O ENSINO CRISTÃO |
I.
INTRODUÇÃO
O propósito deste manual é apresentar o ministério do ensino, especialmente
a Escola Dominical. Através deste estudo notaremos que o professor da Escola
Dominical é uma dádiva de Deus para a sua igreja e para sua classe em particular..
Ele foi suprido de compreensão espiritual e outros complementos para cumprir
sua tarefa. A responsabilidade do professor em desenvolver e aperfeiçoar seu
ministério assume o mais profundo significado em vista dessa verdade.
PARA SER EFICIENTE O PROFESSOR CRISTÃO DEVE:
1. Reconhecer a importância da sua tarefa.
2. Preparar-se com profundidade.
3. Esforçar-se em seguir o exemplo de Jesus.
4. Estudar a matéria a ser ensinada.
5. Entender o processo de aprendizagem.
6. Aprender variados métodos de ensino.
7. Planejar suas aulas.
8. Ensinar com motivação.
9. Despertar o aluno para a salvação e o crescimento espiritual.
II. O MINISTÉRIO DO ENSINO (Ef 4.11,12; Rm 12.1-8)
A Escola Dominical subsiste como o maior centro de ensino bíblico do mundo
inteiro.
O Evangelista Billy Graham declarou: "Tenho a convicção de que a Escola
Dominical é o único e maior centro para ensinar ao povo a Palavra de Deus, bem
como, por si mesma, uma tremenda força evangelística".
A) A importância do ensino no Velho Testamento
Dt 4.10 "Aprendam a temer-me, e as ensinem..."
Dt 4.14 "Estatutos e juízos"
Dt 4.5 "Como me ordenou o Senhor meu Deus"
Dt 6.7 "Assentado em tua casa, andando pelo caminho..."
I Sm 12.23 "E eu vos ensinarei o caminho bom e direito"
Ne 8.8 "Leram no livro da lei de Deus, esclarecendo-a..."
Sl 25.4 "Ensina-me as tuas veredas"
Sl 27.11 "Guia-me pela vereda direita"
B) A importância do ensino no Novo Testamento
Mt 28.19, 20 "Portanto, ide e fazei discípulos..."
At 18.11 "Ficou ali um ano e seis meses, ensinando..."
At 5.42 "Não cessavam de ensinar, e anunciar a Jesus..."
I Tm 3.2 "Bispo, apto para ensinar..."
II Tm 2.2 "E o que de mim...confia-o a homens fiéis"
III. LEIS DO ENSINO
A) A lei do professor
1. Precisa viver o que ensina - Isso é
especialmente verdadeiro no caso do professor cristão que deseja ensinar
assuntos espirituais, transmitindo a vida abundante a seus alunos (Jo 10.10).
Nenhuma outra qualificação é tão fundamental e essencial.
2. Características - O apóstolo Paulo, escrevendo
a Timóteo, apresenta algumas características daquele que exerce liderança:
"Se alguém
aspira ao episcopado...é necessário que seja: Irrepreensível, marido de uma só
mulher, vigilante, sóbrio, honesto, hospitaleiro, apto para ensinar, não dado
ao vinho, não espancador, mas moderado, inimigo de contendas, não ganancioso,
que governe bem a sua própria casa, não neófito, e que tenha bom testemunho dos
que estão de fora." I Tm 3.1-7
3. Deve estar em constante desenvolvimento - II Tm
2.15 - "Procura apresentar-te a Deus..."
Não é fácil ensinar na Escola Dominical. Contrariando a opinião de alguns, é
muito mais do que "captar a atenção dos alunos durante uma hora e contar
algumas histórias". O ensino da Escola Dominical, levando em conta seus
resultados eternos e de grande alcance, exige do mestre o melhor que ele pode
dar. Exige que se empenhe no treinamento, no preparo, na oração e no
planejamento. Exige que se entregue a essa tarefa, com todas as suas forças.
Nada menos do que a dedicação total permitirá o pleno desenvolvimento desse
ministério.
Se o mestre faz algo menos do que seu melhor esforço em ocasiões comuns, não
poderá esperar fazer um bom esforço em ocasiões especiais.
4. Deve ser avaliado constantemente
5. Trabalhar com dois professores por classe - Dois
professores do mesmo nível, que não sejam trocados anualmente. Preparar uma
equipe de apoio pedagógico para cada classe.
6. Evitar ao máximo atrasos e faltas - Uma vez que
o professor ensina pelo seu testemunho, a pontualidade e a presença constituem
exemplos fundamentais.
B) A lei do aluno
1. Deve prestar atenção, com interesse, à matéria a ser
aprendida.
PRINCÍPIO DA ATENÇÃO
1. O professor deve despertar e manter o interesse dos alunos.
Para manter a atenção, o assunto deve ser interessante e estar relacionado à
necessidade do aluno.
2. Será difícil manter a atenção se a matéria a ser estudada for conhecida
ou complexa.
3. Verificar se o conteúdo está sendo assimilado pelos alunos
4. Explorar a curiosidade dos alunos, pois essa é uma grande arma para fixar
a atenção e estimular o interesse.
