sexta-feira, 15 de maio de 2015

UMA RECOMPENSA GRANDIOSA



UMA RECOMPENSA GRANDIOSA


E, desde os dias de João o Batista até agora, se faz violência ao reino dos céus, e pela força se apoderam dele.  (Mateus 11:12)


Quando falamos sobre recompensa de imediato pensamos que o recompensado passou por uma situação que teve que sobressair a tantos outros ao seu redor, pois a recompensa é um ato de premiação por superação de uma tarefa, ou melhor, a pessoa está recebendo louvor por fazer jus por aquilo que desempenhou, conquistou ou fez.

Existem vários tipos de recompensa, mais, no entanto, a condição para te-la sempre é a mesma “mérito” seja ela boa ou ruim, houve um motivo para ela estar ali. Vale citar que, a recompensa por atos heróicos tem muito mais valor para a pessoa que foi o motivo do recebimento do que para aquele que a recebeu.[…]


Cada ato nosso fica registrado no livro de Deus, seja bom ou ruim, Tu contas as minhas vagueações; põe as minhas lágrimas no teu odre. Não estão elas no teu livro? (Salmos 56:8)


Nisto, desejo te dizer que; Si, se faz violência ao reino de Deus e pela força se apoderam dele, isto deixa claro que para entrar no reino de Deus é imprescindível lutar, guerrear, não será fácil, ainda que muito diga ao contrario, vale salientar que; a maior luta é dentro de nós, é lutar para não fazer o que se deseja fazer, pois, se fizer o que está errado, conhecendo a verdade, torna-se é cúmplice do mal...


Porque, se pecarmos voluntariamente, depois de termos recebido o conhecimento da verdade, já não resta mais sacrifício pelos pecados, Hebreus 10:26, isto é, estamos desconsiderando os feitos de Jesus na Cruz por nós, se erramos com consciência nos tornamos escravos do pecado, então, qual recompensa será nos dada? 

Porque bem conhecemos aquele que disse: Minha é a vingança, eu darei a recompensa, diz o Senhor.

E outra vez: O Senhor julgará o seu povo. Hebreus 10:30. Muitos, falam que vão morar nos céus, porém, continuam com a mesma vida de outrora, praticam as mesmas, alguns têm a desdita de pronunciar {a carne é fraca}, desde quando o pecado é remédio?


Diga-se de passagem, existem pessoas que não conhecem o evangelho, porém, tem uma vida com melhor conduta e caráter do que muitos que estão dentro dos templos. E, isto, está sendo visto por Deus, certamente estes, também terão suas recompensas.


Fazer o que é certo é independente de religião ou credo, é simplesmente possuir caráter de criatura de Deus, Se somos de Deus precisamos seguir a sua palavra. Nós somos de Deus; aquele que conhece a Deus ouve-nos; aquele que não é de Deus não nos ouve. Nisto conhecemos nós o espírito da verdade e o espírito do erro. 1 João 4:6.[…]


Pertencer a Deus é mais que uma ideologia, é um reconhecimento de dependência daquele que te deu a vida, é você lembrar noite e dia que Jesus Cristo é o único bombeiro que pode te salvar das chamas do inverno, por isso é fundamental, você batalhar para fazer o que é correto, abandonar tudo que se refere as trevas, porque este bombeiro só poderá te salvar se você quiser ser salvo, caso contrario, que recompensa você terá?! 

(Pra. Elza Carvalho)


quinta-feira, 14 de maio de 2015

RENUNCIANDO A NÓS MESMOS



RENUNCIANDO A NÓS MESMOS - EGOÍSTAS NUNCA MAIS

"Porque, quando perco toda a minha força, então tenho a força de Cristo em mim."  (2 Corintios 12:10)

            Se esvaziar para que CRISTO tome a nossa vida por inteiro não é fácil. E Ele nunca disse que seria, não é mesmo? 

Renunciar a nós mesmos, matar o nosso eu, nos deixar em segundo lugar nunca foi fácil pra ninguém, porque é totalmente o contrário do que o mundo em que vivemos diz. 

O mundo fala que sempre sou EU primeiro, a MINHA necessidade é a prioridade, o que EU QUERO é o que importa e tantos outros exemplos.. 

Mas Jesus diz exatamente o contrário! Puxa, que coisa não..
  
              Mas por que Jesus diz que devemos nos esvaziar de nós mesmos, esquecermos nossos interesses para podermos O ter em nossa vida? (Marcos 8: 34-35)

                Porque nós somos muito egoístas. E se você pensa que ser egoísta significa negar uma carona pra um colega de trabalho, não dividir seu lanche no recreio ou não pensar em sua família e amigos.. 

Bem, tenho que te dizer que não é só isso. Muitas vezes agimos egoisticamente e nem nos damos conta disso.. e por quê?

Porque somos egoístas demais! Confuso isso, não? Mas vamos descomplicar então... Se a gente pensa que estamos levando uma vida boa, que lemos a bíblia sempre, oramos, louvamos e nos preocupamos com as pessoas marginalizadas da sociedade.. ah, já estamos bem! 

