A ADORAÇÃO VERDADEIRA
João 4:23,24
João 4:23,24
Quando pensamos em adorar a Deus,
geralmente imaginamos algo que emana de nós afim de expressarmos louvor às
qualidades de Deus. Seja através da música, do serviço, da oração ou de outra
forma de expressarmos adoração, pensamos que o louvor é original conosco. A
adoração verdadeira é produzida pelo homem e dada, com os devidos merecimentos,
ao único Deus vivo e verdadeiro? Será essa a verdadeira adoração que Deus
deseja receber do homem?
Definição de Adoração
O dicionário Aurélio define
adoração como culto a uma divindade; culto, reverência e veneração. O mesmo
dicionário define o verbete adorar como render culto a (divindade);
reverenciar, venerar (Dicionário Aurélio Eletrónico). As palavras equivalentes
a adoração no Velho Testamento significam ajoelhar-se a, prostrar-se (#7812,
Strongs) como em Êx. 20:5. As palavras equivalentes a adoração no Novo
Testamento significam beijar a mão de alguém, para mostrar reverência; ajoelhar
ou prostrar para mostrar culto ou submissão, respeito ou suplica (#4352,
Strongs) como em Mat. 4:10 e João 4:24.
A Base da Verdade
Seria um engano consciente se
achamos que toda e qualquer expressão de adoração que parte do homem é
verdadeira. O homem possui um coração enganoso e uma mente limitada (Jer 17:9;
Isa 55:8,9). Essas duas coisas produzem um erro que não é percebido facilmente
pelo homem, especialmente quando a maioria ao seu redor está envolvida no erro
(II Tim 4:3,4). Não é sábio colocar como base de sustentação aquilo que é
enganoso e limitado. Devemos usar o que é firme e eterno. Só a Bíblia é a base
firme para estipular o que é a adoração verdadeira. Se a Bíblia por escrito é a
base firme "mui firme" (II Pedro 1:19; Heb 4:12); se ela é a nossa
única regra de fé e prática, então tudo o que não concorda com ela tem que ser
julgado falso (Isa 8:20).
A Verdade e O Amor
O Amor leva à verdade,
A Verdade purifica o amor
O Amor leva à verdade,
A Verdade purifica o amor
Existe a verdade e a sua natureza
é única, exclusiva e eliminatória. A verdade proclama: "À lei e ao
testemunho! Se eles não falarem segundo esta palavra, é porque não há luz
neles." (Isa 8:20). A doutrina repreende, exorta, corrige e reprova com o
intuito de que haja perfeição e "boa" obediência (II Tim 3:16,17;
4:2,16). O ensinamento pela Palavra de Deus pode dividir (Heb 4:12, "mais
penetrante que espada alguma de dois gumes"; Mat. 10:34). Por a Bíblia ser
o entendimento verdadeiro, aquele que retém as Suas palavras odiará todo falso
caminho (Sal 119:104, 128). Se pretendemos agradar a Deus, temos que nos
separar de quem não anda segundo a verdade (ou na igreja - Rom 16:17; II Tess
3:6, 14; I Tim 6:3-5; ou no mundo - II Cor 6:14-18). Deus pergunta ao Seu povo,
"Porventura andarão dois juntos, se não estiverem de acordo?" (Amós
3:3). A resposta é clara, pois a verdade é única, exclusiva e eliminatória. O
amor, por natureza, é inclusivo. O amor é sofredor, não se irrita, nem suspeita
o mal. O amor bíblico sofre e suporta tudo (I Cor 13:4-7). O servo que anda com
a verdade não precisa desistir de amar. Mas há diferença entre o amor e a
participação com o erro. O amor equilibrado andará junto da verdade, nunca em
oposição a ela (João 14:15). O amor leva nos a cuidar de todos os que estão no
erro e, a verdade leva-nos a odiar o erro (Judas 1:23; Lev 13:56,57; I Cor 5:5;
II Cor 6:14-18). O Apóstolo Paulo tinha amor pelo povo de Israel e este íntimo
amor fez com que ele desejasse que eles andassem segundo a verdade (Rom 10:1;
11:14). Deus, o Amor verdadeiro, levou nos à verdade (Cristo) para nossa
salvação do pecado (Efés 2:4-7)! Para podermos entrar no amor, nosso erro tinha
que ser deixado de lado (arrependimento). Agora, para andarmos santos, por amor
a Deus, deixamos o erro (II Cor 6:14-18). É nosso culto racional (Rom 12:1). O
amor, mesmo inclusivo, é equilibrado pela verdade que é exclusiva. Por amor
aceitamos todas as pessoas e pela verdade esforçamo-nos para que essas andem na
luz.
