O valor das Escrituras
II Tm. 3. 15 e 16
“...
E, desde menino, você conhece as Escrituras Sagradas, que lhe podem dar a
sabedoria que leva à salvação, por meio da fé em Cristo Jesus. Porque toda a
Escritura Sagrada é útil para ensinar a verdade, condenar o erro, corrigir as
faltas e ensinar a maneira certa de viver, e isso para que o servo de Deus
esteja completamente preparado e pronto para fazer todo tipo de boas ações...”.
Ao iniciarmos nossa reflexão sobre o valor das Escrituras, valho-me de um testemunho que a algum tempo li numa das revistas da Sociedade Bíblica do Brasil. Um testemunho sobre O VALOR DAS ESCRITURAS. O problema do menor abandonado é um dos mais graves dentro do nosso país. Nessa época de eleições ouvimos e vemos os mais diversos candidatos propondo uma série de métodos para dar fim a esse terrível problema. Para eles, essa chaga imensa em nossa sociedade não passa de um detalhe nas suas plataformas de candidatos. A solução, quando chegam aos cargos por eles cobiçados, depende de vontade política, e quando estão no poder essa vontade desaparece. A verdadeira solução poderia ser encontrada de diversas maneiras, mas uma delas foi singular e nos mostra O VALOR DAS ESCRITURAS.
Ao iniciarmos nossa reflexão sobre o valor das Escrituras, valho-me de um testemunho que a algum tempo li numa das revistas da Sociedade Bíblica do Brasil. Um testemunho sobre O VALOR DAS ESCRITURAS. O problema do menor abandonado é um dos mais graves dentro do nosso país. Nessa época de eleições ouvimos e vemos os mais diversos candidatos propondo uma série de métodos para dar fim a esse terrível problema. Para eles, essa chaga imensa em nossa sociedade não passa de um detalhe nas suas plataformas de candidatos. A solução, quando chegam aos cargos por eles cobiçados, depende de vontade política, e quando estão no poder essa vontade desaparece. A verdadeira solução poderia ser encontrada de diversas maneiras, mas uma delas foi singular e nos mostra O VALOR DAS ESCRITURAS.
“Eu tinha apenas 12 anos quando saí da casa dos meus pais e fui viver como mendigo nas ruas de Fortaleza. Para sobreviver, comia os restos que as pessoas me davam. Minha cama era a calçada, meu cobertor, os jornais. Com o tempo fui aprendendo a roubar. Acabei ficando conhecido pela polícia de Fortaleza e então decidi ir para o Recife. “Bati a carteira” de uma pessoa na rua e arranjei dinheiro para pegar a estrada. Arranjei um companheiro de malandragem e lá fomos nós.
Não demorou para que eu começasse a ser procurado também pela polícia do Recife e, passado um ano tive que mudar de novo. Dali fui para Salvador. Mais um ano e todo o processo se repetia. Então resolvi mudar para Belo Horizonte. Em Belô fui morar numa pensão, perto da rodoviária. E ali minha vida começou a mudar!
Um dia eu estava sentado na sala, quando vi a empregada passar com uns livros na mão e, em seguida jogá-los no lixo. Ao ver aquilo, minha atenção se fixou logo num livro de capa verde. Logo depois levantei-me do sofá e fui pegá-lo. Curioso, subi as escadas e fui perguntar ao meu companheiro de quarto que livro era aquele. É que apesar de estar com 15 anos, eu não sabia ler.
-
É um livro da “antigüidade”, da história de Deus, disse meu amigo, que
era ateu ... Pedi a ele que lesse uns trechos do livro para mim. E enquanto ele
lia algumas passagens, escolhidas ao acaso, alguma coisa diferente começou a
acontecer. Os versos pareciam entrar no fundo do meu coração e sentia um grande
alívio.
