terça-feira, 29 de março de 2022

A VISÃO DO DISCIPULADO


 

 A VISÃO DO DISCIPULADO

 

1) A VISÃO GERAL:

a) É ordem de Cristo (Mateus 28:19), e foi cumprida pela Igreja (Atos 14:21).

b) Há dois níveis de discipulado:

de Cristo – "batizando-os"...

do cristão – "ensinando-os"...

 

c) O significado da palavra discípulo é: "Aprendiz; Seguidor; Servo".

(Esta palavra aparece mais de 260 vezes no N.T.)

d) Será o primeiro ministério a ser exercido na célula.

Antes de ser um auxiliar do líder de célula, a pessoa terá que ter realizado bem o papel de discipulador.

2) FAZENDO UM DISCÍPULO DE CRISTO:

Há qualificações:

a) Disposição de pagar o preço: Lucas14:25-33.

b) Compromisso de Aliança: João 6:53-56 e 60-68.

c) Obediência total à Palavra: Lucas 6:46.

3) FAZENDO UM DISCÍPULO DO CRISTÃO (de nós mesmos):

Embora o Mestre por excelência seja o Senhor Jesus Cristo, temos o nosso papel no discipulado das pessoas que assumem um compromisso com o evangelho:

a) Somos modelo – Mt.10:24,25; I Co.4:15,16 e 11:1; II Co.12:18.

b) Estar juntos – Fala da comunhão e aprendizado informal.

  • Mc.3:14 – Jesus chamou seus discípulos para "estarem com Ele";
  • At.28:30-31 – Receber em casa as pessoas;
  • Os cooperadores de Paulo viajavam (e às vezes moravam) com ele.
  • Tanto Elizeu como Josué foram discípulos que preencheram estes requisitos.
  • Há uma ordem: O discípulo segue o mestre e não vice-versa... Jesus disse aos seus discípulos: "Vem e segue-me!"

c) Não dominar – Jesus disse: "ensina-os", não: "obriga-os"...

Todo relacionamento de liderança deve ter esta marca: I Pe.5:2,3.

d) Reprodução – II Tm.2:2 diz que devemos discipular discipuladores que ensinem o mesmo aos seus discípulos para que não se interrompa a ciclo de reprodução.

  • At.19:8-10 – Paulo gastou seu tempo em Éfeso da seguinte maneira: 3 meses pregando... e 2 anos de discipulado diário.
  • Quem evangelizou a Ásia? Paulo ou seus discípulos?
  • Um discípulo não se forma da noite para o dia... E nem na Escola de Líderes! É trabalho árduo e pessoal.

Lição 02 - O DISCIPULADOR

1) QUEM PODE DISCIPULAR?

a) Há diferentes níveis espirituais - I Jo.2:12-14

  • Filhinhos - Os recém-nascidos espiritualmente. Precisam de cuidado o tempo todo.
  • Jovens - Os que já ganharam um pouco de maturidade. Já conseguem "se virar"sozinhos em muitas questões da vida cristã.
  • Pais - Os que cresceram a ponto de gerar filhos em Jesus. São os que estão frutificando, levando vidas a Cristo.

b) Quem gera filhos deve cuidar deles

  • A Igreja se tornou um grande orfanato espiritual.
  • Diferença entre "pais" e "aios" - I Co.4:14-16
  • Quem tem maturidade suficiente para gerar, também o tem parar cuidar. Contudo, para melhor desenvolvermos esta responsabilidade, equipamos os discipuladores com o treinamento deste Encontro, e o consideramos indispensável para reconhecer alguém como discipulador em sua célula.

2) A VIDA DO DISCIPULADOR

Deve ser exemplar. Tratamos este assunto na próxima lição.

3) ATITUDES DO DISCIPULADOR

a) O discipulador desenvolve relacionamento íntimo:

  • tem atividades extra-igreja (lazer, visita, comunhão, etc.);
  • ouve o discípulo em seus problemas;
  • aconselha áreas diversas da vida do discípulo;
  • confronta os erros em amor;

b) O discipulador intercede:

  • Paulo agia assim em relação aos gálatas - Gl.4:19.
  • João falou sobre interceder por quem vemos pecar. A palavra "ver" sugere proximidade, e aplicamos isto ao discipulado - I Jo.5:16.

c) O discipulador ensina - Mt.28:19.

