O OUTRO LADO DA CRUCIFICAÇÃO
Ao falar sobre a crucificação de Cristo
no passado e como ela se repete num paralelo espiritual hoje, mostramos que ela
figura nossa rejeição para com Deus. Este é um aspecto. Mas existe o outro
lado. Deus nunca perde com nada; para Ele nada é refugo, tudo pode ser
reciclado, transformado, e aproveitado.
Permita-me mostrar-lhe o outro lado da
crucificação, e o no que ela resultou. Se por um lado ela significa rejeição,
por outro é a demonstração do amor divino, usando nossa própria rejeição como
um caminho para oferecer-nos a sua salvação.
Tenho enfatizado que no reino
espiritual os acontecimentos históricos da Bíblia se repetem, e o que passarei
a narrar agora, é como o julgamento de Pilatos se repetiu na vida de uma amiga,
Vilma Laudelino de Souza, quando ela ainda nem mesmo conhecia a Jesus e jamais
havia lido uma página sequer dos Evangelhos. Não falo de uma desconhecida, mas
de alguém que tem tocado minha vida e a de minha esposa, bem como meus
companheiros de ministério e nossa própria igreja; e o que temos visto em sua
vida cristã e ministério atestam que é uma serva de Deus e que de fato tem sido
marcada pelo toque sobrenatural de Deus.
Nenhuma experiência espiritual, sejam
sonhos, visões ou êxtases, tem mais valor do que a Bíblia; se estão em harmonia
com a Palavra, devem ser aceitas; se não estão, devem ser rejeitadas; mas o que
essa nossa irmã em Jesus Cristo viveu está em plena harmonia com a Bíblia, e
levou-a a render-se ao senhorio de Jesus Cristo.
Estou extraindo esta narrativa do
livro Escalando o Abismo, de sua própria autoria, e editado pela Vinde:
"Chorando
interiormente, questionei:
-
Deus, por que o Senhor permitiu que eu nascesse? Para fazer e receber o mal e
ser levada ao inferno? Eu sofri na terra mais que teu filho!
Falava
como uma louca, mas Deus provou neste instante a grandeza do seu amor,
tirando-me do chão e conduzindo-me a um lugar onde contemplei a cena que mudou
todos os rumos futuros de minha vida.
Me
vi andando por uma rua estreita, de barro. As casas eram feitas de pedras.
Alguma coisa anormal acontecia ali. As pessoas trajavam túnicas longas e
andavam apressadamente em direção a uma grande praça. Corri também na mesma
direção que os outros, mas na verdade não entendia bem se estava vivendo aquela
cena ou se tinha morrido. Porém, já não sentia medo.
Enquanto
caminhava, pude ver de longe um prédio com altas colunas, parecido com um
palácio de justiça. Em frente a ele, milhares de pessoas se aglomeravam e
gritavam freneticamente levantando os punhos. Cheguei o mais perto que pude.
Alguém estava sendo julgado por um homem. À minha frente via muitos soldados,
trajados como os romanos da Idade Antiga, formando um cordão de isolamento. O
homem que julgava apontou para o jovem amarrado numa das colunas e perguntou:
-
Que farei de Jesus de Nazaré?
Esforcei-me
para vê-lo, mas seus cabelos cobriam o rosto levemente inclinado e os muitos
soldados ao redor impediam uma visão melhor. Após ouvir a pergunta, a multidão
começou a gritar:
-
Crucifique, crucifique!
Para
a minha surpresa, me vi gritando a mesma coisa, e ao olhar em redor para ver
quem mais fazia parte daquela cena, reconheci todos os meus amigos de farra, de
macumba, candomblé, espiritismo, rodas de samba, terreiros, bailes, bebedices,
além de pessoas de todos os tipos, raças, povos e nações. Eu não compreendia
nada.
Queria
enxergar o homem que estava sendo julgado mas só consegui ver que ele usava uma
roupa comprida e muito branca. Novamente o juiz indagou: - Que farei de Jesus
de Nazaré? - ao que todos nós, de punhos cerrados, respondíamos: - Crucifique, crucifique!
- aquele homem lavou as mãos e entregou o acusado aos soldados, que o levaram
para dentro do prédio. Eles desceram as roupas brancas do réu até a cintura e o
amarraram a uma coluna do interior do pátio. Um soldado ergueu o chicote, feito
com vários fios de couro e um metal na ponta de cada fio.