5. Adequar a aula à personalidade do grupo.
1. As duas Leis
A Lei da Linguagem
A linguagem empregada no ensino deve ser comum
entre o professor e o aluno.
A Lei da Aula
A verdade que se ensina ao aluno terá como base
uma verdade já conhecida.
2. O professor, para aplicar essa lei, deve:
a. Descobrir aquilo que os alunos já sabem.
b. Começar com fatos e idéias que são familiares aos alunos.
3. Faça uso de ilustrações:
a. A ilustração deve ser mais clara que a verdade que se quer
ilustrar.
b. A ilustração deve interessar o aluno e estar relacionada à sua experiência.
c. As ilustrações devem ter uma relação real com a lição.
d. Evite o excesso de ilustrações.
e. Evite o uso de ilustrações que causem má impressão.
f. Evite ilustrações que possam sugerir más idéias.
4. Como aplicar as ilustrações?
a. Cite a ilustração e aplique a verdade.
b. Cite a verdade e aplique a ilustração.
5. Organizar a matéria de tal modo que cada passo dê
seqüência ao passo seguinte; preceito sobre preceito.
6. Relacionar a lição nova à anterior.
7. Levar em conta o desenvolvimento mental do aluno.
A Lei do Processo de Ensino
Ensinar é: despertar a mente do aluno para
captar e reter a verdade.
1. O alvo é fazer do aluno um descobridor da verdade.
Baseia-se na premissa de que o próprio aluno é que desenvolve a aprendizagem.
2. Essa lei diz respeito aos meios empregados pelo
professor para despertar as atividades que o aluno empreende por conta própria.
3. O professor, para
observar essa lei, deve:
a. Estabelecer com clareza na sua mente o que deseja que o aluno
aprenda.
b. Estabelecer um ponto de contato.
c. Despertar o interesse do aluno.
d. Reprimir sua própria impaciência e o desejo de contar tudo quanto sabe.
e. Dar ao aluno tempo para pensar.
f. Fazer o aluno pensar, de tal modo que chegue aos fatos pessoalmente. É muito
provável que ele não saiba como estudar e pesquisar.
g. Reformular perguntas que antes não receberam respostas.
h. Ensinar o aluno a pensar, mediante as perguntas: O quê? Por quê? Como? e
também: Onde? Quando? Por quem?
OUÇO E ESQUEÇO;
VEJO E GUARDO NA MEMÓRIA;
FAÇO E COMPREENDO.
A Lei do Processo de
Aprendizagem
Trata da maneira pela qual o aluno vai
desenvolver e aplicar o assunto a sua vida.
1. O aluno, ao observar essa lei, enquanto orienta sua própria aprendizagem,
deve:
a. Formar uma idéia clara daquilo que está sendo estudado.
b. Procurar expressá-la com suas própria palavras.
c. Cultivar o hábito da pesquisa.
A Lei da
Revisão
Deve haver revisão e aplicação para testar e
confirmar a obra de ensino.
IV. O PREPARO DA LIÇÃO
Dificilmente encontraremos um professor que nunca tenha tomado esta
resolução: "vou preparar melhor a lição para o domingo que vem".
Muitos cumprem essa promessa, mas outros continuam empregando o mesmo modo
descuidado e ineficiente de preparar suas lições. Os resultados exemplificam a
qualidade de sua vida e ministério.
1. Falta de atenção na aula.
2. Alta porcentagem de ausências.
3. Falta de conversões a Cristo.
4. Inexistência de crescimento e desenvolvimento do aluno.
As pessoas querem saber mais sobre a Bíblia. Mas ninguém quer ser censurado
durante 30 minutos numa sala de aula. Portanto, compete ao professor descobrir
uma maneira agradável de transmitir a lição.
A FIM DE ATINGIR SEU OBJETIVO, O PROFESSOR DEVE:
1. Preparar-se através da oração (Mc 1.35; Lc 5.16). A oração é o segredo do
poder no ensino. Em oração é que o coração do professor se prepara e através da
oração é que seu ministério se desenvolve. O professor ora pedindo benefícios
para seu ministério; e para seus alunos.
2. Preparar-se com antecedência. Alguns professores esperam até sábado à
noite para começar seus preparativos. Esses são os que constantemente resolvem
fazer de modo diferente, mas que raramente conseguem modificar-se.
O preparo de cada lição deve começar no início da sua respectiva semana. Assim
haverá tempo adequado, e o professor estará confiante quanto à ministração da
lição. Além da vantagem conquistada pelo estudo diário, há a vantagem extra da
lei conhecida como "função cerebral subconsciente". O subconsciente
nos ajuda muito. Depois de havermos feito um estudo árduo e consciente de
determinado assunto, nossa mente continuará trabalhando nesse assunto, enquanto
dormimos ou cuidamos de outras coisas.
3. Preparar-se com um propósito. Deve estabelecer o alvo da lição
considerando as necessidades e características dos alunos. Anote seus planos
enquanto for prosseguindo.
4. Possuir uma boa biblioteca. O professor deve
ser amante da leitura e possuir boa biblioteca a fim de pesquisar e ir além do
conteúdo de sua revista. No final deste estudo você encontrará sugestões
bibliográficas de grande ajuda para sua vida e ministério.
