terça-feira, 7 de julho de 2020

LUTANDO CONTRA A CARNE



Há muitas analogias usadas na Bíblia para descrever a vida cristã. É chamada uma viagem a um destino longínquo, uma luta contra um forte adversário, uma corrida de uma intensa competição e uma guerra contra um desesperado inimigo.
Estas comparações não deveriam nos surpreender. Todas as coisas têm os seus inimigos. Na natureza, entre os animais, mesmo nas experiências da humanidade, todas as coisas têm os seus adversários contra os quais deve-se resistir e sobre os quais deve-se prevalecer.
Também na área espiritual há um violento e terrível adversário. Algumas vezes ouvimos a afirmação: "nós estamos em uma guerra contra o mundo, a carne e o diabo". Embora o princípio seja verdadeiro, a melhor maneira de expressá-lo seria dizer: "nós estamos em uma guerra contra o diabo, que apela contra nós através da carne e do mundo".
Não existe uma maturidade espiritual sem um conflito espiritual. Ninguém cresce em Cristo por acidente ou sem esforço. Portanto, ao cristão é dito: "correr, lutar e combater" contra as forças espirituais que tentarão derrotá-lo e tirá-lo do caminho da completa maturidade em Cristo.
Por causa da universalidade do conflito espiritual e a importância do crescimento espiritual, vamos compartilhar alguns dos ensinos bíblicos sobre o tema, "Lutando Contra a Carne". Nossa direção está baseada na palavra inspirada das Sagradas Escrituras que se encontra em I Pedro 2: 11: "Amados, peço-vos como a peregrinos e forasteiros, que vos abstenhais das concupiscências carnais que combatem contra a alma".
Definição
Quais adversários atrapalham o crescimento espiritual e tentam impedir o crente de alcançar a completa maturidade espiritual? O apóstolo Pedro os chama de "concupiscências carnais". O que está envolvido nesta expressão?
O termo "carne" é usado na Bíblia em 5 significados importantes:
1.     Em Gn 2: 21 quer dizer a substância mole do corpo físico que cobre os ossos e está envolvida em sangue: Deus tomou uma das costelas de Adão e "cerrou a carne".
2.     Em Gn 2: 24 significa a relação íntima e duradoura de um relacionamento estabelecido entre um homem e uma mulher na união de casamento: "portanto, deixará o varão o seu pai e sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma só carne".
3.     Em Gên. 6: 17, significa a parte da criação que precisa respirar para viver: "porque eis que trago um dilúvio de águas sobre a terra, para desfazer toda a carne em que há espírito de vida".
4.     Em João 1: 4 quer dizer que aquilo que é material e tangível na natureza humana está em contraste com aquilo que é material e intangível na natureza divina: "e o Verbo se fez carne e habitou entre nós".
5.     Mas em Rm 8: 8 e na grande maioria das referências no Novo Testamento, "carne" quer diz respeito àquela parte da natureza humana que é fraca e voltada para o pecado, sujeita à tentação e é a área na qual Satanás ataca o bem-estar do homem. "Carne" é aquela parte do homem suscetível à tentação e propensa a pecar.
A Bíblia fala de "concupiscências carnais". O que são concupiscências? Concupiscência ou cobiça quer dizer um forte desejo (como o desejo da grávida), anseio ou uma forte vontade de fazer algo. Gl 5: 17 diz que a carne cobiça contra o Espírito e o Espírito contra a carne. Significa que a natureza carnal tem um forte desejo de controlar você e o Espírito Santo de Deus tem um forte desejo de governar sua vida. Usado neste sentido, o termo "concupiscência ou cobiça", tem o significado de um forte desejo, sem estar aplicado ao bom ou ao mau. Mas quando carne e cobiça andam juntas, o significado é sempre ruim.
Cobiça ou concupiscência carnal significa um desejo impuro, um forte desejo por aquilo que é impróprio ou proibido. É usado na Bíblia para referir-se à paixão, buscando uma satisfação imprópria ou indecorosa. É sinônimo de pecado. E Deus avisa através das Escrituras: "Abstenhai-vos das concupiscências carnais que combatem contra a alma".
Apelo
Como as concupiscências carnais fazem seu apelo ao espírito humano? A resposta é encontrada em I João 2: 15-17: "não ameis o mundo nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo o amor do Pai não está nele. Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida não é do Pai, mas do mundo. E o mundo passa e a sua concupiscência, mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre".
Perceba quais são as três áreas nas quais o pecado faz apelo ao espírito humano:
1.     Concupiscência da carne;
2.     Concupiscência dos olhos; e
3.     Soberba da vida.
A "concupiscência da carne" é aquela tentação que faz o apelo do tipo "isso parece tão bom". A "concupiscência dos olhos" apela : "como isso é bonito, eu preciso tê-lo", e a "soberba da vida" apela: "aquilo me faria tão importante se eu o tivesse ou se eu o experimentasse". Em uma ou mais destas três áreas, toda a tentação faz a sua aproximação. No Jardim do Éden, nos primeiros registros do pecado pelo ser humano, a Bíblia registra em Gênesis 3 a aproximação de Satanás através destas três áreas. : "E vendo a mulher que aquela árvore era boa para se comer (concupiscência da carne), e agradável aos olhos (concupiscência dos olhos) e árvore desejável para dar o entendimento (soberba da vida), tomou do seu fruto, e comeu, e o deu ao seu marido e ele comeu com ela" (Gên. 3: 6). Até na tentação de Jesus no deserto (Mateus 4 e Lucas 4) também houve o mesmo tipo de apelo. : "Mande que estas pedras se tornem em pães" - concupiscência da carne (satisfazer a fome). : "O diabo ... mostrou-lhe todos os reinos do mundo e a glória deles" - concupiscência dos olhos (apelo através da vista). Do pináculo do templo : "lança-te daqui abaixo" - apelo à soberba. Também será assim com você toda a sua vida. O primeiro ser humano (Eva) e o mais perfeito dos humanos (Jesus) foram tentados na mesma maneira, e assim acontecer com você.
Vitória
Como pode o crente encarar tais tentações? Como pode vencer essa batalha? Ou, é possível obter a vitória? Sim, é possível ter vitória sobre as tentações, porque "sabe o Senhor livrar da tentação os piedosos" (II Pd 2: 9). "Mas fiel é Deus que não vos não deixará tentar acima do que podeis, antes, com a tentação dará também o escape para que a possais suportar". (I Cor 10: 13). Qual é o caminho para a vitória? Gálatas 5: 16 mostra a chave da vitória nas horas de tentação: "Digo porém, andai em Espírito e não cumprireis a concupiscência da carne".
É isto! Aleluia! Louvado seja o Senhor! A vitória é possível se andarmos no Espírito! Mas o que quer dizer
"andar no Espírito". Note que a palavra "Espírito" em Gl. 5: 16 está escrita em "E" maiúsculo, indicando que se referia ao Espírito Santo de Deus. Andar "no" Espírito é a expressão prática de ser "cheio do Espírito". Em outras palavras, é submeter-se à liderança de Jesus Cristo sobre sua vida.
Você não nasceu para ser servo de seu corpo nem de seus apetites carnais. Na sua natureza humana existe aquilo que é fraco, vil, depravado, tendendo aos vícios e à impiedade. Mas há também no seu espírito humano o Espírito de Deus morando em você, se você é crente, e a Sua abençoada presença torna possível a sua vitória sobre aquilo que é baixo e espiritualmente depravado. Deus dá acesso a todo o Seu ser. Ceda-se ao senhorio do Senhor Jesus Cristo. Peça a Deus para encher você com o Espírito Santo. Você pode ter a vitória sobre o pecado e pode abster-se das "concupiscências carnais que combatem contra a alma" (I Pd 2: 11).
"Amados, peço-vos, como a peregrinos e forasteiros, que vos abstenhais das concupiscências carnais que combatem contra a alma" (I Pd 2: 11). Este precioso texto das Escrituras é o nosso tema, assim que prosseguimos no estudo de como lutar contra a carne e ter a vitória espiritual. Ele revela o coração amoroso do apóstolo de Deus, "amados". Pronuncia um terno apelo, "eu peço-vos" (em algumas traduções , "eu imploro"). Descreve a natureza do cristão na relação com este mundo como "peregrinos e forasteiros". Estabelece um imperativo em relação à vida espiritual, "abstenhais das concupiscências carnais". Dá uma razão sobre o combate necessário "que combate contra a alma". Na verdade é uma preciosa passagem.
Considere a ordem, "abstenhais das concupiscências carnais". É uma ordem, não uma opção. É um mandamento, não uma sugestão. É essencial que todas as pessoas que querem conhecer a vitória espiritual obedeçam essa ordem divina. É um mandamento divino que Deus deixa sobre o seu coração.
  • Aqui está a chave para a vitória espiritual: abster-se das concupiscências carnais.
  • Aqui está o pré-requisito para o poder espiritual: abster-se das concupiscências carnais.
  • Aqui está a proteção contra a queda em tentação: abster-se das concupiscências carnais.
  • Aqui está o caminho para manter uma boa reputação: abster-se das concupiscências carnais.
  • Aqui está a garantia de ter uma consciência limpa: abster-se das concupiscências carnais.
  • Eis a maneira de obedecer a Deus: abster-se das concupiscências carnais.
Prepare a Sua Mente
O cristão tentado poderia gritar, "Como posso me abster"? Considere estas sugestões, porque elas lhe ajudarão na luta pela abstinência.
Abstenha-se através de um ato de vontade própria. A primeira batalha pela vitória espiritual é para ser lutada contra a vontade, não contra as paixões do corpo. Antes de haver a tentação, antes de haver a oportunidade ou o desejo de fazer o mal, resolva o problema do compromisso com a vontade.
Lembre-se de um jovem chamado Daniel, que era um dos cativos de sua terra natal. Naquele país estrangeiro a ele foi dada a oportunidade de ser treinado para o serviço do governo - uma oportunidade única, a única por toda a vida. Ele deve ter pulado de alegria quando isso foi oferecido a ele. Então veio a armadilha: ele deveria comer a comida e beber o vinho do rei se ele quisesse servir ao rei. Daniel sentiu em seu coração que aquilo poderia sujá-lo interiormente. Ele enfrentou o problema: entregar-se às suas convicções e comer, beber e ter a possibilidade de grande promoção e poder ou deixar suas convicções e correr o risco e ter a probabilidade de perder tudo. O que deveria fazer? A Bíblia responde: " e Daniel assentou-se em seu coração não se contaminar com a porção do manjar do rei, nem com o vinho que ele bebia" (Dn 1:8). Daniel resolveu se abster. Deus honrou a dedicação do jovem e o usou grandemente naquela terra estranha.
Eu lhe aconselho a fazer um solene compromisso à pureza, por toda a sua vida. Se você esperar a tentação vir sobre você, antes de resolver-se a ser puro, poderá perder a batalha. Mas se você se resolver primeiro, "eu serei puro, eu não me submeterei à cobiça da carne, dos olhos, nem à soberba da vida, quando Satanás vier me tentar". Você pode ter a vitória. O primeiro passo para a abstinência das concupiscências carnais é esta: abstenha-se por um ato de vontade, de resolver a viver uma vida de pureza diante de Deus.
Fuja Primeiro
Fuja dos primeiros sinais do pecado. A tentação virá primeiro pela consciência do desejo ou possibilidade de pecar. Fuja então. Multidões incontáveis de pessoas caíram em pecado porque não observaram isso. Não cultive a tentação na sua mente. Fuja dos primeiros sinais que queiram lhe levar a pecar. Eis o exemplo de uma pessoa que é tentada na área da cobiça sexual. Ele é atraído sensualmente por uma outra pessoa. Ele senta-se e começa a olhar aquela outra pessoa (o que é cobiça dos olhos). Ele imagina que palavras dizer, gosta da sensual euforia dessa experiência (cobiça da carne). Ele até pensa da conquista que teria se pudesse seduzir a outra pessoa à uma relação ilícita (o que é soberba da vida).
Neste processo de pensamento ele está cooperando com Satanás na tentação e aumentando a intensidade na sua própria mente. Ele pecará no seu coração se não tiver oportunidade para efetuar sua ação. Como seria diferente se a pessoa tentada tivesse rejeitado a tentação quando ela surgiu! Se sua consciência de atração tivesse encontrado com sua resolução de "eu estou comprometido com a pureza. Não permitirei ser seduzido a cometer o pecado, até mesmo em pensamento. Eu rendo os meus pensamentos e desejos a Deus e peço o Seu livramento nesta difícil hora de tentação". Quão facilmente a vitória teria sido obtida. Mas deve haver a resolução (intenção) de ser puro antes da tentação vir. Já reparou como vivem as ervas daninhas em um jardim? Se já, você aprendeu uma lição: destrua primeiro as ervas daninhas antes que elas produzam sementes, e assim será muito mais fácil controlá-las. Este princípio aplica-se tão bem na vida espiritual como na vida do jardineiro. Pare a tentação, antes dela ter a oportunidade de produzir frutos e será mais fácil controlá-la.
Tenha Altos Objetivos
Busque viver em altos padrões espirituais. Você não nasceu para ser servo dos apetites físicos de seu corpo. Você não é somente um corpo. Você é um espírito que vive em um corpo e tem um corpo. O corpo físico é seu servo, não seu senhor. Está sujeito ao controle da sua vontade. Quando o corpo exigir satisfação encare essas exigências com um santificado senso comum. Satisfaça aquelas exigências que são próprias e legítimas. Recuse aquelas exigências que são ilícitas e impróprias. Não permita que desejos carnais digam que direção tomar em sua vida. Viva em altos padrões.
Aqui estão três regras para seguir e lutar contra a carne:
1.     Nunca permita que sua paixão seja excitada além do controle da sua vontade e razão.
2.     Permita a paixão surgir somente para responder a uma própria e válida necessidade.
3.     Sempre mantenha a paixão sob controle, para que ela pare onde deva parar.
Desta maneira você andará no espírito e não na carne.
Algumas pessoas estão comumente vivendo em baixos prazeres porque não conhecem altos padrões. Dedique-se à Palavra de Deus, à comunhão com os irmãos (o povo de Deus), à comunhão diária com Deus, através da oração e deseje coisas mais altas e você será uma pessoa melhor. Como pode um cristão ser forte contra as tentações? Como pode abster-se dos desejos carnais? Deve imunizar-se contra o pecado. Como uma vacina pode deixar uma pessoa imune à uma doença, também os crentes podem aumentar sua resistência ao pecado. Como?
  • Cultivando um espírito de oração que o faça passar tempo em oração a Deus diariamente.
  • Fazendo uma solene resolução de ser leal a Deus e aos padrões bíblicos de moralidade por toda a sua vida. Guardando sua mente contra as desejosas e sensuais sugestões.
  • Cuidando-se com aquilo que lê, ouve e vê na TV e ouve no rádio, e o que se permite habitar em sua mente. Não é fácil. Requer uma batalha. Mas Deus pode e dará a vitória.
"Amados, peço-vos, como a peregrinos e forasteiros, que vos abstenhais das concupiscências carnais que combatem contra a alma" (I Pd 2: 11).
Aqui está a razão pela qual os crentes devem resistir às tentações. Eis o motivo por que ele deve controlar as concupiscências da carne. É por isso que ele deve suportar a relação com o presente e degenerado sistema mundial, porque ele é "peregrino e forasteiro", que não pertence a este mundo. A razão: "as concupiscências carnais combatem CONTRA A ALMA".
O cristão está engajado em um combate espiritual. Veja o que diz Gálatas 5: 17. Lendo esta lista o cristão não fica surpreso de ser admoestado a "abster-se das concupiscências carnais", com a explicação de que elas "combatem contra a alma".
Satanás Procura Vencer Através das Concupiscências Carnais
O desejo do diabo é controlar você. Para conseguir este propósito ele realiza uma batalha contra os seus mais altos interesses espirituais. Note que a Bíblia fala de "combate" e não de batalha. Uma batalha é uma simples dificuldade. Uma guerra é uma campanha ativa que possui uma série de batalhas. Satanás tentará controlar e dominar você de tal maneira que você estará envolvido nesse combate espiritual enquanto viver.
Satanás é esperto. Ele não vem sobre você vestido em sua verdadeira natureza. Ele apela a você através de suas normais, honradas e santas necessidades de sua natureza física. Ele perverte fome em glutonaria. Perverte os desejos santos sexuais em concupiscências e tremenda imoralidade. Ele perverte a consciência de necessidades materiais em cobiçosos desejos por mais e mais. Esta é uma das maneiras que ele leva a cabo em seu incessante combate contra os seus mais altos interesses espirituais.
Algumas vezes Satanás apresenta a você acenando com bandeiras e trombetas, como se estivesse ali. Você pode saber que está enfrentando uma tentação para rebelar-se contra Deus e envolver-se em coisas erradas. Você deve ter cuidado contra estas tentações. Elas podem estar apelando seriamente contra a carne.
Em outras ocasiões Satanás vem a você em uma maneira inteligente e irreconhecível. Ele usará uma coisa inocente para se tornar uma armadilha para lhe pegar. Esteja alerta contra estas situações.