Começaram
a golpeá-lo. A cada golpe abriam-se profundos sulcos rasgando a sua carne e o
sangue escorria abundantemente. A multidão aplaudia, gritava, assobiava,
divertindo-se com aquele espetáculo. O único a permanecer em silêncio, de olhos
fechados, era o próprio jovem sofredor. Seu corpo estremecia pela dureza dos
golpes, uma indescritível expressão de dor transtornava seu rosto mas seus
lábios se moviam silenciosamente. Ele estava orando!
Nunca
antes ouvira falar sobre este Homem-Deus. Jamais conheci a Bíblia, onde estes
fatos são relatados. Nunca me haviam falado de Jesus, mas eu o conheci através
de sua própria, indecifrável, e singular revelação de amor. Não acreditava
nele, da mesma forma que descria do inferno e do diabo, ao qual no entanto,
servia por ignorância, até que ele mesmo se revelou para mim.
Passaram-se
algumas horas e aqueles soldados afastaram-se, depois de entregar o réu à turba
enfurecida. A multidão continuava a gritar, assobiar e zombar daquele homem,
cuspindo no seu rosto, batendo e esmurrando. O sangue do seu nariz e boca
escorriam. Havia hematomas nos olhos. Eu assistia petrificada àquela covardia.
Muitas pessoas se revezavam nos golpes.
Os
soldados retornaram, trazendo sobre uma almofada uma coroa feita de espinhos.
Ergueram com brutalidade a cabeça daquele homem e debaixo de aplausos
cravaram-lhe a coroa na cabeça, forçando-a com um pedaço de pau. Seu rosto se
encolheu num gesto de dor, que o fez apertar com força os olhos e os lábios. O
sangue jorrava pelas têmporas, transformando o corpo em uma massa ferida e
ensangüentada. Ele era uma ferida só. Não suportando mais a cena, comecei a
gritar:
-
Parem, parem. Não façam isto. Este é o Filho de Deus. Ele não merece tal
sofrimento. Eu sim, que sou uma feiticeira e miserável suicida.
Todos
olharam para mim, admirados. Não sei de onde retirei estas afirmações, pois
nunca havia conhecido o Evangelho ou acreditado em Jesus. Ele também voltou os
olhos para mim pela primeira vez no decorrer daquela cena e me olhou
diretamente nos olhos. Cheguei a pensar que estava com ódio de mim, mas foi
totalmente o contrário. Em toda minha vida nunca vi um olhar tão cheio de amor,
de bondade, compaixão e misericórdia como o olhar de Jesus de Nazaré. Por
instantes nossos olhares fixaram-se e ele falou:
-
Não, minha filha Vilma. Ninguém suportaria este sofrimento - ele apontava seu
corpo dilacerado e ensangüentado, enquanto sua voz dulcíssima prosseguia, em
meio às lágrimas que jorravam pela minha face: - Somente eu o fiz por amor de
ti, para salvar e libertar tua vida.
Não
compreendia como alguém podia amar tanto, sofrer e morrer por uma pecadora,
ovelha negra da família, como eu. Entretanto, minha alma foi invadida por um
gozo indescritível e entendi que Jesus é uma pessoa real. Ali estava ele, todo
ensangüentado, a viva expressão do sofrimento, mas real e tratando-me como
filha. Estendi minhas mãos para ele, mas o despertador retiniu, avisando-me
sobre a hora em que deveria me suicidar, realizando assim a ordem do príncipe
das trevas.
Caí
de joelhos e chorei, amargamente arrependida. Minha alma desabafava o peso do
pecado e ao mesmo tempo uma grande paz enchia o meu ser. Me dirigi ao Deus que
até poucos instantes era ignorado por mim, orando:
-
Ó Deus, toda a minha vida está destruída, mas reconheço minha maldade. Creio
agora que o teu Filho sofreu e morreu por mim. Por isso quero entregar
totalmente minha vida nas tuas mãos para que faças dela o que Tu quiseres.
Hoje,
pela graça de Deus, sou uma testemunha viva do Evangelho e do grande poder de
Jesus Cristo. Ele tem toda força. Todo poder e amor pelas almas perdidas. Ele
pode perfeitamente salvar, curar e libertar o mais miserável ser humano, como
diz o evangelho de João: 'e conhecerão a verdade e a verdade os libertará. Se o
filho os libertar, vocês serão de fato livres' (Jo.8:32)."
