sábado, 25 de abril de 2015

UMA RESENHA DA HISTÓRIA MUNDIAL



Uma resenha da história mundial -  DANIEL CAPÍTULO 8:1-14

visão de Daniel no capítulo 8:1-14 da Bíblia Sagrada pode ser dividida em quatro eventos importantes, nesta seqüência: 

Carneiro - Bode - Chifre pequeno - Santuário purificado

Ao contrário de Daniel 2 e 7, que começam com o império babilônico, Daniel 8 começa com a Medo-Pérsia. Não se dá nenhuma explicação, mas o mais provável é que a omissão tenha que ver com a época em que Daniel teve a visão, 547 a.C.. 

Babilônia foi excluída provavelmente porque já estava em declínio, e Deus queria enfatizar os eventos que viriam depois de Babilônia, e não a própria Babilônia.

A visão de Daniel 8 começa com o império medo-persa. Na profecia das 70 semanas de Daniel 9:24-27, as 70 semanas também começam no império medo-persa (veja Daniel 9:1 e 2). 

Alguns crêem que uma razão por que Daniel 8 excluiu Babilônia e começou com a Medo-Pérsia foi para ajudar a estabelecer o vinculo entre as profecias de Daniel 8 e Daniel 9. Comente esse argumento.

Depois do império medo-persa, surgiu outro poder. Em Daniel 8, ele aparece como um bode e representa a Grécia. Ele até é chamado assim. Dan. 8:21.0 chifre grande entre os olhos é Alexandre, o Grande. O império medo-persa "foi ficando cada vez maior" (v. 4), mas a Grécia, que veio em seguida, "tornou-se muito grande" até pisotear o carneiro. Vs. 7 e 8. 

Alexandre o Grande morreu em 323 a.C., com a idade de 32 anos (v. 8), deixando o império sem um sucessor capaz.

Depois de alguns anos de lutas internas, o império foi dividido entre seus generais. Cassandro tomou a Macedônia; Lisímaco apropriou-se da Trácia e noroeste da Asia Menor; Seleuco reteve a Síria e Babilônia; e Ptolomeu ficou com o Egito. 

Isso aconteceu exatamente como Daniel profetizou em Daniel 8:8, onde lemos a predição da morte de Alexandre e a divisão de seu império entre seus generais: "O seu grande chifre foi quebrado e em seu lugar cresceram quatro chifres notáveis para ocupar o seu lugar". 


Surpreendente! Daniel viveu no sexto século a.C. e não apenas descreveu a ascensão da Grécia no quarto século a.C., mas mencionou-a pelo nome. Uma profecia dessa natureza fortalece a nossa fé na Bíblia e nos assegura que nosso Deus amoroso não apenas conhece o futuro, mas até o tem em Seu controle.

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terça-feira, 21 de abril de 2015

MÁGOA - O CARCERE DA ALMA



MÁGOA - O CARCERE DA ALMA 

Nós sofremos mais por causa das pessoas do que por causa das circunstâncias. As pessoas nos fazem chorar mais do que as vicissitudes da vida. 

As pessoas nos decepcionam e nós decepcionamos as pessoas. Os relacionamentos dentro da família, no  trabalho e até igreja, algumas vezes, se tornam tensos. 

Feridas são abertas na alma e mágoas profundas se instalam no coração. Amizades são rompidas, casamentos são abalados, relacionamentos sólidos entram em  colapso. 

Nesse processo, a comunicação é rompida, o silêncio gelado substitui as palavras de amor e a desconstrução da imagem do outros se torna uma verdadeira ação de desmonte.

O resultado do adoecimento das relações humanas é a mágoa. Esse sentimento de amargura se instala no solo do coração e lança suas raízes trazendo perturbação para a alma e contaminação para os que vivem ao redor. 

A mágoa é a ira congelada. A mágoa é o armazenamento do ressentimento. A mágoa é entulhar o coração com rancor, é alimentar-se do absinto do ranço, é afogar-se no lodo do ódio, é viver prisioneiro da armadilha da vingança.

A mágoa é uma prisão. Ela é o cárcere da alma, o calabouço das emoções, a masmorra escura onde seus prisioneiros são atormentados pelos verdugos da consciência. Quem se alimenta da mágoa não tem paz. Não tem liberdade. Não tem alegria. Não conhece o amor. Não tem comunhão com Deus. Não pode adorar a Deus, nem trazer sua oferta ao altar. Quem retém o perdão não pode orar a Deus nem receber dele o perdão.

A mágoa é autodestrutiva. Ferimo-nos  a nós mesmo quando nutrimos mágoa por alguém. Guardar mágoa no coração é como beber veneno pensando que o outro é quem vai morrer. 

Quem guarda mágoa no coração vive amarrado pelas grossas correntes da culpa. Quem vive nessa masmorra adoece emocional, física e espiritualmente. Há muitas pessoas doentes porque se recusaram a perdoar. 

Na igreja de Corinto havia pessoas fracas, outras doentes e algumas que já estavam mortas em virtude de relacionamentos adoecidos  (“Quero, entretanto, que saibais ser Cristo o cabeça de todo homem, e o homem, o cabeça da mulher, e Deus, o cabeça de Cristo.” 1Co 11.3). 

Tiago ordena os crentes a confessarem seus pecados uns aos outros para serem curados (“Confessai, pois, os vossos pecados uns aos outros e orai uns pelos outros, para serdes curados. Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo.” Tg 5.16). 

Há muitas pessoas vivendo cativas no calabouço do diabo, prisioneiras do ódio, acorrentadas pela mágoa, cuja vida espiritual está arruinada. Gente que precisa ser liberta dessa prisão existencial, desse cativeiro espiritual.