Ou se pensamos que nós já estamos dando o nosso máximo e que nossa vida pra Jesus está ótima.. bem, isso é pensar egoísta também. Porque nunca o que nós fizermos vai ser tão grande como o sacrifício de Cristo na cruz, nunca os nossos “achismos” vão superar o amor de Deus... 

A gente sempre pode fazer algo a mais por Aquele que nos deu a vida! E às vezes ainda caímos no erro de sermos egoístas o suficiente para achar que tudo o que fazemos já está bom.. não, por mais que estejamos fazendo muito, não nos conformemos, não achemos que estamos bem e que somos o máximo...

Podemos olhar pra trás sim e nos “orgulhar” do que foi feito, perceber no nosso presente que estamos agindo em favor do evangelho de Cristo, mas não devemos nos acomodar a isso. Porque JESUS pode mudar os rumos a qualquer momento, Ele pode querer outra coisa de você, mas e se vc estiver sentado, pensando que já está fazendo muito? 

Quando começamos a exaltar demais aquilo que fazemos nós acabamos achando que sentar só um minutinho não vai ter problema.. e ai, nós acabamos no desânimo. Porque todo aquele que se exalta demais, tira a glória de Deus da sua vida.

                E também (digo também pq existem N razões para isso) por esses motivos é que Jesus diz que devemos nos esvaziar. Pra não darmos ouvidos a nós mesmos e acabarmos caindo, pq nós bem sabemos que quando o nosso ego começa a inflar.. ixi, sai de baixo! 

Nos achamos superiores (até na questão da espiritualidade!), desprezamos pessoas, nos achamos os mais capazes, os mais preparados, os mais usados por Deus e etc.. o egoísmo não existe só lá fora, com a vida sem Deus. Ele existe aqui em nós, mesmo quando nos encontramos com Jesus. Por isso devemos lutar contra ele dia-a-dia, lutar contra nós mesmos! Estranho, não? Mas é verdade.
                Aprendi nesses últimos tempos uma coisa valiosa: Eu não posso confiar em mim mesma, pq sempre acabo vacilando. Lembram do “animal interior” do post passado? Então.. eu sempre vou ter um animal do mau aqui dentro de mim, e ele vai querer falar mais alto em certas situações, mas o que devo fazer é alimentar o meu “animal bom” e deixar o mau sem comida! E mesmo fraco, em certos momentos ele vai querer lutar contra o bom.. e por justamente isso é que não devemos querer confiar em nós, na nossa própria força e vontade.. pq sempre nos enganamos. 

Lembram daquela história lá em provérbios de que os caminhos que para o homem parecem corretos são caminhos de morte? Isso traduz bem o mal que existe dentro de nós. Achamos que estamos bem, e aí é que temos que vigiar para que não caiamos. “Quem está de pé, cuidado para que não caia” (1Corintios 10:12)

                Mas se por outro lado, eu confiar plenamente em Cristo e entregar a Ele tudo em minha vida, até esse “animal mau”, Ele vai saber tratar. E muito bem! Se reconhecermos que somos falhos e que não somos dignos de confiança nenhuma e que só a Ele pertence toda a confiança e fé... aí sim estaremos mais perto de conseguirmos nos esvaziar, negarmos a nós mesmos e vivermos a plenitude do que Deus quer que vivamos.

“Pois quem põe os seus próprios interesses em primeiro lugar nunca terá a vida verdadeira; mas quem esquece a si mesmo por minha causa e por causa do evangelho terá a vida verdadeira. O que adianta alguém ganhar o mundo inteiro, mas perder a vida verdadeira?” (Marcos 8:35-36)

                E ah.. pq o versículo do início do texto? Porque tenho aprendido que quando reduzo-me ao pó, perco toda a minha força e reconheço que por mim própria eu não consigo nada, não tenho força pra nada.. que quando mais esvazio-me, mais a força de Cristo se faz presente em mim. E então me torno uma pessoa confiável, não por minha causa, mas por causa dAquele que vive em mim!

QUEBRANDO BARREIRAS E DERRUBANDO A CEGUEIRA ESPIRITUAL





Quebrando Barreiras e Derrubando a Cegueira Espiritual

“Sabemos que somos de Deus, e que todo o mundo jaz no maligno.” (I João 5:19)

Somos de Deus. É clara a afirmação do Apóstolo aos cristãos, mas também que o mundo jaz no maligno não nos deixa dúvidas da necessidade em pregarmos o Evangelho.

Em Lucas 11:23 Jesus diz quem não é com Ele é contra Ele, e quem não ajunta, espalha. Isso entendemos bem quando aprendemos o que Jesus veio fazer aqui na terra, bem como o papel do diabo.

O diabo veio pra roubar, matar e destruir, mas Jesus veio trazer vida e vida em  abundância.

Quando o inimigo de nossas almas domina uma pessoa, ele a cega espiritualmente, impedindo-a de ver o grande plano de Deus para sua vida. 

Pois está escrito em João 8:34 que o diabo é o pai da mentira.

Com isso entendo que cada pessoa sem Cristo carrega sobre si um peso colocado pelo diabo, ela se acha imperfeita demais, feia demais, ruim demais, tudo serve de desculpa para que não entregue sua vida a Cristo, mas na realidade o que impede é um jugo que foi colocado sobre ela que precisa ser quebrado antes de qualquer outra ação de nossa parte.