V. PASSOS A SEGUIR NO PREPARO DA LIÇÃO
A interação entre classe e professor tem características muito próprias.
Depende de vários fatores, como maturidade dos alunos, grau de informação,
tamanho da turma e uma soma de características que podemos chamar de
personalidade da classe. Nem todos os alunos têm o mesmo comportamento. Mas em todas
as classes há um tipo de atitude que predomina. Os especialistas costumam citar
quatro grandes grupos:
Rebelde - É a turma em que os alunos geniosos dão o tom, mesmo se estiverem
na minoria. Costuma ser barulhenta, indisciplinada e pouco produtiva. Exige do
professor firmeza para impor a autoridade, paciência e muita disponibilidade
para testar várias técnicas até encontrar um foco de interesse capaz de prender
a atenção.
Ansiosa - É aquela turma interessada. Falam muito; questionam; trazem
novidades; desviam-se do tema central. Esse tipo de turma exige do professor
muito trabalho para atender suas expectativas, sem falar na rapidez de
raciocínio e capacidade de improvisação.
Acomodada - É aquela turma tranqüila, que faz o que é pedido, mas não sai do
desempenho médio e tem dificuldades quando se exige algo mais criativo. Dá ao
professor a sensação de passar roupa com ferro frio. Exige técnicas para ser
estimulada e desafios que a façam tomar atitudes e posições mais participativas
Imatura - É a turma que trata a escola como uma extensão da própria casa e
tenta estabelecer uma relação de parentesco com o professor. Costuma ser
imaginativa, mas tem dificuldades para transformar isso em algo objetivo. O
professor deve tomar cuidado para não infantilizar ainda mais os alunos e
estimulá-los a serem independentes.
A) Leia previamente a série de lições
Aprender por unidades é muito mais fácil do que aprender parte por parte. Assim
sendo, uma série de lições usualmente encerra um tema e um propósito global.
Uma série constitui uma unidade. Cada lição dentro da série tem um propósito
específico que se relaciona ao propósito global. Dessa forma, nenhuma lição
deve ser planejada sem dizer respeito às demais aulas; pelo contrário, deve
haver um exame prévio da série inteira. O professor poderá, com esse método,
dominar o conteúdo e o propósito geral da unidade, e, por sua vez, transmiti-lo
aos alunos. Cada lição passará então a ter mais significado para os alunos,
que, por sua vez, perceberão quanto ela contribui para o tema da unidade.
B) Domine a lição específica
O professor deve conhecer a lição de tal maneira que possa levar outros a
conhecê-la também. É necessário o perfeito domínio e preparo da lição.
C) Tenha em vista um alvo com a lição
Para determinar os alvos específicos da lição, o professor considerará as
necessidades dos alunos e relacionará o conteúdo da lição a tais necessidades.
D) Reuna e organize materiais para a lição
Os materiais e as ilustrações que o professor reúne durante semanas, sempre serão
úteis. A lição pode crescer como bola de neve, ou seja, vai reunindo mais e
mais material, e, quando o professor inicia o preparo específico da lição, ele
freqüentemente descobre que já tem mais material do que pode empregar no
horário previsto para a aula.
E) Considere certos fatores para selecionar os métodos de ensino:
1. A natureza do objetivo. O objetivo pode ser desenvolver uma habilidade,
aumentar o conhecimento ou desenvolver opiniões ou atitudes. Seja qual for o
caso, os métodos serão determinados pelo objetivo.
2. A maturidade dos alunos. Levar em conta o nível das idades. Certos métodos
são mais eficazes para um nível do que para outro.
3. A atitude do aluno em relação ao aprendizado. Alguns alunos têm grande
interesse em aprender, outros não têm interesse e outros, total aversão. O
professor terá de dedicar tempo para conquistar esses alunos, a fim de
conduzi-los à verdade.
4. O ambiente da sala. O equipamento disponível, o tamanho e a arrumação da
sala de aula eliminarão certos métodos e contribuirão para outros.
5. O tempo disponível para o ensino. Métodos como a preleção e a história
oferecem economia de tempo. Debates, perguntas e respostas despendem mais
tempo.
6. Habilidade e outras qualificações do professor. A personalidade do
professor, suas características, seu treinamento, sua habilidade e sua
experiência também influirão na seleção dos métodos. No decorrer do tempo,
descobrirá quais métodos sabe empregar melhor. O professor deve sempre testar
novos métodos.
7. Planeje alguma ajuda visual. Muitas instruções que acompanham as lições
sugerem ajudas visuais que devem ser empregadas em conformidade com a lição.
Esse recurso servirá para captar a atenção e manter o interesse dos alunos.
Além disso, poupará tempo e facilitará o aprendizado.
Para que o aprendizado ocorra, o aluno precisa empenhar-se de modo ativo nesse
processo. O único aprendizado que permanece é o auto-adquirido. O único
aprendizado que resulta em mudança de sentimento e de ações é o realizado pelo
próprio aluno.
Para que se entenda melhor essa idéia, consideremos os seguintes postulados:
· O aluno aprende até 10% do que ouve.
· O aluno aprende até 30% do que vê.