O Salmista Davi orou pedindo a Deus para tirar a sua alma do cárcere (“Tira a minha alma do cárcere, para que eu dê graças ao teu nome.” Sl 142.7)

A chave que abre a porta dessa masmorra é o perdão. O perdão traz cura onde a mágoa gerou doença. O perdão traz reconciliação onde a mágoa gerou afastamento. O perdão traz alegria, onde a mágoa produziu tristeza e dor. 

O perdão restitui aquilo que a magoa saqueou.  O perdão é a faxina da mente, a assepsia da alma, a limpeza dos porões do coração. Perdoar é zerar a conta. É nunca mais lançar no rosto da pessoa a sua dívida. Perdoar é lembrar de sentir dor. Perdoar é não retaliar. É pagar o mal com o bem. É abençoar aqueles que nos amaldiçoaram. É fazer o bem àqueles que nos fizeram o mal. 

Perdoar é ser um vencedor, pois é vencer o inimigo não com a espada, mas com o amor. Perdoar é sair do cárcere da alma, é ser livre, é viver uma vida maiúscula, superlativa e abundante. Perdoar é viver como Jesus viveu, pois ele não retribuiu o mal com o mal, antes por seus algozes intercedeu. Perdoar é ter o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus.


Chegou a hora de raiar a liberdade em sua vida. A Palavra de Deus liberta: “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará” (Jo 8.32). Jesus Cristo liberta: “Se o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres” (Jo 8.36). 

É hora de sair do cárcere que prende a sua alma com as grossas algemas da mágoa. É hora de experimentar a liberdade do perdão. É hora de tomar posse da vida abundante que Jesus lhe oferece!


Rev. Hernandes Dias Lopes

O ORGULHO - A ORIGEM DO MAL




O ORGULHO - A ORIGEM DO MAL

Todos nós sofremos com o mal do orgulho, principalmente quando o confundimos com autoestima elevada, dignidade e autoconfiança. 
O nosso orgulho compete com o orgulho dos outros. 
Não se engane. Orgulho é algo que nos separa dos outros, cria o sentimento de competitividade (ao invés do de cooperação) e nos torna críticos e julgadores. 
Além disso, nos faz deixar de tomar boas e justas decisões devido ao medo de sermos rebaixados de alguma forma ou perdemos território ou privilégios. 
Ou seja, nada a ver com a autoestima, dignidade e autoconfiança citadas no começo.
Quem se ama, não é orgulhoso. Tem apenas uma noção clara do que esperar de si mesmo, em qualquer situação. 
Isso ajuda a manter sua integridade. Assim, mesmo que sofra alguma reviravolta negativa na vida, esta pessoa irá suportar com honra, bom senso e flexibilidade.

Quem é orgulhoso, porém:

Perde grandes oportunidades na vida por não querer dever favores; Perde amizades por não saber ceder em coisas insignificantes; Continua errando por não querer ouvir conselhos, principalmente se vier de pessoas que despreza;
O orgulho é perigoso. A Bíblia diz em Provérbios 16:18 “A soberba precede a destruição, e a altivez do espírito precede a queda.”
A humildade produz honra. 
A Bíblia diz em Provérbios 29:23 “A soberba do homem o abaterá; mas o humilde de espírito obterá honra.”
Deus é totalmente contra os orgulhosos. 

A Bíblia diz em 1 Pedro 5:5-6 “Semelhantemente vós, os mais moços, sede sujeitos aos mais velhos. E cingi-vos todos de humildade uns para com os outros, porque Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes. Humilhai-vos, pois, debaixo da potente mão de Deus, para que a seu tempo vos exalte.”
O orgulho pode separar-nos de Deus e das outras pessoas. 
A Bíblia diz em Lucas 18:14 “Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque todo o que a si mesmo se exaltar será humilhado; mas o que a si mesmo se humilhar será exaltado.”
Uma humildade semelhante à de uma criança é de muito valor no céu. A Bíblia diz em Mateus 18:4 “Portanto, quem se tornar humilde como esta criança, esse é o maior no reino dos céus.”
Os orgulhosos serão humilhados. A Bíblia diz em Mateus 23:12 “Qualquer, pois, que a si mesmo se exaltar, será humilhado; e qualquer que a si mesmo se humilhar, será exaltado.”
Os que são orgulhosos podem cair a qualquer momento. Quando achamos que estamos na crista da onda, está é a hora que pode acontecer o nosso maior tombo
A Bíblia diz em 1 Coríntios 10:12 “Aquele, pois, que pensa estar em pé, olhe não caia.”
O orgulho destrói, sufoca, mata, derruba, finaliza qualquer questão. 
É um pecado mencionado com bastante freqüência nas Escrituras e todas as suas menções indicam que Deus o odeia, porque nos causa a queda imediata. 
Isto também porque o orgulho cega o entendimento. Ele faz seus escravos pensarem que podem tomar o lugar do Onipotente Deus ou que podem ser uma criatura superior às outras. Mas isto é engano, um caminho que leva tudo à destruição.

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segunda-feira, 13 de abril de 2015

"SÊ TU UMA BENÇÃO" - SEJA VOCÊ UM ABENÇOADOR



SÊ TU UMA BENÇÃO

Uma das grandes conquistas da humanidade foi a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Depois das atrocidades da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), a ONU nomeou uma comissão para elaborar um documento que assegurasse os direitos de todas as pessoas. 

No fim de 1948, foi promulgada a primeira Carta contendo os direitos da pessoa humana. A partir dela, muitas outras foram formuladas, garantindo a dignidade humana diante dos abusos a violências que muitos ainda sofrem.