Uma estória antiga conta a grande batalha pela cidade de Tróia. A Marinha grega atravessou o mar; os soldados marcharam de seus navios e cruzaram a planície para sitiar a cidade de Tróia. O sítio demorou a acontecer, mas mesmo assim a cidade não pôde ser conquistada. Finalmente os gregos construíram um grande cavalo de madeira na planície, em frente ao portão da cidade. Retornaram então aos seus navios, levantaram as velas e voltaram ao mar pelo caminho que tinham vindo anteriormente. Os habitantes de Tróia estavam jubilantes. Eles estavam certos de que os gregos haviam desistido e tinham construído o cavalo de madeira em sinal de derrota. Com grande esforço eles levaram o cavalo para dentro da cidade murada. Naquele dia eles celebraram o livramento e à noite, pela primeira noite após longo tempo eles foram dormir seguros, confiando em sua própria segurança. Não sabiam que dentro do cavalo de madeira haviam soldados gregos. Sob a escuridão da noite os barcos gregos voltaram e o exército marchou silenciosament e atravessando a planície até à cidade. E, também aproveitando-se da escuridão os soldados que estavam dentro do cavalo de madeira saíram e abriram os portões da cidade para os invasores. Antes dos habitantes de Tróia terem consciência do perigo, a cidade já estava dominada.
Esta estória ilustra a maneira que o diabo irá travar com você em seu combate espiritual. Algumas vezes ele ataca se apresentando, quando você sabe o que está em jogo. Em outras, ele é sutil e astucioso, atacando-lhe quando você não tem consciência de que o perigo está próximo. O diabo usará todas as possibilidades possíveis para vencer-te no combate espiritual.
Os cristãos não lutam por fama neste conflito espiritual. Há muito mais envolvido do que simplesmente uma vitória pessoal. A vitória de um ou a queda de outro pode ter conseqüências maiores na sua vida e pode influenciar a vida de outros.
A Satisfação Sensual Produz Prejuízo Espiritual
Esteja atento, pois toda a satisfação sensual deixará você magoado. Certo pai usava uma lição objetiva para ensinar a obediência a seu filho. Quando o rapaz se comportava mal, o pai pregava um prego na porta do celeiro de sua fazenda. Quando o rapaz obedecia muito prontamente, o pai tirava um prego que havia colocado anteriormente. O rapaz percebeu então o que se passava e resolveu a partir daquele instante se esforçar para tirar todos os pregos que estavam na porta, através da melhora de seu comportamento, tornando-se extremamente cuidadoso em suas atitudes e conduta. Um por um os pregos foram tirados. Um dia ele foi com seu pai retirar o último prego que havia na porta. Quão feliz ele estava! "Olhe papai", ele exclamou, "não ficou mais nenhum prego na porta!" "Não filho, não há mais nenhum prego", o pai respondeu, "mas olhe os buracos que eles deixaram".
A Bíblia pergunta: "Tomará alguém fogo em seu seio sem que seus vestidos não queimem? Ou andará alguém sobre as brasas sem que queimem os seus pés?" (Pv 6: 27,28). É claro que não. Nem tão pouco pode alguém pecar em sua vida (não importa qual seja a natureza do pecado) e não sofrer as conseqüências dele.
Que tipo de efeitos trazem as "concupiscências carnais", quando a elas são permitidos correr livremente na vida de alguém? Romanos 8: 6 responde: "porque a inclinação da carne é morte". Romanos 8: 13 continua: "porque se viverdes segundo a carne morrereis", e Romanos 8: 8 conclui: "portanto, os que estão na carne morrereis".
Há duas grandes forças no mundo que estão na disputa para controlar as vidas dos homens. São o poder de Deus para o bem e o poder de Satanás para o mal. Deus fez o homem uma criatura com o poder de escolha. Ele pode escolher submeter-se ao poder de Deus e desfrutar dos benefícios da justiça ou ele pode escolher submeter-se ao poder de Satanás e sofrer as conseqüências do mal. O homem é um agente moral que pode escolher a quem servir.
Romanos 6 é um apelo aos cristãos se alinharem ao lado de Deus e da justiça no combate espiritual. "Assim também considerai-vos como mortos para o pecado, mas vivos para Deus em Cristo Jesus nosso Senhor. Não reine portanto o pecado em vosso corpo mortal, para lhe obedecerdes em sua concupiscências. Nem tão pouco apresenteis os vossos membros ao pecado, por instrumento de iniqüidade, mas apresentai-vos a Deus como vivos dentre os mortos, e os vossos membros a Deus como instrumentos de justiça. Porque o pecado não terá domínio sobre vós, pois não estais debaixo da lei, mas debaixo da graça" (Romanos 6: 11-14).
Com quem você se alinha na batalha espiritual? Com Deus ou com Satanás? Aqui está um princípio bíblico: "e os que estão em Cristo crucificaram a carne com suas paixões e concupiscências. Se vivemos em Espírito, andemos também em Espírito" (Gl 5: 24-25).
"Escolhei hoje a quem servis...porém eu e a minha casa serviremos ao Senhor". (Js 24: 15)
A ordem divina está sobre os nossos corações nas palavras de I Pd 2: 11: "Amados, peço-vos, como a peregrinos e forasteiros, que vos abstenhais das concupiscências carnais que combatem contra a alma". O testemunho de nossos corações é tal que essa ordem é lógica e essencial para o nosso combate espiritual Mas como? Essa é a pergunta. Como pode um cristão abster-se das concupiscências carnais que combatem contra a alma? Romanos 13: 13,14 dá a resposta nestas palavras: "andemos honestamente, como de dia, não em glutonarias, nem em bebedeiras, nem em desonestidades, nem em dissoluções, nem em contendas e invejas; mas revesti-vos do Senhor Jesus Cristo e não tenhais cuidado da carne e suas concupiscências". Novamente o testemunho dos corações é tamanho que, um método (ou procedimento) irá livrar o cristão do controle da carne e permiti-lo viver uma vida espiritual abundante no presente mundo.
A Proibição
Que tipo de pecado afasta alguém da vida espiritual? Que pecado combate contra a alma? Romanos 13: 13 lista três classificações de coisas erradas que são prejudiciais à vida espiritual.
1.     Pecados de intemperança são proibidos. O que é intemperança? O dicionário diz que é a falta de sobriedade, ou atitude que perverte os costumes. Paulo escreveu pecados públicos que ele próprio chamou de glutonaria e bebedeira. O termo glutonaria, de outra maneira poderia ser traduzido em farra ou festa licenciosa. Refere-se também a todas as formas de hilaridade (explosão de risos), que excita paixões de maneira excessiva e descontrolada. Bebedeiras, referem-se às ações que resultam em intoxicação por bebidas alcoólicas. Os pecados de intemperança, proibidos aqui, eram praticados em adoração ao deus pagão Baco. Baco era o deus do vinho e da alegria. Sua adoração era feita por bêbados, e o diabo está presente nestas ocasiões. É imitada hoje em dia, sem o contexto de adoração, em todas aquelas ocasiões sociais onde a bebida alcoólica controla os fazedores de alegria (foliões ou fanfarrões). Tais pecados públicos de intemperança são proibidos, porque combatem contra a alma.
2.     Pecados de impureza são proibidos. Paulo referia-se à pecados particulares que chamou de desonestidades e dissoluções, que também poderiam ser traduzidos por "imoralidade (ou prostituição)" e "indecência (ou sensualidade)". A imoralidade referida no texto significa o pecado cometido intimamente, ou "dentro de quartos", isto é imoralidade sexual. Indecência poderia ser traduzida também por sensualidade ou perversão de costumes. Referindo-se não somente a atos de imoralidade ou perversão sexual, mas àquelas coisas que excitam as paixões sensuais - exibições indecentes, filmes ou músicas que despertem paixões e etc... Pecados sensuais e sexuais são proibidos, porque combatem contra a alma.
3.     Pecados de discórdia são proibidos. Paulo escreveu sobre os pecados sociais, que ele chamou de "contendas e inveja". Poderíamos traduzir para "discussões ou brigas e ciúmes". Alguém não precisa ser culpado de ter cometido grandes pecados que poderiam destruir seu bom nome, podendo sofrer os danos. Os mais aceitáveis pecados, expressos em um mal relacionamento entre pessoas, também prejudicam. Pecados sociais de discórdia são proibidos porque combatem contra a alma.
A Providência
Como alguém pode ter a certeza de não se engajar em pecados públicos de intemperança, pecados íntimos de impureza ou pecados sociais de discórdia? O apóstolo Paulo deu uma dupla sugestão:
  • "Revesti-vos do Senhor Jesus Cristo";e
  • "Não tenhais cuidado da carne em suas concupiscências".
Considere estas sugestões na ordem contrária. Não tenhais cuidado da carne. O que quer dizer "ter cuidado da carne para satisfazer suas concupiscências"? Quer dizer, oferecer a oportunidade, facilitar as coisas, fazer possível pelo esforço, de se tornar o autor da oportunidade de fazer algo errado.
Pense nisso na área da imoralidade sexual, já que este é um dos grandes problemas do mundo hoje. Ter cuidado de tal ato seria estar na presença do futuro/a companheiro/a, cultivar a atração, fazer planos para ficar sozinho com aquela pessoa, mudar palavras e ações afim de despertar o interesse do/a outro/a. Seria cultivar o interesse e prover a oportunidade para ocorrer o ato ilícito.
Como pode alguém ter certeza de que não tem cuidado para a carne não se expressar-se por si mesma? Não deve fazer planos para que isso aconteça. Não deve haver esse tipo de pensamento habitando em seu coração. Deve manter sua mente preocupada com as coisas de Deus. Deve-se dizer NÃO à carne em todas as ocasiões. Aqui está um princípio de controle de pensamento: Filipenses 4: 8 diz: "quanto ao mais irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é bom, se há alguma virtude e se há algum louvor, nisso pensai."
Mantenha sua mente pura. Esta é a melhor proteção que você pode ter contra os pecados da carne.
Revesti-vos do Senhor Jesus Cristo. Repetidamente o apóstolo Paulo escreveu sobre "despir-se" do mal e "revestir-se" do bem, usando a analogia de mudança de roupas. Ele sugere que se você deseja obter a vitória sobre a carne você deve "vestir-se" do Senhor Jesus Cristo.
O que ele quer dizer com "revesti-vos" de Cristo? Ele sugere a mais íntima união e apropriação espiritual. "Vestir" uma outra pessoa denota a completa assunção de sua natureza. Cristo veste o homem na sua natureza e condição para que o homem vista-se de Cristo em disposição e caráter. Ele tornou-se um participante de nossa natureza física para que nos tornássemos participantes de Sua natureza moral. Vestir-se de Cristo também quer dizer deixá-lo ser o Governador de nossas vidas em todos os aspectos de nossa existência.
A Bíblia ordena repetidas vezes aos crentes "revesti-vos de Cristo". Admoesta-nos a nos vestirmos do novo homem (Efésios 4:24), vestirmos do sentimento de Cristo (Cl 3:12), da armadura de Cristo (Efésios 6:11-14), porque estamos "em Cristo", e Cristo está em nós desde o momento de nossa salvação.
Quão intimamente está o crente ligado à Cristo? Efésios 5:30 diz: "nos somos membros de seu corpo, de sua carne e de seus ossos." Paulo faz um apelo à moral e à pureza nessas palavras, "não sabeis vós que os vossos corpos são membros de Cristo? Tomarei pois os membros de Cristo, e fá-los-ei membros de uma meretriz? Não, por certo."(I Coríntios 6:15). O crente está tão intimamente ligado ao corpo de Cristo que qualquer coisa que ele faça com seu corpo físico, ele está fazendo com um membro do corpo de Cristo. Pense nisso!
É possível uma verdadeira vitória espiritual? Sim, é. Você é uma pessoa constituída de 3 partes. Sua carne é a fonte de todos os desejos impróprios. Sua razão é o assento das santas leis de Deus. O seu ego (seu espírito interior) está no controle de sua vontade e pode escolher entre a lei de Deus e os desejos desordenados de sua carne.
Cristo morreu por você para que você não viva mais sob o domínio do pecado. Ele o separou do pecado mas deixou a natureza do pecado permanecer por propósitos disciplinares. Sua submissão à vontade de Deus lhe garantirá que você não se submeterá ao controle do pecado.
"Mas, revesti-vos do Senhor Jesus Cristo, e não tenhais cuidado da carne em suas concupiscências". (Rm 13:14).
"Amados, peço-vos, como a peregrinos e forasteiros, que vos abstenhais das concupiscências carnais que combatem contra a alma" (I Pedro 2:11).
"Antes santificai a Cristo, como Senhor, em vossos corações; e estai sempre preparados para responder com mansidão e temor a qualquer que vos pedir a razão da esperança que há em vós" (I Pedro 3:15).
Estas passagens das Escrituras estão em gritante contraste com a experiência espiritual de muitos que se confessam crentes hoje em dia. Multidões perderam a visão e a emoção de conhecer a Jesus pessoalmente em uma comunhão dia após dia. Têm mais medo do mundo do que ter vitória sobre o mundo. Se testemunham por Cristo, seu testemunho é organizado, imposto, pressionado em vez de ser o fluir de uma vida interior. O que está errado se é esta a condição espiritual do crente? É uma indicação que ele perdeu a batalha na luta contra a carne.
Veja, ninguém é verdadeiramente seu próprio mestre. Ele será controlado por algum poder externo a ele. O Espírito Santo de Deus e os maus espíritos do diabo estão na disputa, buscando governar a vida de todas as pessoas. Isto não quer dizer que Deus não tenha mais poder do que Satanás tem e assim a disputa continua. É o reconhecimento de que Deus deu a cada ser humano o poder de livre escolha. O homem pode escolher dedicar sua vida a Deus ou ao diabo. Mas a decisão deve ser feita sob a ótica destas palavras das Escrituras: "não sabeis vós que a quem vos apresentardes por servos para lhe obedecer, sois servos daquele a quem obedeceis, ou do pecado para a morte ou da obediência para a justiça?" (Romanos 6:16). Feliz é o homem que rende sua vida ao Espírito Santo de Deus. Como é isto possível? O apóstolo Pedro explicou este procedimento nas palavras inspiradas por Deus e registradas em I Pedro 3:15, "santificai ao Senhor Deus em vossos corações".
O Princípio
O que quer dizer "santificar" a Cristo como Senhor? "Glorificá-lo" quer dizer reconhecê-lo e responder às Suas gloriosas perfeições. "Magnificá-lo" significa considerar e honrar Sua infinita grandeza. "Justificá-lo" é enfatizar Sua inerente justiça e equidade. E, "santificá-lo" quer dizer reconhecer Sua completa santidade e tratá-lo com o devido respeito e submissão.
Alguém santifica a Cristo como Senhor quando O respeita como santo e age diante dEle como santo. Cristo é santificado no coração quando a atitude de alguém, seu modo de falar, obediência e até mesmo o descontentamento com o seu talento espiritual imperfeito (ou vida espiritual infrutífera) reflete uma influência pela santidade do Senhor Deus.
Em que sentido Cristo deve ser santificado no coração? Ele deve ser santificado (separado, respeitado) como "Senhor". O Senhorio de Jesus Cristo é a grande doutrina do Novo Testamento. É interessante perceber que Jesus é chamado "Salvador" apenas 24 vezes no Novo Testamento, enquanto é chamado "Senhor" 144 vezes. Pense nisso. Há mais ênfase no senhorio de Jesus Cristo do que sobre o fato dEle ser o Salvador daqueles que crêem.
Alguém pode receber a Cristo como Salvador e não se submeter a Ele como Senhor. Mas ninguém pode render-se a Ele como Senhor sem recebê-Lo como Salvador. Portanto, o Novo Testamento exige que haja fé em Jesus Cristo o que levará alguém a submeter-se a Ele como Senhor. Desta maneira, salvação e santificação estão em vigor na vida do crente.
J. Hudson Taylor, um grande missionário na China na geração passada, enfatizou as implicações de se submeter ao senhorio de Jesus Cristo quando disse, "ou Ele é Senhor de todos ou Ele não é Senhor de tudo". Santificar Cristo como Senhor quer dizer que a Ele é dado o controle, por um ato de vontade, em todos os aspectos da vida do crente.
O Lugar
Onde Cristo deve ser santificado como Senhor? Pedro responde, "em seus corações", "santificai ao Senhor Deus em seus corações"(I Pedro 3:15).
Santificar a Cristo "no coração" indica uma atitude espiritual, não apenas um ritual executado pelo corpo. O "coração" é o termo que a Bíblia usa para falar da mente da emoção e da vontade do homem. Santificar a Cristo no coração significa que tudo que ocorre na mente, emoção e vontade é governado pela santidade e soberania do Senhor Jesus Cristo. O que a mente pensar deve ser influenciado pela natureza santa de Cristo. O que as emoções amarem e odiarem, aprovarem ou rejeitarem deve ser governado pela natureza santa de Cristo. É isto que quer dizer santificar a Cristo como Senhor no "coração".
Mas preste mais atenção ainda. "Santificai o Senhor Deus EM seus corações". O apelo não é para santificá-Lo "com" seu coração nem "do" seu coração, mas "no" seu coração, isto é, dentro dele. Há algum significado especial nessa palavra? Sim, há. Requer uma atitude interior, um certo tipo de espírito, não apenas submissão da carne. Santificar a Cristo como Senhor "no" seu coração requer uma sincera devoção e dedicação a Ele.
Imagine o seu coração como uma igreja, um lugar de adoração. A congregação que se ajunta ali é composta de seus desejos, motivos, vontades, gostos, desgostos, paixões, prazeres, etc. Santifique a Cristo como Senhor em cada uma dessas áreas (desejos, motivos, vontades, gostos, desgostos, paixões, prazeres) e então você terá obedecido à divina ordem estabelecida no texto.
Há três tipos de seres humanos no mundo.
1.     Há o homem natural. Cristo está fora de sua vida, porque o homem não é um salvo.
2.     Há o homem carnal. Cristo está dentro de sua vida, é um homem salvo, mas o seu "ego" está no trono, e Cristo exerce pouco controle sobre sua vida.
3.     Há o homem espiritual. Cristo está em sua vida, porque ele é salvo, Cristo possui o trono de sua vida, porque ele santificou a Cristo como Senhor em seu coração.

