quarta-feira, 23 de setembro de 2020

A MASTURBAÇÃO E O SEXO

 

Masturbação e o Sexo


Vivemos em uma era de liberdade de expressão e de um estilo "livre" de vida.
Hoje vemos nos filmes, nas novelas, nas músicas, nas danças, nas roupas da moda, etc., uma comercialização do sexo. Em Gênesis 1:28, Deus disse ao homem: "E Deus os abençoou e Deus lhes disse: Frutificai, e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra", ou seja, o sexo tinha uma função procriativa e fez Deus uma mulher idônea para Adão para que, dela, ele desfrutasse e, com ela, enchesse a terra (Gn 2:18).

Hoje em dia o sexo está tão banalizado que não há mais aquela expectativa dos noivos em se descobrirem aos poucos, em maravilharem-se um com o outro vivendo uma novidade maravilhosa de um toque, de uma fragrância, de surpresas que fortalecem o casamento e o amor.

Com tamanha sobrecarga de "normal" (sexo antes do casamento é normal, homossexualismo é normal, filhos drogados é normal, você tem que aceitar...), porque não devemos ensinar nossos filhos a se masturbarem? Não é normal?
Vamos falar de áreas cinzentas da moralidade.


Ao considerar as questões sexuais que não estão especificamente relacionadas na Escritura, tenha em mente certas experiências pré-sexuais que conduzem facilmente à lascívia ou à luxúria.

Nossos pensamentos


A batalha pela pureza sexual sempre começa na mente. Aquilo em que pensamos constantemente, acabamos fazendo. Enchemos nossa mente com o bem ou o mal, o puro ou o impuro, o certo ou o errado. Muitos crentes tentam abrigar ambas as tendências em seus pensamentos.


O pecado sexual declarado é concebido na mente, desenvolvido em várias experiências pré-sexuais, e finalmente torna-se realidade, quando a oportunidade aparece. Não somente a imoralidade resultante é pecado - os pensamentos impuros também são pecados. As palavras de Jesus, no Sermão da Montanha, são freqüentemente citadas a este respeito: "Ouvistes o que foi dito: Não adulterarás.

Eu, porém, vos digo que todo aquele que olhar para uma mulher para a cobiçar, já em seu coração cometeu adultério com ela" (Mt 5:27,28). Não se confunda, a ponto de dizer: "Visto que já pequei em meu coração, posso também pecar com o corpo".

Estes pecados não são os mesmos! Um é o pecado da mente, e em pensamento apenas uma pessoa peca. O outro é um pecado da mente e do corpo, e, com o corpo, duas pessoas pecam. Na mente, não há união física. Com o corpo, os dois chegam a se conhecer um ao outro de maneira irreversível.


Note que, em Mt 5:28, Jesus menciona não apenas olhar, mas olhar para cobiçar. Isto implica um desejo ativo, imaginando uma união ou contato sexual.
Paulo diz que o crente de espírito controlado, na batalha espiritual, está "levando cativo todo pensamento à obediência a Cristo" (II Co 10:5). E Pedro diz: "Cingindo os lombos do vosso entendimento, sede sóbrios... não vos conformeis às concupiscências que antes tínheis na vossa ignorância" (I Pe 1:13,14). Não podemos impedir todo pensamento impuro de entrar na mente, porém somos realmente capazes de controlar os pensamentos que permanecem e se desenvolvem.

 


Nossos olhos


O que nossos olhos vêem e lêem produz e controla a maior parte de nossos pensamentos. As Escrituras ensinam que os olhos são a "candeia do corpo" (Mt 6:22,23) e que se os "olhos forem maus", o corpo "será tenebroso". Esta verdade descreve mais do que um fato físico. Refere-se ao que os olhos deixam entrar na mente.


O apóstolo João adverte contra a "concupiscência dos olhos" (I Jo 2:16). Salomão escreveu: "Dirijam-se os teus olhos para frente e olhem as tuas pálpebras diretamente diante de ti. Pondera a vereda de teus pés, e serão seguros todos os teus caminhos" (Pv 4:25,26). Salomão também diz: "Filho meu, dá-me o teu coração; e deleitem-se os teus olhos nos meus caminhos. Porque cova profunda é a prostituta; e o poço estreito é a aventureira" (Pv 23:26,27).

Devemos nos afastar da pornografia que vem sendo despejada em nosso caminho, lembre-se: "os olhos são a candeia do corpo". Se você não resiste à tentação, não olhe. Você não pode ser tentado a se masturbar se estiver lendo passagens da Bíblia.

Masturbação é pecado? A maioria dos não-crentes e também muitos crentes crêem que a masturbação não apresenta nenhum problema. Certamente, não acham que é pecado e que só constitui um problema quando é uma obsessão e um substituto psicológico total para as relações sexuais normais.

 

Parágrafo Repetido Masturbação é Pecado?


A muitos mitos sobre a masturbação, em escritos católicos e protestantes antigos, a este respeito. Alguns destes mitos são que a masturbação causa danos físicos, que destruirá a habilidade sexual no casamento ou que causará distúrbios emocionais. Estes mitos eram basicamente táticas para amedrontar e tinham pouca base em fatos.


Não há passagem específica na Escritura que fale diretamente da questão da masturbação. Há quem chame a atenção para Gn 38:8-10 e I Co 6:9-10. Concordo com o escritor Herbert J. Miles, que estas passagens não falam de masturbação.


Mesmo assim, a Bíblia fornece orientações que lhe permitirão decidir se a masturbação é pecado ou não. Reflita sobre as seguintes observações:

 

1.    Vejamos à definição de lascívia e luxúria: "Gratificação dos sentidos u indulgência para com o apetite; dedicado aos ou preocupado com os sentidos" e "desejo sexual intenso". A masturbação encaixa-se definitivamente nestas definições (veja Gl 5:19). Pode-se praticar a masturbação sem lascívia ou luxúria?

2.    O teste seguinte é o de sua vida mental. Jesus disse: "Eu, porém, vos digo que todo aquele que olhar para uma mulher para a cobiçar, já em seu coração cometeu adultério com ela" (Mt 5:27,28).