Este movimento mundial criou uma nova consciência na humanidade, principalmente no mundo ocidental. Tornamo-nos cidadãos mais exigentes, consumidores com mais consciência, trabalhadores melhores informados. 


São direitos reais, necessários a vida e inerentes ao ser humano. São inúmeras as entidades e organizações que hoje lutam pelos direitos humanos, colocando se a favor dos explorados e marginalizados. São também inúmeras as leis que, desde a Declaração dos Direitos Humanos, foram criadas para garantir a dignidade e o respeito.

Por outro lado, a consciência do direito criou um novo perfil no ser humano. Na medida em que nos tornamos cidadãos mais exigentes e conscientes dos nossos direitos, fomos perdendo a noção da dívida para com os outros. 


A luta pelo direito hoje não se restringe apenas ao campo político, social e econômico, foi incorporada a nossa cultura e a todas as esferas da convivência social. 

Isto tem nos levado a não reconhecer mais nenhuma obrigação para com Deus, pais, mestres, governo e sociedade. A tônica tem sido a seguinte: todos nos devem, e temos o direito de receber.

Este sentimento tira-nos a consciência de que somos protagonistas da História e, lentamente, cria em nós uma atitude passiva de espectadores ingratos. 


Vamos vivendo como se o mundo, os amigos, a familia, a igreja, a sociedade e o governo nos devessem algo. Nossa responsabilidade diminui na mesma proporção que cresce nossa expectativa em relação ao que esperamos dos outros.

Quando Deus chamou Abraão para deixar sua terra, seus parentes e amigos a seguir para um lugar que ele ainda não sabia ao certo onde seria, para ali criar uma nova nação (*ISRAEL) e estabelecer um povo para Deus, deu lhe uma recomendação nestes termos: "Sê tu uma benção". 


Tal imperativo definiu um perfil diferente na vida de Abraão. Ser bênção, e não simplesmente viver à procura dela, faz uma grande diferença.

Muitos hoje perguntam porque a Igreja Evangélica no Brasil, que tanto cresceu nas últimas décadas, não tem promovido as mudanças que imaginávamos iria promover quando tivesse as oportunidades que tem hoje. 


Arriscaria uma resposta simples: tornamo-nos consumidores religiosos com todos os direitos que um consumidor tem. Ao invés de ser benção, queremos receber bênçãos; usamos a igreja, a família e a sociedade para alimentar nossas ambições mais mesquinhas. 

Não somos mais agentes de transformação; viramos espectadores ingratos e exigentes. Ao invés de promover a prosperidade social, transformamo-nos em parasitas sociais, querendo cada vez mais e melhor para nós e não para os outros.

A conversão e a transformação do ser passivo num ser ativo; do paciente num agente; do parasita social num ser solidário; do consumidor religioso num canal de bênção e cura para os outros. 


A solução para as mazelas sociais que vivemos em nosso país não será conquistada por uma Igreja que exige o melhor para si; que reivindica o direito de ser cabeça e não cauda; que busca a sua prosperidade em detrimento da miséria dos outros. 

A cura para os dramas e injustiças que afligem o povo brasileiro esta numa Igreja que se disponha a sair e ser uma bênção para o país, que se curve e aceite a humilde tarefa de lavar os pés uns dos outros. 

Uma Igreja que trabalhe para o bem da sociedade, que lute pelos direitos do próximo, cujos membros procurem ser os melhores pais, os melhores filhos, os melhores maridos, os melhores patrões e os melhores empregados.

Quando o Senhor escolheu Abraão e o enviou para ser uma bênção, ele sabia que, ao ser bênção para os outros, encontraria a que buscava. 


Abraão foi um homem abençoado porque viveu para os outros, a não para si mesmo. A felicidade que busco está na minha capacidade de fazer com que as pessoas que convivem comigo experimentem a felicidade. O chamado cristão é sempre social.

A vida de muitos homens e mulheres de Deus ao longo da História foi ricamente abençoada porque viveram dominados pelo sentimento de dívida. Isso fez deles pessoas gratas, generosas, entregues, corajosas. 


Não esperavam que os outros viessem consolá-los; eles consolavam. Não viviam exigindo ou reivindicando direitos, mas carregavam um enorme senso de dívida; não viviam aguardando que alguém fosse procurá-los - eles é que procuravam. 

Eram bênção na vida dos outros e, consequentemente, eram abençoados.

Ser bênção para a vida dos outros é criar os meios para que a graça de Deus os envolva trazendo salvação, reconciliação, cura e libertação. É criar os meios para que o cansado encontre alivio, para que o doente ache consolo, para que o perdido seja achado. E usar os dons e talentos que Deus nos deu para criar novas esperanças e para alimentar a fé de outros.

"Sê tu uma bênção" é também a recomendação de Deus para cada um de nós. 


Não busque uma igreja abençoada; seja você mesmo uma bênção para ela. Não espere que seus irmãos sejam uma bênção para você; seja você uma bênção para eles. 

Não fique em casa aguardando algo extraordinário, saia e torne, em nome de Jesus, sua vida e a vida dos outros extraordinária.

A medida em que caminhamos em obediência e submissão, mesmo sem saber para onde estamos indo, mesmo sem ter nenhuma garantia do que vamos encontrar, e se mantivermos uma consciência de dívida, seremos uma bênção. 


Assim foi com Abraão, com José e também com o apóstolo Paulo, estes homens de Deus foram abençoados porque abençoaram.

