ATÉ QUE O DINHEIRO NOS SEPARE
Duas coisas certamente têm contribuído para o enfraquecimento de muitos casamentos: sexo e dinheiro.
A falta de qualquer um deles poderá causar sérios transtornos para a vida do casai. É provável, porém, que a falta de di nheiro venha a causar mais males e angustia mais casais nos dias de hoje do que qualquer outro componente da vida a dois. São poucos os casais que tem tido a capacidade para administrar bem as crises que o dinheiro provoca.
Creio, baseado nos princípios das Escrituras, que Deus quer dar a vitória ao marido e a mulher nesta área para que, livres das amarras proporcionadas por uma vida financeira difícil, possam servir a Deus com alegria em seus corações. Não é nada fácil concentrar-se em fazer alguma coisa para o Reino de Deus quando a mente e o coração estão cons- tantemente preocupados com as promissórias, cheque especial, cartão de crédito e tantos outros débitos.
A palavra "dinheiro" é definida no  Dicionário 
Aurélio como: "Mercadoria (geralmente representada por cédulas e moedas) que tem curso oficial e cujo valor é estabelecido como o equivalente que permite
a troca por outra (s) mercadoria(s),
de cujo valor comparativo é a de medida". Aprendemos nesta definição algo interessante: o dinheiro é uma mercadoria e esta mercadoria pode ser trocada por outras que porventura estejamos em falta. Assim podemos entender que a principal finalidade do dinheiro é suprir o que nos falta.
Impressiona ver como a Bíblia é cuidadosa no ensino sobre o dinheiro. Muitas são as histórias que têm como pano de fundo o bom ou o mau uso do dinheiro. Talvez a mais famosa destas é a do próprio Cristo que foi traído por um de seus discípulos por apenas 30 moedas de prata. Ainda que não houvesse dinheiro envolvido na transação, Esaú vendeu o seu direito de primogenitura a Jacó por um suculento prato de lentilhas. Uma pobre viúva foi elogiada por Jesus por causa do seu desprendimento em ofertar as únicas duas moedas que possuía.
Quem não se lembra das famosas palavras de Zaqueu quando afirma ao Mestre que restituiria quatro vezes se porventura houvesse roubado de alguém? Como podemos ver, mesmo a vida das pessoas registradas nas páginas das escrituras, está rodeada por valores que podem ser simbolizados pelo dinheiro.
ADMINISTRANDO AS FINANÇAS
Naturalmente que a primeira coisa que o casal precisa ter em mente quando falamos em administrar as finanças trata-se exatamente de como o dinheiro do lar é adquirido. A maneira mais tradicional é que essa renda venha do trabalho de algum membro da família. Antigamente era mais comum pensar que o marido era o natural provedor do lar, enquanto que a esposa tinha como responsabilidade o cuidado da casa e dos filhos. Com o decorrer dos anos esta mentalidade foi sendo mudada, e hoje é muito comum encontrar a mulher trabalhando fora para auxiliar ou aumentar a renda familiar.
Nós entendemos que os recursos que entram no lar devem ser adquiridos com honestidade e de uma maneira onde o nome de Deus é honrado e glorificado. É muito triste ver pessoas que freqüentam as nossas igrejas e que praticam negócios escusos, procurarem de diversas maneiras "santificar" aquele dinheiro. A igreja é vista como uma agência onde o dinheiro pode ser "lavado". Pensa-se que dando um pouco para Deus, o "resto" que sobrou está abençoado.
Nós cremos que um lar abençoado financeiramente é um lar onde os recursos são adquiridos com o suor do rosto, com o trabalho digno de cada membro da família. Se alguém da família trabalha em lugar onde tem que realizar falcatruas, deve rejeitar tal tipo de serviço, ainda que isto venha a lhe custar o emprego. Lembre-se que "maior é aquele que está em nós do que aquele que está no mundo."
Quando   falamos   do    orçamento   de    casa,   uma   das
perguntas que temos que responder é esta: quanto nós pre- cisamos ganhar para manter
o nível de vida que nós temos? Quanto dinheiro é necessário
para passarmos o mês?  Por incrível
que possa parecer,
muitos  de nós, casados  há  pouco ou há muito tempo, não temos a menor idéia de quanto gastamos  mensalmente.           Nós                      temos             uma impressão,  uma idéia mais ou menos aproximada!