Um exemplo claro é você falar com uma pessoa surda, se não for por gestos ou de alguma forma que não seja pela audição ela não vai entender nada. 

É o mesmo que acontece quando pregamos o Evangelho a uma pessoa que carrega sobre si um jugo do diabo, ela até ouve, mas não compreende, não entende que o que pregamos é pra ela também. 

Isso devido à cegueira espiritual causada pelo pai da mentira.

E para vencermos essa barreira só existe uma maneira, e encontramos uma resposta específica para esta situação em Isaías 10:27 que diz:

E acontecerá, naquele dia, que a sua carga será tirada do teu ombro, e o seu jugo do teu pescoço: e o jugo será despedaçado, por causa da unção.

A palavra carga significa ação ou efeito de transportar, carregar, um fardo. Já a palavra jugo no literal significa uma canga que une junta de bois, simboliza sujeição, opressão, cativeiro, domínio moral. 

Veja a profundidade deste versículo, todo peso sobre os ombros, opressão ou forma de domínio será quebrado por causa da unção.

Para que a pregação do Evangelho alcance o objetivo de salvar o perdido trazendo luz a sua vida, é necessário esta unção para quebrar o jugo imposto pelo diabo a pessoa que está sendo evangelizada, senão serão apenas palavras lançadas ao vento e o vento sopra onde ele quer e assim nem sempre a semente cai em uma terra boa, mas quando há esta unção, há uma direção para que acertemos o alvo, mas de que unção eu me refiro?

A unção que me refiro é a que o profeta Isaías escreveu no capítulo 61 e anos depois foi proferida por Jesus na sinagoga perante todos aqueles que esperaram pelo cumprimento da profecia. Ao declarar em Lucas 4:18-19, Jesus relatava se apresentava como aquele que fora ungido conforme aquela escritura.

“O Espírito do Senhor é sobre mim, pois me ungiu para evangelizar os pobres, enviou-me a curar os quebrantados do coração, a apregoar liberdade aos cativos, a dar vista aos cegos, a pôr em liberdade os oprimidos, a anunciar o ano aceitável do Senhor.”

Não preciso repetir o tempo todo o que é que quebra esse jugo, pois a palavra deixa claro, mas vou além pela palavra.

Jesus disse em João 14:12 que crer n’Ele fará obras ainda maiores. Mas porque obras maiores? Como seremos capazes de tal coisa?

É simples, o poder que recebemos além de servir para quebrar o jugo e desfazer as obras do mal, ainda nos capacita a sermos testemunhas até aos confins da terra. (Atos 1:8).

Esta é unção que precisamos em nossa vida, a virtude do Espírito Santo, sem essa virtude corremos o sério risco de apenas discutir e afastar ainda mais as pessoas do caminho da verdade, mas com essa virtude saberemos exatamente o que e como fazer, pois esta Unção permanece em nós. 

I João 1:27:

“E a Unção que vós recebestes Dele fica em vós, e não tendes necessidade de que alguém vos ensine; mas, como a sua unção vos ensina todas as coisas, e é verdadeira, e não é mentira, como ela vos ensinou, assim nele permanecereis.”

Com este versículo temos que tomar muito cuidado em não sair por aí como se fossemos os únicos seres da face da terra, afinal está escrito que não necessito que ninguém me ensine, mas não é bem assim. Em outra tradução diz que ninguém vos aborreça, e isto se refere no que diz respeito a sua convicção de salvação. 

Esta unção que está em vós lhe dá a certeza de vida eterna, independente dos aborrecimentos da vida, pois para salvar alguém é necessário que estejamos convictos de nossa salvação.

Essa UNÇÃO confiada a nós, a igreja de Cristo na terra, precisa ser usada, não podemos usá-la apenas em partes, mas sim em sua totalidade conforme as palavras do Profeta Isaías no capítulo 61.

Pregar Boas Novas, Restaurar os contritos de coração, Proclamar libertação aos cativos, Abrir as prisões dos presos (quebrar o jugo), Apregoar o ano aceitável do Senhor (tempo de festa, de alegria), Justiça de Deus, Consolar os tristes, Coroa em vez cinzas (prêmio, dias melhores em vez de luto e lamento), Óleo de alegria em vez de tristeza, Veste de Louvor em vez de espírito angustiado, Tudo para que o Senhor seja glorificado.

Quando cumprimos com nosso papel como UNGIDOS do Senhor estamos sendo Cooperadores de Deus.

“Porque nós somos cooperadores de Deus; vós sois lavoura de Deus e edifício de Deus.” I Coríntios 3:9

Assim como Jesus falou a Pedro, sobre você edificarei a minha igreja, Deus investe em nós e ainda nos garante proteção (Salmos 105:15) e muito mais.

Somos os responsáveis para curar a cegueira do mundo e assim edificarmos a igreja de Cristo. Cumpramos então nossa missão.