Fiz questão de relatar esta
experiência para mostrar-lhe que realmente a história se repete dentro de nossa
individualidade. Assim como Deus abriu os olhos da Vilma através deste paralelo
histórico, espero que também abra e ilumine os seus. O outro lado da
crucificação não fala da nossa rejeição para com Cristo, mas da aceitação e do
amor divino para conosco!
Tudo o que Jesus sofreu, sofreu no meu
e no seu lugar. O castigo e culpa do pecado que nós deveríamos pagar, Ele, um
inocente e santo, se dispôs a pagar em nosso lugar. O outro lado da cruz revela
o perdão e a salvação de Deus para com cada um de nós.
RECONCILIAÇÃO COM DEUS
Algo aconteceu com o homem lá no jardim do Éden,
quando ele pecou: morreu espiritualmente. Deus o avisara que no dia em que
pecasse certamente morreria (Gn.2:17), e isto aconteceu; Adão não morreu
fisicamente naquele dia, mas espiritualmente. Como está escrito: "porque o
salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em
Cristo Jesus, nosso Senhor." (Rm.6:23).
Só que Adão não "morreu"
sozinho, ele levou toda a descendência junto, pois na criação Deus estabeleceu
um princípio: "e cada um reproduza segundo a sua espécie".
Encontramos uma afirmação clara desta conseqüência na Bíblia: "Portanto,
assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte,
assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram."
(Rm.5:12). Toda humanidade colheu e ainda colhe o fruto do pecado original. Já
nascemos em pecado (Sl.51:5) e como conseqüência, mortos espiritualmente.
Quando a Bíblia fala de morte, não
fala de fim de existência, mas de separação. A morte espiritual, portanto,
significa estar separado de Deus; foi o que o pecado gerou entre nós e Deus –
separação. As Escrituras dão testemunho disto também: "Mas as vossas
iniqüidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados
encobrem o seu rosto de vós, para que vos não ouça" (Is.59:2). Deus é
santo e não pode ter comunhão com o pecado; é como água e óleo: não se
misturam. A santidade de Deus não pode aceitar a presença do pecado, e quando o
homem passou a estar em pecado, automaticamente afastou-se de Deus. Uma grande
parede divisória levantou-se. Mas a crucificação de Jesus Cristo aconteceu
justamente para que esta parede fosse derrubada!
O apóstolo Paulo escreveu sobre isto
aos coríntios. Ele falava muito sobre a cruz de Cristo, e explicou o que lá
ocorreu do ponto de vista de Deus:
"E,
assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já
passaram; eis que se fizeram novas.
Ora,
tudo provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e nos
deu o ministério da reconciliação, a saber, que Deus estava em Cristo
reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões,
e nos confiou a palavra da reconciliação."
II Coríntios 5:17-19.
Naquele momento de dor e morte, Jesus
fazia algo por mim e por você. O texto diz que Deus estava em Cristo,
RECONCILIANDO consigo o mundo! Ou seja, aquela parede do pecado, a inimizade e
separação gerada por ele estava sendo removida para que pudéssemos ter acesso a
Deus novamente. Ali ocorria o perdão, quando ele não nos imputava as
transgressões, mas as removia. É por isso que hoje pregamos esta reconciliação:
"De
sorte que somos embaixadores em nome de Cristo, como se Deus exortasse por
nosso intermédio. Em nome de Cristo, pois, rogamos que vos reconcilieis com
Deus.
Aquele
que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos
feitos justiça de Deus."
II Coríntios 5:20,21.
Somente por meio da cruz de Cristo
alguém pode receber perdão dos seus pecados e achegar-se a Deus. Este é o outro
lado da crucificação.
Reconciliação.
E mais: Dívida paga, o que chamamos de
justificação.
DÍVIDA PAGA
A entrada do pecado deixou uma dívida
alta. O salário do pecado é a morte. Isto não significava apenas que a
recompensa do pecado era a morte, no sentido de conseqüência, mas também de
punição. No livro do profeta Ezequiel está escrito: "a alma que pecar,
essa morrerá" (Ez.18:4). O homem teria que pagar pelo seu pecado morrendo.