Quando uma pessoa pratica masturbação, o que se passa em sua cabeça? As cachoeiras de Paulo Afonso? Pode alguém se masturbar sem imaginar um ato sexual ou ao menos cenas sensuais? O que é que você acha? Se você pratica a masturbação, pode sua mente permanecer pura?

 

3.    Em seguida, reflita sobre a santidade e a intenção da relação sexual no casamento. Sem sombra de dúvida, a masturbação é uma tentativa de experimentar as mesmas sensações que são atribuídas ao casamento. É um substituto do ato verdadeiro - uma farsa, uma falsificação, um dolo.

4.       A masturbação é também totalmente egocêntrica. Uma das características do egocentrismo é a auto-indulgência. Paulo descreve o modo de vida de quem é controlado por Satanás, dizendo: "Todos nós também antes andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos" (Ef 2:3).

5. Finalmente, a masturbação pode nos levar à escravidão. Quando uma pessoa é dominada por uma indulgência carnal, ela peca. "Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, para obedecerdes às suas concupiscências" (Rm 6:12). Paulo também diz: "Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm. Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma delas" (I Co 6:12). Você é escravo da masturbação?

 

5.       Reflita sobre os cinco enunciados acima, para determinar se, para você, a masturbação é pecado.

 


Liberte-se!

O impulso sexual é uma parte normal, dada por Deus, de qualquer homem ou mulher saudável.

Envergonhar-se disto é duvidar da bondade de Deus para conosco. Abusar dele é contrariar a graça que Deus tenciona para nós. Ele nos criou com muitos impulsos e desejos, que podemos desenvolver ou usar de maneira errada. Como um deles, o impulso sexual ativa ou destrói os relacionamentos, de acordo com seu controle e aplicação.


A masturbação é um problema comum. Não devemos ter medo de conversar sobre ela nem de ajudar as pessoas a superá-la. Homens e mulheres acham que é um hábito igualmente opressivo, e buscam ajuda para a superação do problema. Compaixão, e não condenação, deve ser nossa resposta.


Minha conclusão é que a masturbação não deve fazer parte da vida do crente. I Coríntios 6:18-20, Gálatas 5:19 e I Tessalonicenses 4:3-7 são passagens que falam sobre a questão do uso de nossos corpos devidamente no sexo. Embora não possamos assentar todos os argumentos que dizem que a masturbação é pecado, não podemos negar que ela é resultado da lascívia e da paixão. Mas, na liberdade da graça de Deus, podemos escolher fazer o que é sagrado e direito aos olhos de Deus.

 

Jerry White  

A IDOLATRIA E SEUS MALES

 

A IDOLATRIA E SEUS MALES

  1Sm 12.20,21 "Não temais; vós tendes cometido todo este mal; porém não vos desvieis de seguir ao SENHOR, mas servi ao SENHOR com todo o vosso coração. E não vos desvieis; pois seguiríeis as vaidades, que nada aproveitam e tampouco vos livrarão, porque vaidades são."

 A idolatria é um pecado que o povo de Deus, através da sua história no AT, cometia repetidamente. O primeiro caso registrado ocorreu na família de Jacó (Israel). Pouco antes de chegar a Betel, Jacó ordenou a remoção de imagens de deuses estranhos (Gn 35.1-4). O primeiro caso registrado na Bíblia em que Israel, de modo global, envolveu-se com idolatria foi na adoração do bezerro de ouro, enquanto Moisés estava no monte Sinai (Êx 32.1-6). Durante o período dos juízes, o povo de Deus freqüentemente se voltava para os ídolos. Embora não haja evidência de idolatria nos tempos de Saul ou de Davi, o final do reinado de Salomão foi marcado por freqüente idolatria em Israel (1Rs 11.1-10). Na história do reino dividido, todos os reis do Reino do Norte (Israel) foram idólatras, bem como muitos dos reis do Reino do Sul (Judá). Somente depois do exílio, é que cessou o culto idólatra entre os judeus. 

 O FASCÍNIO DA IDOLATRIA.

 Por que a idolatria era tão fascinante aos israelitas? Há vários fatores implícitos.

 

1.       As nações pagãs que circundavam Israel criam que a adoração a vários deuses era superior à adoração a um único Deus. Noutras palavras: quanto mais deuses, melhor. O povo de Deus sofria influência dessas nações e constantemente as imitava, ao invés de obedecer ao mandamento de Deus, no sentido de se manter santo e separado delas.

 

2.       Os deuses pagãos das nações vizinhas de Israel não requeriam o tipo de obediência que o Deus de Israel requeria. Por exemplo, muitas das religiões pagãs incluíam imoralidade sexual religiosa no seu culto, tendo para isso prostitutas cultuais. Essa prática, sem dúvida, atraía muitos em Israel. Deus, por sua vez, requeria que o seu povo obedecesse aos altos padrões morais da sua lei, sem o que, não haveria comunhão com Ele.

 

3.       Por causa do elemento demoníaco da idolatria (ver a próxima seção), ela, às vezes, oferecia, em bases limitadas, benefícios materiais e físicos temporários. Os deuses da fertilidade prometiam o nascimento de filhos; os deuses do tempo (sol, lua, chuva etc.) prometiam as condições apropriadas para colheitas abundantes e os deuses da guerra prometiam proteção dos inimigos e vitória nas batalhas. A promessa de tais benefícios fascinava os israelitas; daí, muitos se dispunham a servir aos ídolos.

A NATUREZA REAL DA IDOLATRIA.

 

Não se pode compreender a atração que exercia a idolatria sobre o povo, a menos que compreendamos

sua verdadeira natureza.

 

1.       A Bíblia deixa claro que o ídolo em si, nada é (Jr 2.11; 16.20). O ídolo é meramente um pedaço de madeira ou de pedra, esculpido por mãos humanas, que nenhum poder tem em si mesmo. Samuel chama os ídolos de "vaidades" (12.21), e Paulo declara expressamente: "sabemos que o ídolo nada é no mundo" (1Co 8.4; cf. 10.19,20). Por essa razão, os salmistas (e.g., Sl 115.4-8; 135.15-18) e os profetas (e.g. 1Rs 18.27; Is 44.9-20; 46.1-7; Jr 10.3-5) freqüentemente zombavam dos ídolos.