Pr. Ricardo Barbosa de Sousa (Igreja Presbiteriana do Planalto - DF) 
Revista Eclésia (nº 85) - www.eclesia.com.br


jesussite.com.br

AS MARCAS DO REINO DE DEUS



“É necessário que eu anuncie em todas as cidades o evangelho do Reino de Deus, porque para isso fui enviado” (Lucas 4.43) 


Anunciar o reino de Deus é a tarefa principal da igreja e dos servos desta igreja.

Deus não nos chamou para construir templos, visitar os enfermos, ou qualquer outra coisa.

A nossa missão primeira, é Adorar a Deus e a nossa tarefa dentro dessa missão, é “anunciar Jesus e seu Reino”: É “Ganhar Vidas para Jesus!”.

Para Irmãos precisamos ter consciência do chamado de Deus, precisamos ser consagrado, e submisso a Deus.

SOMOS MESMO RESPONSÁVEIS POR OUTRAS PESSOAS?

Como cristãos, porém, somos mordomos da influência que nossas ações podem ter sobre outros. Temos liberdade e privilégio para adorar ao Senhor, mas também temos responsabilidades com os outros.
As pessoas desta época que vivemos são “obsessivamente individualista” e cheia de necessidades bem egoistas. 
Estão todos preocupados com seus prazeres, gostos, desgostos, problemas, objetivos e nenhuma gratificação com ninguém domina o dia.
Não interessa o futuro, não interessa o que estamos plantando, interessa o momento, interessa Deus tratando todos os casos. É isto que todos pensam
As pessoas pensam assim ,isso parece bom, eu quero, e quero agora uma solução para os meus problemas, mas primeiro tem que amar a Deus
Mas, se alguém ama a Deus, esse é conhecido dele (1 Coríntios 8:3)
Embora eu aprenda de Deus o que é certo e correto, e recebo Dele as minhas porções de benção, não devo apenas manter minha própria consciência limpa, mas devo por gratidão amar as outras pessoas e ajuda-las a também ter um bom relacionamento com Deus
O EQUILÍBRIO DE UMA PESSOA ILUMINADA neste mundo contemporâneo, é não ser pressionada a ser sempre o melhor em todas as coisas. 
O Evangelho, entretanto, oferece-nos a oportunidade de retirarmos de sobre nós esse fardo mundano (Mateus 11.30Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve).
Você não precisa viver a farsa com o estresse de ser quem não é! Você deve tornar -se o que o Senhor Jesus o chamou para ser. 
Não tente provar nada a ninguém. O filho de Deus conhece-nos por dentro e por fora. Ele sabe as nossas intenções, motivações e a forma que queremos ser reconhecido, Ele observa intimamente o seu coração e a sua mente. 
O que os outros pensam a seu respeito pouco importa. Devemos amar e não importa o que os outros vão falar. 
Apesar de todas as dificuldades que nos cercam, jamais devemos desistir de amar a Deus e ao próximo como a si mesmo, afinal este novo mandamento nos dá equilíbrio pra viver uma vida saudável.

 Afinal, o que caracteriza a verdadeira sabedoria é o temor do Senhor (Provérbios 1. 7 O temor do Senhor é o princípio do conhecimento; os loucos desprezam a sabedoria e a instrução). 

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domingo, 12 de abril de 2015

O ALTAR DE DEUS



Como deve ser o Altar de Deus?
Vamos refletir Sobre o Altar de Deus baseando nos questionamentos do profeta Malaquias:
1- O Altar é um LUGARMalaquias 1.17 “Ofereceis sobre o meu altar pão imundo e ainda perguntais: Em que te havemos profanado? Nisto, que pensais: A mesa do SENHOR é desprezível”
O profeta Malaquias questiona porque o povo profanava o altar oferecendo pão imundo, ou seja, entregando ofertas indesejáveis ao Senhor e desprezando o lugar santo. 
Isso ainda acontece quando as pessoas fazem do altar um lugar comum onde se apresentam de maneira imprópria e com o tempo começam não sentir mais alegria no Altar do Senhor.
O altar é um local, contudo deve ser um lugar santificado e “ungirás também o altar do holocausto e todos os seus utensílios e consagrarás o altar; e o altar se tornará santíssimo” (Êxodo 40.10). Todas as igrejas devem tomar este cuidado de consagrar a Deus o altar de seu templo e reverenciar este lugar de adoração.
Não podemos usar um lugar consagrado a Deus para dar glória aos homens (João 5.41). No Antigo Testamento, para subir ao altar era preciso reverência com vestes apropriadas “nem subirás por degrau ao meu altar, para que a tua nudez não seja ali exposta” (Êxodo 20.26). Hoje estamos no tempo da Graça e dispensação do Espírito Santo, mas não podemos deixar de respeitar o lugar de adoração.
Você tem colocado sua vida no altar do Senhor?
Se o altar é um lugar, então é lá que devemos estar!
                              
2- O Altar é uma POSIÇÃOMalaquias 1.10 “Tomara houvesse entre vós quem feche as portas, para que não acendêsseis, debalde, o fogo do meu altar. Eu não tenho prazer em vós, diz o SENHOR dos Exércitos, nem aceitarei da vossa mão a oferta”
Malaquias também lamenta que estavam oferecendo fogo em vão no altar do Senhor e deseja que as portas fossem fechadas para que isso não acontecesse mais. Afirma que o Senhor Deus não tem alegria em receber sacrifícios falsos e não aceita um culto religioso apenas sem sentido espiritual.
O altar, além de ser um lugar de adoração é uma posição, ou seja, uma postura que precisa ser tomada pelo adorador. Para estar no lugar de adoração é preciso ser um adorador.
Estar diante do Altar da igreja exige muito respeito e temor porque “o nosso Deus é fogo consumidor”(Hebreus 12.29) e “tudo, porém, seja feito com decência e ordem” (I Coríntios 14.40). Embora hoje estejamos no tempo da graça e temos alegria e liberdade pelo Espírito Santo, não podemos negligenciar a seriedade do altar do Senhor.
Quando a pessoa se apresenta diante de certo público se comporta de acordo com o ambiente. Por exemplo, num cinema, teatro, escola ou campo de futebol. Cada lugar exige o comportamento adequado. Do mesmo modo quando alguém está no altar de Deus, deve se portar conforme é digno.
Qual a sua postura quando está diante do Altar?
Saiba que é preciso ter reverência diante do Altar do Senhor!