· O aluno aprende até 50% do que ouve e vê.
· O aluno aprende até 70% do que ouve, vê e repete.
· O aluno aprende até 90% do que ouve, vê, repete e faz.
Uma regra prática é a seguinte: quanto maior o número de sentidos
envolvidos, tanto mais rápida e melhor será a aprendizagem.
8. Os alunos sentem-se motivados a aprender quando:
· Têm prazer no que estão fazendo.
· São oferecidas oportunidades de escolha.
· Experimentam um sentimento de realização.
· Percebem que são aceitos pelo professor.
· Percebem entusiasmo no professor, que acredita na importância do que está
fazendo.
VI. O PLANO DA LIÇÃO
O plano da lição deve ser breve, simples e prático. Deve ajudar o professor
a dirigir e organizar seus preparativos para a aula. Exemplo:
· Texto bíblico.
· Texto bíblico central (um versículo que resume o tema).
· Título da lição.
· Verdade central (resumo em uma palavra ou frase).
· Objetivo da lição.
· Métodos de ensino.
· Ajudas visuais e outros materiais necessários.
· Esboço da lição.
· Tarefas eventuais para a lição seguinte.
· Minha avaliação desse período da aula.
VII. O ALUNO
· Pense em três alunos seus.
· Sabe o nome completo deles?
· Pode lembrar-se onde eles moram?
· Sabe a data do aniversário deles?
· Como vão indo nos estudos?
· Mantêm boas relações com suas famílias?
· Conhece algum problema em particular?
· É capaz de citar alguns de seus passatempos favoritos?
· O que poderia dizer sobre seu testemunho cristão?
· Há alguma coisa em especial de que necessitam?
· Quando foi que aceitaram a Cristo como Salvador?
Você conhece realmente os seus alunos? Para ensinar de forma correta, o
professor deve ser capaz de responder às perguntas acima.
A individualidade de cada pessoa é uma especialidade divina. Contudo, em
determinada fase do desenvolvimento, muitos possuem características comuns. A
Bíblia ensina que o homem foi criado à imagem e semelhança de Deus (Gn 1.26).
Como tal, ele tem o potencial para o desenvolvimento. Mas é também pecador,
separado do Criador, e necessita de salvação (Rm 3.23). É aqui que o educador
cristão difere do humanista secular, que tem grande admiração pelas qualidades
humanas e pela bondade do homem. O professor cristão procura dar oportunidade a
cada aluno de passar pela experiência genuína e pessoal da fé em Deus, mediante
a obra redentora de Jesus Cristo (Rm 5.1). Depois de experimentar a salvação, o
aluno deve ser guiado à maturidade em Cristo (Ef 4.13-15).
Seguem-se duas sugestões práticas que auxiliarão o professor na tarefa de
observar o desenvolvimento espiritual de seus alunos.
A) Observar a vida do aluno
Nenhum professor conhecerá realmente seu aluno se o vir apenas por alguns
minutos na Escola Dominical. Observar a vida do aluno significa aproveitar
todas as oportunidades para conhecê-lo nas mais variadas áreas.
B) Manter dados completos e atualizados
Os dados sobre determinado aluno servem como importante meio de acompanhar o
seu desenvolvimento.
Seria ideal que o professor tivesse uma ficha de informação de cada aluno.
Assim, no caso de o aluno ser transferido de classe, os professores trocariam
informações sobre ele, e o novo professor teria conhecimento das suas
características. Um bom registro deve incluir as seguintes informações:
1. Histórico familiar. A vida familiar exerce
papel importante na formação da personalidade do indivíduo e no seu modo de
vida.
2. Nível socio-econômico. O professor sensato
cuidará para que todos os alunos se sintam à vontade, sejam amados e aceitos,
independentemente da sua situação socio-econômica.
3. Cultura e valores étnicos. É provável haver
dois ou mais grupos étnicos numa classe. O professor sábio aceita grupos
distintos, e ainda aproveita para demonstrar, através de sua atitude, a
necessidade comum a todos os homens de experimentarem o amor de Deus.
4. Capacidade, aptidão e inteligência. Um problema
comum à escola secular e à cristã são os mais variados níveis intelectuais
existentes entre alunos da mesma idade. Alguns podem ser muito inteligentes,
mas não possuir motivação. Outros podem demonstrar interesse, mas não possuir
aptidão ou habilidade. Outros podem estar pouco motivados para aprender. O
professor precisa conhecer a capacidade de cada um e agir de acordo.
5. Necessidades pessoais e auto-estima.
Intimamente relacionados com o histórico familiar estão os problemas pessoais e
a auto-estima. Alguns alunos são seguros e confiantes. Sentem-se amparados e
não requerem atenção especial. Por outro lado, há os que se sentem inseguros e
inferiores, sobretudo diante de seus colegas. O professor precisa dedicar
atenção especial a esses. Necessitam de um professor particularmente sensível
aos seus problemas.
6. Interesse espiritual. Alguns alunos têm grande
facilidade em compreender a verdade espiritual, ao passo que outros parecem
indiferentes e passivos. Muitos fatores contribuem para isso. Uma das razões
mais importantes é que muitos alunos são forçados a freqüentar a Escola Dominical.