A DEPRAVAÇÃO HUMANA




Nossa depravação humana


Eis aqui algumas palavras de Jesus: Convocando ele de novo a multidão, disse-lhes: Ouvi-me todos e entendei. Nada há fora do homem que, entrando nele, o possa contaminar; mas o que sai do homem é o que o contamina... Porque de dentro, do coração dos homens, é que procedem os maus desígnios, a prostitui­ção, os furtos, os homicídios, os adultérios, a avareza, as malícias, o dolo, a lascívia, a inveja, a blasfêmia, a soberba, a loucura. Ora, todos estes males vêm de dentro e contaminam o homem.

 Jesus não pregou a bondade fundamental da natureza humana. Ele certamente acreditava na verdade veterotes­tamentária,  de que o ser humano,  tanto homem como mulher, foi criado à imagem de Deus; mas também acre­ditava que essa imagem havia sido maculada. Ele pregou o valor dos seres humanos, inclusive dedicando-se a servir a eles. Mas também ensinou que não valemos nada. 

Ele não negou que somos capazes de dar "coisas boas" aos outros, mas também acrescentou que, mesmo que façamos o bem, nem por isso deixamos de ser "maus". E nos versículos citados acima ele fez importantes declarações sobre a extensão, a natureza, a origem e o efeito do mal nos seres humanos.

 Primeiro, ele ensinou sobre o alcance universal da maldade humana. Ele não estava descrevendo o segmento criminoso da sociedade, nem algum indivíduo ou grupo particularmente corrupto. Pelo contrário, ele estava con­versando com refinados, "justos" e religiosos fariseus, e então generalizou, falando sobre "um homem" e "homens". 

De fato, geralmente são as pessoas mais honestas que têm a mais profunda consciência de sua própria degradação. Tomemos como exemplo Dag Hammarskjöld, Secretário Geral das Nações Unidas de 1953 a 1961. Ele foi um servidor público profundamente comprometido, a quem W. H. Auden descreveu como sendo "um homem bom, grande e louvá­vel". Mesmo assim, a visão que ele tinha quanto a si mesmo era muito diferente. Em sua coleção de obras autobiográ­ficas, intitulada Markings, ele escreveu sobre "essa per­versa contraposição do mal em nossa natureza", que nos leva a fazer até do nosso serviço aos outros "o fundamento para a nossa própria auto-estima e preservação da nossa vida"

 Em segundo lugar, Jesus ensinou sobre a natureza ego­cêntrica da maldade humana. Em Marcos 7 ele enumerou treze exemplos. O que há de comum entre todos eles é que cada um é uma afirmação do ego, seja contra o nosso próximo (inclusive homicídio, adultério, furto, falso tes­temunho e cobiça - violações da segunda metade dos Dez Mandamentos), seja contra Deus (sendo que "orgulho e insensatez" são claramente definidos no Antigo Testamen­to como negação da soberania de Deus e até da sua própria existência). Jesus resumiu os Dez Mandamentos em termos de amor a Deus e amor ao próximo, e todo pecado é uma forma de revolta egoísta contra a autoridade de Deus ou contra o bem-estar do nosso próximo.
  
Jesus ensinou que a maldade do homem é de origem interna. Sua fonte se encontra, não em um ambiente ruim, nem em uma educação falha (se bem que ambos possam exercer uma forte influência sobre jovens impres­sionáveis), mas, sim, em nosso "coração", nossa natureza herdada e pervertida. Quase se poderia dizer que Jesus nos introduziu ao freudianismo antes mesmo de Freud. 

Pelo menos aquilo que ele chama de "coração" é, em termos aproximados, equivalente ao que Freud chama de "incons­ciente". Isso nos faz lembrar um poço bem profundo. A espessa camada de lama que jaz no fundo geralmente não se vê, e muito menos se suspeita. Mas quando as águas do poço são agitadas pelos ventos da emoção violenta, a imundície mais fétida e nojenta sai borbulhando das pro­fundezas e irrompe na superfície: ódio, raiva, lascívia, crueldade, ciúmes e revolta. Em nossos momentos mais sensíveis nós somos atormentados pela nossa potencialidade para o mal. E de nada adiantam tratamentos superficiais.  (John Stott)

Em quarto lugar, Jesus falou do efeito contaminador da maldade humana. "Todos estes males vêm de dentro", disse ele, "e contaminam o homem". 

Para os fariseus, a con­taminação era algo muito mais exterior e cerimonial; eles se preocupavam com alimentos limpos, mãos limpas e vasilhas limpas. Mas Jesus insistiu em dizer que a con­taminação é algo moral, que vem de dentro. O que nos torna impuros aos olhos de Deus não é o alimento que entra em nós (que vai para o nosso estômago), mas o mal que sai de nós (que sai do nosso coração).

Todas as pessoas que já conseguiram ver, ao menos de relance, a santidade de Deus, foram incapazes de suportar essa visão, de tão chocadas que ficaram diante da sua própria e contrastante impureza. Moisés escondeu o rosto, com medo de olhar para Deus. Isaías gritou, horrorizado, chorando sua própria impureza e perdição. Ezequiel ficou ofuscado, quase cego, ao ver a glória de Deus, e caiu de rosto em terra.

 Quanto a nós, mesmo que nunca tenhamos tido, como esses homens, sequer uma visão momentânea do esplendor do Deus Todo-poderoso, sabemos muito bem que não temos condições de entrar em sua presença, seja agora ou na eternidade.