3- O altar é a VIDA: Malaquias 2.13 “Ainda fazeis isto: cobris o altar do SENHOR de lágrimas, de choro e de gemidos, de sorte que ele já não olha para a oferta, nem a aceita com prazer da vossa mão”
Malaquias repreende o povo porque ofereciam ofertas no altar e não tinham prazer ao entregar seu sacrifício. A tristeza do povo não era de arrependimento dos seus pecados.
O Altar é a vida de cada cristão porque “o corpo é santuário do Espírito Santo, que está em vós” (I Coríntios 6.19). Então a pessoa que confessa a Jesus deve viver uma vida diante do Altar do Senhor em seu coração.
Spurgeon aconselhava seus alunos no seminário a nunca se descuidarem da prática da oração como parte integrante na vida do Ministro da Palavra. Declarou que o pregador precisa se distinguir acima de todas as demais pessoas como um homem de oração. "Ele ora como um cristão comum, ou de outra forma seria um hipócrita. Ora mais que os cristãos comuns ou de outra forma estaria desqualificado para o cargo que assumiu"1.
Cada crente deve ter consciência de viver no Altar do Senhor, colocando-se em oração constante diante de Deus (I Tessalonicenses 5.17) sabendo que Jesus morreu pelos seus pecados e que o Espírito Santo intercede por nós.
Nossas vidas devem ser oferecidas a Deus “como sacrifício vivo, santo e agradável a Deus que o vosso culto racional” (Romanos 12.1) ao negar-se a si mesmo e tomar sua cruz como Jesus ordenou (Lucas 9.23).  Em Apocalipse o altar é o lugar onde repousam as almas dos mártires (Apocalipse 6.9) que se sacrificaram por amor a Deus.
Sua vida é um altar para Deus?
Coloque-se em consagração como um altar vivo para o Senhor!
Sua vida deve ser um ALTAR!

 Salmos 43.4 “Então, irei ao altar de Deus, de Deus, que é a minha grande alegria; ao som da harpa eu te louvarei, ó Deus, Deus meu”

Se o Altar é um lugar santo, devemos respeitar e buscar estar sempre neste lugar procurando nos entregar a Deus. Se o Altar é uma posição, então devemos nos colocar em forma de adorador para viver em conformidade. Mas acima de tudo o altar deve ser a vida de cada cristão consagrando-se como templo do Espírito Santo de Deus.
Hoje Deus não usa mais altares passageiros, feitos de terra, nem altares de pedra que podem ser destruídos ou de madeira para ser carregado, mas Deus quer usar nossas vidas para manifestar sua presença.
Paulo certa vez esteve em um templo pagão e viu diversos altares e soube diferenciar todos eles até encontrar um altar diferente onde estava escrito “ao Deus desconhecido” (Atos 17.23). O apóstolo Paulo discerniu aquele altar e estrategicamente pregou para o povo declarando que o Deus a quem serve é maior que tudo e todos, criou o universo e nos salvou por um sacrifício verdadeiro de seu Filho Jesus Cristo que morreu na cruz para nos salvar.
Você tem discernimento no altar?
Reconheça o Altar como Santo, posicione-se corretamente e viva no Altar de Deus!

sábado, 11 de abril de 2015

O FRUTO DO ESPÍRITO



O fruto do Espírito. 

Como tudo o que diz respeito ao Espírito Santo é dinâmico e dinamizador, não se pode deixar de ressaltar o valor do fruto do Espirito na vida dos crentes/cristãos salvos. 


É só imaginar uma igreja em que os crentes, em sua maioria, possuem "amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança" (Galatas 5.22). 

É uma indicação poderosa de que há maturidade cristã, quando as pessoas possuem essas qualidades em suas vidas, a começar dos líderes e de suas famílias. O efeito é indescritível no seio da comunidade, quando se pode dizer que em determinada igreja local, verifica-se que o fruto do Espirito é percebido no meio das pessoas. 

Tais qualidades atraem mais pessoas para Cristo do que inúmeras mensagens e sermões, proferidos em cruzadas, encontros e seminários. Aliás, é através do Fruto do Espirito que se sabe se uma pessoa é realmente nascida de novo.Oração e jejum.

O exercício diário da oração é um reforço maravilhoso para a dinamização da igreja. Um velho ditado, proferido nos púlpitos, diz: "Muita oração, muito poder; pouca oração, pouco poder; nenhuma oração, nenhum poder". 


É a verdadeira expressão da verdade. Sem oração, é impossível haver dinamismo na igreja. Ela é a chave que abre as portas do sobrenatural, quando o homem de Deus, o líder da igreja local, se coloca de joelhos, buscando a unção do Espírito Santo. A oração, acompanhada do jejum, são recursos maravilhosos para todas as atividades da igreja.


Sem isso, a pregação fica sem poder; sem ela, o ensino é ineficaz; sem oração, a ação social torna-se mero assistencialismo; sem ela, os crentes ficam frios e sem forças; sem ela, os dons do Espírito não se manifestam; sem ela, os lares são atacados e derrotados por Satanás; sem ela, os pastores se tornam meros animadores de auditório; sem ela, a administração da igreja se faz com base apenas em princípios teóricos, tecnicistas e acadêmicos; sem ela, os novos convertidos são tragados pelo inimigo, e não permanecem por falta de apoio. 


