,10; Gl 5.20,21; Ap 22.15).
CONCLUSÃO:
Hoje, o Papa procura unir as
igrejas em torno de si próprio através do ECUMENISMO.
Infelismente, há os que estão
caindo nessa armadinha. Muitos foram torturados pela inquisição papista, por tentarem questionar os
Dogmas. Pois diz a Palavra de Deus que nos ultimos tempos haverá uma junção de religião, raça,
povo, lingua... e é isso que estamos vendo acontecer...
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