Só a morte teria este poder, contudo, se o homem morresse pelo seu próprio
pecado, poderia resolver as coisas aqui na terra, mas seu espírito iria para a
perdição eterna, pois ao morrer por si mesmo em pecado, seria automaticamente
lançado no inferno, pois estava espiritualmente morto, separado de Deus! O fato
é que não havia nada que pudesse ser feito, como bem relata o livro dos Salmos:
"Ao
irmão, verdadeiramente, ninguém o pode remir, nem pagar por ele a Deus o seu
resgate (Pois a redenção da alma deles é caríssima, e cessará a tentativa para
sempre), para que continue a viver perpetuamente e não veja a cova"
Salmo 49:7-9.
Ninguém poderia resolver nem o seu
próprio problema, nem o de nenhum outro. E Deus não poderia simplesmente
"perdoar-nos" fazendo vista grossa aos nossos pecados, pois Ele é
justo e o pecado não poderia ficar sem punição; a dívida tinha que ser paga!
Mas é claro, nenhum ser humano poderia pagá-la, pois para enfrentar a morte sem
ser aprisionado por ela, tal homem teria que ser santo, sem pecado, pois sobre
o pecado a morte tem direito, como vimos nos princípios bíblicos. E nunca houve
um homem assim. Até que Deus interferiu.
Esta é a razão de Jesus, como Deus,
ter se sujeitado a encarnar e viver como um homem:
"Visto,
pois, que os filhos têm participação comum de carne e sangue, destes também
ele, igualmente, participou, para que, por sua morte, destruísse aquele que tem
o poder da morte, a saber, o diabo, e livrasse todos que, pelo pavor da morte,
estavam sujeitos à escravidão por toda a vida."
Hebreus 2:14,15.
Jesus Cristo viveu de forma imaculada
e santa todos os seus dias e por isto a morte não tinha autoridade para
prendê-lo; e ao morrer, ele pagou a nossa dívida para com Deus. Satisfez as
exigências legais da justiça divina. E nos libertou do medo da morte e a
escravidão espiritual que a seguiria: o inferno. A cruz é um lugar de dívida paga,
como lemos na epístola aos Colossenses:
"E
a vós outros, que estáveis mortos pelas vossas transgressões e pela
incircuncisão da vossa carne, vos deu vida juntamente com ele, perdoando todos
os nossos delitos; tendo cancelado o escrito de dívida, que era contra nós e
que constava de ordenanças, o qual nos era prejudicial, removeu-o inteiramente,
encravando-o na cruz"
Colossenses 2:13,14.
Graças a Deus! Este escrito de dívida
era de um valor tão alto que jamais poderia ser pago. A justiça de Deus o cobrava
de nós, por isso ser ele mencionado como nos sendo contrário, contra nós. Mas
Jesus o removeu completamente, sem nada deixar para trás, e pregou na cruz! A
dívida foi paga. O pecado que eu e você deveríamos pagar (e não tínhamos como)
Cristo pagou naquela cruz. O profeta Isaías foi usado por Deus com muita
clareza quando centenas de anos antes da vinda de Jesus profetizou sua morte na
cruz e as conseqüências espirituais deste ato:
"Era
desprezado e o mais rejeitado entre os homens; homem de dores e que sabe o que
é padecer; e, como um de quem os homens escondem o rosto, era desprezado, e
dele não fizemos caso.
Certamente,
ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e
nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. Mas ele foi
traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o
castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos
sarados.
Todos
nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho, mas o
SENHOR fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos. Ele foi oprimido e
humilhado, mas não abriu a boca; como cordeiro foi levado ao matadouro; e, como
ovelha muda perante os seus tosquiadores, ele não abriu a boca."
Isaías 53:3-7.
A crucificação tem dois lados. Um
reflete nossa rejeição e maldade a ponto de matar o Filho de Deus, e não
devemos mais repeti-lo continuando a rejeitar Jesus. O outro, é que Deus no seu
mui grande amor por nós, fez deste ato humano tão bárbaro contra seu Filho, uma
forma de nos providenciar RECONCILIAÇÃO consigo mesmo e também a JUSTIFICAÇÃO
que se dá com cada um de nós por meio da fé no pagamento da dívida que Jesus já
efetuou.