Ao dizermos isso, nós não estamos esquecendo a nossa dignidade humana, com a qual se começou este capítulo. Devemos, no entanto, fazer jus à avaliação do próprio Jesus sobre a maldade da nossa condição como seres humanos. Ela é universal (em todo ser humano, sem exceção), egocêntrica (uma revolta contra Deus e contra o próximo), íntima (brota do nosso coração, de nossa natureza caída) e aviltante (torna-nos impuros e, portanto, indignos diante de Deus). Nós, que fomos criados por Deus e como Deus, somos desqualificados a viver com Deus.


   JOHN STOTT (OUÇA O ESPIRITO, OUÇA O MUNDO)

NOSSA DIGNIDADE HUMANA



Nossa dignidade humana


O valor intrínseco dos seres humanos é afirmado desde o primeiro capítulo da Bíblia.

Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; tenha ele domínio sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos, sobre toda a terra e sobre todos os répteis que rastejam sobre a terra.

Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou.
E Deus os abençoou, e lhes disse: Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, e sobre todo animal que rasteja pela terra.

Há muito tempo persiste o debate acerca do que sig­nifica a "imagem" ou "semelhança" divina nos seres humanos, e onde jaz sua superioridade. Keith Thomas juntou uma porção de idéias exóticas em seu livro Man and the Natural World (O Homem e o Mundo Natural). Ele destaca, por exemplo, que o ser humano foi descrito por Aristóteles como um animal político, por Thomas Willis como um animal que ri, por Benjamin Franklin como um animal que faz ferramentas, por Edmund Burke como um animal religioso e pelo gourmet James Boswell como um animal que cozinha.

Outros autores têm se concen­trado em alguma característica física do ser humano. Platão explorou muito a nossa postura ereta, concluindo que os animais olham para baixo, mas só os seres humanos olham para o céu, enquanto Aristóteles acrescentou a peculiari­dade de que só os seres humanos não conseguem agitar as orelhas. Um médico escocês mostrou-se profundamente impressionado com os nossos intestinos, ou seja, com suas "sinuosas circunvoluções, curvas e reviravoltas", ao passo que em fins do século XVIII Uvedale Price chamou atenção para o nosso nariz: "Creio que o homem é o único animal que tem uma acentuada protuberância bem no meio da face."

Os estudiosos que conhecem bem o antigo Egito e a Assíria antiga, no entanto, salientam que nessas culturas o rei ou imperador era tido como a "imagem" de Deus, a quem representava aqui na terra, e que os reis mandavam erigir imagens suas em suas províncias para simbolizar a extensão de sua autoridade. Foi dentro desse contexto que Deus, o Criador, confiou uma espécie de responsabi­lidade real (ou pelo menos vice-real) a todos os seres humanos, designando-os para "dominarem" sobre a terra e suas criaturas e "coroando-os", para isso, de "glória e honra".

No decorrer da narrativa de Gênesis 1 fica claro que é a imagem ou semelhança divina que distingue os humanos (o clímax da criação) dos animais (cuja criação é registrada antes). Implica-se uma continuidade entre humanos e ani­mais. Eles compartilham, por exemplo, "o fôlego da vida" e a responsabilidade de reproduzir-se.] Mas havia também entre eles uma radical descontinuidade, ao se dizer que os seres humanos são "como Deus". Essa ênfase na distinção singular entre humanos e animais repete-se constantemen­te por toda a Escritura, sob dois diferentes tipos de argu­mento. 

Deveríamos nos envergonhar, tanto quando os seres humanos comportam-se como animais, baixando ao nível destes, como quando os animais se comportam como seres humanos, agindo muito melhor pelo instinto do que nós pela capacidade de escolher. Um exemplo do primeiro caso é que homens e mulheres não devem ser "embrutecidos e ignorantes", comportando-se "como um irracional", ou então "como o cavalo ou a mula, sem entendimento, os quais com freios e cabrestos são dominados".

 Como exem­plo do segundo caso, nós somos repreendidos pelo fato de bois e jumentos reconhecerem os seus donos muito melhor do que nós, e porque as aves de migração, ao deixarem suas casas, retornam muito mais facilmente do que nós, e as formigas são muito mais trabalhadoras e previdentes do que nós.

Voltando aos primeiros capítulos de Génesis, todas as maneiras de Deus lidar com Adão e Eva pressupõem a unicidade destes entre as criaturas de Deus. A forma como Deus se dirige a eles pressupõe que eles o compreendem. Ele lhes diz que frutos podem comer e quais não podem comer, certo de que eles são capazes de discernir entre uma permissão e uma proibição e escolher entre as duas. 

Ele plantou o jardim e depois colocou Adão ali "para o cultivar e guardar", iniciando assim entre eles uma parceria cons­ciente e responsável no cultivo do solo. Criou-os macho e fêmea, declarou que a solidão não era uma coisa boa, instituiu o matrimônio para a realização do amor dos dois e abençoou sua união. Além disso, ele "passeava no jardim pela viração do dia", deliciando-se com a sua companhia, e sentiu falta dos dois quando se esconderam dele. 