Nesse caso, sua resistência é um ato de rebelião contra os pais.
7. Limitações físicas. O aprendizado pode ser
seriamente prejudicado por problemas de leitura, enxaquecas e outras
incapacidades físicas ou mentais. É preciso cuidado e atenção para despertar o
potencial de cada aluno, considerando suas limitações, a fim de que se sintam
seguros e à vontade.
Fazendo essas observações e registrando-as, o professor tem meios a que
recorrer para compreender melhor seu aluno. Isso abrirá as portas do relacionamento
entre professor e aluno, facilitando o processo do aprendizado.
VIII. COMPREENDENDO SEMELHANÇAS E NECESSIDADES TÍPICAS
O professor deve estudar com muito cuidado e atenção as características e
necessidades típicas da faixa etária que irá ensinar.
As informações que seguem, ainda que resumidas, nos trazem uma idéia das
características e de suas implicações.
A) Berçário - 2 a 3 anos
1. Características físicas e suas implicações.
Crescimento rápido; atividade; cansaço rápido; sentidos do gosto e do tato
ávidos de estímulo.
Necessidade de variações, liberdade para mudar de atividade durante a aula,
fornecendo material que possa ser sentido e manuseado.
2. Características mentais e suas implicações.
Aprendizado rápido a partir das coisas que os circundam. Usam os
cinco sentidos para aprender; têm imaginação viva; vocabulário limitado mas em
crescimento; período curto de atenção.
Deixem que olhem, sintam e toquem; use histórias das quais possam participar;
figuras e objetos que possam segurar e completar; use métodos variados e
curtos.
3. Características sociais e suas implicações.
Egocêntricos; confiantes; amorosos e carentes de amor; cheios de
medo, raiva e frustrações; felizes; brincam sozinhos; pouco sentimento de
grupo.
Ensine a compartilhar, a amar e a confiar em Deus, no professor e nos outros.
Ofereça oportunidades para a livre expressão; torne agradável o tempo
desfrutado na sala de aula.
4. Características espirituais e suas implicações.
Vêem a Deus como real e vivo; oram com facilidade; amam a Deus sem
dificuldades; são imitadores; podem imaginar Jesus como um grande amigo; a
Bíblia representa algo especial.
Ensine a orar, a cantar, a adorar; repita com freqüência versículos bíblicos
fáceis de compreender.
5. Características emocionais e suas implicações.
Dependentes, tímidos; têm temores imaginários; são sensíveis ao
ambiente; necessitam de segurança e atenção; irritam-se com confusão, quando
cansados; têm compreensão literal; são cheios de deslumbramento e maravilha.
Atenção individual, voz baixa; seja calmo, evitando barulho e confusão. Faça
que se sintam em casa; quando possível, inclua um professor do sexo masculino.
Use programas variados que requeiram atividade muscular e atividades
tranqüilas. Evite o uso de símbolos nos cânticos e nas histórias; leve-os a
descobrir a Deus.
B) Pré-escolares ou Jardim de Infância - 4 a 5 anos
1. Características físicas e suas implicações.
Crescimento rápido; desenvolvimento muscular com falta de boa
coordenação; habilidade em certos jogos; agressividade; brincalhões; cansam-se
com facilidade.
Tire tempo para atividades físicas; dê-lhes alguma responsabilidade; varie o
período das aulas.
2. Características mentais e suas implicações.
Curiosidade; período curto de atenção; imaginação rica; vocabulário
limitado; praticidade (tomam tudo ao pé da letra); muita fantasia.
Responda com atenção às perguntas deles; utilize-as em aula; varie; promova
jogos que usem a imaginação; seja claro; empregue palavras que eles conhecem;
raciocine com eles; exemplifique com histórias e ajudas audiovisuais.
3. Características sociais e suas implicações.
Egocêntricos; amistosos; imitadores; querem aprovação.
Ensine-os a compartilhar; seja amigo deles; dê bom exemplo; demonstre amor.
Ensine o amor de Deus; oriente-os em suas formas de expressão.
4. Características espirituais e suas implicações.
Imaginam Deus de modo pessoal como o pai; confiam nele e o amam;
diferenciam o certo do errado; prestam sincero culto a Deus; têm fé.
Ensine-os a relacionar-se com Deus através da oração; faça-os saber que Deus
aprova o que é correto; proporcione-lhes tempo para adoração; ensine acerca de
Jesus.
C) Primários - 6 a 8 anos
1. Características físicas e suas implicações.
Ativos; crescimento irregular; abandono da primeira infância; querem
fazer.
Promova muitas atividades; ofereça oportunidades para a livre expressão.
2. Características mentais e suas implicações.
Período curto de atenção; levam tudo ao pé da letra, pensam de
maneira concreta; imaginativos, raciocínio crédulo; interesse pelas
necessidades físicas; observadores.
Varie os procedimentos; seja claro e preciso; permita-lhes usar a imaginação,
mas leve-os a distinguir o real do irreal; raciocine com eles; use ajudas
audiovisuais.