O que Cristo sofreu, foi em nosso
lugar. As Escrituras são claras neste sentido: "Mas ele foi traspassado
pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos
traz a paz estava sobre ele"; e ainda: "mas o SENHOR fez cair sobre
ele a iniqüidade de nós todos".
O
que nos resta é agradecer a Deus e receber pela fé esta dádiva. E encerro esta
exposição bíblica, perguntando-lhe pela última vez:
O
que você fará de Jesus chamado Cristo?
- CONCLUSÃO -
Se você se recusa a agir como Pilatos
e quer tomar a decisão certa, de reconhecer Jesus como Rei e entrar num alto nível
de compromisso COM ELE, sem a omissão provocada pela pressão contrária da
maioria, mas ficando firme, quero que faça uma oração comigo.
É importante que você saiba que a
Bíblia nos ensina a crer e confessar Jesus; ou seja, não é só ter a fé no
coração, mas devemos expressá-la com a nossa boca:
"Se,
com a tua boca, confessares Jesus como Senhor e, em teu coração, creres que
Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. Porque com o coração se crê
para justiça e com a boca se confessa a respeito da salvação."
Romanos 10:9,10.
Em
razão disto, convido você a expressar sua fé e decisão por Jesus fazendo em voz
alta a oração que se segue, intitulada, "Oração de Entrega". Porém,
vale ressaltar que confessar Jesus com a boca não é apenas fazer esta oração em
voz alta, mas o que é ainda mais importante, é que você não se envergonhe dessa
decisão e esteja sempre falando dela aos outros. Você perceberá que à medida
que expõe os fatos bíblicos e os declara a outros, eles vão ganhando vida em
seu interior. Não se trata de convencer a si mesmo, é muito mais que isto! É
penetrar na realidade espiritual dos fatos.
Libere
agora sua fé em Deus, bem como confirme a decisão que você já fez em seu
interior fazendo esta oração:
ORAÇÃO DE ENTREGA
Senhor Jesus, neste dia reconheço que,
como cada ser humano, tenho que tomar uma decisão. E uso nesta hora do meu
poder de escolha para abrir meu coração a ti. Eu o faço pela fé na tua Palavra
que me foi exposta neste ensino e creio que a partir de hoje serei uma nova pessoa.
Reconheço que o Senhor morreu por mim
para o perdão dos meus pecados, e ressuscitou ao terceiro dia, vencendo a morte
e o diabo e hoje está assentado à direita de Deus, intercedendo por mim.
Reconheço que em minha vida, a partir
de agora, tu és o Senhor. Decido que tu és verdadeiramente Rei e Senhor e quero
que reines na minha vida. Te entrego todo o meu ser: meu espírito, minha alma e
meu corpo. Faze de mim, peço-te, tua habitação; vem morar em mim enchendo o meu
coração com a tua presença por meio do Espírito Santo.
Renuncio neste dia à todo e qualquer
envolvimento, direto ou indireto com o ocultismo e os poderes das trevas, em
nome de Jesus! Clamo sobre minha vida o poder do sangue de Jesus e a libertação
completa que vem por meio de sua morte e ressurreição. E declaro que agora
pertenço a Deus para sempre, para fazer a sua vontade.
Ajuda-me, ó Deus, a não ceder às
pressões e ficar firme em tua graça, mantendo sempre este compromisso com o
Senhor Jesus Cristo. Dá-me entendimento para compreender a Bíblia e por meio
dela crescer no conhecimento de Ti,
em nome do Senhor Jesus Cristo, Amém.
PALAVRAS FINAIS
A partir de hoje você é uma nova
criatura em Cristo Jesus. Tudo se fez novo. Creia nisto de todo coração,
independentemente do que estiver sentindo. Sustente esta fé e desenvolva-a.
É importante saber que a melhor
maneira de crescer espiritualmente não é sozinho, mas juntamente com outros que
já tem vivido esta mesma experiência; portanto, aconselho-o a procurar uma
Igreja Evangélica que professe Jesus como Senhor e Salvador e creia na Bíblia
toda, como a revelação da vontade divina aos homens. Informe-se com quem lhe
ofereceu este exemplar, e certamente esta pessoa poderá lhe ajudar.
Que Deus o abençoe e fortaleça nesta
sua decisão que certamente foi o que de mais importante você poderia fazer em
toda sua vida. É uma decisão eterna, com uma recompensa eterna!