Portanto, não é de admirar que estes cinco privilégios (compreensão, escolha moral, criatividade, amor e comunhão com Deus) sejam todos regularmente mencionados nas Escrituras e continuem a ser reconhecidos no mundo contemporâneo como constitutivos da distinção singular da nossa "huma­nidade".

Para começar, existe a nossa racionalidade autoconsciente. Não se trata apenas de sermos capazes de pensar e raciocinar — afinal de contas, poderíamos dizer, os computadores também fazem isso. Eles são capazes de realizar os cálculos mais fantásticos, e muito mais rápido do que nós. Além disso, têm um tipo de memória (podem arquivar informações) e um tipo de linguagem (podem comunicar seus achados). Mas ainda existe (graças a Deus!) uma coisa que eles não podem fazer: eles não podem gerar pensamentos novos; só podem "pensar" aquilo para o qual foram programados. 

Os seres humanos, contudo, são pensadores originais. E mais do que isso. Nós podemos fazer aquilo que nós (autor e leitor) estamos fazendo neste exato momento: podemos nos colocar fora de nós mesmos e olhar para o nosso interior, avaliar-nos, indagar-nos quem e o que somos. Somos autoconscientes e temos autocrítica. Além disso, vivemos inquirindo, incansavel­mente, acerca do universo. Está certo que, como disse a outro um certo cientista, "astronomicamente falando, o homem é infinitamente pequeno". "É verdade", respondeu seu colega; "só que, astronomicamente falando, o homem é que é o astrônomo."

A seguir vem a nossa capacidade de fazer opções morais. O ser humano é um ser moral. Embora nossa consciência reflita nossa formação e cultura (sendo, portanto, falível), ela no entanto permanece alerta dentro de nós, como uma sentinela, advertindo-nos de que há uma diferença entre o certo e o errado. Ela é mais do que uma voz interior. Representa uma ordem moral fora e acima de nós, diante da qual nós sentimos uma obrigação, de tal forma que temos um estranho impulso para fazer o que percebemos ser direito, bem como sentimentos de culpa quando fazemos o que é errado. 

Todo o nosso vocabulário moral (ordens e proibições, valores e opções, obrigação, consciência, li­berdade e vontade, certo e errado, culpa e vergonha) não tem o menor sentido para os animais. É verdade que podemos treinar um cachorro para que ele saiba o que pode fazer e o que é proibido. E aí, quando ele desobedece e, instin­tivamente, se afasta de nós, todo encolhidinho, pode-se até dizer que ele parece "sentir-se culpado". Mas ele não tem a mínima noção de culpa — a única coisa que sabe é que vai apanhar.

Em terceiro lugar, vem o nosso poder de criatividade artística. Deus não só nos chama para uma mordomia res­ponsável em relação ao meio ambiente, e a uma parceria com ele mesmo no que tange ao domínio e exploração da natureza para o bem comum; ele nos deu também, através da ciência e da arte, habilidades inovadoras para fazê-lo. Somos "criaturas criativas". Isto é, como criaturas, nós dependemos do nosso Criador. Porém, tendo sido criados à semelhança do nosso Criador, ele nos deu o desejo e a capacidade de sermos também criadores. Portanto, nós dançamos, escrevemos poemas e fazemos música. Podemos apreciar o que agrada aos olhos, ao ouvido e ao nosso toque.


Depois vem a nossa capacidade para relacionamentos de amor. Deus disse: "Façamos o homem à nossa imagem ... Criou Deus, pois, o homem à sua imagem ... macho e fêmea os criou."

Embora devamos cuidar para não deduzir deste texto mais do que realmente ele diz, certamente é legítimo dizer que a pluralidade intrínseca do Criador ("Façamos o ho­mem") foi expressa na pluralidade das suas criaturas ("ma­cho e fêmea os criou"). Ela tornou-se ainda mais clara quando Jesus orou por seu próprio povo, "a fim de que todos sejam um, como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti".

 E esta unidade de amor é uma peculiaridade do ser humano. E claro que todos os animais se acasalam, muitos deles estabelecem fortes laços entre o casal, a maioria cuida dos seus filhotes e alguns deles são gregários. Mas o amor que une entre si os seres humanos é mais do que um instinto, mais do que um distúrbio das glândulas endócrinas. Ele tem inspirado a maior das artes, o maior dos heroísmos, a mais profunda das devoções. O próprio Deus é amor, e nossas experiências de amor são um reflexo essencial da nossa semelhança com ele.


Em quinto lugar, temos a nossa insaciável sede de Deus. Todo ser humano tem consciência de uma realidade pessoal suprema, a quem nós procuramos, e que sabemos que somente na relação com ele é que podemos nos realizar como seres humanos. Mesmo quando estamos fugindo de Deus, sabemos instintivamente que não existe para nós outro lugar de repouso, nem outro lar. Sem ele nós estamos perdidos, a vida não passa de refugo. Nossa maior nobreza reside na nossa capacidade criada de conhecer a Deus, de nos relacionarmos pessoalmente com ele, amá-lo e adorá-lo. Na verdade, nós só somos plena e verdadeiramente humanos quando dobramos os nossos joelhos diante do nosso Criador.   (John Stott)


E nestas coisas, pois, que jaz a nossa humanidade distintiva: em nossas capacidades dadas por Deus para pensar, escolher, criar, amar e adorar. "No animal", pelo contrário, escreveu Emil Brunner, "não vemos o menor indício de tendência de buscar a verdade por amor à verdade, de moldar a beleza por amor à beleza, de pro­mover a justiça por amor à justiça, de reverenciar o Santo por amor da sua santidade... O animal nada co­nhece 'acima' de sua esfera imediata de existência, nada pelo qual medir ou testar sua existência... A diferença entre animais e seres humanos abrange toda uma di­mensão de existência."