Existe Adoração Falsa
- Existe adoração com forma mas sem
substância. Nos últimos dias, como nos dias passados, falsos profetas
virão (II Tim 3:1-8). Eles terão uma aparência de piedade (v. 5) e
aprendem o que diz a Bíblia (v.7), mas, na verdade, negam a substância, o
próprio poder da verdade (v.5) e são réprobos quanto àquela fé uma vez
dada aos santos (v. 8; Judas 1:3,4). É fácil percebê-los pois eles querem
propagar somente as coisas aprazíveis (Isa 30:10), fábulas (II Tim 4:3,4)
e freqüentemente apregoam tradições dos homens como se fossem mandamentos
de Deus (Mar 7:7,9). A adoração da forma correta leva-nos à substância da
verdade, ao aperfeiçoamento (II Tim 3:16,17).
- Existe adoração com os lábios, mas não
de coração. Essa adoração pode ter uma aparência impecável, como se o
povo estivesse chegando a Deus, assentando diante dele como o povo
verdadeiro de Deus, ouvindo as palavras de Deus, mas por fim, o coração
segue o pecado (Ezequiel 33:31; Mat. 7:7; 15:8). Essa é uma adoração
falsa. Em Isaías 1:2-17, o povo de Israel tinha oblações (v.13), orações e
o levantar das mãos (v.15), aproximação a Deus (v. 12), reuniões solenes
(v.13), holocaustos abundantes (v.11-13), mas não reconheciam o Senhor em
seus corações. Isso era visto por Deus como iniquidade e maldade (v.
13-16) e Ele escondeu os Seus olhos deles (v. 15). A adoração ocupou os
lábios de todo o povo mas o coração deles estava longe de Deus. Não há adoração
verdadeira se não houver obediência de um coração singular e temente a
Deus (Jer 9:23,24).
- Existe adoração com a lei, mas não com
o espírito. Os Fariseus eram religiosos que faziam tudo pela lei com a
esperança sincera de deixar a Deus o mais alegre possível. Socialmente
eram bem aceitos. Religiosamente também. A cerimônia era exatamente
conforme a lei que Deus estipulava mas, era uma adoração falsa. Deixaram o
espírito da lei desfeito (Mat. 23:15,23). Por sinal, quando a Verdade
passava por perto, os que adoravam por meio da letra da lei, zangavam-se.
No fim da historia, crucificaram a Verdade, para que pudessem continuar em
adoração pela lei (Mat. 26:57-68; 27:1). Não podemos classificar uma
adoração verdadeira aquela que aborrece A Verdade.
- Existe adoração com ignorância e é tida
como adoração falsa. Jesus, em a sua conversa com a mulher Samaritana
chegou a dizê-la que os Samaritanos adoram ao que não sabem (João 4:22). A
instrução de Cristo é: que se não está adorando em espírito e em verdade,
não está adorando ao Seu agrado (João 4:24). Jesus disse que os Fariseus
erraram praticando seus ensinamentos com ignorância da verdade (Mat.
22:29, "Errais, não conhecendo as Escrituras ..."). Paulo notou
a existência da adoração com ignorância. Em Atenas ele viu um altar,
"AO DEUS DESCONHECIDO". Ele julgava que isso não era adoração
verdadeira mas superstição (Atos 17:22,23). Se a adoração não é baseada na
verdade das Escrituras, é uma adoração falsa.
- Existe adoração com sacrifício, mas não
com obediência. O Rei Saul foi instruído para que destruísse
completamente os Amalequitas. Tudo, homem, mulher, crianças e animais
deviam ser destruídos. Nada deveria ser perdoado. O Rei Saul foi a cidade
e feriu-a mas tomou o Rei Agague, rei dos Amalequitas, vivo, como também o
melhor das ovelhas e das vacas, e também as de segunda ordem. Quando
Samuel encontrou-se com o Rei Saul na volta da campanha de guerra, Samuel
perguntou-o se a palavra do Senhor foi obedecida. O Rei Saul disse que
sim. Mas os balidos das ovelhas e o mugido das vacas veio aos ouvidos de
Samuel. Saul explicou que estas foram poupados porque podiam ser
oferecidas ao SENHOR, em Gilgal. Samuel explicou que essa é uma adoração
falsa, pois o obedecer é melhor que o sacrificar, e o atender melhor que a
gordura dos carneiros (I Sam 15:3,8-9,14,21-22). As ações do Rei Saul
tinham o aval do público. Todos estavam contentes por terem o estômago
cheio, e, também tinham agora as riquezas dos Amalequitas. Humilhar o rei
pagão era gostoso, mas, apesar do grau de aceitação humana da ação, deve
se levar em conta o fato de que só a obediência completa aos olhos de
Deus, é adoração verdadeira.