 

2.       (2) Por trás de toda idolatria, há demônios, que são seres sobrenaturais controlados pelo diabo. Tanto Moisés (ver Dt 32.17 nota) quanto o salmista (Sl 106.36,37) associam os falsos deuses com demônios. Note, também, o que Paulo diz na sua primeira carta aos coríntios a respeito de comer carne sacrificada aos ídolos: "as coisas que os gentios sacrificam, as sacrificam aos demônios e não a Deus" (1Co 10.20). Noutras palavras, o poder que age por detrás da idolatria é o dos demônios, os quais têm muito poder sobre o mundo e os que são deles. O cristão sabe com certeza que o poder de Jesus Cristo é maior do que o dos demônios. Satanás, como "o deus deste século" (2Co 4.4), exerce vasto poder nesta presente era iníqua (ver 1Jo 5.19 nota; cf. Lc 13.16; Gl 1.4; Ef 6.12; Hb 2.14). Ele tem poder para produzir falsos milagres, sinais e maravilhas de mentira (2Ts 2.9; Ap 13.2-8,13; 16.13-14; 19.20) e de proporcionar às pessoas benefícios físicos e materiais. Sem dúvida, esse poder contribui, às vezes, para a prosperidade dos ímpios (cf. Sl 10.2-6; 37.16, 35; 49.6; 73.3-12).

 

3.       A correlação entre a idolatria e os demônios vê-se mais claramente quando percebemos a estreita vinculação entre as práticas religiosas pagãs e o espiritismo, a magia negra, a leitura da sorte, a feitiçaria, a bruxaria, a necromancia e coisas semelhantes (cf. 2Rs 21.3-6; Is 8.19; ver Dt 18.9-11 notas; Ap 9.21 nota). Segundo as Escrituras, todas essas práticas ocultistas envolvem submissão e culto aos demônios. Quando, por exemplo, Saul pediu à feiticeira de Endor que fizesse subir Samuel dentre os mortos, o que ela viu ali foi um espírito subindo da terra, representando Samuel (28.8-14), i.e., ela viu um demônio subindo do inferno.

 

4.       O NT declara que a cobiça é uma forma de idolatria (Cl 3.5). A conexão é óbvia: pois os demônios são capazes de proporcionar benefícios materiais. Uma pessoa insatisfeita com aquilo que tem e que sempre cobiça mais, não hesitará em obedecer aos princípios e vontade desses seres sobrenaturais que conseguem para tais pessoas aquilo que desejam. Embora tais pessoas talvez não adorem ídolos de madeira e de pedra, entretanto adoram os demônios que estão por trás da cobiça e dos desejos maus; logo, tais pessoas são idólatras. Dessa maneira, a declaração de Jesus: "Não podeis servir a Deus e a Mamom [as riquezas]" (Mt 6.24), é basicamente a mesma que a admoestação de Paulo: "Não podeis beber o cálice do Senhor e o cálice dos demônios" (1Co 10.21).

DEUS NÃO TOLERARÁ NENHUMA FORMA DE IDOLATRIA.

 

1.       Ele advertia freqüentemente contra ela no AT. (a) Nos dez mandamentos, os dois primeiros mandamentos são contrários diretamente à adoração a qualquer deus que não seja o Senhor Deus de Israel (ver Êx 20.3,4 notas). (b) Esta ordem foi repetida por Deus noutras ocasiões (e.g., Êx 23.13, 24; 34.14-17; Dt 4.23,24; 6.14; Js 23.7; Jz 6.10; 2Rs 17.35,37,38). (c) Vinculada à proibição de servir outros deuses, havia a ordem de destruir todos os ídolos e quebrar as imagens de nações pagãs na terra de Canaã (Êx 23.24; 34.13; Dt 7.4,5; 12.2,3).

 

2.       A história dos israelitas foi, em grande parte, a história da idolatria. Deus muito se irou com o seu povo por não destruir todos os ídolos na Terra Prometida. Ao contrário, passou a adorar os falsos deuses. Daí, Deus castigar os israelitas, permitindo que seus inimigos tivessem domínio sobre eles.

 

a)       O livro de Juízes apresenta um ciclo constantemente repetido, em que os israelitas começavam a adorar deuses-ídolos das nações que eles deixaram de conquistar. Deus permitia que os inimigos os dominassem; o povo clamava ao Senhor; o Senhor atendia o povo e enviava um juiz para libertá-lo.

 

b)       A idolatria no Reino do Norte continuou sem dificuldade por quase dois séculos. Finalmente, a paciência de Deus esgotou-se e Ele permitiu que os assírios destruíssem a capital de Israel e removeu dali as dez tribos (2Rs 17.6-18).

 

c)       OReino do Sul (Judá) teve vários reis que foram tementes a Deus, como Ezequias e Josias, mas por causa dos reis ímpios como Manassés, aidolatria se arraigou na nação de Judá (2Rs 21.1-11). Como resultado, Deus disse, através dos profetas, que Ele deixaria Jerusalém ser destruída (2Rs 21.10-16). A despeito dessas advertências, a idolatria continuou (e.g., Is 48.4,5; Jr 2.4-30; 16.18-21; Ez 8), e, finalmente, Deus cumpriu a sua palavra profética por meio do rei Nabucodonosor de Babilônia, que capturou Jerusalém, incendiou o templo e saqueou a cidade (2Rs 25).

 

3.       O NT também adverte todos os crentes contra a idolatria.

 

a)    A idolatria manifesta-se de várias formas hoje em dia. Aparece abertamente nas falsas religiões mundiais, bem como na feitiçaria, no satanismo e noutras formas de ocultismo. A idolatria está presente sempre que as pessoas dão lugar à cobiça e ao materialismo, ao invés de confiarem em Deus somente. Finalmente, ela ocorre dentro da igreja, quando seus membros acreditam que, a um só tempo, poderão servir a Deus, desfrutar da experiência da salvação e as bênçãos divinas, e também participar das práticas imorais e ímpias do mundo.