Não é de admirar que Shakespeare tenha feito Hamlet irromper em seu elogio: "Que obra de arte é o homem! Quão nobre em raciocínio! Quão infinito em suas faculdades! Quão semelhante aos anjos na ação! No entendimento, quão semelhante a Deus! Oh, a beleza do mundo! O protótipo dos animais!"

Como eu gostaria de poder parar aqui e que pudéssemos passar o resto de nossas vidas resplandescendo na mais pura auto-estima! Mas eis que existe um outro lado, mais escuro, do nosso ser, do qual mal temos consciência e para o qual o próprio Jesus chamou atenção.

JOHN STOTT (OUÇA O MUNDO, OUÇA O ESPÌRITO)




quarta-feira, 13 de maio de 2015

JESUS E AS MULTIDÕES (PARTE 7)



JESUS E AS MULTIDÕES (PARTE 7)
A LUZ DO MUNDO, O GRANDE "EU SOU"

Jesus se proclamava a “LUZ DO MUNDO” no meio da multidão. Jesus dizia ser o "EU SOU" no meio da multidão

Falou-lhes, pois, Jesus outra vez, dizendo: Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida.
Disseram-lhe, pois, os fariseus: Tu testificas de ti mesmo; o teu testemunho não é verdadeiro. (
João 8:12,13)

Os fariseus o achavam presunçoso demais. Jesus falava abertamente que sabia de onde veio e para onde iria

Sua missão estava clara pra ele, sabia exatamente o que veio fazer no mundo. Sua vontade estava em harmonia com a vontade de Deus, logo, foi enviado a terra, para mostrar a todos a exata expressão do PAI

Jesus falou aos fariseus que se conhecessem ele, de verdade, conheceriam a Deus perfeitamente

Respondeu Jesus, e disse-lhes: Ainda que eu testifico de mim mesmo, o meu testemunho é verdadeiro, porque sei de onde vim, e para onde vou; mas vós não sabeis de onde venho, nem para onde vou. Vós julgais segundo a carne; eu a ninguém julgo. E, se na verdade julgo, o meu juízo é verdadeiro, porque não sou eu só, mas eu e o Pai que me enviou. E na vossa lei está também escrito que o testemunho de dois homens é verdadeiro. Eu sou o que testifico de mim mesmo, e de mim testifica também o Pai que me enviou. Disseram-lhe, pois: Onde está teu Pai? Jesus respondeu: Não me conheceis a mim, nem a meu Pai; se vós me conhecêsseis a mim, também conheceríeis a meu Pai. Estas palavras disse Jesus no lugar do tesouro, ensinando no templo, e ninguém o prendeu, porque ainda não era chegada a sua hora. (João 8:14-20)

Jesus defende sua missão e autoridade. Ele disse à todos que poderia perdoar pecados e salvar, porém, aqueles que não cressem nele estariam desde já condenados, iriam perecer e serem desamparados por Deus

Disse-lhes, pois, Jesus outra vez: Eu retiro-me, e buscar-me-eis, e morrereis no vosso pecado. Para onde eu vou, não podeis vós vir. Diziam, pois, os judeus: Porventura quererá matar-se a si mesmo, pois diz: Para onde eu vou não podeis vir? E dizia-lhes: Vós sois de baixo, eu sou de cima; vós sois deste mundo, eu não sou deste mundo. Por isso vos disse que morrereis em vossos pecados, porque se não crerdes que eu sou, morrereis em vossos pecados. (João 8:21-24)

A afirmação de Jesus sempre foi o fato dele se declarar ser o grande “EU SOU” – Um título usado por Deus quando se apresentou a Moisés no deserto, na sarça ardente – Ele é o PAI, O FILHO e o ESPÍRITO SANTO ao mesmo tempo (MISTÉRIO DA TRINDADE), de fato, Jesus dizia ser um só DEUS, desde o princípio do mundo

Disseram-lhe, pois: Quem és tu? Jesus lhes disse: Isso mesmo que já desde o princípio vos disse. Muito tenho que dizer e julgar de vós, mas aquele que me enviou é verdadeiro; e o que dele tenho ouvido, isso falo ao mundo. Mas não entenderam que ele lhes falava do Pai.
Disse-lhes, pois, Jesus: Quando levantardes o Filho do homem, então conhecereis que EU SOU, e que nada faço por mim mesmo; mas isto falo como meu Pai me ensinou. E aquele que me enviou está comigo. O Pai não me tem deixado só, porque eu faço sempre o que lhe agrada. Dizendo ele estas coisas, muitos creram nele. (
João 8:25-30)