- Existe adoração com intenção pura mas
que não vale como adoração verdadeira. Saulo de Tarso tinha a melhor
das intenções na destruição dos crentes, mas era uma adoração falsa (Atos
22:1-5; Fil. 3:4-6). Quando o Rei Davi quis trazer de volta a arca da
promessa, ele tinha intenções puras. Ele e todo o povo de Deus estavam
empenhados em fazer o que achavam correto segundo Deus. Tinham a intenção
de levar a arca da terra dos inimigos sujos e pagãos à terra de Deus.
Sendo assim não fizeram da maneira correta e Deus ministrou morte entre
eles, por misturarem a sabedoria humana em meio a adoração e, pensarem que
era agradável a Ele (II Sam 6:1-8). Deve ser a mesma coisa entre os
religiosos em Mateus 7:15-23. Na adoração verdadeira, a intenção não é o
que vale mais, mas, a obediência em amor.
Nenhum destes exemplos, apesar da
aceitação por parte do povo, foram aceitos por Deus. Todavia eram abomináveis e
uma desgraça para Ele. Foram repreendidos por Deus, às vezes, até a morte.
Agora, pelos exemplos citados, estamos informados de que aquilo que queremos
dar ao Senhor pode ser uma abominação para Ele. Em verdade, a adoração
verdadeira não é aquilo produzido pelo homem e dado, com os devidos
merecimentos, ao único Deus vivo e verdadeiro. Aquilo que é produzido pelo
homem é contaminado pela natureza do homem, o pecado, e pela mente limitada do
homem.
Existe Adoração Verdadeira
João 4:23,24
João 4:23,24
É muito claro o que Deus procura
no assunto de adoração. Ele quer ser adorado em "espírito e em
verdade". O que cria confusão entre os que querem adorar O SENHOR é a
teoria tanto quanto a pratica de adorar em espírito. Podemos entender melhor
este assunto se entendêssemos o próprio espírito do homem.
O Espírito do Homem Natural
O homem natural (I Cor 2:14;
15:46), o primeiro Adão (I Cor 15:45); o que quer dizer: o pecador não salvo,
não pode adorar o Senhor verdadeiramente. Ele está morto espiritualmente. Quando
Deus falou a Adão e a Eva no Jardim do Éden, "certamente morreis"
(Gên. 2:7), ao comerem do fruto proibido, morreriam espiritualmente (Gên. 3:6;
Efés 2:1; I Cor 2:14). Agora o filho natural de Adão é filho da desobediência
(Efés 2:2), é inimigo de Deus (Rom 8:7), separado de Deus (Isa 59:1,2) e com
entendimento limitado (I Cor 2:14). Não há nada que venha naturalmente do
pecador e que pode agradar a Deus (Jer 13:23; Rom 8:8; João 3:3-6; 15:5). O
primeiro Adão é terreno, uma alma vivente e só (I Cor 15:45-47). Ele vive
segundo a sua natureza pecaminosa, o que a Bíblia determina como "o homem
velho" que se corrompe pelas concupiscências (Efés 4:22; I João 2:16; Rom
6:6). Isso quer dizer que aquilo que o homem natural faz segundo o seu coração enganoso
(Jer 17:9) é gerada pelas suas concupiscências, e por essas, é corrompido.
Mesmo na esfera da religião pois não habita bem algum na carne (Rom 7:18). O
homem natural, não salvo, pode vestir-se com a religião e moralizar as suas
ações, mas, mesmo assim, por não ser espiritual, não agrada a Deus de nenhuma
maneira (Mat. 7:21-23; Luc 6:46; 11:39-44; João 4:22; Atos 17:22-24; Rom 8:8,
"não podem agradar a Deus").