 

b)    Daí, o NT nos admoestar a não sermos cobiçosos, avarentos, nem imorais (Cl 3.5; cf. Mt 6.19-24; Rm 7.7; Hb 13.5,6; ver o estudo RIQUEZA E POBREZA) e, sim, a fugirmos de todas as formas de idolatria (1Co 10.14; 1Jo 5.21). Deus reforça suas advertências com a declaração de que aqueles que praticam qualquer forma de idolatria não herdarão o seu reino (1Co 6.9,10; Gl 5.20,21; Ap 22.15). 

 

CONCLUSÃO: 

 

Hoje, o Papa procura unir as igrejas em torno de si próprio através do ECUMENISMO.

 

Infelismente, há os que estão caindo nessa armadinha. Muitos foram torturados pela inquisição        papista, por tentarem questionar os Dogmas. Pois diz a Palavra de Deus que nos ultimos tempos           haverá uma junção de religião, raça, povo, lingua... e é isso que estamos vendo acontecer...

A ALIANÇA NO CASAMENTO

 

A ALIANÇA NO CASAMENTO

 

Gen. 41.42 E Faraó tirou da mão o seu [anel]-sinete e pô-lo na mão de José, vestiu-o de traje de linho fino, e lhe pôs ao pescoço um colar de ouro.

Ester 3.10 Então o rei tirou do seu dedo o [anel], e o deu a Hamã, filho de Hamedata, o agagita, o inimigo dos judeus;

12 Então foram chamados os secretários do rei no primeiro mês, no dia treze do mesmo e, conforme tudo, quando Hamã ordenou, se escreveu aos sátrapas do rei, e aos governadores que havia sobre todas as províncias, e aos príncipes de todos os povos; a cada província segundo o seu modo de escrever, e a cada povo segundo a sua língua; em nome do rei Assuero se escreveu, e com o [anel] do rei se selou.

Daniel 6.17 E uma pedra foi trazida e posta sobre a boca da cova; e o rei a selou com o seu [anel] e com o [anel] dos seus grandes, para que no tocante a Daniel nada se mudasse:

Lucas 15.22 Mas o pai disse aos seus servos: Trazei depressa a melhor roupa, e vesti-lha, e ponde-lhe um [anel] no dedo e alparcas nos pés;

- Nos tempos bíblicos anel (vou chama-lo de aliança) representava a assinatura de uma pessoa ou família. Conforme os textos bíblicos acima.

- O anel ou afiança (utilizado na mão esquerda no dedo médio, ao lado do mindinho) representa o compromisso, aliança, contrato, testemunho, etc, de que o seu usuário tam para com outra pessoa, ou até mesmo debaixo de um juramento.

Li um artigo a algum tempo, onde um cientista explicava que o dedo onde a aliança é colocada, possui um nervo especifico que em contato com o ouro da aliança, transmite constantemente uma informação ao cérebro para que seu usuário sempre sinta que utilizada um anel e conseqüentemente o seu compromisso.

- Em suma, o uso ou não da afiança no casamento, pode também nada representar se o seu usuário não valoriza o seu testemunho.

- Em alguns paises utilizam apenas um anel, que pode ser de prata, ouro ou até mesmo cobre.

- Esse pequeno instrumento serve apenas para que o usuário se lembre de que ele fez um voto, juramento, compromisso, etc, diante de Deus, dos homens, anjos, demônios, etc. de que ele é uma pessoa compromissada.

USE COM ORGULHO A SUA ALIANÇA, DIGA AO MUNDO QUE VOCÊ TEM UM COMPROMISSO DE AMOR PARA COM A SUA ESPOSA.

QUANDO LHE PERGUNTAREM O SOBRE O PORQUE DESSA CAFONICE, DIGA LHES APENAS: SOU CASADO, AMO E SOU AMADO, E ACIMA DE TUDO SOU FELIZ COM QUEM ME CASEI ATÉ QUE A MORTE NOS SEPARE.


quinta-feira, 17 de setembro de 2020

ARREPENDIMENTO É DEIXAR O PECADO

 ARREPENDIMENTO É DEIXAR O PECADO

                                                                            

    Eu não me dirijo somente ao não convertido, porque sou daqueles que crêem que a igreja precisa se arrepender muito antes que muita coisa de valor possa ser feita no mundo. Acredito firmemente que o baixo padrão de vida cristã está mantendo muita gente no mundo e nos seus pecados. Se o incrédulo vê que o povo cristão não se arrepende, não se pode esperar que ele se arrependa e se converta de seu pecado. Eu tenho me arrependido dez mil vezes mais depois que conheci a Cristo, do que em qualquer época anterior, e penso que a maioria dos cristãos precisa  se arrepender de alguma coisa.

Assim, quero pregar tanto para os cristãos como para os não-convertidos, tanto para mim mesmo quanto para aquele que nunca conheceu a Cristo como seu Salvador.

 

Há cinco coisas que fluem do verdadeiro arrependimento:

 

1. Convicção.

2. Contrição.

3. Confissão de pecado.

4. Conversão.

5. Confissão de Cristo diante do mundo.

 

Convicção

Quando um homem não está profundamente convicto de seus pecados, é um sinal bem certo de que ainda não se arrependeu de verdade. A experiência tem me ensinado que as pessoas que têm uma convicção muito superficial de seus pecados, cedo ou tarde recaem em suas velhas vidas. Nos últimos anos tenho estado bem mais ansioso por uma profunda e verdadeira obra de Deus entre os já convertidos do que em alcançar grandes números. Se um homem confessa ser convertido sem reconhecer a atrocidade de seus pecados, provavelmente se transformará num ouvinte endurecido que não irá muito longe. No primeiro sopro de oposição, na primeira onda de perseguição ou ridículo, eles serão carregados de volta para o mundo.

Creio que é um erro lamentável conduzirmos tantas pessoas à igreja que nunca experimentaram a verdadeira convicção de pecados. O pecado no coração do homem é tão negro hoje quanto o foi em qualquer outra época. Às vezes penso que está mais negro. Porque quanto maior a luz que uma pessoa tiver, maior sua responsabilidade, e por conseguinte maior a sua necessidade de profunda convicção.