O Pr. Paul (David) Young Cho, indagado sobre a causa do extraordinário crescimento da igreja que dirige, ele disse que não havia mistério. 

Segundo ele, a oração é a base do crescimento da igreja local, e que chega a passar mais de duas horas por dia, buscando a presença do Senhor em oração.
A oração e o jejum são indispensáveis ao dinamismo da igreja. Alguém já   disse, e gosto de repetir: "O diabo ri de nossa sabedoria; zomba de nossas pregações; mas teme diante de nossas orações". 


Os pastores modernistas e liberalistas não dão valor à oração. Eles acreditam que, com oratória, homilética e hermenêutica, estão suficientemente equipados para liderar a igreja. Para esses, basta ser jovial, saber falar, e abrir as portas para os costumes mundanos, e a igreja será dinamizada. Entretanto, sem oração, sem jejum, sem poder, as forças do mal impedirão o verdadeiro avivamento e crescimento da igreja.

O louvor dinâmico

Na virada do milênio, muitas igrejas locais, inclusive pentecostais, têm sido invadidas por um tipo de louvor, em que não se vê mais os crentes dando "glórias a Deus!", "aleluia!", "louvado seja Deus!", "amém!". Em lugar desse belo barulho santo, observa-se que há uma imitação completa dos espetáculos de auditório, da TV, dos "shows" de rock ou de pagodes mundanos. 


Pastores há, que ficam desesperados, procurando o endereço de celebridades, para promoverem eventos desse tipo, e superlotarem templos. Um cantor, um grupo ou uma banda, assoma ao palco, preparado cuidadosamente de acordo com a técnica, e , ao entrar, a multidão vibra (não com glórias a Deus), gritando, apupando, pulando e   assobiando, sem a menor reverência. 

Se não bastasse a imitação dos palcos mundanos, pastores aceitam que se coloque uma parafernália de luzes estroboscópicas, piscando em cores variadas, em meio a uma fumaceira de gelo seco, tudo para imitar o que ocorre nos espetáculos mundanos. Se não for assim, os protagonistas desses espetáculos carnais entendem que não se pode atrair os jovens e adolescentes, que tudo fica "careta". 

Infelizmente, o diabo conseguiu convencer que o secundário é melhor que o principal, e que a fantasia é mais bonita que a verdadeira forma de louvar a Deus. Contudo, se vamos para as páginas da Bíblia, vemos que o dinamismo do louvor não precisa de nada disso para ser dinâmico. Basta que sigamos os princípios da Palavra sobre o louvor, dentre os quais destacamos os seguintes:

O louvor deve ser santo.

S. Pedro nos ensina: "como filhos obedientes, não vos conformando com as concupiscências que antes havia em vossa ignorância; mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver, porquanto escrito está: Sede santos, porque eu sou santo" (1 Pe 1.14-16).

Talvez algum liberalista diga que isso nada tem a ver com louvor. Mas tem. E muito. O apóstolo nos exorta que devemos nos comportar como "filhos obedientes", não nos conformando "com as concupiscências que antes havia" em nossa ignorância. Antes de sermos crentes em Jesus, as concupiscências da carne prevaleciam. 

A música é uma área em que mais as pessoas dão evasão aos seus instintos carnais. É mais solene, grave e incisiva a recomendação para que sejamos santos em toda a nossa maneira de viver. Nesse contexto entra tudo o que fazemos ou deixamos de fazer, inclusive a área do louvor, da música, da expressão da adoração a Deus. 

O louvor santo tem que ser diferente do "louvor" mundano ou profano. Não adianta apenas mudar a letra, falando de Cristo, de Deus, de Jesus, do Espírito Santo, e colocar uma roupagem qualquer. A melodia, a harmonia e o ritmo têm que ser santificados para Deus. Quando os hinos e corinhos são santos, sente-se a presença do Espírito Santo. Quando são carnais, sente-se a presença do espírito humano e, às vezes, do espírito do diabo. (Ver Sl 29.2; Lv 10.10).

"Um cântico novo".

No Salmo 33.3, lemos: "Cantai-lhe um cântico novo; tocai bem e com júbilo". Certamente, o salmista se refere a uma nova maneira de louvar a   Deus, diferente das expressões musicais profanas. Do contrário, para que   falar em novidade no cântico. Tocar bem e com júbilo refere-se à execução bem elaborada e alegre.

Mas isso não quer dizer que os crentes têm que cantar e dançar ao som de certos ritmos, que estimulam a carne, e abatem o espírito. No Sl 40.3, está escrito: "e pôs um novo cântico na minha boca, um hino ao nosso Deus; muitos o verão, e temerão, e confiarão no SENHOR". 


Esse novo cântico tem que ser "um hino ao nosso Deus", que provoque temor e confiança no Senhor. Para haver dinamismo no louvor, não há necessidade de simplesmente "contextualizar" o cântico, adotando músicas e ritmos regionais, que levam a congregação a um clima de profanação, de carnalidade, ao invés de elevar o espírito de cada um para mais perto de Deus. Ritmos como axé, forró, lambada, rock, pagode, xote, e assemelhados não elevam o nível do louvor.

Pelo contrário, pessoas descrentes não vêm diferença do que ouvem nas danceterias.

Louvor decoroso.


O louvor, na igreja, devce ser decoroso, ou seja, com decência, pudor, honestidade. Diz o salmista: "Louvai ao SENHOR, porque é bom cantar louvores ao nosso Deus; isto é agradável; decoroso é o louvor". 