    Robson do Nascimento

LUTANDO COM A PALAVRA


Lutando Com a Palavra 

        Alguns anos atrás, fui atingido por uma verdade evidente, mas que para mim foi uma descoberta surpreendente: vi que o modo mais eficaz de se batalhar no Espírito e orar é usar as Escrituras. Depois disso quase não consegui mais participar de reuniões normais de oração, onde geralmente se canta alguns hinos ou cânticos, ouve-se uma palavra, e quase não se pratica a oração.
Gosto de reuniões de oração onde algo prático acontece, onde o diabo é desafiado, ou onde algo novo no plano construtivo de Deus é apreendido. A reunião existe para este propósito, e é através de oração que Paulo diz que deseja conquistar aquilo para o qual foi conquistado (Fp 3.12).
Abandone todas as teorias sobre inspiração; não perca seu tempo argumentando ou discutindo em círculos. Reconheça este fato: se você abrir o Livro de Deus na sua presença, e começar a ler, uma palavra, uma frase, um pensamento vai chamar sua atenção. Você deve fazer uma pausa naquele ponto e meditar. Na maioria das vezes, Deus está reivindicando algo especial na sua vida; ou se é algo que já entregou ou obedeceu, agora ele quer transmitir a mesma mensagem através de você, numa aplicação muito mais ampla.