Além de seu exemplo e conselhos práticos, usa os materais de ensino no discipulado, como:

  • o livro "A VIDA DA IGREJA";
  • e outras apostilas que tratam do caráter do discípulo.

d) O discipulador determina o ritmo:

O novo convertido será facilmente moldado pelo comportamento dos que o cercam. Devemos aproveitar esta influência para determinarmos o ritmo de busca do Senhor na vida do discípulo. O discipulador não é uma figura passiva que espera o discípulo determinar seu próprio ritmo. Ele deve impor (com respeito) o seu ritmo de vida cristã.

e) O discipulador envolve o discípulo com outros cristãos:

O discipulador deve integrar o discípulo não apenas na vida da célula, mas deve envolvê-lo com outros cristãos. Assim, ele terá mais amizades e aprenderá pelo contato com outros, embora continue sob o cuidado do discipulador.

Lição 03 - ENSINANDO PELO EXEMPLO

1) PARA REFLETIR:

DISCIPULADO É TRANSMITIR VIDA - (Autor desconhecido.)

Prefiro antes ver a ouvir um sermão.

Prefiro que a pessoa ande comigo, a meramente mostrar-me o caminho.

O olho é aluno melhor, e muito mais disposto do que o ouvido.

O bom conselho é confuso, mas o exemplo é sempre claro.

O melhor de todos os mestres é o que vive o que ensina.

Ver as coisas boas postas em ação é o que todo mundo precisa.

Logo aprenderei como fazê-lo, se você me deixar ver como é que se faz.

Posso ver suas mãos sem ação, mas sua língua pode correr demais.

E as palestras que você faz podem ser muito sábias e verdadeiras, mas prefiro aprender a minha lição observando o que você faz, pois eu posso entender mal os sublimes conselhos que você dá, porém não há mal entendidos quanto à maneira que você age e vive.

2) DISCIPULADO É EXEMPLO:

a) Como discípulos de Cristo devemos seguir Seu exemplo - I Pe.3:21; I Jo.2:6.

b) Logo, nossos discípulos também devem seguir nosso exemplo!

c) O que Paulo ensinou sobre o exemplo: I Co.4:16; Gl.4:12; Fl.3:17; I Ts.1:6; II Ts.3:7 e 9; Hb.13:7.

3) COMO JESUS ENSINOU OS SEUS DISCÍPULOS*

a) Dando exemplo - Jesus chamou os doze afim de estarem com ele (Mc.3:14). O que eles viram durante os anos em que andaram com Jesus não lhes poderia ter sido comunicado apenas por meio de discurso. As curas e milagres, o tempo investido na oração, as conversas espontâneas com Ele, suas atitudes... tudo isto se tornou um modelo a ser seguido - Jo.13:15.

b) Momentos de ensino - o Dr.Ralph Neighbour Jr. define momentos de ensino como "aqueles momentos específicos quando o discípulo está pronto para receber ajuda" e cita como exemplo Mt.17:14-20, onde os discípulos estavam totalmente abertos à correção de Jesus por terem fracassado.

c) Experiências em comum - Ao chamar um grupo para andar consigo, Jesus proporcionou que os discípulos aprendessem não apenas por meio de O observar, mas também por observar as atitudes dos que compunham o grupo. O discipulador deve saber que os membros da célula irão impactar um discípulo novo. Às vezes, essa interação pode ser muito significativa.

d) Aprendizado mútuo - Algumas vezes, Jesus intencionalmente fazia os discípulos discutirem entre si algum assunto e chegarem a suas próprias conclusões antes que Ele mesmo se pronunciasse sobre aquilo - Mt.16:13-15.

4) NOS DIAS DE HOJE...

a) A prática independe da teoria - Em Mc.4:26-28 Jesus ensinou que não importa quanto conhecimento a pessoa tenha acerca de como germina uma semente, o que faz com a semente brote é o ato do plantio. Assim também é na vida espiritual, o novo convertido não tem que entender como as coisas funcionam para que possa frutificar; basta praticar os princípios e eles darão resultados por si. E ele aprenderá imitando a prática de outros cristãos bem-sucedidos.

b) E o entendimento teórico dos princípios seguirá a prática!

Lição 04 - PATERNIDADE ESPIRITUAL

1) A RESTAURAÇÃO

A Palavra de Deus mostra a importância do relacionamento de pai e filho na vida do ser humano e também na Igreja. O próprio Senhor Jesus estabeleceu e viveu um relacionamento íntimo com o Pai e revelou o valor deste relacionamento em sua vida e ministério.

Este relacionamento tem sofrido muito nos lares e também na igreja em nossos dias. Praticamente não se vê mais a figura de pais e filhos espirituais, o que tem nos roubado muitas bençãos. Mas Deus está restaurando na Igreja a visão da paternidade espiritual!