O Espírito do Homem Novo
O homem espiritual (I Cor 2:15;
15:46) é feito espiritual pelo último Adão, Cristo (I Cor 15:45). O último
Adão, é do céu e é espirito vivificante (I Cor 14:45-47). Este novo homem feito
espiritual é o pecador salvo. Este pode adorar o Senhor verdadeiramente. Este
homem novo é adotado pela família de Deus, torna-se filho de Deus (Gal 4:5; I
João 3:1,2), amigo (João 15:15) e deixa de estar separado de Deus (Efés 2:14).
Este novo homem passa a ter entendimento espiritual (I Cor 2:15). É
espiritualmente vivo (João 3:16; 10:28; Efés 2:1) e não peca (I João 5:18).
Todas essas bênçãos espirituais nos lugares celestiais se dão por Jesus Cristo
(Efés 1:3; João 3:16). O Espírito de Deus reside no corpo do novo homen (I Cor
6:19; II Cor 6:16) e faz com que o novo homen seja agradável perante Deus por
Jesus Cristo (Efés 1:6). O cristão, vivificado espiritualmente, é chamado por
novo homem (Efés 4:24) ou homem interior (Rom 7:22). Esse novo homem é criado
por Deus em verdadeira justiça e santidade (Efés 4:24; Col 3:10). O novo homem,
o cristão, o homem interior, tem prazer na lei de Deus (Rom 8:22) e anseia ser
obediente pois é feito conforme a imagem de Cristo que foi obediente em tudo
(Rom 8:29; João 17:4; Fil. 2:8). Este novo homem é evidenciado pelos desejos e
ações da santidade. O fruto da santidade será visto no crente pelo Espírito
Santo, através de Jesus Cristo e é proveniente da nova natureza dada por Deus
(Gal 5:22; Efés 4:24). O fruto da santidade não se une ao que é imundo (Sal
97:10; 119:104; Prov 8:13) por obediência a Palavra de Deus (Efés 2:8-10).
Existe a adoração verdadeira pela vida separada do mundo e em obediência à
Palavra de Deus.
A Adoração Verdadeira
- Em Espírito -
- Em Espírito -
Por causa destas duas naturezas
habitarem no crente, há conflitos. Uma natureza deseja os prazeres da carne e
batalha contra a outra que vive segundo a justiça e a santidade (Rom 7:23,24;
Gal 5:17). As tentações vêm ao crente através da sua carne (I Cor 10:13; Tiago
1:13-15). O crente é justificado eternamente por Jesus Cristo (João 3:16;
10:28,29; Heb 9:12, "eterna redenção"), mas vive confessando seus
pecados para ser purificado em seu viver no mundo (I João 1:9; Prov 4:18).
A adoração que agrada a Deus não é produto dos
esforços do homem natural mas fruto do Espírito Santo que está no novo homem.
Isso é o que significa "adorar em espírito".
Só o que é produzido por Deus é
aceito por Ele pois o que o homem natural toca, suja. Para podermos adorar a
Deus verdadeiramente temos que estar "em espírito", movidos e feito
por aquela nova natureza nascida de Deus no crente. Isto seria visto naquele
que é separado do mundo e obediente à Palavra de Deus. A adoração movida pelas
emoções da carne e pelas maneiras e métodos de culto inventados pelo homem,
mesmo que sejam dirigidas a Deus, são vãs e não aceitas por Deus, pois não são
dEle. O que Deus aceita é feito por Ele e evidenciado pela santidade, silêncio,
temor e por uma crescente obediência (Sal 97:10; Hab. 2:20; Mat. 7:21; Rom
8:27; Fil. 1:6; 2:13).
- Em Verdade -
Mesmo este estudo sobre a
adoração verdadeira estando dividido em dois pontos (espírito e verdade)
devemos entender que um não existem sem o outro. Importa a Deus que os que O
adoram O adorem tanto em espírito quanto em verdade. Se adoramos o Senhor
somente em um ponto, estamos adorando incorretamente. Mas, podemos, para maior
clareza, os estudar separadamente.
A Necessidade da Verdade
O homem sempre precisa ter um
equilíbrio. Por ele ter as duas naturezas, é preciso ser sempre lembrada a
influência que a natureza pecaminosa pode exercer no crente. Por isso há tantos
versículos na Bíblia sobre a necessidade do Cristão ser vigilante e sóbrio (I
Tess 5:6; I Ped 5:8) despertado do sono (Rom 13:11-14) e ser espiritual (Mat.