Até que a convicção de pecados nos faça cair de joelhos, até que estejamos completamente humilhados, até que tenhamos perdido toda esperança em nós mesmos, não podemos encontrar o Salvador.

Há três coisas que nos levam à convicção: (1) A Consciência; (2) A Palavra de Deus; (3) O Espírito Santo. Todos os três sao usados por Deus.

Muito antes de existir a Palavra escrita, Deus tratava com o homem através da consciência. Foi por isto que Adão e Eva se esconderam da presença do Senhor Deus entre as árvores do Jardim do Éden. Foi isto que convenceu os irmãos de José quando disseram: “Na verdade, somos culpados, no tocante a nosso irmão, pois lhe vimos a angústia da alma, quando nos rogava, e não lhe acudimos. Por isso”, disseram eles (e lembre-se, mais de vinte anos haviam se passado depois que eles o venderam como cativo), “ por isso nos vem essa ansiedade”.

É a consciência que devemos usar com nossos filhos antes de atingiram uma idade onde podem entender a Palavra e o Espírito de Deus. E é a consciência que acusa ou inocenta o ímpio.

A consciência é  “uma faculdade divinamente implantada no homem, que o pede a fazer o que é certo”. Alguém disse que ela nasceu quando Adão e Eva comeram do fruto proibido, quando seus olhos foram abertos e  “conheceram o bem e o mal”. Ela julga, mesmo contra nossa vontade, os nossos pensamentos, palavras, e ações, aprovando ou condenando-os de acordo com a sua avaliação de certo ou errado. Uma pessoa não pode violar sua consciência sem sentir a sua condenação.

Mas a consciência não é um guia seguro, porque freqüentemente ela só dirá que uma coisa é errada depois de você a praticar. Ela precisa ser iluminada por Deus porque faz parte de nossa natureza caída. Muitas pessoas fazem o que é errado sem serem condenadas pela consciência. Paulo disse: “Na verdade, a mim me parecia que muitas cousas devia eu praticar contra o nome de Jesus, o Nazareno” (At 26:9). A própria consciência precisa ser educada.

Outra vez, a consciência freqüentemente é como um relógio despertador, que a princípio desperta e acorda, mas com o tempo a pessoa se acostuma com ele, e então perde o seu efeito. A consciência pode ser asfixiada. Creio que cometemos um erro em não dirigirmos as pregações mais para a consciência.

Portanto, no devido tempo a consciência foi suplantada pela Lei de Deus, que no seu tempo foi cumprida em Cristo.

Neste país cristão, onde as pessoas têm Bíblias, a Palavra de Deus é o meio que Deus usa para produzir convicção. A Bíblia nos diz o que é certo e o que é errado antes de você cometer o pecado, e assim o que você precisa é aprender e apropriar-se de seus ensinos, sob a direçao do Espírito Santo. A consciência comparada à Bíblia é como uma vela comparada ao sol lá no céu.

Veja como a verdade convenceu aqueles judeus no dia de Pentecostes. Pedro, cheio do Espírito Santo, pregou que “este Jesus que vós crucificastes, Deus o fez Senhor e Cristo”. “Ouvindo eles estas cousas, compungiu-se-lhes o coração e perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos: Que faremos, irmãos?” (At 2: 36, 37).

Em terceiro lugar, enfim, o Espírito Santo convence. Algumas das mais poderosas reuniões de que já participei foram aquelas em que houve uma espécie de quietude sobre o povo e parecia que um poder invisível se apoderava das consciências. Lembro-me de um homem que veio à reunião e no momento em que entrou,  sentiu que Deus estava lá. Um senso de reverência veio sobre ele, e naquela mesma hora sentiu convicção e se converteu.

 

Contrição

A próxima coisa é a contrição, o profundo sentimento de tristeza segundo Deus e humillhação de coração por causa do pecado. Se não houver verdadeira contrição, o homem voltará direto para o seu velho pecado. Esse é o problema com muitos cristãos.

Um homem pode sentir raiva e se não houver muita contrição, no dia seguinte sentirá raiva outra vez. A filha pode dizer coisas indignas, ofensivas à sua mae, e  porque sua consciência lhe perturba ela diz: “Mãe, sinto muito. Perdoe-me”.

Mas logo há um outro impulso genioso, porque a contrição não foi profunda nem verdadeira. Um marido diz palavras agressivas à sua esposa, e então para aliviar sua consciência, compra um buquê de flores para ela. Ele não quer enfrentar a situação como um homem e dizer que errou.

O que Deus quer é contrição, e se não houver contrição, não há arrependimento completo. “Perto está o Senhor dos que têm o coração quebrantado, e salva os de espírito oprimido.” “Coração compungido e contrito não o desprezarás, ó Deus.” Muitos pecadores lamentam por seus pecados, lamentam por não poderem continuar pecando; mas se arrependem apenas com corações que não estão quebrantados. Não creio que saibamos como nos arrepender atualmente. Precisamos de um João Batista, que ande pelo país, gritando:  “Arrependam-se! Arrependam-se!”

 

Confissão de pecado

Se tivermos verdadeira contrição, ela nos levará a confessarmos nossos pecados. Creio que nove décimos dos problemas em nossa vida cristã são resultado de não fazermos isso. Tentamos esconder e cobrir nossos pecados. Há muito pouca confissão deles. Alguém disse: “Pecados não confessados  na alma são como uma bala no corpo”.

Se você não tiver poder, talvez seja porque há algum pecado que precisa ser confessado, alguma coisa em sua vida que necessita ser removida. Não importa quantos salmos você cante, ou a quantas reuniões você compareça, ou o quanto você ore e leia a sua Bíblia, nada disso encobrirá esse tipo de problema. O pecado deve ser confessado, e se o meu orgulho me impede de confessar, não devo esperar misericórdia de Deus nem respostas às minhas oraçoes.