Pegue a Espada de Deus
Pegue aquela palavra. É Deus lhe entregando sua Espada. Portanto, não a perca. Não deixe o diabo roubá-lo desta arma, que poderá ser usada para derrotá-lo, e para executar o plano de Deus.
Quando você não puder se derramar ou se expressar em oração, mesmo assim é possível colocar sua mão sobre uma palavra, uma frase, ou um versículo, e segurá-lo diante de Deus, desafiando todo o inferno a impedir seu cumprimento. Isto é fazer guerra. Isto é tomar e usar a Espada do Espírito. E até o cristão menos preparado tem direito de o fazer.
Ressurge na minha mente de repente a história de uma senhora que posteriormente foi missionária. Certa vez ela estava com um amigo que discutia furiosamente a respeito das Escrituras, praticamente negando sua autoridade. Quando a encontrei pouco depois, ela estava em lágrimas, profundamente perturbada no seu interior. “Será que é realmente a Palavra de Deus? Foi inspirada por Deus? Como posso ter certeza?”
Falei com ela: “Pegue sua Bíblia; levante-a, e – se realmente acreditar nisto – diga o seguinte: ‘Eu declaro que esta é a Palavra de Deus. É sua Palavra. Deus realmente fez com que homens santos fossem conduzidos pelo Espírito Santo a escrever o que ele queria. E aqui está, e eu creio em Deus, no seu Filho, e no seu Espírito Santo; qualquer coisa ao contrário é uma mentira que eu rejeito’”. Em poucos minutos, ela suspirou profundamente e sentiu liberação no seu espírito. Porém, nem ela e nem eu pudemos esquecer facilmente do efeito daquela confissão.
Isto pode parecer infantil, mas posso lhe assegurar que é algo que o diabo detesta. Se depender dele, você nunca se posicionará na Palavra de Deus desta forma. Mas produz resultados tremendos e definidos, como milhares de pessoas podem testificar.
Então pense neste assunto de colocar as Escrituras diante de Deus. Determine que vai realmente se dedicar à oração. Coloque tudo o mais de lado, talvez até a alimentação, durante toda uma manhã, ou uma noite, e se entregue totalmente ao assunto da oração. Ore com a atitude que achar melhor – com palavras, com suspiros, com mãos levantadas, ou com seu dedo no Livro aberto, talvez escrevendo o que pôde ver no Espírito, colocando sua assinatura embaixo, e com um fervoroso “Amém” para tudo que Deus prometeu.
Oh, estas promessas, estes manuscritos de Deus, com suas espantosas revelações, e as implicações correspondentes! Que biblioteca! Que tesouro! Que vida! “As palavras que eu vos tenho dito são espírito e são vida” (Jo 6.63).
Amado, as revelações da Palavra devem se tornar objetos de fé para nós. São para usar. São para implementar. Tenha a ousadia!
Tenho descoberto que é bom fazer duas coisas: levantar diante de Deus a sua Palavra, e também colocar uma pessoa, ou pessoas, ou lugar, diante dele. E em todo tempo dizer Amém à sua vontade.

Mãos Levantadas
Na primeira carta de Paulo a Timóteo, há uma exortação para fazer “...súplicas, orações, intercessões, ações de graça, em favor de todos os homens”, e depois como espécie de clímax, ele diz: “Quero, portanto, que os varões orem em todo lugar, levantando mãos santas, sem ira e sem animosidade” (1 Tm 2.1,8).
Por que devemos levantar as mãos ao orar? Pode ser que uma incapacidade física tenha levado Paulo a descobrir um modo muito eficaz de focalizar e expressar aquilo que nem sempre pode ser exprimido em palavras.
Ainda muito jovem adquiri este hábito, e posso recordar de alguns incidentes extraordinários onde vi o diabo ser derrotado e Deus intervir como resultado desta estratégia de ser agressivo na batalha, até ver o final vitorioso. Por um tempo depois abandonei a prática, mas depois voltei por meio de emergências com uma consciência renovada do seu valor. Paulo devia estar com tanta convicção da sua eficácia como método, que fez uma observação especial sobre isso a Timóteo, com as palavras significativas “sem ira e sem animosidade”, indicando que ambas seriam perigosas.
Não há espaço para vingança ou incredulidade na esfera da oração, mas além disso, o que as mãos levantadas de uma alma transparente e disposta a lutar podem significar? Toda uma situação pode ser colocada diante de Deus no silêncio da sua soberania, enquanto forças invisíveis são dirigidas para cumprir sua vontade e desfazer as obras do diabo.
Paulo não está defendendo uma atitude mental, que poderia ser meramente focalizar alguma perigosa força psíquica sobre os outros, o que seria uma falsificação diabólica da verdadeira oração da fé. Mas isto não nos deve impedir daquilo que é genuíno, em que todas as forças redimidas, em cooperação com Deus, são arregimentadas para trazer mudanças em assuntos pessoais e questões do mundo, de modo que sejam conformadas à suprema vontade de Deus. Leia toda a passagem de 1 Timóteo 2 e procure orar desta forma. Creio que terá uma surpresa agradável, assim como terá também quando começar a orar por todos os homens, ao invés de orar por apenas alguns.

A Onipotência Rompe Barreiras Através da Fé
Quando se começa a perceberalguns dos espantosos enredos que envolvem as nações em facções nacionais e internacionais, com ciúmes, ódio, agressões, pilhagens, e assim por diante, não há outra alternativa senão concluir que todas estas situações resultam da manipulação das forças invisíveis descritas em Efésios 6.10-12, e Colossenses 2.15, forças que foram completamente derrotadas por Cristo na cruz. E a única solução para estas situações aterrorizantes e desconcertantes é a intervenção do Poder Supremo de Deus, para impedir o diabo do seu objetivo de arruinar completamente a raça humana.
É aqui que o homem de oração, por quem Deus está sempre procurando, entra com a vitória da Cruz de Cristo, e como Arão de antigamente, faz “cessar a praga”, vira a batalha, e “com os poderosos reparte o despojo”. A onipotência de Deus entra em cena por meio da fé do povo de Deus, e não sei de nenhum método que para mim melhor expressa tudo que sinto, que penso, e que desejo, do que reivindicar com mãos levantadas que a vontade de Deus seja feita de fato.
Portanto, orando desta forma, levanto a igreja diante do Senhor, ou seja “oro por todos os santos” (Ef 618). É um refrigério e fonte de vida poder tocar em todos, ou em qualquer um em particular, através do Senhor, acrescentar o meu “Amém” ao deles, e o deles ao meu no Espírito. É algo tremendo esta união com outros em Cristo, e é algo muito real – a unidade do Espírito. Tenha a coragem de mantê-la!
Levo nações, parlamentos, e líderes e suas políticas diante de Deus; às vezes especificamente, às vezes como um todo; às vezes mencionando nomes, às vezes como grupos. Não é algo casual, mas posso fazê-lo até quando envolvido em outros trabalhos. É “orar sempre... no espírito”. Este exercício espiritual é que toma posse de você, não é você que toma posse dele.
Algumas passagens bíblicas me vêm à mente. “...todas as coisas estão descobertas e patentes aos olhos daquele a quem temos de prestar contas”(Hb 4.13). Eu me agarro a esta afirmação. “Eis que as nações são consideradas por ele como um pingo que cai dum balde, e como um grão de pó na balança” (Is 40.15). Eu coloco ali meus pés e procuro obter uma visão maior de Deus. Experimente ler Isaías 40, quando sente que não tem mais forças, ou está no fim de tudo. Depois levante-o diante de Deus com um Amém constante no coração.

Oração é uma Tarefa
É impossível dar aqui mais do que apenas uma idéia geral dos diferentes tipos de atividade em oração. O Espírito Santo ensinará a todos que quiserem aprender. Mas oração é uma tarefa importante. Não se preocupe com métodos, tradições ou convenções. Procure alcançar um objetivo. Busque resultados. Confie que Deus fará tudo que prometeu. Algumas coisas receberá agora, como primícias ou amostras. Outras virão necessariamente no futuro, embora você esteja no eterno agora de Deus e chame “à existência as coisas que não existem” (Rm 4.17). Tal fé se torna um escudo invencível.
Persevere. Não foi assim que Paulo exortou: orando, suplicando, vigiando e perseverando (Ef 6.18)? Mas por quê? Se você se dispuser a enfrentar problemas em oração, com certeza encontrará a necessidade de praticar tudo isso, pois não há uma esfera tão repleta de estrategistas bem treinados como nesta esfera do invisível. Mas pela cruz, através de Cristo, Deus pode implementar sua vontade e derrotar o diabo cada vez.  

F. J. Perryman


A VIDA CRISTÃ COMO DEVERIA SER!


GUERRA ESPIRITUAL BÍBLICA

 A VIDA CRISTÃ COMO DEVERIA SER!


A. O Propósito do Senhor Jesus:  "Assim como o Pai me enviou, eu vos envio a vós" (João 20:21)--assim como.  É o Senhor Jesus Cristo, missionário-mor, nosso exemplo maior, que está falando. Ele espera, aliás exige que façamos como Ele fez.

   1. Pois então, como Ele fez? O Pai determinou e o Filho obedeceu: "Aqui estou para fazer, O Deus, a tua vontade" (Heb. 10:7). (Jo. 4:34--"Minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou, e realizar a sua obra".) Irmãos, é necessário passarmos nós também por Hebreus 10:7. Participação efetiva na guerra espiritual começa pela entrega sem reservas ao Senhor Jesus.  Renovar cada dia.

   2. E qual foi essa vontade, em termos específicos?  Está em Hebreus 2:14--o Filho assumiu carne e sangue para aniquilar o diabo; veio para desfazer as obras do mesmo (1 Jo. 3:8). E porque foi necessário isso? É que lá no jardim Adão entregou o domínio desta terra a Satanás--este estava em pé como deus/príncipe deste mundo [após 40 dias]. Daí teve que vir um segundo Adão (ou "último"--1 Cor. 15:45) para recuperar tudo que o primeiro perdeu [homem perfeito--nascimento virginal].

   3. Então, porque aqui estamos?  Para dar continuidade à obra de Cristo. Ele veio aniquilar Satanás, e conseguiu, aleluia!  (Col. 2:15, Jo. 16:11, Ef. 1:20-21, Jo. 12:31, 1 Ped. 3:22, 1 Jo. 4:4).  De fato, Satanás já está liquidado, seu paradeiro já está decretado, mas por Seus próprios desígnios soberanos o Criador ainda permite que o inimigo atue neste mundo.  Cabe a nós "pagar para ver"--temos que impor a derrota ao diabo, efetivamente (Mt. 18:18).  Cristo veio desfazer as obras do diabo, e como Satanás continua operando suas misérias neste mundo, compete a nós desfazê-las.  Como a Igreja tem sido terrivelmente omissa neste terreno, somos todos obrigados a conviver com as conseqüências negativas dessa omissão.  Estamos aqui para desfazer as obras do diabo!