Ao mesmo tempo que é bom e agradável, louva a Deus, o louvor deve ser decoroso, ou seja, decente. Num "show" de música evangélica, em certa cidade, um conjunto famoso apresentou-se num teatro, e um dos cantores entrou no palco, sem camisa, e foi recebido com aplausos e assobios. 

Em seguida, a banda tocou diversos hinos, levando os presentes ao clímax com danças, gritos e assobios. Num outro "show", um apresentador, dançando, beijava uma jovem na boca, sem o menor respeito ao nome de Deus, que constava da letra da música. 

Em outra ocasião, presenciada por jovens que lá estiveram, quando uma banda entrou no palco , e seus componentes, em sinal de reverência, fizeram uma oração, foram vaiados. São rápidos exemplos do que me vem à mente, mas , por esse Brasil imenso, os festivais de música evangélica, em estádios cheios de gente, quanta profanação tem havido, em nome da música evangélica. 

Muitos entendem que para haver dinamismo no louvor, é necessário que as pessoas dancem, pulem, façam "trenzinhos", "aviõezinhos", etc., usando a Bíblia para respaldar esse comportamento irreverente e profano. Dizem que Davi dançou, Miriã dançou; que no salmo 150, em algumas versões, diz que se deve louvar "com adufes e com danças". 

Ora, a nosso ver, isso é oportunismo exegético. Primeiro, porque nosso guia de prática, na vida cristã, não é o AT e sim, o Novo Testamento. Embora não se diga que as danças faziam parte do culto no AT, em algumas ocasiões especiais elas eram adotadas. No NT, n o entanto, só vemos duas referências a danças. 

Uma, ligada a um fato macabro, que foi a dança da filha de Herodias (Mt 14.6), que resultou na decapitação de João Batista; a segunda, em Lc 15.25, quando do banquete pela volta do Filho Pródigo. Neste caso, não vemos base doutrinária para as danças na igreja neotestamentária, mas uma referência a um costume oriental.

Como parte integrante do culto.

No NT, vemos que o louvor faz parte integrante do culto, sendo mais congregacional, do que individual. Em 1 Co 14.26, lemos: "Que fareis, pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação". Além de fazer parte do culto a Deus, o louvor tem contribuir para a edificação, a exemplo das outras expressões da adoração.

Certamente, o louvor é importante para o dinamismo da igreja. Uma igreja que não louva, que não tem música, torna-se uma igreja seca, árida, vazia. Mas não se pode dizer , usando a Bíblia, que se pode louvar a Deus de qualquer maneira, fazer "show'", e que tudo é válido. 


Essa é uma afirmação própria do liberalismo e do relativismo, que tem avassalado igrejas inteiras, sob a complacência da liderança. Mas esta um dia vai prestar contas a Deus. O dinamismo no louvor exige santidade, simplicidade, reverência, oração e amor. Infelizmente, o de que menos a maioria dos músicos gosta é de oração, de vigília ou jejum.

O DINAMISMO HUMANO

1) O bom relacionamento.

O bom relacionamento entre os crentes é fator fundamental para seu dinamismo. Não adianta só orar, ler a Bíblia, jejuar, fazer vigílias, entregar dízimos e ofertas. É necessário que os fiéis sejam amorosos, unidos e sinceros. 


O Salmo 133, o texto por excelência da união entre os crentes, nos mostra que é bom e agradável que vivam unidos os irmãos, comparando esse comportamento ao frescor e ao perfume do óleo da unção, que era aspergido sobre o sacerdote santo, da cabeça até à orla dos seus vestidos. 

Essa união é tão maravilhosa que, onde ela existe, Deus derrama a "bênção e a vida para sempre".

A união provoca uma sinergia espiritual e humana extraordinária. Quando os crentes se unem para evangelizar, o trabalho fica menos difícil e agradável. Há um dinamismo que produz resultados benéficos em termos de salvação de almas, de transformação de vidas. As boas relações humanas entre os crentes em Jesus são indispensáveis para o crescimento espiritual e humano. 


A Bíblia diz que cada um deve considerar o outro superior a si mesmo (cf. Fp 2.3). Podemos dizer que há uma fórmula especial , para o relacionamento entre os cristãos, que se encontra em Gl 5.22. Ali, temos o Fruto do Espírito, traduzido em amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança.

Nessas nove expressões do fruto do Espírito , vemos o excelente relacionamento que deve haver entre os servos de Deus, desde os líderes até aos novos convertidos. Onde há essas virtudes, há paz, há a mor, há força, há dinamismo, pois as atividades são lubrificadas por um agir amoroso e santo. 


A partir desse relacionamento santo, as qualidades, os talentos e habilidades das pessoas, na igreja, são dinamizadas em alto nível. O conhecimento humano, técnico ou científico podem ser colocados à disposição da igreja local, sem prejuízo à espiritualidade, pois o amor e a união abrem as portas para a atuação humana legítima, sincera e abençoada. Nesse aspecto, do relacionamento humano, devemos destacar as relações humanas entre os pastores e os liderados.

Quando esses sabem cultivar a amizade e o companheirismo com as ovelhas, nota-se um clima emocional agradável. O pastor não fica num pedestal elevado, mas chega perto dos crentes, sentindo "o cheiro das ovelhas", e estas gostam de ouvir a voz do pastor. O aperto de mão, o sorriso sincero, a visita pastoral, tudo isso numa demonstração de amor e interesse pela vidas das pessoas, e não só pelo número delas ou por suas contribuições, tem um efeito dinâmico muito grande em qualquer igreja.