Portanto, a primeira coisa a fazer é um  levantamento das despesas,
as fixas e as eventuais,  para
então verificarmos se o que o casal
ganha  é ou não  suficiente  para  viver uma vida normal.
Na    próxima  página   você    encontrará   um   modelo  de orçamento                familiar.  Eu      sugiro  ao   casal  que  elabore  esta "planilha de custos". O bom é trabalharem juntos e quando
os ânimos estiverem  calmos.
 A pior coisa  do mundo  é planejar a vida financeira
no meio de brigas e crises sobre
dinheiro.
A elaboração de uma planilha é fundamental antes de partirmos para um trabalho realmente sério com os outros detalhes da administração dinheiro no lar. Não é fácil, não é? Vamos comentar, ainda que rapidamente os itens acima e ver se podemos cortar algumas "gorduras" para sobrar um pouco mais de "carne" no fim de cada mês.
Dízimo    - Uma   das  perguntas  mais  ouvidas sobre o dízimo
é se o  mesmo é bíblico? se está no Novo Testamento? Mais adiante falaremos
sobre 
este  assunto.  Não tem como
cortar o dízimo do orçamento,
pois quando o casal faz
isto, as janelas dos céus são fechadas 
para  com aquela  família (Ml 3.10).  Mesmo
 com      esta    advertência           da    palavra  de
Deus, muitas vezes é o dízimo que é retido em
situações financeiras difíceis.
Afinal, Deus não vai mandar  um  cobrador 
à nossa porta, não é mesmo?!
Missões   - Daquela parte que fica para administrarmos com sabedoria (90% ),
devemos dedicar uma porcentagem fixa para as missões,
seja missões no Brasil ou
fora. Não somente envie a sua oferta, mas envolva-se
com a vida e o trabalho
do missionário; orando, enviando correspondências,
etc. Quando você faz isto, você está em sintonia com o coração
de Deus e une-se aos cristãos do mundo todo que têm colaborado para
com o avanço do Reino de Deus e você se enquadrará entre aquelas
pessoas que estão experimentando as bênçãos de Filipenses
4.19 em suas vidas. Note que  pelo
contexto  este verso se aplica primeiramente
a todas as pessoas que estão envolvidas
na obra missionária.
Aluguel ou
prestação da casa própria         - Se você não tem como sair do aluguel,
tem que pagá-lo,
mesmo chorando,
pois é um  dinheiro  que  não volta mais.  Planejar  com
cuidado a compra de um terreno para construir
aos poucos é uma alternativa que todos deveriam procurar. Cuidado
ao comprar casas ou apartamentos que estão financiados pelo Sistema Financeiro da Habitação e optar por não transferir
para o seu nome por causa do aumento que incidirá sobre o valor das prestações. Você poderá ter complicações pois em caso de morte, separação judicial
ou falência  do primeiro  proprietário, o apartamento
entrará como bem da família.  O mesmo  se aplica se você vender para alguém que não vai transferir.
Se a pessoa parar de pagar é o seu nome que ficará no rol dos devedores junto      ao  agente                  financeiro. Além       do                    que     você também não poderá financiar
outro imóvel, pois consta como sendo proprietário de um. Consulte alguém que entenda do assunto antes de decidir sobre  a compra e venda  de um imóvel
financiado.
Consórcio   - Muitas vezes a gente compra um consórcio
pensando que será fácil pagar, porque no dia da compra a prestação
é razoável em relação ao salário.
Se a inflação disparar é   um               problema          pagar   as      prestações.     Analise, portanto, com cuidado esta  opção para  adquirir  o carro novo. Se       você              parou     de    pagar          as          prestações,      guarde    todos os recibos, para receber o que pagou no final do grupo. Existe também uma reserva que  é cobrada mensalmente que será
devolvida a você. Se você vender o consórcio, não esqueça de negociar
a reserva referente
às prestações  que  você
pagou. Não queremos deixar a impressão
que tudo é negativo em comprar um consórcio, pois 
este ainda é um dos meios mais eficientes
para a compra do carro novo.
Escola   particular      -   Se   a    sua   opção  é por  escolas particulares, procure colocar as crianças em uma mesma
escola porque  assim  você poderá  obter
 maiores
 descontos.
Economizará com uniformes,  porque 
poderá  passá-los  de uma criança  para  outra. O
mesmo se aplica a livros
didáticos e outros materiais
escolares.