A Bíblia diz: “O que encobre as suas transgressões, jamais prosperará” (Pv 28:13). Pode ser um homem no púlpito, um sacerdote por trás do altar, um rei no trono _ não me importo quem ele seja. O homem está tentando fazer isso há seis mil anos. Adão o tentou e falhou. Moisés o tentou quando enterrou o egípcio que matou, mas falhou.

“Sabei que o vosso pecado vos há de achar.” Por mais que você tente enterrar o seu pecado, este tornará a aparecer mais cedo ou mais tarde, se não for apagado pelo Filho de Deus. Se o homem nunca conseguiu fazer isso em seis mil anos, é melhor você e eu desistirmos de tentar.

Há três maneiras de se confessar pecados. Todo pecado é contra Deus, e a Ele deve ser confessado. Há pecados que eu não preciso confessar a pessoa alguma no mundo. Se o pecado foi entre mim e Deus, devo confessá-lo sozinho no meu quarto. Não preciso cochichá-lo no ouvido de nenhum mortal. “Pai, pequei contra o céu e diante de Ti.” “Pequei contra Ti, contra Ti somente, e fiz o que é mal perante os teus olhos.”

Mas se fiz algo errado a alguma pessoa, e ela sabe que a prejudiquei, devo confessar o pecado não somente a Deus mas também a esta pessoa. Se o meu orgulho me impede de confessar meu pecado, não preciso ir a Deus. Posso orar, posso chorar, mas isso não adiantará. Primeiro confesse àquela pessoa, e depois a Deus, e veja com que rapidez Ele lhe ouvirá e lhe enviará a paz. “Se pois, ao trazeres ao altar a tua oferta, ali te lembrares de que teu irmão tem alguma cousa contra ti, deixa perante o altar a tua oferta, vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; e, então, voltando, faze a tua oferta.” (Mt 5: 23, 24). Esse é o caminho bíblico.

Há outra classe de pecados que devem ser confessados publicamente. Suponha que fui conhecido como um blasfemador, um alcoólatra ou um depravado. Se me arrependo de meus pecados, devo ao público uma confissão. A confissão deve ser tão pública quanto foi a trangressão. Muitas vezes uma pessoa dirá algo maldoso a respeito de outra na presença de terceiros, e então tentará apaziguar isso indo somente à pessoa prejudicada. A confissão deve ser feita de forma que todos os que ouviram a transgressão possam ouvir a confissão.

Somos bons em confessar o pecado de outras pessoas, mas se experimentarmos um verdadeiro arrependimento, ficaremos mais que ocupados cuidando dos nossos próprios pecados. Quando alguém dá uma boa olhada no espelho de Deus, não encontrará ali faltas dos outros; tem coisas demais a ver em si mesmo.

“Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” ( 1 Jo 1:9 ). Obrigado Senhor pelo Evangelho! Crente, se há algum pecado em sua vida, resolva confessá-lo, e seja perdoado. Não deixe nenhuma nuvem entre você e Deus. Garanta o seu título para a mansão que Cristo foi preparar para você .

 

Conversão

A confissão leva à verdadeira conversão, e não pode haver uma verdadeira conversão, até que se tenha dado esses três passos.

Agora a palavra conversão significa duas coisas. Dizemos que uma pessoa é “convertida” quando nasce de novo. Mas conversão também tem um significado diferente na Bíblia. Pedro disse: “Arrependei-vos...e convertei-vos”(At 3:19). Existe uma versão que traduz assim: “Arrependei-vos e voltai-vos”. Paulo disse que não foi desobediente à visao celestial, mas começou a pregar a judeus e gentios para que se arrependessem e se voltassem para Deus. Um certo teológo de outra época disse: “Todos nós nascemos de costas para Deus. O arrependimento é uma mudança de trajetória. É uma volta de cento e oitenta graus.”

Pecado é afastar-se de Deus. Como alguém disse, é aversão a Deus e conversão para o mundo; enquanto que o verdadeiro arrependimento significa conversão a Deus e aversão ao mundo. Quando há verdadeira contrição, o coração está entristecido por causa do pecado; quando há verdadeira conversão, o coração fica liberto do pecado. Deixamos a velha vida, somos transportados do reino das trevas para o reino da luz. Maravilhoso, não é ?

A não ser que nosso arrependimento inclua essa conversão, não vale muito. Se alguém continua em pecado, é a prova de uma profissão inútil. E como bombear água para fora do navio, sem tampar os vazamentos. Salomão disse: “Se o povo orar... e confessar teu nome, e se converter dos seus pecados...”(2 Cr 6:26).

Oração e confissão não seriam de proveito nenhum enquanto o povo continuasse em pecado. Vamos prestar atenção à chamada de Deus. Vamos abandonar o velho caminho perverso. Voltemos ao Senhor, e Ele terá misericórdia de nós, e ao nosso Deus, porque Ele perdoará abundantemente.

 

Confissão de Cristo

Se você é convertido, o próximo passo é confessar isso abertamente. Ouça: “Se com a tua boca confessares a Jesus como Senhor, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. Porque com o coração se crê para justiça, e com a boca se confessa a respeito da salvação” ( Rm 10:9, 10 ).

A confissão de Cristo é o clímax da obra de verdadeiro arrependimento. Devemos isso ao mundo, aos nossos semelhantes cristãos e a nós mesmos. Ele morreu para nos redimir, e podemos estar envergonhados ou com medo de confessá-Lo? A religião como uma abstraçao, como uma doutrina, tem pouco interesse para o mundo, mas aquilo que as pessoas podem testemunhar da experiência pessoal sempre tem peso.

Ah, amigos, estou tão cansado de cristianismo medíocre. Vamos nos entregar cem por cento por Cristo. Não vamos dar um som inseguro. Se o mundo quer nos chamar de tolos, que o faça. É apenas por um pouco. O dia da coroação está chegando. Graças a Deus pelo privilégio que temos de confessar a Cristo!

Por Dwight L. Moody

O BATISMO

 

O  BATISMO

UM LAVAR QUE PURIFICA

 

 

Introdução

        

Somente o Espírito Santo pode tornar-nos filhos de Deus, e ele tem seus meios de atuação --- a Palavra e os Sacramentos.  Neste estudo, queremos abordar um destes meios: o Sacramento do Santo Batismo.

