A
IMORTALIDADE
A idéia da imortalidade da alma não é uma idéia
privativa do cristianismo. Foi aceita por vários povos: babilônios, persas,
egípcios e gregos.
·
O conceito da imortalidade foi desenvolvido nas antigas religiões da
Grécia e recebeu sua expressão filosófica nos escritos de Platão.
A- Dois são os vocábulos gregos
que comumente se traduzem com a palavra
imortalidade: athanasia e aphtarsia.
1- Athanasia- Aparece apenas 03
vezes no N.T.
A- I Tm.6.16
·
Usa-se esta palavra descrever Deus- Dt.10.17; I Tm.1.17.
·
A imortalidade aqui significa mais que uma mera existência sem fim.
Significa imortalidade original, a diferença de uma imortalidade outorgada.
·
Paulo ensina que Deus, como fonte da vida, é também fonte de todo tipo
de imortalidade.
·
Deus é o único que tem imortalidade.
·
Todos os demais somente recebem a imortalidade e a possuem quando
dependem dEle.
B- I Co.15.53 e 54
·
Paulo fala aqui do que acontecerá quando Cristo voltar:
1- A imortalidade aqui
mencionada é atribuída somente aos crentes.
2- A imortalidade é um Dom que
receberemos no futuro.
3- A imortalidade descrita
nesta passagem é uma característica não somente da alma, mas da pessoa inteira.
2- Aphtarsia
A- Rm.2.7- Para designar a meta
a que aspiram os verdadeiros crentes.
B- II Tm. 1.10- Refere-se ao
que Cristo trouxe a luz. Cf. I Co. 15.54-57; Hb.2.14.
C- I Co. 15.42, 53-54-
Refere-se à ressurreição.
·
Vs. 42- é utilizada para comunicar o fato de que o corpo é semeado em
corrupção e ressuscitado em incorrupção.
·
Vs. 50- Descreve aquilo que o corruptível ou perecível não pode herdar.
·
Vs. 53-54- A palavra é usada para descrever a incorrupção, o
imperecível com que o corpo presente será revestido na ressurreição.
3- O adjetivo aphthartos.
A- Usa-se para descrever Deus-
Rm. 1.23; I Tm. 1.17.
B- O corpo ressuscitado- I Co.
15.52.
C- A coroa pela qual Paulo se
esforça- I Co.9.25.
D- A incorruptível veste de um
espírito afável e tranquilo- I Pe.3.4.
E- A semente incorruptível da
qual renascemos- I Pe.1.23.
F- A herança incorruptível que
está guardada para nós nos Céus- I Pe.1.4
OBSERVAÇÕES:
1- As Escrituras não usam o
termo "imortalidade da alma".
A palavra
imortalidade:
·
É aplicada a Deus.
·
À existência total do homem no momento da ressurreição e
·
As coisas tais como a coroa imperecível ou a semente incorruptível, mas
nunca à alma humana.
2- As Escrituras não ensinam a
existência continuada da alma em virtude de sua inerente indestrutibilidade.
·
Segundo as Escrituras o homem foi criado por Deus e continua dependendo
de Deus para sua existência.
·
Não podemos indicar nenhuma qualidade inerente no homem nem nenhum
aspecto do mesmo que seja indestrutível
3- As Escrituras ensinam que a
comunhão com Deus é o supremo bem do homem.
·
O conceito da imortalidade da alma não diz nada a respeito da qualidade
da vida depois da morte.
·
Limita-se simplesmente a afirmar que a alma continua existindo.
·
A Bíblia enfatiza que viver sem Deus é a morte, pois a comunhão com
Deus é a vida verdadeira.
·
A vida verdadeira é desfrutada por aqueles que crêem em Cristo-
Jo.3.36; 5.24; 17.3.
·
A vida em comunhão com Deus continuará sendo desfrutada pelos crentes
depois da morte- Fp.1.21-23; II Co.5.8.
·
As Escrituras também ensinam que até aqueles que não têm esta
verdadeira vida continuarão existindo após a morte; sua existência, no entanto,
será de aflições, tormento e angústia- Lc.16.23-25; II Pe.2.9.
4- A Mensagem central das
Escrituras a respeito do futuro do homem é a ressurreição do corpo.
·
De acordo com a Palavra o corpo não é menos real que a alma; Deus criou
o homem em sua totalidade, corpo e alma em unidade.
·
O pensamento bíblico é o corpo não é um túmulo para a alma ( como os
filósofos gregos concebiam) mas sim o templo do Espírito Santo.
·
O homem não está completo sem o corpo.
·
A bem-aventurança do crente não é simplesmente a existência contínua da
alma, mas sim que em seu aspecto mais rico a ressurreição de seu corpo.
·
Esta ressurreição será para os crentes uma transição à glória, no qual
nossos corpos serão semelhantes ao glorioso corpo de Cristo.
·
O homem tem que experimentar uma transformação por meio da ressurreição
antes de poder desfrutar plenamente desta imortalidade.
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