Cursos extras    - Se o seu sonho
é aprender inglês e está pensando em entrar em uma escola, pelo menos leve o curso
a sério. Poucas são as pessoas que aprendem uma língua estrangeira                      indo     três   vezes    por   semana   a    uma   escola. Portanto,  faça 
 bom            uso  do  
seu investimento. Cursos são oferecidos   pelo 
 SENAC 
 a 
 preços          módicos e de excelentes qualidades.
Água, luz e gás - São despesas que não  podem  ser
cortadas, mas que podem ser racionalizadas. Passe toda a
roupa num mesmo dia,  cozinhe  alimentos  em maior quantidade e congele.
Desligue a luz quando sair do aposento e ensine as crianças a
procederem do mesmo modo. Se
você está construindo
a casa própria,
pense na possibilidade de
colocar energia  solar e utilizar
o gás   para os banheiros e pias e não energia elétrica.
Supermercado        -       Grande     devorador     do       nosso orçamento.
Compras sem nenhum critério fatalmente levarão
o nosso lar à falência.
Durante a semana vá          elaborando
uma lis ta         das          mercadorias           em    falta     na    dispensa.   Se    o    seu
orçamento   está   curto,   compre   somente   o    que   escreveu naquela lista e não abra  nenhuma  exceção  para  o que  não  é tão      necessário.     Se você   pode  ir ao  supermercado
 sem     as
crianças, faça-o.
Condomínio    - Não  tem    jeito, tem que pagar. Todavia, adquira o hábito de olhar na relação das despesas, porque
muitas   delas  (se você  é 
 inquilino)
 devem  ser  pagas  pelo
proprietário             do      imóvel.        O  inquilino        não   deve  pagar   por reformas do prédio, por exemplo. Para quem mora em casa própria,
 negocie
 com    o proprietário as reformas
da casa, afinal ela não é sua.
Combustível    - Racionalize. Programe a sua saída para
fazer   muitas
 coisas
 ao  mesmo  tempo.
 Depois 
 de levar            as
crianças    à      escola,    vá         ao      banco,    à     costureira,    etc. Acostumamos tanto com o carro que para um trajeto de dois
ou três
quarteirões nós o utilizamos.
Para distâncias curtas, experimente andar. Faz bem à saúde.
Jornal,
revistas, TV a cabo      - Amenidades que se    você
pode ter, não há
pecado nenhum. Veja, porém, se este não é o dinheiro da oferta missionária  ou até  mesmo  do dízimo
que você diz não  ter porque  não  sobra
 nada                                                      no final do mês. Lembre-se que o dízimo não é do que sobra, mas sim a primeira parte do que recebemos.
Telefone   - Quem tem adolescentes sabe que a conta de telefone        não               é            brincadeira.    Uma   dica:  verifique    na   lista telefônica
de sua, cidade quais são os horários mais  em
conta para  ligações   interurbanas.
 Escreva
 num    papel
 e coloque
perto do telefone. Procure fazer as ligações dentro daqueles horários,
quando possível.  Você vai ver que  uma  ligação feita às 13:58 minutos têm um custo bem menor do que uma feita
às 14 horas.
Auxílio  à família  - Se  você precisa  ajudar  a  
sua família, veja is to como bênção e não como um peso a mais na
sua vida. Se está difícil para  você
sustentar  a sua  família, divida a responsabilidade  com
outros 
parentes,  quando  isto for possível.
Fundo de pensão - Planejar com antecedência a aposentadoria é hoje uma necessidade, tendo em vista os
poucos recursos  da previdência  no  Brasil. 
Muitas  pessoas que pagaram o INPS sobre dez
salários, recebem  hoje sobre sete salários ou menos. Alguns bancos possuem planos complementares de aposentadoria. Verifique a solidez
de cada plano de aposentadoria. Em  dúvida, 
vá para  um  banco federal.
Seguros   - Ter seguros  não é luxo. Seguro      saúde   é de fundamental
importância pois os custos dos procedimentos
médicos e hospitalares estão além das nossas possibilidades. Compare dois ou três planos antes de decidir por um deles.