3. Características emocionais e suas implicações.
Divirta-se com a classe; o professor deve ser calmo; ensine a
confiança em Deus; incentive-os à solidariedade com as necessidades alheias.
4. Características sociais e suas implicações.
Amáveis com os companheiros da mesma idade e com o sexo oposto;
egoístas; gostam de ajudar; necessitam de livre-expressão; preferem as
atividades individuais.
Agrupe-os; ensine a compartilhar; promova tarefas que dêem oportunidades de
colaboração; oriente a livre-expressão.
5. Características espirituais e suas implicações.
Têm fé natural e crêem na oração; são espiritualmente sensíveis; em
geral gostam da Escola Dominical; são preconceituosos; visualizam Deus como
santo, cheio de amor e de força.
Forneça-lhes tempo para orar e cultuar; incentive-os a ser obedientes a Cristo;
leve-os a experimentar o amor e a ajuda de Deus.
D) Juniores - 9 a 11 anos
1. Características físicas e suas implicações.
Energéticos e ativos; sadios; crescimento físico lento, exceto os
músculos; resistentes; vagueadores.
Promova atividades ao ar-livre.
2. Características mentais e suas implicações.
Poder de concentração e de raciocínio; ansiosos pelo saber; fazem
muitas perguntas; têm boa memória; gostam de colecionar; adoram histórias;
gostam de investigar.
Raciocine com eles; leve-os a pensar; ative-lhes a memória proporcionando-lhes
material para decorar, como versículos ou trechos bíblicos; oriente-os para
algum interesse espiritual.
3. Características sociais e suas implicações.
Organizam-se em grupos, egoístas e impacientes, têm consciência do
que é justo; culto aos heróis; menos tímidos; gostam de competir.
Encoraje o sentimento de "classe" através de tarefas para todo o
grupo; ensine-os a discriminar as boas ações e as boas relações; dê bom
exemplo.
4. Características espirituais e suas implicações.
Prontos para a salvação; têm fé singela; adquirem com facilidade o
hábito de ler a Bíblia e de orar; determinam padrões elevados; podem crescer
espiritualmente; preocupam-se com as necessidades espirituais dos outros; podem
ver a Deus como o grande juiz.
Guie-os a Cristo; ensine-os a confiar em Deus; estabeleça alvos para o estudo
bíblico; ensine-os a avaliar; encoraje-os a estabelecer alvos espirituais; dê
ênfase ao trabalho missionário.
5. Características emocionais e suas implicações.
Têm menos temores; irritadiços; sentimentos mistos; são contra
manifestações de afeição; raramente ciumentos; tendência a ódio forte;
divertem-se com tudo, gostam de piadas.
Conte histórias de heróis; seja um guia e não um ditador; demonstre amor e
aceitação; ensine-os a dar valor à habilidade dos outros; ajude-os a aprender a
controlar o gênio; ria com eles na hora certa.
E) Pré-adolescentes - 12 a 14 anos
1. Características físicas e suas implicações.
Mudanças e crescimento (meninas mais rapidamente); problemas com a
pele e com a aparência, mudança de voz; consciência do sexo; um tanto
desajeitados.
Atividades físicas como parte do currículo; dê oportunidade para que
compreendam a si mesmos através das lições; mostre a visão cristã sobre os fatos
da vida.
2. Características mentais e suas implicações.
Capacidade de raciocinar e inquirir; fazem escolhas; a memória
melhora; "sonham acordados"; autoconsciência; julgamentos rápidos;
ansiosos por respostas, mas aparentam indiferença.
Discussões em classe, enfatizando o cuidado que se deve ter nas opiniões;
valores expostos e aceitos; alterne o exercício mecânico da memória com a
retenção de conceitos; comece a colocar metas diante deles.
3. Características emocionais e suas implicações.
Instáveis, mal-humorados, inconstantes; solitários; ânsia de
liberdade; incompreendidos; rebeldes; francos.
O professor precisa ter, acima de tudo, compreensão e firmeza; a orientação
deve ser feita com cuidado, a fim de que seja aceita; amabilidade para com
todos.
4. Características sociais e suas implicações.
Auge da idade da "turma", desejo de aprovação social;
fortes laços de companheirismo; gostam de caçoar.
Atividades salutares nos dias úteis; incentive as atitudes corretas nas
relações; organize trabalhos de grupo, incentive a cooperação e a ajuda mútua.
5. Características espirituais e suas implicações.
Crescimento da sensibilidade às coisas espirituais; fase crucial;
perguntas honestas; ocasião oportuna para a conversão.
Envolvimento pessoal no culto; ajude-os a encontrar em Cristo "a
resposta" para a vida e o centro controlador dela; organize a prática
diária de uma vida cristã; leve-os a uma experiência com a plenitude do
Espírito Santo.
F) Adolescentes - 15 a 17 anos
1. Características físicas e suas implicações.
Mudança; saindo da fase desajeitada; maturação; dois extremos: muito
sono e grande atividade.
Princípios cristãos para a compreensão própria, no desenvolvimento pessoal e na
relação com outros; ajude-os a encontrar em Cristo um grande auxílio para a
realização das tarefas diárias.