   4. Desde o início o Senhor Jesus sabia quem Ele era, e porque aqui estava. Em 1 Pedro 1:18-21 e Apoc. 13:8 constatamos que o Cordeiro foi conhecido e morto antes da criação do mundo. Em Hebreus 1:10, João 1:10 e Col. 1:16 vemos que o Filho foi o principal agente na criação deste mundo. Quer dizer, Jeovah-Filho, sabendo de antemão que teria que ser o Cordeiro para resgatar este mundo, mesmo assim o criou! [Confesso não entender, mas fica claro que a raça humana representa algo muito importante para o Criador.] Ao entrar no mundo o Filho disse: "Sacrifício e oferta não quiseste, mas corpo me preparaste" (Heb. 10:5). Jeovah-Filho aceitou o corpo preparado [missionário também precisa], sabendo de que se tratava (Jo. 12:27)--o Senhor Jesus sabia quem Ele era e porque aqui estava.

   5. E daí? Daí o seguinte: "assim como . . . ." Nós também temos que saber quem somos, e porque aqui estamos. Pois quem somos?
  
a.   Somos seres humanos, criados à imagem e semelhança do Criador (Gen. 1:26) [privilégio e responsabilidade maior do que às vezes imaginamos]. {Arca de Noé, evolução cientificamente impossível, a terra é jovem}
b.  Em Cristo, somos aceitos [aceitáveis] no Amado (Ef. 1:6).
c.   Em Cristo, estamos à direita do Pai, no Céu, bem acima de todo o exército dos anjos caídos (Ef. 1:20-21, 2:6).
d.  "Qual Ele é, somos nós neste mundo" (1 Jo. 4:17). A Igreja é o corpo de Cristo, e portanto é através dela que Ele mais lida com este mundo. Somos porta-vozes do Criador nesta terra.  (Jo. 20:21, Lc. 4:17-21/Is. 61:1-2; Mt. 28:20—“ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado.”) (Aliás, somos porta-vozes da Trindade!--1 Jo. 4:13-14, Gen. 1:26.)

      Atenção: Irmãos, é hora de acordar.  É hora de nos compenetrar de que representamos o Criador por aqui e Ele espera de nós um comportamento e uma postura condignos com o ofício que ocupamos.

   6. Em João 14:12, no cenáculo, naquela última noite antes da crucificação, o Senhor Jesus disse aos discípulos: "Em verdade, em verdade vos digo que aquele que crê em mim também fará as obras que eu faço; fará inclusive maiores do que estas, porque eu vou para o Pai."  Vejam bem, irmãos.  Jesus não disse, "vocês os apóstolos" e sim, "aquele que crê".  ("Crê" está no presente; se você creu ontem não resolve; tem que crer hoje.)  Ele não disse, "talvez faça" e sim, "fará".  Resulta dali que se não estou fazendo é porque não estou crendo.  Dessa ninguém sai.  Eu já achava muito fazer as mesmas obras que Jesus fez, e portanto poderia me dar por satisfeito se conseguisse reproduzi-las.  Mas Ele não se daria por satisfeito, pois Ele espera ver coisas "maiores".  O segredo está na última frase, "porque vou para o Pai". Com essa frase Ele estava prevendo a vitória, pois se tivesse incorrido em pecado por conta própria, teria que pagar "o salário do pecado" e nunca mais voltaria para o Pai.  Mas venceu, Aleluia, e agora está efetivamente à direita do Pai, "bem acima de todo principado, e autoridade, e poder," etc.  (Ef. 1:20-21).  Mas a partir de Efésios 2:6 podemos entender que quem pertence a Jesus lá está também.  É por isso que podemos e devemos fazer "coisas maiores".

   7. O irmão acha difícil?  No entanto, "qual Ele é somos nós neste mundo"--neste mundo, não no porvir. "Assim como o Pai me enviou, eu vos envio a vós." Pensemos um pouco no exemplo do Senhor Jesus. Já dissemos que Ele sabia quem era e porque aqui estava. Com 12 anos de idade Ele sabia que estava tratando "dos negócios do meu Pai" (Lc. 2:49). Sempre Ele controlava a situação. Em Lucas 4:28-30 Ele fez uso do poder de Deus para se livrar de uma morte prematura. Em João 8:59 encontramos outro caso onde Ele se livrou soberanamente (e provavelmente em Jo. 10:39 também). Em Mc. 4:35-41 Satanás usou a natureza para tentar matá-lo. Mesmo no jardim, quando Judas trouxe os guardas para prendê-lo, Jesus, ao ouvir que estavam procurando a Ele disse, "Sou eu"--e todos caíram de costas (Jo. 18:6). Só foi preso depois porque permitiu. Como disse a Pedro, bastaria pedir ao Pai que mandaria imediatamente "mais de doze legiões de anjos" (Mt. 26:53). Mas tinha chegado a hora de morrer, como Ele sabia mesmo antes de vir (Jo. 12:27). Estava tudo sob controle. [Jo. 19:11--Pilatos; Mt. 27:34--fel; bradou tetelestai; Jo. 10:18, 19:30 (Mt. 27:50)--despediu o espírito; Mc. 15:37-39--centurião.] {2 Tim. 1:7, Prov. 25:28, 29:11, 29:25 VS Prov. 28:1.}  Havemos de recuperar um princípio que já era conhecido no A.T. (Elias--fogo [2 Reis 1:9-15]; Eliseu--ursas [2 Reis 2:23-24], cegou sírios [2 Reis 6:18]). E Paulo também (Atos 13:8-11).

   8. Pois bem, irmãos, e nós?  O exemplo de Jesus vem exatamente ao nosso caso, porque o que Ele fez, fez como homem.

      a. Embora sendo Deus, de fato, andou por aqui como ser humano submisso ao Espírito Santo. [O 2o Adão, homem perfeito, tinha que recuperar tudo como homem.] Resulta dali que "as mesmas coisas" podemos também fazer como homens submissos ao Espírito Santo. "Assim como"--podemos e devemos fazer como Ele fez (Lc. 10:19).
b.  Mas o Senhor Jesus espera e exige "coisas maiores", porque agora está à direita do Pai, e nós também (Ef. 1:19-22, 2:6). Efésios 3:20--o poder que em nós atua é praticamente ilimitável, em potencial; pois temos tudo para andar como Jesus andou, manuseando o poder de Deus em prol do Reino de Deus.
c.   Mt. 17:17-20—“Geração incrédula e perversa”; “grão de mostarda”.
d.  Lucas 16:10-12—“fiel nas riquezas injustas”àserá confiado as riquezas verdadeiras.
e.   João 20:21, João 14:12, 1 João 4:17--se deixarmos de fazer as "coisas maiores" estaremos lesando o Senhor Jesus daquilo ao qual faz jus = ver Sua vitória sendo aproveitada e aplicada em prol da salvação do mundo.
f.   Está em jogo a nossa participação na administração do Reino (Apoc. 2:26-27).

   Antes de atentarmos para as coisas maiores em si, vejamos a comissão missionária do Apóstolo Paulo.

B. A Comissão Missionária de Paulo (Atos 26:17-18).

   1. Jesus como que voltou do Céu para comissionar a Paulo--era para ele dar continuidade à luta contra Satanás.

      a. Abrir os olhos--luz para cego não adianta, tem que abrir os olhos primeiro.
      b. Resgatar as pessoas do poder de Satanás; trazer de volta a Deus--"a fim de que recebam a remissão dos pecados, e sorte entre os santificados." 
      c. Algemar o valente para poder roubar seus bens (Mc. 3:27).
      d. Pois ele interfere nos pensamentos dos evangelizandos (2 Cor. 4:3-4, Mc. 4:15, Lc. 8:12).  (Para mim, esse acesso do inimigo talvez seja a verdade mais terrível que existe nesta vida.)

   Atenção: tirar pessoas da casa de Satanás é uma maneira principal de desfazer as obras do diabo.

   2. O efeito estratégico--quem não leva em conta estas verdades fica produzindo pouco efeito (a "moeda" tem dois lados--cúmplice do inimigo).

      a. Apanhei, por ser cético; apesar de mestrado em teologia eu não sabia amarrar o inimigo--fui desmoralizado, e sendo eu o representante de Cristo por lá, Ele também ficou!
      b. A maioria das etnias do mundo são animistas, à espera de um poder capaz de libertá-las dos demônios.  Lamentavelmente, a grande maioria dos obreiros já atuando junto a tais povos também são céticos (assim como era eu)--não sabem impor a vitória de Cristo sobre o inimigo.  Sincretismo evangélico.
      c. "Sorte entre os santificados"--em primeiro plano deve referir-se à nossa posição em Cristo (santificação final), mas creio referir-se à nossa experiência diária também--a maioria dos chamados Satanás derruba por aqui mesmo; dos que chegam ao campo, metade volta derrotado dentro de quatro anos--temos que entender que estamos numa guerra!
  
   3. A guerra espiritual (Ef. 6:10-19)--estamos numa guerra de âmbito universal e tudo que fazemos adquire sua importância maior no contexto dessa guerra (Lc. 11:23); melhor dizendo, estamos num campo de batalha--é preciso se precaver.  Mais precisamente, estamos em luta livre com espíritos malignos (Ef. 6:12).   [1 Ped. 5:8]

   4. A garantia da vitória--Jesus morreu para aniquilar Satanás, e conseguiu! (Aleluia!)  Em qualquer guerra é vantagem tomar a ofensiva e manter a iniciativa.  Vamos pois às "coisas maiores".

C. Tomando a Ofensiva--as "coisas maiores".  (João 14:12, Ef. 3:20-21).  Coisas que o Senhor Jesus deixou de fazer enquanto não ganhasse a vitória (chegar até a cruz sem pecar), nós agora podemos e devemos fazer, partindo da vitória já ganha.

   1. A posição e autoridade que temos.

      a. Estamos em Cristo à destra do Pai no Céu (Ef. 1:19-22, 2:6; 1 Jo. 4:4), e portanto acima de Satanás e todos os demônios.
      b. Satanás já foi derrotado, fragorosamente (Col. 2:10, 15; João 16:11; 1 Pd. 3:22; Hb. 2:14; João 12:31; Ef. 1:21).  Porém Deus, por Seus próprios desígnios (que não nos tem revelado), permite que o inimigo continue agindo na base do blefe\usurpação como se nada tivesse acontecido.  Cabe a nós "pagar para ver", apitar, chamar à atenção, impor a derrota ao inimigo.

   2. Amarrar o inimigo (Mc. 3:27, Mt. 18:18).  (O Senhor Jesus afirma ser necessário, só não diz como se faz.) O amarrar consiste em assumir nossa posição em Cristo, reivindicar a vitória e autoridade dEle, e em tantas palavras proibir qualquer ingerência ou ação satânica ou demoníaca junto a determinada pessoa, ocasião, lugar, etc. (Não esquecer o evangelizando.)

      a. Parece que temos que ser específicos. (Já tentei amarrar Satanás vez por todas até o fim do mundo, mas não funcionou--suponho ser o próprio Deus que não permitiu, pois para que o mundo acabe da maneira prevista na Bíblia é imprescindível a atuação de Satanás e os demônios no mundo ainda; outrossim Ele está nos treinando para o porvir.) (N.T. em Munduruku.) (Badernaço em BSB e a greve de 12/12/86.) 
      b. Amarrar "valentes" locais--demônios territoriais (Dan. 10). Mandar artilharia pesada antes do missionário. [guerra no Golfo Pérsico]
         1) Pactos feitos com os demônios pelos ancestrais.  Mapeamento espiritual.
         2) Injustiças praticadas (2 Sam. 21:1-6).  Oração identificacional.
         3) Maldições locais: Mateus 10:14-15 (Atos 13:51) [Mt. 11:21-24]-- missionários e pastores derrotados/magoados [Jo. 20:23].