Quanto ao seguro do      carro, o melhor é aquele oferecido
por uma seguradora
idônea, com um corretor
honesto.                                  Talvez você não possa fazer o seguro total do carro, então faça pelo
menos  contra  terceiros.  Verifique ainda  a possibilidade  de
fazer o seguro de uma certa  quantia, mesmo
que não seja o valor total do seu  carro.  Se
algo acontecer,  você tem pelo menos um valor para ajudar na compra de outro carro. O
seguro de vida é importante
para não deixar a família
desprotegida.
Poupança   - O nome já
diz tudo o que significa. Poupar para os eventuais, para uma compra maior, para a faculdade
dos filhos, etc. Se possível,
resista à tentação  de sacar  o dinheiro
todas as vezes em que a situação se complicar.
Ofertas  Voluntárias 
 - São  aquelas  ofertas  levantadas de vez em quando para um trabalho ou missão específica.
Não veja estas ocasiões como um peso na
sua vida, mas sim como uma oportunidade
de fazer algo que alegra o coração
de Deus. Sempre que estas ocasiões surgirem, não  pergunte quanto você quer ofertar, mas quanto Deus quer que  você oferte.
Vestuário   - Seguir a moda que muda todos os anos esta fora  das         nossas        possibilidades.       Uma   conversa   com     as crianças talvez ajude na compra de um  tênis  ou uma  calça jeans. Reformar
as roupas usadas também é uma boa opção
e    não   mata   ninguém.   Se    você    tem     crianças   pequenas experimente fazer um clube de amigas e trocar as roupas infantis que as suas crianças não vão mais  usar.  Com um pouco de coragem, este clube é uma opção até mesmo di- vertida        para            as mulheres     que             estão     "cansadas"      de       suas roupas.
Brinquedos    - No decorrer
do ano, vá comprando os brinquedos
para o natal, aniversários e presentes
para as cri-
anças. Fazendo assim, você ameniza  os gastos  elevados  do
final  de ano           e                pode     sobrar      mais   para   as    férias    que   se aproximam.       A               outra     vantagem é     que        você    não   precisa disputar
a tapa os espaços 
apertados  das lojas
de brinquedos ou   ainda     ter          que       comprar somente o                         que        restou nas prateleiras.
Restaurantes,    cinemas,    livros         -    Alguns   procuram cortar o orçamento
na categoria de lazer, todavia,
o mesmo é
essencial  para  a família.  Nem sempre
 o restaurante  mais
luxuoso é a melhor opção. Talvez um  simples  hambúrguer, uma pizza ou até  um  cachorro-quente pode ser  mais  divertido do que
aqueles restaurantes que têm uma etiqueta rígida. O objetivo        principal     ao sair         com    a                    família         é       a         gostosa convivência entre todas as pessoas envolvidas.
Férias, passeios, congressos       - Sair de férias hoje em dia não é fácil. Não basta apenas emprestar
um casa na praia
e tudo está resolvido.
Para se ter um bom
período de férias é preciso poupar durante o ano todo O mesmo se aplica aos congressos. Hoje em dia são tantos os congressos que você precisa priorizar
aqueles que quer atender e poupar para os mesmos.
para entrar no cheque especial ou vender o carro, se for algo mais grave. Por isso o seguro de saúde é                                        importante.
Estes e outros itens devem ser motivos para conversas entre os casais. Muitas vezes um acha que o outro está pensando a mesma coisa sobre um tal assunto, para mais tarde descobrir surpreso que havia diferenças de opiniões que vão resultar em brigas e crises no relacionamento.
QUEM ADMINISTRA O QUE?
Se o dinheiro muitas vezes é uma fonte de irritação,
ele pode vir a ser também
uma fonte de divisão  entre  o casal. Brigas rotineiras
sobre a administração 
do dinheiro 
podem virar brigas crônicas. Todo dia é a mesma  coisa com as mes- mas perguntas irritantes:
"O que você
fez com  o dinheiro
que eu lhe dei ontem?" "Você já gastou
tudo o que eu depositei na sua conta?" "Aonde é que vai o nosso dinheiro, se a gente não faz nada extra?" "Você sabia que a conta 
estava  estourada,
tinha que comprar isso logo agora?"
São situações como estas que vão colaborando para que o ambiente em casa fique pesado.  Estas  discussões 
muitas vezes    acontecem na      frente das            crianças ou             de           outros familiares.    É        ridículo                  quando o      casal tenta   resolver       os problemas financeiros perto do pais ou dos  sogros. 