26:41; Gal 5:16,17,24-26; Efés 5:14-21). Também, por ter um inimigo astuto,
cheio de ardís (Gên. 3:1; II Cor 2:10,11; Apoc 12:9) incansável (I Ped 5:8) que
arma lutas espirituais contra nós (Efés 6:11) precisamos de um alicerce forte
no qual podemos nos estabelecer. A Palavra de Deus é o equilíbrio que o Cristão
precisa. Ela é a verdade (João 17:17), mui firme (II Ped 1:19) viva e eficaz
(Heb 4:12) em meio a mentira e o engano sagaz que opera ao nosso redor (Heb
12:1). Ela nos aperfeiçoa para a defesa (Efés 6:13-17) e resistência (I Ped
5:9) contra as astutas ciladas do diabo e o engano do nosso próprio coração
(Sal 119:130; I Tim 3:16,17). São provados os espíritos pela verdade (I João
4:3; I Tim 4:1) e não por nossos pensamentos manipuláveis ou emoções
enganadoras. De fato, a Bíblia é a única regra de fé e ordem para o crente e
isso também vale para a adoração. Tendo a adoração verdadeira - em espírito e
em verdade - o Cristão pode adorar durante um dilúvio, peregrinação no deserto,
na fornalha, na cova dos leões, em prisões ou exilado em uma ilha. Não é
necessário microfones, música talentosa, cerimônia, sorridentes, ambiente
agradável, uniformes ou prédios lindos. É necessário estarmos em Cristo e Ele
em nós é isso se evidencia em uma vida obediente.
A Maior Verdade - Cristo
Cristo é a Verdade (João 14:6). O
que Deus produz pelo Seu Espírito traz à lembrança o que Cristo ensinou (João
14:26) e testifica de Cristo (João 15:26). A adoração verdadeira nunca pode
agir contrariamente aos ensinamentos de Cristo ou exemplificar outra vida se
não a de Cristo. Se Cristo é a verdade, tudo que agrada a Deus deve estar em
conformidade a Ele pois o Pai se compraz no Filho (Mat. 3:17 ; 17:5).
A Espiritualidade deve ter Obediência
Excluir a obediência da Palavra
de Deus (Cristo) seria uma abominação para Deus Quem queremos adorar (Luc
6:46). Substituir as Escrituras Sagradas por algo diferente também é uma
abominação (Mar 7:7; Tito 1:14). Há uma multiplicidade de atrativos para
afastar o Cristão de uma adoração verdadeira. Há fabulas ou genealogias
intermináveis (I Tim 1:4; 4:7) ofertas vás, incenso, observação de luas novas e
sábados (Isa 1:13,14). Mas tudo isso tende a adicionar algo à Palavra de Deus
em vez de seguir a sua pureza (Prov 30:5). Não devemos melhorar a verdade (Deut
12:32; Apoc 22:18,19), devemos só observá-la. Uma sensível atenção, um estudo
constante, uma meditação contínua em conjunto com uma obediência temente à
verdade, a Palavra de Deus, é essencial para uma adoração verdadeira. Não
podemos separar a adoração espiritual da adoração prática (obediência). O
próprio Espírito Santo é chamado Espírito da verdade (João 14:17; 15:26; 16:13)
que nos aponta a Cristo que era perfeitamente espiritual e mostrou a Sua
espiritualidade pela Sua obediência (Fil. 2:8; João 14:11). É certo que podemos
ser menos espirituais que Cristo mas de nenhum jeito podemos ser tão
espirituais para que a obediência à verdade torne-se desnecessária.
A Obediência deve ser Espiritual
Pode haver obediência sem
espiritualidade. Aqueles que crucificaram a Cristo cumpriram a Palavra de Deus
completamente mas, mesmo sendo obedientes, não operaram com o desejo de adorar
ao Senhor (Atos 2:21,22; 4:27,28). Os demônios crêem na verdade mas tampouco
adoram ao Senhor segundo a operação do Espírito Santo (Tiago 2:19). Os Fariseus
obedeceram a lei a risca mas não entraram no reino de Deus (Mat. 5:20). Pelo
estudo feito podemos entender bem melhor que o que Deus deseja, adoração em
espirito e em verdade, é algo que não pode ser produzido pelo homem, mas por
Deus. É produzida pelo Espírito de Deus na vida do Cristão que vive segundo à
Sua Palavra em amor.
Não caia no que parece gostoso à
carne, mesmo à carne religiosa. Seja ativo no que agrada Deus e será aceito
pelo Mesmo (João 15:1-11)
Calvin G.
Gardner
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