domingo, 6 de abril de 2014

O EXPLENDOR DE UM REINO (PARTE 7)



O explendor de um reino - parte 7

            O reinado de Salomão

De aqui em diante falaremos do reinado de Salomão, quando então o reino de Israel alcança seu maior esplendor, sua maior riqueza e grandeza, tanto em beleza. Foi nesse período que Israel alcançou o seu apogeu, cresceu economicamente, militarmente e transformou-se no maior Império da região naquela época.

Foram 40 anos de grandeza, glória, poder econômico, poder militar, e também paz. Pois Salomão foi um grande diplomata, que para fortalecer o seu reino, e conseguir cumprir suas metas, não precisou do uso da força nem de sue exército, mas da diplomacia, segundo a sabedoria que possuiu. 

O seu reinado foi tão próspero que muitos reis e rainhas vinham ter com ele para talvez aprenderem a governar bem o seu povo, pois ficaram maravilhados pelo seu modo de governo, pela sua grande sabedoria, como o episódio da Rainha de Sabá.

Salomão tinha uma grande companheira ao seu lado, como conselheira do reino. È talvez de se estranhar dizer que Salomão tinha ao seu lado uma conselheira, pois os reis sempre tiveram os seus conselheiros. Mas Salomão, teve o privilégio de ter sua própria mãe como conselheira real.

Ora, já no fim da vida de Davi, Bateseba, teve o papel importante na coroação de Salomão, pois a mesma sabendo que Adonias o quarto filho de Davi já se proclamava o seu sucessor, já instruída por Nata o profeta apressou-se em reclamar à Davi, a promessa com juramento de que ele mesmo lhe fizera, de que Salomão reinaria em seu lugar. 

Um fato importante, considerarmos é de que se Adonias fosse rei em lugar de Davi, certamente Batseba e Salomão corriam perigo de vida.

Pois para Adonias, Batseba era uma intrusa na casa real, posteriormente o seu filho Salomão. Parece que a coroação de Salomão foi feita com urgência e muita pressa. 

Quando soube-se que Adonias, estava reunido com Joabe chefe do exército, e Abiatar o sacerdote, preparados com carros, cavaleiros e cinqüenta homens armados, Nata fez saber ao rei todas as coisas, perguntando-lhe se o mesmo já havia determinado que Adonias reinaria em seu lugar.

Convém observar aqui que Adonias era filho de Hagite. Como Davi teve várias mulheres, pode-se crer que havia muita intriga palaciana. Vamos lembrar o episódio de Absalão e vermos de quem era ele filho? Sim sendo Absalão o terceiro filho de Davi, e sua mãe era nada menos que Maaca, filha do Rei de Gesur. 

Era uma princesa, e que talvez quando Absalão se levantou contra Davi, é porque foi instigado pela sua mãe e seu avô, isto sem contar com o caso de que Absalão já havia matado Amnom, o primigênito de Davi, e que ficou retirado da casa real por muitos anos, e foi-se para onde? Para a casa do Avô.

Ora, ora, vendo o avô, tudo o que sucedera, e sendo rei, certamente preparou seu neto para no futuro tomar posse do reino de Israel. Esta foi uma das primeiras intrigas palacianas, agora deparamos com a intriga palaciana entre Hagite e Batseba.

Cremos que Hagite se achava no direito de que seu filho Adonias deveria reinar em lugar de Davi, pois era mulher de Davi, ainda quando Davi reinou em Hebrom, já Batseba, era tal como um mulher intrusa, a qual cometera adultério com Davi, e que mulher ficaria feliz sabendo que uma intrusa tomaria todos os direitos dos filhos legítimos?

Pensamos assim. Hagite, e Adonias que já era adulto, tinham Batseba como uma mulher que entrou na vida da família real só para trazer transtorno e confusão. 

Batseba era mais nova, atenciosa e de gestos delicados, não só para com o seu filho Salomão como também ao rei. Parece incrível, mas vemos aqui o relacionamento da família real, da casa de Davi, que era uma família muito dividida internamente.

Da primeira mulher de Davi, Filha de Saul, Davi não teve filhos, pois depois da desfeita que ela fez Davi a recusou, e não quis ter filhos com ela. Já quanto à mãe de Amnon, esta não se importava mais com o reino, pois seu filho havia sido morto. Abigail, sempre uma mulher pacificadora, não interessava com reino, nem poder, apenas mostrava a bondade e sabia repartir o que tinha com os necessitados.

Desde quando ela saiu com os víveres para Davi e seus homens, depois que Nabal se recusou a ajuda-los, temos certeza de ver uma mulher dedicada à bondade, a caridade e preocupada com o bem estar dos necessitados, podemos assim deduzir que ela com seu filho Queliabe, sempre estavam fora do palácio, sempre no campo, entre os lavradores, e também cuidando da herança que lhe ficou depois da morte de Nabal.

Agora certamente Maaca, filha de Talmai o rei de Gesur, estivesse talvez ocupada com sua filha Talmai. A outra mulher de Davi, Eglã mãe de Itreão, nada pode-se deduzir, foi mulher que Davi também tomou ainda em Hebrom. Logo quando foi ungido rei, Davi tomou outras mulheres e concubinas, das quais teve outros filhos. E justamente, Batseba mãe de Salomão era considerada não como mulher, mas concubina de Davi, por parte de Hagite.

Então imagina-se que quando uma encontrava a outra pelos corredores do palácio procuravam não ficar frente à frente uma com a outra. Batseba era sábia, e perfeitamente sabia que Salomão seu filho sendo ungido rei sobre Israel, teria muita coisa que fazer. 

Agora como Salomão no trono, ela ao seu lado seria a rainha e sua conselheira. Pois dá-nos entender que desde pequeno Salomão era instruído por sua mãe, cremos que Batseba fez o que pode para que Salomão fosse o mais instruído dos filhos de Davi.

O próprio Salomão escreveu o que lhe ensinou sua mãe e lhe aconselhou. Vemos isto em Provérbios 32. Palavras do rei Lemuel, a profecia que lhe ensinou sua mãe.... Então qual é o rei que tendo como conselheira ao seu lado no trono não será um bom rei? Certamente governará uma nação com a prosperidade e justiça. ... vejamos o episódio seguinte em que Salomão julga uma causa de difícil decisão.

Pois apresentando-se diante dele duas mulheres, disputando a maternidade de uma criança, sendo que o filho de uma delas havia morrido, no leito enquanto dormia, ambas moravam juntas na mesma casa. 

E como não havia testemunha, era a palavra de uma contra a outra. Porém ali estava Salomão diante de uma causa que se formos olhar seria impossível julga-la corretamente.

Porém, Salomão naquele momento pode ter se lembrado da ternura e do cuidado que tinha sua mãe com ele. Então julgou aquela causa sabendo que a verdadeira mãe preferiria ver o filho nos braços da outra, mas não morto.

CONTINUA NA PRÓXIMA POSTAGEM...

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