Poupem este constrangimento a vocês e aos outros.
Para evitar que a situação
piore, mais ainda, vejamos algumas coisas práticas.
Mas antes de prosseguir,
eu imagino que vocês já fizeram a "planilha de custos". Se não fizeram ainda, agora é um bom momento para tal projeto.
Depois, vocês continuam
a leitura.
Honestidade     - Se vocês estão casados,
vocês devem compartilhar todas as coisas referentes às finanças do lar.
Quando    eu     estou    aconselhando   casais   que    estão    se preparando
 para  o casamento,  eu          geralmente pergunto à noiva, em separado, se ela sabe  o quanto
o seu  noivo ganha por mês.       Normalmente a resposta      é           negativa. É     im- pressionante ver que até poucos dias antes  do casamento  o noivo ainda não contou para a sua futura esposa o quanto ele
recebe de salário. Não se tem idéia de como o casal vai sustentar o novo lar que está iniciando.
Mais trágico ainda é que mesmo depois de casados esta situação                  permanece     a    mesma.   As    esposas  não  sabem   o quanto        os                 seus         maridos  recebem,  que  cargo  ocupam   na firma, se o salário
foi aumentado ou não. Muitos maridos têm vergonha
de dizer para sua esposa que estão ganhando pouco e com o que estão ganhando
não é possível sustentar
aquele nível de vida. O primeiro passo para corrigir
esta distorção é uma conversa franca sobre a atual situação financeira
 do casai. Respondam
a estas perguntas,
em separado, e depois confiram os resultados:
Quanto o meu (minha) esposo(a) recebe por mês? Qual é o nosso saldo bancário? Qual é o valor do aluguel?
Quanto gastamos
no supermercado? Quais são as nossas dívidas     hoje?
Quando   esta   conversa   estiver   acontecendo,   deve-se evitar as                acusações   que     são   tão costumeiras            quando   o assunto é dinheiro:
"Eu não sabia disso!" "Por quê você não me falou antes?" A situação
já está difícil e vocês devem usar o perdão
para alguma falta ou erro  cometido
e fazer um  pacto
de     que deste                 ponto      em        diante      vocês estarão        unidos na administração do lar. Um outro detalhe:
são poucos os casais que têm a capacidade de administrar
o orçamento  familiar quando cada um administra
o seu próprio salário e possuem contas correntes em separado.
Parceria     -     A    responsabilidade   de     administrar   as finanças não deve ser somente do
marido, eu digo isso princi- palmente  aos  homens  que  muitas  vezes
não 
querem  abrir mão  desta prerrogativa.
 A esposa deve saber o que está acontecendo em todos os detalhes. Se as crianças  já
estão na idade em que possam entender as dificuldades que estão
sendo enfrentadas, elas também  devem
fazer parte da conversa. Assim, poderão contribuir para a recuperação
financeira do lar, pois saberão
que por um período de tempo, terão que adiar certos
projetos e compras. Veja esta instrução bíblica:
"Se alguém
quiser prevalecer contra um,
os dois lhe resistirão;
o cordão de três dobras não se  rebenta  com
facilidade" Eclesiastes 4.12.
Decisões  em  conjunto    - Uma fonte de
grande irritação no lar, é quando alguém faz uma compra elevada sem con-
sultar o outro. O marido viu um  tremendo
som 
para o carro e o preço estava
fantástico. Ele compra  cheio  de
entusiasmo para tão somente
chegar em casa e receber as mais duras censuras
da esposa que está adiando a compra
de um vestido porque as finanças estão mal. Compras de carros,
casas, consórcios, etc. devem ser discutidas em família.
As compras impulsivas
devem 
ser evitadas  ao máximo. Se você está  pensando
em comprar alguma  coisa, e
o preço está elevado, fugindo do orçamento,
pense duas vezes.
Reserve  a   mercadoria  se for possível, depois, ore, reflita,
consulte mais
alguém e volte (ou não volte)
no outro dia.
Você verá que muitas vezes aquela  compra  pode  ser adiada  e que não faz tanta falta
assim.
ADMINISTRANDO AS DÍVIDAS
Lembro-me de um ministro da República
que certa vez afirmou: "Dívida não se paga,  administra-se".  O cristão  tem que fazer as duas coisas: administrar
e pagar a dívida (para o cristão             dívida é       compromisso). Não   ter                 dinheiro    é                               tre- mendamente
frustrante, mas muito pior é não ter dinheiro  e estar cheio de dívidas para pagar.