2. Características mentais e suas implicações.
Ativos e inquiridores; raciocínio; argumentação, debate; lembram-se
de idéias; criativos; idealistas; independentes; dúvidas freqüentes; querem
testar.
Ensino criativo, atencioso; oportunidades para discussão; oportunidades para
expressar e fazer; oportunidades para ver todos os lados das questões; aumento
de responsabilidades.
3. Características emocionais e suas implicações.
Românticos; mudáveis; emocionalmente instáveis.
Precisam de atividades durante a semana; precisam de compreensão.
4. Características sociais e suas implicações.
Atração pelo sexo oposto; problemas de namoro; padrões; querem
ajuda; não gostam de sermões; rebelam-se contra a autoridade; imitadores; às
vezes andam em rodinhas.
Oportunidades para associações sadias; princípios bíblicos; professor que é
amigo e de confiança; oportunidade ampliada de pensar e tomar decisões.
5. Características espirituais e suas implicações.
Questionam e duvidam; a fé é posta à prova na educação; anseiam por
segurança; capazes de uma vida cristã intensa, e forte crescimento e testemunho
cristão.
Precisam ver um Cristianismo que funcione; precisam descobrir que a palavra é
verdadeira e que Cristo é real; precisam de oportunidades para atividades
evangelísticas.
G) Jovens - 18 a 24 anos
1. Características físicas e suas implicações.
Estão atingindo a idade adulta; a energia aumenta; época das grandes
realizações.
Atividade; oportunidade para servir.
2. Características mentais e suas implicações.
A capacidade de raciocínio está totalmente desenvolvida; época de
grandes decisões e de compromissos; independência intelectual; grande
aprendizado; criatividade.
Responsabilidade de adulto; apreciam discussões e sabem tirar proveito delas;
têm princípios para tomar decisões; desafie-os a descobrir o plano de Deus para
suas vidas; amplitude e profundeza no estudo bíblico.
3. Características emocionais e suas implicações.
Aproximam-se da maturidade e mais estabilidade; estimativas
animadas; menos medo e preocupações; interessados em sexo, amor e casamento.
Muita responsabilidade; instrução religiosa sobre o lar e o relacionamento
familiar.
4. Características sociais e suas implicações.
Ampliam e aprofundam suas relações; procuram companheiro para a
vida; alguns já estão casados; paternidade e maternidade; responsabilidade.
Oportunidades variadas para associações; encontrar e fazer novas amizades;
classes de jovens casados; responsabilidades com a paternidade e compreensão.
5. Características espirituais e suas implicações.
Capazes de grande crescimento espiritual; estabelecem padrões de
vida; época de provas.
Encoraje a tomada de decisões quanto aos princípios bíblicos; leve-os a almejar
uma vida espiritual abundante; necessitam de fé firme e da prática da Palavra;
necessitam de uma visão cristã da vida e do mundo.
H) Adultos - 25 anos em diante
1. Características gerais e suas implicações.
A idade adulta é, sob todos os aspectos, a idade da maturidade, a
época da mais completa manifestação da vida, o tempo de grande produtividade, o
apogeu e a queda do vigor físico; podem continuar aprendendo; época em que se
manifesta a maior capacidade de discernimento; sérias responsabilidades;
amizades estáveis; grande ambição e força de vontade.
A classe pode ficar sob a inteira responsabilidade dos alunos (metas de
aprendizado e atividades); necessitam de firme estudo bíblico; as Escrituras
são um guia para os princípios da vida, valores e prioridades; precisam de
oportunidades para estabelecer serviços cristãos significativos e responsáveis.
Lembre-se que essas listas são generalizadas (em especial na categoria
"Adultos", que englobam todo o resto da vida da pessoa). Não se deve
presumir que todos os alunos se comportem da mesma maneira ou que tenham um
desenvolvimento sincronizado. Seria simplificar demais. Use essas listas como
guia para o ensino, mas dê prioridade ao indivíduo.
IX. O TRABALHO DO SUPERINTENDENTE
A) Promover relações entre a escola e a administração
da igreja
Trabalhando com o Conselho da Igreja, com o pastor e com outros
líderes para obter a orientação e providências necessárias às exigências da
Escola.
B) Promover os
interesses da escola
O Superintendente é responsável pelo progresso e desenvolvimento
da Escola. Todo o plano para seu crescimento e melhora deve partir dele.
Seu dever supremo é pensar, planejar e pôr em execução os planos, por meio das
forças organizadas que tem ao seu dispor.
Sobretudo deve procurar fazer a Escola crescer em qualidade e quantidade. Um dos
deveres principais do superintendente é alcançar as crianças, jovens e adultos
na sua comunidade. Um planejamento anual, seguido pela organização de novos
grupos de alunos e a visita pessoal a eles pelos professores e obreiros
significará uma campanha permanente de esforço pessoal, cujo resultado não pode
ser outro senão o crescimento.
O crescimento numérico sempre traz consigo novo entusiasmo e maior interesse. O
ingresso de novos alunos, a formação de novas classes, o recrutamento de novos
obreiros inspira o pessoal a dedicar maiores esforços.
C) Desenvolver um
plano para obter e treinar pessoas
capacitando-as para o ensino e administração
Quando não existir nenhum plano nesse sentido, deve-se iniciar um e determinar
as responsabilidades para sua manutenção.