2) PAIS ESPIRITUAIS

a) Este termo foi bastante usado pelo apóstolo Paulo:

  • Em relação à descendência de Abraão - Gl.3:7,29.
  • Em relação aos que geram filhos no Senhor - I Co.4:14-16.
  • Em relação aos seus discípulos - I Tm.1:2.

3) O PAPEL DO PAI

a) Ser mentor:

  • Deus ordenou que os pais ensinassem as Escrituras aos seus filhos - Dt.11:18,19.
  • Os pais devem ensinar princípios de vida aos seus filhos. O livro de Provérbios contém muitas afirmações que nos mostram este nível de ensino: Pv.1:8; 2:1; 3:1,11,21; 4:1,10,20; 5:1,20; 6:1,20; 7:1,25; 13:1.

b) Ser exemplo - deixarem pegadas que possam ser seguidas - Rm.4:12.

c) Ser líder -

4) O PAPEL DO FILHO

a) Ser submisso e obediente - Os recabitas foram recomendados por Deus pela sua obediência e compromisso com seu pai Jonadabe - Jr.35:1-19.

b) Honrar e respeitar o pai - Gn.9:20-27; Ml.1:6.

c) Ser ensinável - Jeoás, rei de Israel, se deixa ser ensinado por Eliseu - II Re.13:14-19.

d) Seguir seu pai - Eliseu foi um exemplo de perseverança em seguir seu pai espiritual, Elias - II Rs.2:1-12

Lição 05 - O FRUTO DO ESPÍRITO

1) O FRUTO E "SEUS GOMOS"

a) A palavra no singular revela uma única obra do Espírito - Gl.5:22,23.

b) A descrição no plural revala a abrangência desta obra do Espírito Santo Assim como a mexerica é um só fruto e tem vários gomos, também o fruto do Espírito se desenvolve como um todo mas toca diversas áreas de nossas vidas.

c) Os gomos são:

  • amor - no grego: agape. Significa amor incondicional. Jo.13:34,35; Rm.5:5; I Jo.4:7-21.
  • alegria - no grego: chara. Significa a alegria do viver. Ne.8:10; Sl.16:11; Jo.15:11; At.13:52; Rm.14:17.
  • paz - no grego: eirene. Significa serenidade, bem estar total. Jo.14:27; Rm.5:1; Fp.4:7; I Ts.5:13.
  • longanimidade - no grego: makrothumia. Significa paciência. Pv.16:32; Ef.4:2; Cl.1:11 e 3:12; Hb.6:12.
  • benignidade - no grego: chrestotes. Significa benignidade. Lc.6:27; Rm.2:10 e 12:21; Gl.6:9; I Tm.6:18; I Pe.2:15.
  • bondade - no grego: agathosune. Significa: bondade magnânima. Dt.28:47,48; Rm.15:14; Ef.5:9. (OBS: O significado das palavras benignidade e bondade são muito parecidos. Estudiosos definem a primeira como uma qualidade do coração e da emoção, e a segunda como uma qualidade da conduta e ação).
  • fidelidade - no grego: pistis. Significa fidelidade ou lealdade. Mt.24:45 e 25:21,23; I Co.4:1,2; I Tm.1:12; II Tm.2:2.
  • mansidão - no grego: prautes. Significa suavidade. Nm.12:3; Mt.5:5; Mt.11:29.
  • domínio próprio - no grego: egkrateia. Significa vitória sobre o desejo. Gn.4:7; At.24:25; II Pe.1:6.

2) O QUE LEVA O FRUTO A SE DESENVOLVER?

a) O paralelo entre o natural e o espiritual - Jesus disse ser a videira e nós os ramos. O fruto aparece nos ramos (galhos), mas isso só é possível pelo fluir da seiva da árvore - Jo.15:5.

b) Fatores que contribuem para o desenvolvimento do fruto:

  • água - quanto mais regada, maior o potencial de frutificação da árvore. Figura a Palavra de Deus, que torna mais fértil o nosso coração.
  • o tipo de terra - Em Mt.13:3-8 Jesus fala que os diferentes tipos de solo em que a semente cai são responsáveis por determinar a produção; a terra boa é a que mais produz. Fala da condição do nosso coração para com as coisas de Deus.

3) SEMEANDO E COLHENDO

a) Semeando na carne ou no Espírito - Gl.6:7,8.

Experimentaremos da ação do Espírito Santo em nós o que nós mesmos decidimos investir nestas áreas.

b) Decidindo a que lado se inclinar - Rm.8:5,6.

A pessoa vai se inclinar a um lado ou a outro; não existe meio termo. - Ap.22:11.

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