Vou    dar  um   exemplo  da   minha   própria
experiência. Quando eu era  ainda  jovem e ganhava  Cr$800,00  cruzeiros
por mês. já devia aproximadamente Cr$1.100,00 cruzeiros mensais. Eu não conseguia encontrar solução para o meu dilema e também  não
sabia o que fazer. O que fiz deu certo, e ao compartilhar 
com  você,
eu espero que  isto  também  venha a ser útil na sua vida.
A primeira coisa que eu fiz foi um compromisso de dar o meu dízimo
ao Senhor. Eu não era dizimista, achava que isto era    para     os           mais        velhos, os  mais   antigos  na    igreja    e principalmente para quem ganhava bem. Eu determinei que
a partir daquele momento  eu daria  os 10% na  igreja. Talvez
você possa pensar: se com o que ganhava
não era suficiente, quanto mais  dando  o dízimo?
Pois foi exatamente  o que  eu fiz.    Todos       os                  meses, antes           de         pagar         qualquer  coisa,  eu entregava
o dízimo.
Depois eu intercalei os pagamentos
das dívidas. Um mês eu       pagava      uma       loja     e        deixava       outra  para  trás.
 No    mês seguinte eu pagava aquela atrasada  e atrasava  a outra. Com
isto eu fui levando
o meu projeto adiante.
Uma explicação aos credores talvez se faça necessário.
Saiba que  eles preferem assim, do que as mentiras que são contadas para fugir das responsabilidades.
Mentiras fazem parte do
reino das trevas  e não combinam  em
nada com  o reino  da
luz que Cristo trouxe a nós.
Paralelamente
a isto, eu cortei todas as compras.  As roupas que eu tinha eram suficientes e eu não  precisava comprar tudo o que me aparecia  pela frente.  Cheguei  a almoçar  pão  com margarina  (eu
morava 
em uma  república
em São Paulo e minha família no interior do
estado), mas isto era melhor do que ter o nome jogado na
lama ou "ceprocado" como caloteiro.
Sem sacrifícios não se livra
das dívidas.
Deus foi me concedendo a vitória, até
que finalmente eu fiquei livre de todas as dívidas. Você não imagina a grande
bênção que é receber o salário
no final do mês, entregar o dízimo
e não ter dívidas
que vão consumir o restante do seu dinheiro!       Gostaria        de                     passar      algumas      sugestões práticas sobre dívidas.
Inventário    - A primeira coisa a fazer é alistar em uma folha todas as suas  dívidas,  valores e vencimentos. Não fique com vergonha de nominá-las
e tenha a certeza de que tão
somente em fazer isto, você já está  dando
um 
grande passo para a vitória. Quanto você deve, para quem, até quando? Responda a estas perguntas
com exatidão.  Evite ser  vago, coisas como: "eu
devo mais ou menos tanto."
Cheque  Especial     - O gerente do banco liga avisando
que  o seu                    limite foi aumentado, você vê isto como  uma bênção,  porém,  tome
 cuidado
 para          que  esta      bênção não
venha a se tornar em
maldição. É fácil escrever um  cheque porque você sabe que limite cobre  a quantia.  Pense, 
porém, que os juros são altos e que  invariavelmente  você
terá 
que pagar o saldo
devedor. Para quem tem cheque
especial e está sempre negativo,
o melhor remédio é o mais amargo: cubra o saldo e cancele o cheque. A outra opção  é ter um  limite pequeno para eventuais erros de cálculos  nos  talões de cheques.
Cartão    de    Crédito       -    Outra   amenidade   dos   dias modernos.  As lojas   incentivam  o  
uso 
do "dinheiro 
plástico" em todas as compras. A impulsividade nos leva a comprar até
o que não
queremos. O pior se dá quando chega o extrato do cartão. A gente se arrepende
de ter ido àquele restaurante, da calça que não tinha necessidade, da bolsa que estava em grande liquidação. O melhor remédio para o uso desenfreado do cartão é a tesoura.      Corte-o bem no meio e assim você não passará mais pela tentação de usá-lo.