   3. Mandar demônio para o Abismo--Lc. 8:31, Ap. 9:1-11. [Dickason, Billheimer]

   4. Destruir fortalezas e "sofismas" (2 Cor. 10:4-5)--retomando áreas dos espíritos territoriais (pontos cardeais).

      a. A nível de país: cosmo-visões--podemos guerrear ao redor do mundo, no âmbito espiritual, lutando ao lado dos missionários.  (O espiritismo no Brasil)
      b. A nível de pessoa: "fortalezas" (cabeças-de-ponte) nas pessoas--maldições (Ex. 20 VS Ezeq. 18), pactos, despachos. [2 Cor. 5:17 "tudo se fez novo" = em potencial. Nem o sangue de Cristo e nem a graça de Deus nos livram, necessária ou automaticamente, das conseqüências dos nossos pecados nesta vida (só no porvir).]  Jer. 17:5—confiar no homem traz maldição.

   5. Impor a autoridade de Cristo (2 Cor. 10:5-6, Mt. 18:18b--acionar anjos [Heb. 1:14; Mt. 26:53, 18:10; At. 12:15]).

      a. Influir em governos--"levar os pensamentos cativos".  (Influir nas atitudes de oficiais dos governos.)  (Carnaval de 1992--estragamos a festa do diabo.)
      b. A pessoas e à natureza (Lc. 10:19 e Mc. 16:18) (mulher em Toronto) (Jesus--Lc. 4:28-30, João 8:59, 10:39) (a greve de 12/12/86) (touro).
      c. Resolver problemas sociais (1 Tim. 2:1-4).  Igreja, "coluna e alicerce da verdade" (1 Tim. 3:15).  (Prov. 25:26 VS Prov. 28:1)  Prov. 28:4, Zac. 5:1-4 (Sl. 149:5-9). [Os jovens do Instituto Bill Gothard--Nova Zelândia, Bolívia, Indianapolis, Jacksonville.]
      d. "Punir desobediência"--2 Cor. 10:6.  (Juízo começa pelo povo de Deus.)

   6. Desfazer as conseqüências das obras do diabo, em casos específicos (1 João 3:8)--(Terezina, PI [nov. '84]) (Jesus--Mc. 4:37-39).

   7. "Qual Ele é, somos nós neste mundo" (1 Jo. 4:17).  A Igreja é o corpo de Cristo.  O ofício de julgar--João 5:22, 27; Salmo 149:5-9; 1 Cor. 6:2-3, Zac. 5:1-4. [domínio do mundo: Deus à Adão à Satanás à Cristo à nós]

   8. Cuidado com concorrência com "santos" ou pajés--cuidar para que Deus receba o crédito\a glória por uma cura, etc.

Agora, que ninguém se iluda.  Estamos em guerra, e o inimigo certamente contra-atacará, revidará.  É totalmente necessário andar prevenido e atento, e saber como se defender!

D. As Armas de Defesa:  Deus não nos manda contra Satanás sem defesa--temos as melhores armas, mas é preciso conhecê-las e estar preparado para usá-las.

   1. Livrar-se das seqüelas do passado--"cura interior".

a.   Batizar-se (quebrar vínculo com o mundo e o diabo). Invocar o Senhor.
       b. Pactos e maldições que vêm dos outros. (mas contra ataques presentes devemos amarrar o inimigo)
c.   Pactos e maldições que vêm de nós mesmos (Jer. 17:5, 48:10, Mal. 1:14).
d.  Laços do diabo (maçonaria, meditação transcendental, teoria da evolução, material pornográfico, etc.)--Atos 8:23, Ex. 23:33, Josué 23:13, 2 Tim. 2:26, 1 Tim. 3:7, Atos 19:19.  [Márcio, Joel]
e.   Alianças com o pecado--Heb. 12:1 (fornicação, aborto, divórcio) (Juizes 2:23, 3:4) (Sl. 109:17-18).  (Satanás aproveita o trauma--qualquer trauma.)

2.   Livrar-se de complicações do presente.

a. Não dar lugar ao diabo—Ef. 4:27.
1)   Ef. 4:26—ira, ódio, ressentimento conservado e alimentado—Satanás monta em cima.
2)   Falta de perdoar—Mt. 6:14-15 (Ef. 4:30-32).
      (“Vosso Pai celestial não vos perdoará”—como entender este dizer de Jesus?  Mesmo dando a interpretação menos incômoda—de que são dois tipos ou duas áreas de perdão divino, o perdão que dá justificação e vida eterna ao regenerado e o perdão que restabelece comunhão e depende de confissão contínua [1 Jo. 1:9], e que o perdão aqui é do segundo tipo—estamos diante duma questão muito séria.  Se Deus não me perdoar, porque eu não quero perdoar, então fico sem comunhão, que certamente afeta minha proteção—fico aberto aos ataques to inimigo sem entender o que está acontecendo.)
3) Não deter-se com Dalila (Sansão).  Não por coisa má diante dos olhos—Sl. 101:3 (Sl. 119:37, Fil. 4:8).  (Televisão, vídeos, Internet—ficar observando pornografia, violência, valores pervertidos, ocultismo, destruição, etc., é maneira certa e segura de receber influência maligna.)
b.  É necessário compenetrar-se de que não temos proteção automática contra as maldições, trabalhos, feitiços maquinados contra nós por bruxas, feiticeiros, médiuns, em fim; eles podem projetar seus espíritos contra nós, etc. [Neã]
c.   Orações improcedentes e maldições proferidas contra nós por crentes (Prov. 28:9, Jo. 20:23.)
       (Quando Deus não pode aproveitar uma oração fica um prato cheio para o inimigo.  As igrejas estão cheias de pessoas feridas por outros crentes.) (É preciso ficar atento, rechaçar tais coisas, pedir a benção de Deus [Sl. 109:28], levar pensamento cativo [do outro, 2 Cor. 10:5], vencer o mal com o bem [Rom. 12:14, 17-21].)
d.  Maldições através da igreja--Mal. 2:1-3, 7.  ["ungido do Senhor"--só por ordem direta de Deus--unção não é vitalícia--a maioria não são ungidos] ["sucessão apostólica"--ordenação por pastores maçons, evolucionistas, pecadores arrogantes, etc.]
e.  Cobertura furada—marido omisso, etc.
 
   3. A armadura de Ef. 6:13-18 (não tem peça para as costas--tem que enfrentar o inimigo.)

      a. Verdade--qualquer falta de verdade na minha vida é uma brecha que o inimigo fatalmente vai aproveitar.
      b. Justiça--qualquer falta de justiça na minha vida, idem.
      c. Preparo--sair à guerra sem preparo adequado é o mesmo que sair descalço; pisa em coisa pontiaguda e vai mancando.  Pé ferido em luta livre é sério.
      d. Fé--em Deus (Ef. 6:16).  Precisamos saber quem é o nosso Deus, o maior!
      e. Certeza da salvação.
      f. A Palavra de Deus (Ef. 6:17)--o exemplo de Jesus após os 40 dias (rechaçar medo, acusações, etc. com base na Palavra).
      g. Oração (Ef. 6:18-19)--já que a guerra é espiritual, se trava principalmente no âmbito espiritual ou seja, na oração.  (Missionário precisa de quem ore por ele, vs. 19, e com perseverança.)
      
   4. A maior arma de defesa = "resistir" (Tiago 4:7).  É imprescindível sujeitar-se primeiro a Deus.  O "resistir" consiste em reconhecer a ação do inimigo (em determinado caso) e repreendê-lo em nome do Senhor Jesus Cristo--(experiência própria).  O expulsar é "resistir", pois funciona exatamente assim.
             Agora, Satanás prefere manter pessoas e igrejas na ignorância e na incredulidade a seu respeito, mas quando alguém desperta para a verdade aí o inimigo procura confundir, para diminuir o prejuízo.  Com calma e humildade quero expor alguns "mitos", segundo eu entendo.

      a. Resistir não é dom, é ordem (1 Ped. 5:9).  Dom é para os poucos dotados, ordem é para todos.  (Proteger sua família; não depender do pastor.)
      b. Não pedir que Deus resista, pois Ele manda que nós o façamos. Seria desacato e não humildade. O que o arcanjo Miguel não pôde (Jd. 9), nós podemos--em princípio somos superiores aos anjos (Gn. 1:26, Rm. 8:17, 1 Cor. 6:3, Col. 2:18, Hb. 1:14, Ef. 1:21 e 2:6).
      c. Não pedir permissão--guerra é guerra [Sustaires].  Nem precisa estar presente--no âmbito espiritual podemos guerrear ao redor do mundo (irmãos idosos, donas de casa).
      d. Oração e jejum (Mc. 9:29, Mt. 17:21).  [Em Mc. 9:29 só 4 manuscritos gregos omitem “e jejum”, contra mais de 1.800; e em Mt. 17:21 só 7 omitem o verso, também contra mais de 1.800.]  Meu jejum acrescenta qualquer coisa à vitória de Cristo? (Ef. 1:20, 2:6).
1)   quem tem autoridade não precisa levantar a voz (demônio não é surdo)--evitar sensacionalismo. (cultura religiosa)
2)   não precisa impor mãos, ou queimar objetos (mas feitiços e artefatos satânicos devem ser destruídos).  (No V.T. era diferente--com a vitória de Cristo as regras mudaram.)
3)   não destruir objeto sem autorização do dono.
e.   Demônio é "velhaco"--fazem tudo para nos enganar, despistar, enrolar.
         1) resistir a todos e proibir a volta (para o Abismo; interditar).
2)   não bater papo com demônio--são mentirosos por ofício, querem nos enrolar. (Dt. 18:9-14[15-22]) [Confronto com médium pode ser exceção, inquirir também.]
3)   não precisa saber o nome--expulsar de uma vez todos, como fez Jesus (Lc. 8:30-33).
4)   cuidado com "experiências", pois Satanás é uma "fábrica" de experiências.
       f. E demônio recalcitrante?
         1) começar pelo chefe (Tg. 4:7).
         2) somar forças (Mt. 18:19, Mc. 9:29) [arco 200 lb.].
         3) mandar para o Abismo (Lc. 8:31, João 14:12) ["fogo do céu"].
         4) Deus é soberano--Ele quer nos ensinar: ouvir dEle se existe pacto ou outra complicação.
            a) louvar.
            b) perdoar.
            c) humildade [Ely].
            d) --"fé é a prova das coisas que não se vêem" (Tiago 4:7, "fugirá").  Porque ficar repetindo a ordem?  É Deus que faz a coisa funcionar--Ele não é surdo (logo não precisa repetir) [Zélio].  Porque será que não queremos deixar uma pessoa sofrendo? (É só compaixão ou é nossa reputação?)
         5) acionar os anjos--Hebreus 1:14, Mateus 26:53.
         6) às vezes uma pessoa finge estar demonizada (para se vingar ou aparecer).

   5. "Cobrir com o sangue de Cristo", proibir ataque de antemão.  (Amarrar Satanás cada manhã e cada noite.)

   6. Questões para pesquisa.

a. Alguns casos requerem viva voz?  Quando o desafio é público a repreensão também deve ser. 
b.  Há prazo?
c.   O satanismo aumenta a "barra" [Debbie].  (demônio + ser humano = ?)
                     ["projeção astral"--??(2 Reis 5:26, 6:12, 1 Cor. 5:3-4, Col. 2:5)??]
            [robôs humanos; lobisomem, etc.].

   7. Cuidado com "presentes" amaldiçoados; abençoar todo alimento.

   8. Perigos.

      a. Revide/contra-ataque/retaliação [acidentes, doenças, calamidades, finanças, filho nasce com defeito].
b.  Cuidado com a soberba.
c.   Não deixar vácuo (Mt. 12:44).  Introduzir ação/influência positiva ao passo que afasta a ingerência maligna (Mt. 18:18).  Mateus 26:53.
d.  O passifismo espiritual (Sl. 78:9, Jer. 48:10).