2) Métodos e técnicas.

Ações humanas podem ser bem aproveitadas no dinamismo da igreja local, notadamente na evangelização e no discipulado. O evangelismo pessoal, em grupo ou em massa são muito úteis, desde que estejam debaixo da unção do Espírito Santo, como vimos anteriormente. Os meios utilizados para a evangelização podem ser variados e dinâmicos. 


Sem desprezar os velhos métodos de distribuição de folhetos nas ruas, nas praças, nas casas; o velho e tradicional culto ao ar livre, outros métodos e recursos podem e devem ser aproveitados, desde que haja condições humanas e financeiras para tal. Na preocupação com o crescimento numérico, há igrejas que estão copiando métodos de evangelismo e discipulado, os quais são estratégias para subverter a ordem entre igrejas locais.

É o caso já conhecido do G-12, que mistura o método com ensinos e práticas que nada têm de respaldo bíblico, apelando, inclusive para práticas hipnóticas e sincretistas, como regressão, queima de pecados, perdoar Deus (!), etc. Para dinamizar não há necessidade de se adotarem práticas de técnicas espúrias. 


O uso do rádio, da TV, da Internet e outros, precisam ser sabiamente aproveitados para que a mensagem do evangelho seja levada mais rápido e mais longe. Não nos esqueçamos de que o diabo está andando de avião a jato, a 900 quilômetros por hora, ou pelas ondas da rede mundial de computadores, numa velocidade espantosa. 

Enquanto isso, há igrejas que preferem levar o evangelho somente a pé ou de bicicleta ou mesmo de jumento. Nada temos contra esses métodos antigos e lentos, pois Deus os usou e usa de modo eficaz. Porém , cremos que precisamos andar mais rápido com a evangelização mundial e local, se queremos apressar a volta de Jesus.

O DINAMISMO ORGANIZACIONAL

Sem querer enveredar pela linguagem técnica, em poucas palavras, desejamos ressaltar o valor dos princípios administrativos para a parte organizacional da igreja local. Aliás, queremos dizer que esses princípios estão todos na Bíblia, desde o Pentatêuco, perpassando por praticamente todos os livros da Bíblia. Nada há novo debaixo do sol.

Planejamento.

Usando a visão mais simples das funções administrativas, cremos que as atividades da igreja podem ser planejadas. É a função de planejamento que, aplicada à vida eclesiástica, pode trazer grandes benefícios. Com ela, evitam-se improvisações de ações e providências, que só trazem prejuizo e desperdício de energia e de recursos. 


A Bíblia, ninguém se engane, é o livro que mostra ao mundo o maior e mais perfeito planejamento do universo. Deus planejou tudo com perfeição divina, nos mínimos detalhes. Basta ler o primeiro capítulo de Gênesis, e ver, nos dias da Criação, uma demonstração inigualável de planejamento.

Em Lucas 14.28, vemos uma orientação de Cristo quanto ao planejamento. É lógico que não podemos planejar o que Deus quer fazer ou pode fazer. Essa área é da economia ou da administração do céu. Contudo, podemos planejar o que desejamos fazer para o Senhor, num determinado período, com os recursos escassos de que dispomos.

A organização das atividades

A a estrutura administrativa da igreja local precisa ser organizada , para que os recursos humanos, patrimoniais e financeiros sejam bem utilizados. Por falta de organização, há igrejas que não sabem o que fazer, quando fazer, com quem fazer e quando fazer. Um problema sério, que tomou conta de muitas igrejas, é o excesso de departamentos. 


Se não bastasse a departamentalização por atividades (oração, evangelismo, ensino, etc.), há a departamentalização por faixa etária (crianças, jovens e adultos), e isso levado a um extremo, que , no culto de jovens, os velhos não comparecem; no culto infantil, só vai criança.

Não é errado departamentalizar, mas é preciso que haja integração entre os diversos órgãos da igreja local, sob pena de se criar estruturas estanques, que não se comunicam umas com as outras, e que em nada contribuem para o objetivo ou Missão da igreja.

A direção dinâmica.

A direção das igrejas, nesses últimos anos, têm sido alcançadas por desafios jamais pensados. As igrejas em geral têm crescido, mas chegam a um ponto em que a centralização de trabalhos não se justifica. A Bíblia dá-nos o exemplo de Moisés, que, imaginando fazer o melhor, centralizava tudo em suas mãos, cansando-se, e cansando o povo que lhe procurava. Jetro , seu sábio sogro, admoestou-o a delegar competência, escolhendo homens capazes, que o ajudassem na pesada tarefa de liderar um povo de quase três milhões de pessoas.

Os líderes das igrejas precisam entender a vontade de Deus para sua permanência à frente do trabalho. Respeitamos e honramos os velhos obreiros, que deram o melhor de si para o crescimento da obra do Senhor no Brasil e no mundo. Contudo, há um momento em que as forças físicas e mentais não respondem mais às exigências da igreja local. 


E isso dificulta o dinamismo da igreja. Então, é necessário que se busque de Deus a orientação para uma transição tranqüila e segura, e a igreja possa continuar em sua marcha firme em direção ao seu objetivo maior, que é proclamar o evangelho ao mundo, e ser apresentada por Cristo ao Pai. Obreiros mais jovens precisam ser aproveitados, para que tenham oportunidade de colocar seus talentos a serviço do reino do Senhor. Controle e avaliação.

 Além disso, é interessante que a igreja local tenha controle e acompanhamento de suas atividades, por parte não só do pastor, mas de pessoas honestas, que possam avaliar o desempenho eclesiástico, sob a direção do Espírito Santo.

Elinaldo Renovato de Lima