-
Guardei o livro comigo, e continuei na minha vida de roubos e crimes para poder sobreviver. Logo, a polícia de BH, estava atrás de mim e resolvi mudar para São Paulo. Durante a viagem de trem, conheci um senhor que sem saber quem eu era, simpatizou-se comigo. Indicou-me um lugar onde poderia me hospedar e quando cheguei lá, me instalei, mas a vida era a mesma: roubos e mais roubos.
Guardei o livro comigo, e continuei na minha vida de roubos e crimes para poder sobreviver. Logo, a polícia de BH, estava atrás de mim e resolvi mudar para São Paulo. Durante a viagem de trem, conheci um senhor que sem saber quem eu era, simpatizou-se comigo. Indicou-me um lugar onde poderia me hospedar e quando cheguei lá, me instalei, mas a vida era a mesma: roubos e mais roubos.
Certo dia andando pela Praça da Sé, vi um grupo de crentes falando em voz alta. Me aproximei com o objetivo de roubar alguém e obter mais dinheiro. O pregador estava falando sobre um livro. E ali reconheci que ele falava sobre o mesmo livro que eu tinha guardado, agora em minha mala. Senti que de alguma maneira a leitura daquele livro podia mudar a minha vida. Mas eu era analfabeto, não conseguia ler as suas palavras.
Continuei roubando. E nesse caminho acabei preso e fui para na FEBEM, onde fiquei por algum tempo. Depois de pouco tempo, pela graça de Deus, aquele Senhor que eu encontrei no trem, me tirou de lá e me levou para a sua casa. Comecei a trabalhar, a freqüentar uma igreja, e, aos poucos, fui aprendendo a ler, soletrando as passagens daquele livro: A Bíblia Sagrada.
Essas leituras me ensinaram muitas coisas boas e me fizeram esquecer os maus costumes e muda de vida. Abandonei aquela vida ilegal e desonesta e me tornei cristão. Hoje passados mais de 10 anos, desde que sai da casa dos meus pais, sou casado, tenho 3 filhos e toda a minha família lê a Bíblia e obedece os seus ensinamentos ...”.
Que história linda! Não é mesmo?! Que solução incrível para o problema de um menor abandonado. Seria possível essa solução atingir outros menores? Creio que sim! Se observarmos o texto e sua mensagem e nos dispusermos a praticá-lo, certamente muitos menores poderão ser atingidos, sem ficar dependendo dos políticos e de suas plataformas eleitoreiras. Por isso dizemos:
Todos nós temos a responsabilidade de valorizar ao máximo as Escrituras Sagradas.
Neste versículos encontramos 3 razões para darmos o máximo valor às Escrituras:
A primeira razão é que somente as Escrituras anunciam ao homem a salvação , conforme o v. 15
–
Através da leitura, do estudo e da prática da Palavra de Deus todo ser
humano pode chegar à salvação. Isso vale para o homem adulto que desenvolve a
sua vida profissional, vale para a senhora que tem suas atividades no cuidado
da casa e na criação dos seus filhos, vale para a jovem na faculdade, vale para
o jovem que está prestando o serviço militar, mas vale também para o menino ou
a menina que desde a infância começa a se familiarizar com as histórias e os
princípios divinos. O que o texto está dizendo é que além da possibilidade dos
adultos, dos jovens e dos adolescentes serem tocados pela mensagem da salvação,
através da leitura e estudo das Escrituras, o coração da criança é terreno
preparado e pronto para a semeadura da Palavra. Se visualizarmos esse
potencial, os menores serão sempre o nosso alvo maior na evangelização.
Uma vida entregue ao Senhor, desde o seu início, produzirá maiores e melhores frutos para o engrandecimento do reino de Deus. Como cristãos, como pessoas sensíveis, como seres que desejam o melhor para o nosso próximo, devemos tratar com carinho e amor os menores que vemos nas ruas, nos becos, e que muitas vezes pretendem o mal contra nós. Uma palavra, uma atenção especial, a entrega de uma porção das Escrituras, o encaminhamento a um abrigo adequado, certamente farão a diferença vital para aquela pequena vida, colocando-a às portas da salvação.