Jesus disse mais a multidão: “Se acreditassem nele, nas suas palavras, nos seus ensinamentos, seriam considerados verdadeiros discípulos e conheceriam toda verdade, sobre todas as coisas
e seriam libertos de todo pecado, de todo erro e de toda falta de conhecimento

Jesus dizia, pois, aos judeus que criam nele: Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente sereis meus discípulos;
E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará. (
João 8:31,32)

De modo natural, os judeus, por se acharem no direito de serem descendência de Abraão jamais aceitariam a hipótese de serem um povo escravo por causa das promessas e alianças de Deus com Seu povo, sempre no contexto de serem prósperos e mais que vencedores

Jesus também de modo espiritual disse aos judeus que eram livres para fazerem o que quiserem, mas eram escravos do pecado

Responderam-lhe: Somos descendência de Abraão, e nunca servimos a ninguém; como dizes tu: Sereis livres? Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que todo aquele que comete pecado é servo do pecado. Ora o servo não fica para sempre em casa; o Filho fica para sempre. Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres. (João 8:33-36)

Só Jesus poderiam livrá-los do poder do pecado, só bastavam eles aceitarem esta idéia e acreditarem Nele, mas, se não derem bola pra ele, se não o ouvissem atentamente e praticassem seus ensinamentos, eram rebeldes e filhos do diabo e não filhos de Deus

Bem sei que sois descendência de Abraão; contudo, procurais matar-me, porque a minha palavra não entra em vós. Eu falo do que vi junto de meu Pai, e vós fazeis o que também vistes junto de vosso pai. Responderam, e disseram-lhe: Nosso pai é Abraão. Jesus disse-lhes: Se fôsseis filhos de Abraão, faríeis as obras de Abraão. Mas agora procurais matar-me, a mim, homem que vos tem dito a verdade que de Deus tem ouvido; Abraão não fez isto. Vós fazeis as obras de vosso pai. Disseram-lhe, pois: Nós não somos nascidos de fornicação; temos um Pai, que é Deus. Disse-lhes, pois, Jesus: Se Deus fosse o vosso Pai, certamente me amaríeis, pois que eu saí, e vim de Deus; não vim de mim mesmo, mas ele me enviou. Por que não entendeis a minha linguagem? Por não poderdes ouvir a minha palavra. Vós tendes por pai ao diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai. Ele foi homicida desde o princípio, e não se firmou na verdade, porque não há verdade nele. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso, e pai da mentira. Mas, porque vos digo a verdade, não me credes. (João 8:37-45)


Jesus fala na cara da multidão algumas verdades, ele faz uma separação: “quem lhe obedece se torna filho de Deus, quem não ouve e nem lhe obedece faz oposição a Deus, se torna filho do diabo”

Mas, porque vos digo a verdade, não me credes. Quem dentre vós me convence de pecado? E se vos digo a verdade, por que não credes?
Quem é de Deus escuta as palavras de Deus; por isso vós não as escutais, porque não sois de Deus. (
João 8:45-47)

A multidão fica confusa mais uma vez, muitos não entenderam, mas Jesus continuou afirmando que quem guardar a sua palavra no coração viverá eternamente, pois ele tem todo poder no céu, na terra e na eternidade

Começaram a falar que Jesus estava endemoniado:

Responderam, pois, os judeus, e disseram-lhe: Não dizemos nós bem que és samaritano, e que tens demônio? Jesus respondeu: Eu não tenho demônio, antes honro a meu Pai, e vós me desonrais. Eu não busco a minha glória; há quem a busque, e julgue. Em verdade, em verdade vos digo que, se alguém guardar a minha palavra, nunca verá a morte. (João 8:48-51)

Jesus mais uma vez declara abertamente ser o GRANDE EU SOU, O SENHOR DO UNIVERSO, o criador absoluto em toda terra, que tem poder sobre a vida e a morte. Estava no inicio da criação do mundo e permanecerá até a eternidade

Abraão, vosso pai, exultou por ver o meu dia, e viu-o, e alegrou-se.
Disseram-lhe, pois, os judeus: Ainda não tens cinqüenta anos, e viste Abraão? Disse-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que antes que Abraão existisse, eu sou. (
João 8:56-58)

Que declaração sobrenatural! Antes de Abraão nascer, Jesus já existia. A multidão ficou perplexa com estas respostas

Quem é este? Que está em todos os lugares, em qualquer tempo, conhece tudo e observa a todos. Suas palavras jamais terão fim...

Jesus é ONIPOTENTE... Jesus é ONISCIENTE...  Jesus é ONIPRESENTE

Aquele que habita no esconderijo do Altíssimo, à sombra do Onipotente descansará.   (Salmos 91:1)

E o tempo passa, um geração vai e outra vem, mas...

Passará o céu e a terra, mas as minhas palavras não hão de passar. ( Lucas 21:33)

E o tempo passa, um geração vai e outra vem, mas...

O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não hão de passar. (Mateus 24:35)

E o tempo passa, um geração vai e outra vem, mas...

Passará o céu e a terra, mas as minhas palavras não passarão. (Marcos 13:31)


***  FIM