 

QUE É UM SACRAMENTO?

 

 Por Sacramento entendemos um ato sagrado que preenche estes quatro requisitos:

1) Foi instituído por Deus;

2) Faz uso de meios externos (água, no caso do Batismo);

3) Liga este meio externo com a Palavra de Deus;

4) Concede o perdão dos pecados e as demais bênçãos adquiridas por Cristo na cruz.

Assim sendo, existem apenas dois sacramentos: o Batismo e a Santa Ceia, pois apenas estas duas cerimônias se enquadram em todos estes requisitos  (A Igreja Católica Romana possui sete sacramentos).

 

DAS CONFISSÕES LUTERANAS

Cremos, ensinamos e confessamos que o Sacramento do Santo Batismo foi ordenado por Jesus como meio da graça pelo qual o Espírito Santo “opera a remissão dos pecados, livra da morte e dá a vida eterna a quantos crêem.”

Pelo Batismo as crianças recebem a fé e se tornam filhos de Deus, e aos adultos o Batismo sela (confirma) o perdão dos pecados.  Enquanto alguém permanece na fé, desfruta das bênçãos do Batismo.

O Batismo deve ser administrado uma vez só, em nome do Deus triúno: Pai, Filho e Espírito Santo.  (Mt 28.19; Tt 3.5; Mc 10.14; Mc 7.4; 16.16; At 22.16.)

QUE É O BATISMO?

 

Foi o próprio Senhor Jesus que instituiu o santo Batismo.  Este sacramento não é um mero símbolo, mas é um poderoso instrumento através do qual o Espírito Santo regenera o pecador.   Obviamente, “aspergir um pouco de água sobre uma pessoa não iria salvá-la”, mas, no caso do Batismo, a água está ligada à palavra de Deus.  Nesta palavra unida com a água, é que reside o poder, como se vê no relato da Criação, em Gênesis 1.  Paulo diz que o “evangelho é o poder de Deus para a salvação.”  Esta palavra, quando aceita pela fé, transmite perdão, vida e salvação ao pecador.  (Veja quadro acima.)

è Mt 28.18-20: “Jesus, aproximando-se, falou-lhes, dizendo: Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra.  Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as cousas que vos tenho ordenado.”

è Tt 3.5-8:  “Segundo a sua misericórdia, ele nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo, que ele derramou sobre nós ricamente, por meio de Jesus Cristo nosso Salvador, a fim de que, justificados por sua graça, nos tornemos seus herdeiros, segundo a esperança da vida eterna.  Fiel é esta palavra...”

 

A NECESSIDADE DO BATISMO

 

O ser humano nasce em completa corrupção, estando espiritualmente morto, é pecador e incapaz de se salvar ou merecer a salvação por suas próprias obras e esforços.  Por causa disso, todos nós estamos por natureza perdidos e condenados à morte eterna no inferno.

è Rm 3.10-12:  “Não há justo, nem sequer um, não há quem entenda, não há quem busque a Deus; todos se extraviaram, à uma se fizeram inúteis; não há quem faça o bem, não há nem um sequer.”

 

Jesus, certa vez, estava explicando isso a um rabino judeu, chamado Nicodemos (Jo 3.1-15).  Nesta ocasião, Jesus lhe disse que, por causa da corrupção do ser humano, é preciso que ele tenha um novo nascimento.  A princípio Nicodemos pensou que Jesus estava falando de um novo  nascimento no sentido físico (v.4), mas Jesus esclareceu: “Quem não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no Reino de Deus. O que é nascido da carne é carne; e o que é nascido do Espírito é Espírito” (Jo 3.5-6).  Assim, Jesus lhe mostrou que este novo nascimento, necessário à salvação, não é físico, mas espiritual, realizado em nós pelo Espírito Santo, por meio da água unida à Palavra de Deus no Santo Batismo.

 

OS BENEFÍCIOS DO BATISMO

 

Estando perdidos e condenados por causa do pecado, com o qual nascemos, o novo nascimento que nos é dado no Batismo é justamente o perdão deste nosso pecado através de Jesus Cristo.

 

è Atos 22.16: “Levanta-te, recebe o Batismo e lava os teus pecados”.

è Atos 2.38: “Arrependei-vos e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão de vossos _________________, e recebereis o Espírito Santo.”

 

É importante saber que o Batismo não tira de nós o pecado, nem nos torna livres de cometer pecados; no entanto, o Batismo tira de nós a culpa do pecado e a conseqüente condenação que o pecado traz.  A justificação do pecador é um ato forense de Deus, ou seja, nós não somos justos, mas Deus nos declara justos em virtude do sacrifício redentor de Cristo em nosso lugar.  Assim, o Batismo não é uma purificação corporal do pecado, mas a certeza e a confirmação de que não mais seremos acusados ou cobrados diante de Deus, pois a culpa dos nossos pecados já foi paga por Cristo, de cujos méritos nós nos tornamos participantes.

è 1 Pe 3.21: “A qual (a água), figurando o batismo, agora também vos salva, não sendo a remoção da imundícia da carne, mas a indagação de uma boa consciência para com Deus, por meio da ressurreição de Jesus Cristo”.

 

O Batismo, portanto, é a aplicação pessoal e individual do perdão em Cristo e da fé a cada um de nós.  Por meio do Batismo, nós morremos com Cristo para o pecado, e renascemos (ressuscitamos) com Ele para uma vida nova, vida de filhos de Deus e não mais escravos do pecado.

O Batismo é nossa certidão de nascimento na família de Deus, por meio da fé.  Ou seja, no Batismo Cristo passa a habitar em nossos corações.  É por isso que o Batismo é chamado de o “lavar regenerador e renovador do Espírito Santo” (Tt 3.5).  “Regenerador”, porque nos gera de novo, dando-nos perdão dos pecados; e “renovador”, porque, por meio da fé, nos dá uma nova vida em Cristo.

è Rm 6.4: “Fomos, pois, sepultados com ele (Cristo) na morte pelo batismo; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos nós em novidade de vida.”