Quantas vezes já paramos com o corre-corre diário dando a Palavra a um desses pequeninos? É nosso dever valorizarmos ao máximo as Escrituras Sagradas. Demonstraremos na prática essa valorização à medida que anunciarmos e repartirmos a Palavra de Deus com os menores que estão ai a nos cercar!
A segunda razão é que somente as Escrituras balizam o homem a viver corretamente, conforme o v. 16
– Este versículo nos esclarece porque a Palavra de Deus capacita o homem a viver de modo agradável a Deus. Em primeiro lugar porque o que temos à nossa disposição não é uma palavra originada de homens. Em segundo lugar porque esta Palavra é inspirada por Deus, isto é, ela é de procedência divina. Ela foi soprada por Deus, sendo portanto, totalmente divina. Mas em terceiro lugar, porque lemos que ela é útil, isto é, ela é proveitosa, ela tem valor em nos orientar em nosso modo de viver.
As Escrituras, por usa utilidade, por seu proveito, balizam, norteiam, o homem a viver corretamente, pois:
a) nos ensinam – isto é,
respondem a pergunta – o que devemos saber?
b) nos repreendem - isto é, respondem a pergunta – o que devemos abandonar?
c) nos corrigem – isto é, respondem a pergunta – como devemos mudar?
d) nos educam na justiça – isto é, respondem a pergunta – como devemos viver?
Quando descobrimos todo este potencial das Escrituras para as nossas vidas e para as vidas daqueles que nos cercam, certamente cresce em nós o desejo de compartilharmos com os outros essas preciosas verdades.
b) nos repreendem - isto é, respondem a pergunta – o que devemos abandonar?
c) nos corrigem – isto é, respondem a pergunta – como devemos mudar?
d) nos educam na justiça – isto é, respondem a pergunta – como devemos viver?
Quando descobrimos todo este potencial das Escrituras para as nossas vidas e para as vidas daqueles que nos cercam, certamente cresce em nós o desejo de compartilharmos com os outros essas preciosas verdades.
Cresce em nós o dever de ministrar essa preciosa Palavra aos menores que nos cercam. Individualmente ou coletivamente é nosso dever valorizarmos ao máximo as Escrituras Sagradas. Demonstraremos na prática essa valorização à medida que modelarmos a nossa própria vida segundo os divinos princípios, e paralelamente, orientarmos as vidas jovens que nos cercam e estão sem rumo!
A terceira razão é que somente as Escrituras capacitam o homem às boas obras, conforme o v. 17
– Ao finalizarmos a absorção deste texto, encontramos uma verdade desafiadora. Além de nos levar à salvação, além de nos conduzir a uma vida agradável, as Escrituras nos capacitam a colocar esses ensinamentos na prática. As Escrituras nos fazem operacionalizar essas verdades. As Escrituras nos habilitam para toda boa obra.
A boa obra que necessitamos realizar é colocar o nosso tempo, os nossos recursos, os nossos templos, as nossas dependências, os nossos espaços ociosos, e quem sabe, até os nossos lares à disposição dos menores abandonados, resgatando-os de uma vida de crimes, violência, analfabetismo, sexo, drogas e outros vícios e praticas abomináveis. Se cremos no valor das Escrituras, se valorizamos esta sagrada Palavra, deixemos que ela nos habilite a realizar as boas obras que são necessárias e urgentes e vão beneficiar o nosso próximo. É nosso dever valorizarmos ao máximo as Escrituras Sagradas. Demonstraremos na prática essa valorização à medida que nos envolvermos na solução desse problema que atinge nossa sociedade. Sem esperarmos pelos políticos com suas mirabolantes campanhas e sem esperar pelos outros, “arregacemos as mangas” e mudemos, pelo poder das Escrituras esse quadro que está à nossa frente.
Um testemunho como o que foi transcrito e uma exposição clara da Palavra merecem uma séria reflexão de nossa parte. Que Deus nos abençoe a sermos uma bênção para os outros!!!
Autor: Itamir Neves
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