D) Elaborar um
programa educacional e administrativo
Reconhecer a necessidade de um programa, ajudar no seu
planejamento e executá-lo.
E) Dirigir as
atividades gerais da escola
Numa EBD organizada, o superintendente trabalha em grande parte
através dos diretores de departamento, e não diretamente com os professores e
alunos. Esse arranjo não diminui suas responsabilidades, mas sim o isenta dos
detalhes departamentais e lhe permite dar maior atenção aos interesses gerais
da EBD.
Além de dirigir o trabalho dos oficiais gerais, ele é inspirador e responsável
pelos diretores de departamento. Deve manter-se em contato com cada diretor de
departamento e, ao formular os planos e a política da escola, deve buscar
conselhos e ajudas deles. Não deve traçar planos e logo ordenar aos diretores
de departamento que os levem a cabo. Essa não é a maneira de obter a cooperação
de todo o coração. O melhor é convidar os oficiais para uma reunião, pedir suas
sugestões, às quais deve dar toda a consideração ao formular a política da
Escola. O superintendente deve sempre lembrar que seu propósito supremo é
promover o ministério de ensino e que todo plano deve, de uma maneira ou outra,
conduzir a esse fim.
F) Manter reuniões
mensais de professores e oficiais
Toda instituição educacional tem reuniões do corpo docente. Sem
reuniões de discussão e de consulta é impossível uma organização eficiente, e,
sem elas, nenhum corpo de professores e oficiais pode trabalhar no
prosseguimento de ideais comuns, nem manter a unidade de pensamento ou de ação.
G) Promover
condições para o ensino eficiente
O programa para criar uma EBD maior e mais eficiente deve
incluir o aspecto de alojamento necessário para uma Escola crescente. A falta
de espaço retarda ou impede o crescimento das Escolas e em muitos casos provoca
desânimo no superintendente.
H) Liderar com
autenticidade espiritual
Alguém disse que "uma instituição é somente a sombra
prolongada de um homem", e isso é verdade à proporção que o
superintendente vai permanecendo no cargo. Tanto para os que estão dentro da
Escola, como para os que estão fora, o superintendente simboliza a EBD, pois,
além de seus deveres como organizador e administrador, ele deve representar na
igreja uma liderança espiritual vital.
Na sua vida pessoal, é preciso que seja irrepreensível e respeitado por toda a
igreja. Através de contatos pessoais, deve irradiar sinceridade e simpatia que
inspirem confiança.
Seu entusiasmo pela escola e pelo seu trabalho deve ser tão evidente, que todos
aqueles que vivem sob sua influência assimilarão seu espírito e cultivarão um
sentimento semelhante. Sua fé sincera e zelo pelo reino de Deus devem penetrar
todos os programas e planos da escola. Precisa mostrar uma vitalidade e
atividade que revelem seu amor pela escola. Deve dar o exemplo de fidelidade,
pontualidade e devoção, tanto aos alunos, como aos professores, e mostrar
solicitude pelo crescimento espiritual das pessoas.
I) Procurar estar informado e desenvolver sua capacidade de desempenhar
o cargo
O superintendente não pode exercer seu cargo sozinho. Depende de
muitas pessoas para ajudá-lo. Sua tarefa é de cooperação e nesse espírito deve
ser executada. Poucos superintendentes começam seu trabalho plenamente
preparados e equipados para a tarefa. Mesmo o que tem mais preparo terá que
crescer com o cargo; por isso recomendamos que o superintendente visite outras
escolas de vez em quando. Ele descobrirá, também, muitas sugestões em
publicações evangélicas.
Pode haver muitos aspectos desanimadores no trabalho do superintendente, mas,
quando um homem tem sua visão ampliada quanto ao ensino da Palavra de Deus, tem
experimentado seu poder transformador na sua própria vida e tem observado esse
mesmo poder mudar a vida de outros, então pode assumir o cargo de
superintendente. Ninguém jamais conseguiu ser um superintendente perfeito, mas
muitos têm tido oportunidade de exercer o cargo, dedicando-se a ele e crescendo
na convicção e fé de que "com a ajuda de Deus, nós podemos".
X. CONCLUSÃO
Queremos agradecer a você que chegou até aqui.
Certamente você quer ser um professor preparado para enfrentar o grande desafio
do ensino na igreja.
Sendo um material contextualizado, o Plano de Estudos Vida Radiante permite que
você se prepare cada vez melhor para ensinar em qualquer classe da Escola Dominical,
possibilitando, ao final de cada período letivo, alunos mais maduros
espiritualmente.
Seguindo os conceitos aqui apresentados, suas aulas serão diferentes. Seus
alunos logo perceberão que você mudou. E mudou para melhor! Nosso desejo é que
você saia desta reunião com o desejo ardente de preparar, imediatamente, sua
próxima lição da Escola Dominical. Lógico... usando o Plano de Estudos Vida
Radiante.
Ensinar é um grande desafio. O Plano de Estudos Vida Radiante foi preparado
para ajudá-lo a vencer esse desafio.
Sê tu uma bênção.
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