O explendor de um reino - parte 9
CAPITULO FINAL
Acrescentando aqui nossa observação quanto a grandeza do
reino de Salomão temos que dar forte atenção na extensão territorial do reino.
Como lemos em I reis cap. 4 vs 21- E Dominava Salomão sobre todos os reinos
desde o rio (Jordão) até a terra dos filisteus e até os termos do Egito.
O reinado de Salomão começou num esplendor de glória.
Ele sucedeu o rei Davi, seu pai, um homem que tivera um coração segundo o coração de Deus e que enfrentara perversas perseguições de Saul. E, como aconteceu com Saul, a vida de Salomão terminou num anticlímax.
É curioso como os três primeiros reis de Israel, Saul, Davi e Salomão, viveram, durante parte do reinado, sob a sombra da desobediência e da rebelião a Deus. Ambos beberam a bebida espiritual de Cristo e comeram do Seu alimento.
Ambos nutriram, em algum instante de suas caminhadas, um desejo de erguer um altar ao Senhor ou de trazer o Amado às suas câmaras. Ambos, sobretudo, sentiram o mover do Espírito Santo em suas vidas e ouviram a voz de DEUS dizendo: “levanta-te, amado meu, e vem...”.
Mas dos três, apenas um conseguiu voltar à sensatez espiritual, pondo um basta à sensualidade e às concessões dentro do próprio ministério. Esse foi Davi.
Os outros dois, Saul e Salomão, queriam viver o melhor de dois mundos: de suas cobiças e de Deus. O Amado dizia: “Vem!”, mas seus corações não eram de todo fiéis ao Senhor.
Quero mostrar o que acontece ao homem quando este deixa passar o chamamento de Deus para sua vida. E quero citar o exemplo de Salomão, cuja lição provoca um temor e um tremor na raiz de nossa espiritualidade. Deus quer nos dizer algo nessa tragédia.
Observe como um homem, chamado por Deus para uma grande missão, um alto degrau, cai firme às profundezas da vergonha e da derrota.
Como disse anteriormente, Salomão foi um homem notável e bom. Veja alguns traços importantes desse rei:
1) cresceu sob a sábia orientação espiritual de Natã, o profeta, que lhe deu o apelido de Jedidias (“querido de Deus”): “e porque o Senhor o amou, mandou, por intermédio do profeta Natã, dar-lhe o nome de Jedidias” (2 Samuel 12:25).
2) A sua presença no reinado encheu de alegria toda a cidade;
3) sua escolha de sabedoria foi uma decisão divina (1 Reis 3);
4) seu gabinete foi maior que o de qualquer rei de Israel (1 Reis 4); 5) projetou, investiu e construiu um templo formoso. O culto de inauguração foi cheio de sublimidade;
6) A riqueza e a glória do seu reino fizeram com que a rainha de Sabá ficasse como fora de si: “a comida de sua mesa, o assentar de seus oficiais, o serviço de seus criados e os trajes deles, seus copeiros, e os holocaustos que ele oferecia na casa do Senhor, ficou fora de si, e disse ao rei: foi verdade a palavra que ouvi na minha terra, acerca dos teus feitos e da tua sabedoria” (1 Reis 10:5-6);
7) sua beleza pessoal é descrita no Salmo 45;
8) compareceu aos banquetes do Senhor;
9) tocou a Rosa de Sarom e viu o Lírio dos Vales;
10) sentiu a mão de Cristo sob sua cabeça.
Salomão recebeu um chamado muito especial: o de livrar a vinha das raposinhas que estragavam as videiras. Foi chamado para ser apascentado, nutrido, aprofundado, um chamado para os pastos verdejantes: “o meu amado é meu, e eu sou dele. Ele apascenta o seu rebanho entre os lírios” (Cantares 2.16). Um chamado para uma posição especial: “Volta, meu amado, e faze-te semelhante ao gamo ou ao filho das gazelas sobre os montes escabrosos” (2.17).
O que fez Salomão ao ouvir esse chamado especial de Deus? Abandonou as pompas, as riquezas, o luxo, o glamour, a vaidade, o egocentrismo? Será que subiu às montanhas para obedecer ao seu Amado?
Havia um grande problema, uma enorme barreira que o impedia de renunciar a tudo e atender a Voz do seu Amado: a cobiça. Salomão quanto mais tinha, mais queria.
Isso é o que ocorre exatamente hoje, muitos séculos após, com homens que receberam um chamado especial por parte de DEUS para cuidar bem do Seu rebanho aqui na terra, e não só cresceram materialmente, em luxo e em riqueza, mas em cobiça. Estão com olhos fitos na imprensa, no que vão dizer deles, nas adjetivações e na grandeza egocêntrica que cegam os olhos e tapam os ouvidos à sublimidade com Jesus.
Mas de Deus não se zomba. Não importa se o homem foi o mais notável neste mundo, se foi o mais elogiado, o mais bem sucedido. Deus quer um coração totalmente fiel. Ele não encontrou essa virtude em Salomão. Por essa razão, o Espírito Santo se afastou dele e DEUS incitou inimigos para assediá-lo. Deus, de amigo, tornou-se o seu adversário.
Se os homens de Deus não se humilham e não abandonam o desejo da carne e o mundo, não deixam de lado a “politicagem religiosa” e voltam a pregar a Cristo com coerência de vida, Deus utiliza-se de Seu direito de usar satanás contra eles.
Em algum lugar, esses homens deixaram escapar algo: ficaram muito ocupados, famosos, autocentralizados e não puderam ouvir o alto chamado de DEUS às suas vidas dizendo: “Vem, filho amado!”. Foi lamentável como Salomão perdeu a visão de Deus.
E não é de se admirar que a solidão e o desespero tenham tomado conta de sua vida. Se nossos adversários agora nos oprimem, não adianta dizer que o diabo está zangado conosco quando Deus é que está.
Salomão foi o homem mais sábio que o mundo já conheceu. Foi um pregador extraordinário também. Era um construtor por excelência: construiu o maior templo do mundo, prédios magníficos, tanques, vinhas, jardins. Construiu para si um palácio maravilhoso, onde projetou um recanto de verão incomum com as flores do Líbano. Possuía 1.400 carruagens e 12.000 cavaleiros além de grandes proporções de gado, carneiros e cavalos exóticos.
Mas a Palavra de DEUS afirma: “o que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua alma? Ou que dará o homem em troca de sua alma?” (Mateus 16.26). Parece que foi exatamente isso que Salomão estava vivendo.
O tempo está passando... Haverá um dia em que os homens não ouvirão mais o chamado de Deus. Imagine um homem ser julgado por desleixo, leviandade, apatia ou omissão...
Após Salomão o Reino entrou em declínio, do explendor a glória, da glória a ruìna e a destruição, porque o homem não se manteve fiel a Deus
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