è Gl 3.26-27: “Pois todos vós sois filhos de Deus, mediante a ______, em Cristo Jesus; porque todos quantos fostes ______________ em Cristo, de Cristo vos revestistes”.

è Tt 3.5: “Não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo a sua misericórdia, ele nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo”.

è 2 Co 5.17: “Se alguém está em ______________ é nova criatura”.

 

QUEM DEVE SER BATIZADO?

 

Cristo instruiu seus discípulos (sua igreja) a batizar todas as pessoas em todos os lugares: todos os seres humanos, sem distinção de sexo ou idade.  Todos precisam “nascer de novo”.

è Mt 28.19:  “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo”.

 

POR QUE DEVEM SER BATIZADAS AS CRIANÇAS?

 

A Igreja Luterana batiza crianças.  Há, no entanto, igrejas cristãs que não aceitam esta prática.  As principais razões apontadas por estas igrejas para negar o Batismo infantil são: a ausência de ordem bíblica para isso, e a alegação de que as crianças não podem crer.  Em geral, estas igrejas não encaram o Batismo como um Sacramento (e sim, como um Sacrifício – obra humana), mas como um simples ritual simbólico de entrada na igreja, um símbolo do que acontece no coração do crente.  É por isso que não aceitam o Batismo infantil.

As razões pela qual a igreja Luterana pratica o Batismo infantil são:

1) porque crianças fazem parte de “todas as nações” (Mt 28.19);

2) as crianças também são pecadoras e precisam da salvação tanto quanto os adultos.  (“Eu nasci na iniquidade e em pecado me concebeu minha mãe” -- Sl 51.5);

3) o Batismo, como vimos, é o meio pelo qual Deus nos dá perdão e nova vida em Cristo, criando em nós a fé.   O poder e a eficácia do Batismo não dependem de quem o recebe ou aplica, mas de quem instituiu e deu o Batismo -- Deus.  Assim, mesmo que não compreendamos como pode uma criança ter fé, cremos que Deus pode fazê-la nascer de novo pelo Batismo, pois, para Ele nada é impossível. Aliás, um adulto também não pode crer por si mesmo! (“Porque para Deus não haverá impossíveis em todas as suas promessas” -- Lc 1.37; Veja tb Mc 10.14-16);

4) no Novo Testamento há relatos de batismos envolvendo famílias inteiras, entre as quais certamente havia muitas crianças.  Em At 16.14-15 lemos: “Lídia... depois de ser batizada, ela e toda a sua casa...”; Em At 16.32-34 nos é dito a respeito do carcereiro de Filipos: “...foi ele batizado, e todos os seus”;

5) em Cl 2.11-12, o Batismo é comparado à circuncisão, que era o sinal da aliança entre Deus e o seu povo (Gn 17.9-14).  A circuncisão era realizada nos meninos aos 8 dias de vida.  Temos, assim, uma indicação de que o Batismo pode também ser aplicado às crianças, pois o Batismo é o sinal da aliança no Novo Testamento;

6) caso não quisesse o Batismo infantil, Jesus o teria proibido, ou, pelo menos, haveria, na Bíblia, alguma referência à idade mínima.  A igreja não pode ser mais detalhista do que Deus, proibindo o que Deus não proibiu, ou limitando o que Deus não limitou.  A salvação e o amor de Jesus se estendem, sem dúvida, também às crianças.

è Mc 10.14-16: “Deixai vir a mim os pequeninos, não os embaraceis...”

 

COMO DEVE SER FEITO O BATISMO?

           

Há igrejas que insistem na imersão como sendo a única forma de batismo.  No entanto, Jesus não especificou o modo de usar a água.  A palavra grega para batizar é “baptizein”  e significa tanto lavar, como derramar, aspergir ou imergir.  

Batizar significa simplesmente aplicar água, de qualquer maneira, quer sejam algumas gotas ou, então, rios de água.  Também aqui vale o argumento acima: não podemos ser mais detalhistas do que Deus e limitar o que Deus não limitou!

No entanto, a fórmula do Batismo é clara quanto às palavras a serem usadas.  Jesus disse: “... batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo...”

Cabe à igreja, através dos seus ministros (pastores), realizar o Batismo.  Mas, em casos de emergência, qualquer pessoa pode batizar, desde que o faça com água e as palavras da instituição.

 

PODE ALGUÉM SER SALVO SEM SER BATIZADO?

 

Digamos que um bebê, nascido de pais cristãos, morre antes do batismo; ou que um adulto ouve o evangelho, crê em Cristo como Salvador, mas morre imediatamente, antes de poder ser batizado.   Estas pessoas serão salvas?

A Bíblia não afirma que todos os que morrem sem batismo estão perdidos.  A fé salvadora pode existir sem o batismo.  João Batista estava cheio do Espírito Santo antes de seu nascimento; e o penitente malfeitor, que fora crucificado com Jesus, embora não batizado, creu em Jesus e foi salvo. 

No entanto, o santo batismo é necessário.  Não podemos propositadamente rejeitá-lo e ainda sermos salvos.  Pela clara Palavra de Deus, dependemos do batismo; Deus, entretanto, não depende dele.

è Lc 23.42-43: “E acrescentou (o malfeitor): Jesus, lembra-te de mim, quando vieres no teu reino.  Jesus lhe respondeu: Em verdade te digo que __________ estarás comigo no ______________________”.

 

POR QUE PADRINHOS?

 

Os padrinhos de batismo foram introduzidos ainda nos primórdios da Igreja cristã, durante as perseguições.  Para evitar que inimigos se infiltrassem na Igreja, exigia-se dos que se apresentavam para o Batismo o bom testemunho de pessoas já cristãs.  Como este costume mostrou-se bom e conveniente, é mantido até hoje, embora por motivos diferentes.

Os padrinhos servem para: 1) testemunhar que a criança foi devidamente batizada;  2) auxiliar na educação cristã (especialmente se os pais vierem a faltar com esta responsabilidade);  3) orar pelo bem-estar, corporal como espiritual da criança;  4) substituir os pais, na eventual falta destes.

 

Renato Leonardo Regauer