Observação:  Nossas armas de defesa são as melhores e perfeitamente adequadas (uma vez sabendo como manuseá-las), mas não convém ficarmos só numa postura defensiva, sempre na expectativa à espera da próxima paulada, deixando assim a iniciativa com o inimigo.  Vamos tomar a ofensiva, vamos conduzir a guerra a nosso modo!  (Lembrar Sl. 78:9 e Jer. 48:10.)  Em qualquer guerra é importante conhecer o inimigo.

E. Quem é o Inimigo?--É Satanás, "vosso adversário" (1 Ped. 5:8).  A Bíblia diz muita coisa a respeito de Satanás e os demônios, e o Senhor Jesus ensinou claramente a seu respeito--quem não acredita está rejeitando a palavra de Jesus.  Satanás "engana todo o mundo" (Ap. 12:9), se apresenta como "anjo de luz" [já foi] (2 Cor. 11:14), é "tentador" (1 Tess. 3:5), é nosso "acusador" (Ap. 12:10), é "príncipe das potestades do ar" (Ef. 2:2), é "o deus deste mundo" (2 Cor. 4:4), é "o príncipe deste mundo" (João 16:11, mas já deposto--João 12:31), e o mundo inteiro "jaz" nele (1 João 5:19).

   1. Sua origem e queda--o mais elevado ser (angelical) criado (Ez. 28:12-17, Is. 14:12-15)--não caiu sozinho (Dan. 10:12-13, Ap. 12:4)--não perdeu a patente (Jd. 9, Ef. 6:12, 1:21)--são pelo menos 50 milhões (Ap. 5:11).

   2. Conseqüências para nós--E daí? Que tem tudo isto a ver com missão transcultural ou evangelismo? Tem tudo a ver (Mc. 3:27, 2 Cor. 4:4, Mc. 4:15).

      a. Quando tentar arrancar um povo (ou uma pessoa) do poder de Satanás você tem pela frente tão somente o ser criado mais poderoso, mais inteligente e agora mais malevolente do universo.
      b. Porque Deus não protege Seus servos?  Tem que permitir que levemos as conseqüências de nossa ignorância culpável.  Temos que aprender.
      c. Jesus não ganhou? Satanás não foi derrotado? Porque a problemática toda? (Agem na base do blefe/da usurpação--compete a nós "pagar para ver".)

F. Como Atuam Satanás e os Demônios?--Vamos direto ao Texto Sagrado (Lc. 9:18-22 e Mt. 16:13-23)--estamos diante duma verdade terrível!  Temos um inimigo invisível que tem acesso às nossas mentes.

   1. Atacam as mentes--Pedro (Mt. 16:23; o cirandar--Lc. 22:31), a própria experiência, reuniões de obreiros. [branco (Eltom), inverter idéia]
      a. Contra a oração (Dan. 10:12-13) (ninguém ora sem marcação). [sono, telefone, visita, cachorros, crianças]
      b. Contra a vida física--Ananias (Atos 4:32-5:10) (1 Cron. 21:1).
      c. Contra a vida eterna--Judas (João 13:2 e 27; vê João 17:12, Mt. 26:24), e não só Judas (2 Cor. 4:4, Mc. 4:15).
      d. Outras evidências--Satanás "corrompe as mentes" (dos crentes, 2 Cor. 11:3), a língua "inflamada pelo inferno" (Tiago 3:2-12), medo de testemunhar (2 Tim. 1:7), pesadelos ("nightmare" há 400 anos), espiritismo e satanismo (mundo das drogas, pornografia, "rock", homossexualismo, aborto, etc.).
      e. Falsificam os dons do Espírito Santo--lidar com os dons (pois existem) requer discernimento, porque Satanás também dá profecia, língua, cura, etc.  O estrago que o inimigo faz nesta área é terrível.  (Expulsar demônio nada tem a ver com os dons do Espírito.)  (1 Cor. 14:39).
f.   Enganam e ensinam doutrina (1 Tim. 4:1) [idéias "brilhantes"].
g.  Lêem os pensamentos—não é problema maior, mas evitar “segurança” falsa.  Nada tem a ver com a onisciência (última tecnologia na aviação—pensamentos saem para fora do crânio).

   2. Influem nos objetos físicos.

      a. Atacam a saúde: Jó, Paulo (2 Cor. 12:7), "filha de Abraão" (Lc. 13:11, 16), experiência própria, mistura de sintomas.
      b. Mexem nos objetos: computador, casas assombradas, ex-espíritas (Pacaás-novos).
      c. Materializam-se (lobisomem, estupro). [cavalo na estrada, OVNIs]
      d. Utilizam objetos para infernizar vidas e lares (feitiços, artefatos, objetos amaldiçoados).

   3. No espiritismo:

a.   Imitam pessoas finadas.
b.  Podem curar (mas com condição).
c.   Demônio maior pode expulsar demônio menor (Mt. 7:22).
d.  Fazem coisas sobrenaturais.

   4. Tentação ao mal (não é demonização)--Cristo (após os 40 dias--Mt. 4:1-11, Lc. 4:1-13), nós (ver 1 Cor. 10:13)--mas Deus não tenta (Tg. 1:13).

   5. Coisas atribuídas a Satanás.

      a. Ele influe na cultura dos homens (1 Jo. 5:19, "o mundo"), e nas pessoas (Ef. 2:2).
      b. Ele arma "laços"--incrédulos (2 Tim. 2:26), pastores (1 Tim. 3:7).
      c. Ele tenta, engana, acusa (ver F.).

   6. Implicações:

      a. Se pudéssemos nos compenetrar, realmente, do quanto eles atrapalham nossas vidas (atacam nossas finanças também), poderíamos simplesmente transformá-las (lembrar Ef. 6:12).  (O que acontece lá fora no mundo às vezes nem conseguimos imaginar--a participação demoníaca nos suicídios, nos toxicômanos, nos homossexuais, na pornografia, na música "rock", no crime, na violência, na imoralidade "não está no gibi".)
      b. Porém, não enxergar demônio debaixo de cada pedra e atrás de cada pau-- exige-se discernimento.
      c. Não jogar a culpa de tudo de mal que faço sobre o inimigo--somos pecadores por conta própria.
      d. Os ataques podem ser indiretos (carta, telegrama, telefonema); atacam um filho para atingir os pais, etc.

Observação:  Gastei esse tempo todo versando sobre o inimigo não para enaltecê-lo, e muito menos cultuá-lo, e sim para que vocês se conscientizem, se compenetrem do perigo que ele representa.  Quem for mexer com fera sem respeitar o perigo que representa, sem saber lidar, fatalmente apanha.  Temos um inimigo terrível pela frente, mas o nosso Mestre, Jesus, nos coloca à disposição armas perfeitamente adequadas, não só para nos defender como para impor a derrota a aquele.  Resta uma questão que exige consideração: Porque tanta ignorância sobre este assunto nos meios evangélicos?

G. Mas, Porque Tanta Ignorância da Nossa Parte?  (Ignorar o inimigo é facilitar demais.)

   1. Somos influenciados pela cultura envolvente que é muito materialista, descrente no sobrenatural.  Lembrar 1 João 5:19.  O materialismo é um dos sofismas (2 Cor. 10:5) confeccionado por Satanás para afastar as pessoas do conhecimento do Criador (também o Islão, o Marxismo, o Hinduismo, o Budismo, o Animismo, o Humanismo, o Espiritismo, etc.).  (O pesquisador materialista estudando fenômenos "para-psicológicos" se expõe fatalmente.)

   2. Em certos ambientes existe uma noção errada de culpa que dá vergonha de tocar no assunto (mas o silêncio favorece ao inimigo).

   3. Nossas principais versões da Bíblia nos despistam--devia ser "demonizado" em vez de "endemoninhado".  O vocábulo "possesso" não existe no Texto Original; é invenção dos tradutores.

      a. "Endemoninhado" é sempre tido por "possesso"--mas a idéia central de "posse" é propriedade, que engana as pessoas. Primeiro, ser humano não pode ser "propriedade" de demônio (embora os demônios às vezes aleguem assim). Pior, tem dado margem a uma idéia nas igrejas que acarreta conseqüências sérias--já que o crente pertence a Deus, pressupõe-se que não pode "pertencer" a um demônio ao mesmo tempo. Mas a questão certa é de controle, não propriedade--devemos aposentar o termo "possessão". O controle demoníaco certamente existe mas representa só uma pequena parte da ação do inimigo contra os homens, exatamente os casos mais extremos. O desenho que segue mostra as áreas que a demonização abrange.

 as mentes   |  objetos  |  obsessão  |  opressão  |   controle

      b. Conseqüências:  Nas igrejas e escolas "tradicionais" o assunto nem entra no cardápio, talvez por pensarem em termos de propriedade e julgarem que crente fica isento.  Mesmo nas igrejas que têm ministério de libertação, costumam lidar somente com os casos de controle--a maior parte da ação do inimigo contra nós passa desapercebida.  Assim, essa idéia de que "crente não pode ser possesso" acarreta resultados bastante negativos.

   4. Existe a idéia catastrófica de que seríamos isentos, "intocáveis"--1 João 5:18.

      a. Em que consistiria o "tocar" do Texto?  (Cristo--Mt. 4:1-11; Paulo--2 Cor. 12:7; Pedro--Mt. 16:22-23).
      b. O texto certo e a tradução certa é "não peca" e "conserva-se a si mesmo"--mas quem é "o gerado de Deus"?--É a nova natureza, o "novo homem", que recebemos quando da regeneração, e não o crente como um todo.
      c. Efésios 6:12 é mais do que claro--"nossa luta livre" (muito direto, físico, pessoal). (1 Ped. 5:8--para que "vigiar" se o leão não pode fazer nada contra nós?)  Estamos sujeitos a demonização, podem ter certeza!  Vale a submissão consciente ao Espírito Santo.  (Qual a maior concentração de demônios nesta cidade?)
      d. Afinal, crente pode ser "possesso"? 
         1) Primeiro, é questão de controle, não só de presença; Deus é onipresente e portanto convive sempre com Satanás e os demônios (Jó 2:1, Ap. 12:10).  Você já entregou todas as chaves da sua "casa"?  Vale é a entrega sem reservas ao Espírito Santo.
         2) Segundo, quem peca conscientemente faz causa comum com Satanás. Quando crente permanece no pecado, dá "cabeça-de-ponte" ao inimigo--ele se instala na vida e faz por onde ampliar a área que controla; dá obsessão, opressão, e finalmente controle.  O crente pecador vai enfraquecendo, e pode chegar ao ponto de não ter mais força para se recuperar sozinho; aí terá que ser socorrido por outros--se esse socorro não chegar . . . .
         3) Ressalva, retaliação que vem contra guerreiro de Cristo que está conduzindo ofensiva contra Satanás é totalmente diferente; não é por causa de pecado na vida (mas qualquer "brecha" será explorada).
         4) Em todo caso, quero fazer um apelo aos irmãos; mesmo que não queira aceitar a idéia de crente ser controlado por demônio, por favor, não rejeite a verdade de crente ser demonizado.  Quem andar controlado pelo Espírito Santo nunca será controlado por demônio, mas quem facilitar, já sabe.

   5. Os acovardados--parece existir medo da parte de alguns (muitos?) pregadores e doutrinadores de tocar no assunto.  Às vezes, o jovem pastor pregou uma bela mensagem contra Satanás, mas o contra-ataque não tardou; levou a pior e agora silenciou sobre o inimigo.  Mas 2 Tim. 1:7 deixa claro que Deus não dá espírito de medo/covardia.  (Ver Sal. 78:9 e Jer. 48:10.)

H. Pondo em Prática--Alguns Prerequisitos. "Basta ao discípulo ser como seu Mestre" (Mt. 10:25). É importante seguir o exemplo do Senhor Jesus nos ítens  que seguem.

   1. Manter comunhão com o Pai. Participação efetiva na guerra espiritual começa com compromisso total com Jesus e Seu Reino, compromisso que tem que ser renovado todos os dias (Heb. 10:7, Rom. 12:1-2, Lc. 9:23). Mantermos as nossas contas ajustadas.

      a. Humildade--Deus exige humildade da nossa parte (Tiago 4:6).
      b. Santidade--Deus exige mãos limpas e coração puro (Tiago 4:8), que andemos em comunhão com Ele e submissos ao Espírito Santo--assim poderemos andar revestidos da autoridade que Ele nos outorga e manuseando Seu poder. (Mão suja não pega no poder de Deus.)
c.   Intimidade--amigos, não cavalos nem meros escravos. (Sl. 32:9, Jo. 15:15)
    (A “presença” de Deus sobre nós depende de intimidade VS “graça” que todos têm.)
  
   2. Ser radical quanto à autoridade do Texto Sagrado. "Se permanecerdes na minha Palavra, sereis verdadeiramente meus discípulos" (Jo. 8:31).

      a. Em Mateus 24:35 o Senhor Jesus declarou: "O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não hão de passar." "As minhas palavras" representam a palavra do Criador (Jesus sabia quem Ele era). Ele declara a autoridade eterna da Sua própria palavra. Quanto ao Antigo Testamento Ele não foi menos taxativo. Em João 5:45-47 Ele praticamente equipara os escritos de Moisés a Sua própria Palavra. Após afirmar que veio cumprir a lei e os profetas, declara: "Em verdade vos digo que até que o céu e a terra passem, nem um jota ou um til se omitirá da lei, sem que tudo seja cumprido" (Mt. 5:18). "É mais fácil passar o céu e a terra do que cair um til sequer da lei" (Lc. 16:17). "A Escritura não pode ser anulada" (Jo. 10:35). Observar que Ele assegurou os detalhes mínimos da forma do Texto ("til" é a letra menor do alfabeto hebraico). Jesus levava o Texto Sagrado a sério--Ele aumentou o alcance da Palavra, por vezes, mas nunca arredou um centímetro do sentido literal.  (ver Mt. 5:17-48)
      b. Quanto ao Apocalipse, e por extensão o N.T., Aquele que estava assentado no trono (o trono no caso seria o grande trono branco [Ap. 20:11], e como é o Filho que julga [Jo. 5:22, 2 Tim. 4:1] podemos entender que é o Cristo glorificado) garante que as palavras escritas são "verdadeiras e fieis" (Ap. 21:5). O uso da forma plural, "palavras", acaba atingindo cada uma--Deus garante cada palavra.
      c. Em Mateus 4:4 o Senhor Jesus afirmou: "Não só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus". Ora, se havemos de viver de "toda a palavra" de Deus hoje, então todas elas têm que existir também hoje--é uma garantia da preservação do Texto através dos séculos.  Ver 1 Cron. 16:15.  Aliás, quase as últimas palavras na Bíblia (Apoc. 22:18-19) refletem a nítida preocupação de Deus pela exata transmissão de cada palavra do Livro.

      Que tal irmãos, vamos ser igual a nosso Mestre?

   3. Ser maior que a cultura. 1 João 5:19 e Ef. 2:2--toda cultura dos homens tem aspectos de origem satânica que não combinam com os valores do Reino.  (1 Tes. 5:21, Rom. 12:1-2, 1 Jo. 2:15)

      a. O Senhor Jesus criticou sua própria cultura (dos Judeus)--Mt. 23:13-28, Mt. 5:33-48; sempre fazia no sábado o que os Judeus não gostavam. Não teve medo de se contaminar: lidou com prostituta, tocou em leproso.
      b. Ele criticou a cultura dos samaritanos--João 4:22 (v. 18).
      c. Ele criticou a cultura dos gentios--Mt. 15:26 (no A.T. têm críticas severas à cultura dos cananéus, etc.)
d.  E a cultura brasileira?  Mt. 5:37, Mt. 12:34-37, 2 Tes. 3:10, Ef. 4:28, Prov. 22:15, 23:13-14, Heb. 12:6.
e.   E a nossa cultura religiosa?  João 3:8 (o Espírito Santo é imprevisível), 2 Tim. 3:5 (aparência de piedade VS poder; “imagem”).

   4. Odiar o mal. Odiar o mal faz parte necessária do amor de Deus, pelas conseqüências do pecado.

      a. Hebreus 1:8-9 cita Salmo 45:6-7, declarando que diz respeito ao Filho: entre outras coisas afirma que Ele odéia a iniqüidade. O próprio Cristo glorificado declara que Ele odéia as obras dos nicolaítas (Ap. 2:6). Jeovah odéia o roubo (Is. 61:8), o divórcio (Mal. 2:16) e sete transgressões outras (Prov. 6:16-19). "O temor de Jeovah é odiar o mal (Prov. 8:13, ver Prov. 9:10). Em Salmo 97:10 temos uma ordem: "Vós, que amais Jeovah, odiai o mal". Vamos obedecer?
      b. Salmo 5:5-6 nos informa de que Jeovah odéia a todos os que praticam a iniqüidade. Costumamos pregar que Deus odéia o pecado mas ama o pecador. Parece que sim, até certo ponto. Mas quando alguém se torna aliado de Satanás, fazendo questão de praticar o mal, incorre na ira de Deus. (Ver Salmo 26:5, 31:6, 101:3, 119:104, 119:113, 119:128, 119:163--isto nos ajuda a entender a atitude de Davi em Sal. 139:21-22; é aos que agem com "intenção maligna" [v. 20] que ele odéia.) Temos que aprender a odiar o pecado, o mal em todas as formas, Satanás e seus anjos--como eles são irrecuperáveis (Mt. 25:41, 2 Pd. 2:4, Ap. 20:10), trata-se de uma guerra sem trégua, sem quartel, até a morte. [Lembrar que Deus só perdoa pecado confessado (1 Jo. 1:9).]
      c. Jeovah-Filho veio a primeira vez como Cordeiro, manso e meigo--caniço quebrado não esmagava, pavio fumegante não apagava, até fazer triunfar o juízo (Mt. 12:20). Mas agora, Ele já ganhou a vitória, Satanás já foi julgado. Ele voltará como Leão, para julgar e reinar com vara de ferro. Aquele que fez a propiciação sozinho (1 Jo. 2:2, Heb. 1:3), também pisará sozinho o lagar da ira de Deus (Ap. 19:15) (ver também Atos 3:23). Embora sejamos porta-vozes do Cordeiro, somos também porta-vozes do Leão, já, agora. As "coisas maiores" dependem da vitória já ganha.
      d. Remover "cobras" (Mc. 16:18, Lc. 10:19). ("raça de víboras", "vosso pai o diabo") (Distinguir entre dois tipos de “homem mau”—os que deliberadamente maquinam o mal, e os que gradualmente perderam a capacidade de distinguir entre o bem e o mal; estes podem ter esperança.)

   5. Entender o ofício de julgar. Em João 5:22,27 (2 Tim. 4:1) o Senhor Jesus afirma que compete a Ele o ofício de julgar, e 1 João 4:17 nos informa que "qual Ele é somos nós neste mundo"--neste mundo, não no porvir.

      a. Quando Paulo pergunta, "não sabeis vós que os santos hão de julgar o mundo?" (1 Cor. 6:2-3), fica claro que os leitores deveriam saber. Para tanto teria que ser uma coisa já revelada. Com efeito, está em Salmo 149:5-9. É para os santos tomarem "espada de dois gumes nas suas mãos, para tomarem vingança das nações e punirem os povos, para prenderem os seus reis com cadeias, e os seus nobres com grilhões de ferro, para executarem contra eles o juízo escrito; esta é a glória [ou "honra"] de todos os santos." "Todos os santos"--se você é um santo, executar juízo escrito é da sua competência.
               Por exemplo: em Zacarias 5:1-4 encontramos uma maldição escrita contra ladrão. No nosso congresso nacional ladrão é que não falta, e dos graúdos. Porque não invocarmos sobre eles "o juízo escrito"? Devemos ser "ousados como o leão" e "pelejar contra os ímpios" (Prov. 28:1 e 4). (Apoc. 18:6--o povo de Deus vai julgar Babilônia.)
      b. O Senhor Jesus outorgou aos discípulos a autoridade de condenar até uma cidade (Mt. 10:14-15), e o apóstolo Paulo fez uso do expediente pelo menos uma vez (Atos 13:51).  O próprio Senhor Jesus tinha dado o exemplo (Mt. 11:21-24, 23:13-38).  Mas é possível reverter [Aldo-Wagner]. Pelo menos duas vezes Paulo entregou alguém a Satanás (1 Cor. 5:5, 1 Tim. 1:20). O Cristo ressurreto outorgou aos discípulos a autoridade de perdoar ou reter pecados (Jo. 20:23).
      c. 1 João 4:3-4 afirma que já vencemos os espíritos do anticristo. Um dia iremos julgar os anjos, presumivelmente os bons (1 Cor. 6:3), mas Satanás e seus anjos, os demônios, já estão julgados (Jo. 16:11, Ef. 1:21), e nós temos autoridade sobre eles (Ef. 2:6). Então irmãos, vamos levar a sério o nosso ofício--tem tudo a ver com a guerra espiritual.

   6. Aceitar o "cálice" preparado--João 12:27, Hebreus 12:1-3.

      a. O "corpo" preparado--Hebreus 10:5.
      b. O "cálice" e o "batismo"--Marcos 10:37-38.
      c. Suportar "durezas" como bom soldado de Jesus--2 Tim. 2:3, 1 Tes. 3:3-4.
      d. Completar os sofrimentos de Cristo--Col. 1:24.

   7. Ter mentalidade de servir--Mateus 20:26-28, João 13:14-15. Jesus trabalhou com as mãos.

I. Implicações Estratégicas para Missões:

   1. O mundo verdadeiro é o mundo espiritual (Heb. 9:8-9, 22-24; 2 Cor. 4:18; [1 Cor. 9:11; Rom. 15:27; Gal. 6:6]), e portanto a guerra verdadeira se trava no âmbito espiritual. Precisamos aumentar a nossa sensibilidade para o espiritual--nossas igrejas estão cheias de "soldados" feridos, sem o saber.

   2. Das pessoas que Deus chama para missões, Satanás derruba a maioria por aqui.  Dos poucos missionários que alcançam o campo no estrangeiro a metade são tirados do páreo dentro de quatro anos.

   3. Precisamos de obreiros que sabem conduzir a guerra espiritual, que sabem impor a vitória de Cristo sobre Satanás e os demônios.  Se conseguirmos encher o mundo de tais obreiros poderemos terminar de alcançar o mundo, cumprindo a Grande Comissão, dentro de poucos anos, relativamente, pois produzirão muito mais efeito do que os outros que não sabem.

   4. Precisamos de igrejas cheias de crentes que também sabem conduzir a guerra.  Precisamos de atiradores de éscol, pessoas que sabem atingir um alvo específico.  Crentes idosos e donas de casa podem ser grandes guerreiros nesta guerra.  Proteger a família diariamente.

   5. Junto a 1.000 nações étnicas nós é que estamos algemados; junto a 1.000 etnias a vitória de Cristo não está valendo nada (ainda)!  Pois não existe Evangelho ou testemunha de Cristo por lá e pouco adiantaria amarrar Satanás junto a tais povos.  (E outras mil não tem discipulador.)  É totalmente necessário termos obreiros junto a cada etnia!  "Rogai ao Senhor da seara" (Mt. 9:38).

   6. Em Mateus 16:18 o Senhor Jesus afirma, "Edificarei a minha Igreja, e os portais de Hades não resistirão a ela".  Estamos diante duma promessa importante que deve nos animar. Lutemos com confiança!

   7. Se todo crente aprendesse a conduzir a guerra espiritual arrasaríamos com Satanás. Transformaríamos nossas vidas, famílias, igrejas, a sociedade e quiçá o mundo.  Que tal?  Vamos lá?  Vamos que vamos!

 Gilberto Pickering