Prestações - Eu  sei 
que  muitas  vezes   é   mais  fácil comprar em suaves prestações
do que a vista. Veja,
porém,
se no seu orçamento você pode acomodar  as  prestações mensais.   Se você têm que  cortar  alguma  coisa durante aquele período para pagar esta nova prestação, saiba exatamente de onde é que o dinheiro  virá.
 As suaves prestações
podem vir a ser tremendos pesadelos. Não seja
também inocente em pensar  que  os logistas
 não  imbutem juros nas prestações. Uma opção é ver o preço  a vista  e depositar em poupança até que você tenha  o valor suficiente para efetuar a compra.
Empréstimos     - Evite ao máximo fazer empréstimos, e tome a firme posição  de
nunca 
Se envolver com agiotas,  pois eles farão de tudo para receber o dinheiro que lhes pertencem
e   você   não  terá  um   minuto
 de 
 folga    até pagar o último
centavo. Lembre-se de Provérbios
22.7, "O rico domina sobre
o pobre, e o que toma emprestado
é servo do que empresta.        ”
Se você é cristão, evite emprestar  dinheiro
dos 
membros da sua igreja. Creia-me que quando você fizer isto, você estará constrangendo muita gente, inclusive  a liderança  da igreja, pois se algo acontecer  e você não  puder  pagar,  a situação será bem desagradável.
Tendo   feito    o    exercício     acima,   você   deve     planejar imediatamente                      como saldar       os    seus   compromissos.   Uma
conversa com os seus credores deve fazer parte deste plano.
Você tem como escapar de
uma vida financeira atrapalhada, mas para  isso  você tem que ter humildade para  reconhecer que
necessita da graça e do poder de Deus para a sua vida. Atitudes drásticas
são melhores do que um  adiar
constante e dos panos quentes que você tem colocado para remediar a situação. Inicie hoje, em sua vida,
um processo de libertação
deste senhor que tem lhe escravizado portanto tempo!
ADMINISTRANDO OS DÍZIMOS E AS OFERTAS
Não podemos pensar aqui em administração no sentido de exercer poder sobre os dízimos de tal forma que podemos determinar quanto, quando
e onde dizimar. Administrar
está sendo usado aqui no sentido de empregar bem os recursos
do Senhor que são colocados
em nossas mãos.
Um     dos   conceitos   perdidos   nesta   nova   geração   de cristãos  adeptos  da
prosperidade  e escravos  do materialismo é o da mordomia cristã. Antigamente
este 
era um  assunto comum     nos     ensinos   da   igreja, 
 todavia,
 ele 
 perdeu    a sua popularidade e conseqüentemente são poucas as pessoas que
realmente tem noção daquilo que Deus espera de cada uma delas com respeito aos bens materiais.
Uma    das    coisas    que    as    pessoas    sempre    estão questionando é a respeito
do dízimo. "Ele é bíblico mesmo?" "Se
eu ganho  pouco  eu tenho  que  dar  mesmo  assim?"
"10% de tudo o que eu ganho é muito," dizem outros. Dízimo não é para ser questionado, mas para ser obedecido. A fé e a razão estão  ao  lado daqueles  que  são dizimistas  fiéis, enquanto que a descrença está ao lado daqueles que duvidam de Deus e do seu poder. Portanto,
em última análise, não ser dizimista ao Senhor é ser semelhante ao ímpio  que  não  confia em Deus. Não temos como negociar
esta verdade. Se você crê que Deus supre, você é dizimista. Se você não crê que Deus supre (portanto age como ímpio) você não é dizimista.
O    dízimo    não  foi   instituído  na   Bíblia    para  a    nossa chateação, ou para ficarmos irritados com a igreja ou o pastor que prega sobre o assunto. O dízimo foi instituído
para a expansão do reino de Deus, para a edificação  Ha igreja,
e também para que através dele recebêssemos as bênçãos do Senhor. Com o dízimo nós glorificamos o nosso Deus.
As perguntas
mais ouvidas sobre o dízimo e as minhas respostas:
Eu dou, consagro, dedico, entrego ou pago o dízimo?
Tem gente que fica irritada  quando
usamos o verbo que ela não usa em relação  à entrega  dos  dízimos. Na
verdade, tanto faz o verbo que você quer  usar, o importante é que o dízimo chegue na tesouraria
da igreja. O que 
importa  é a atitude do seu coração. Chamar de consagração
e ficar lamentando por ter entregue
o dízimo é muita incoerência
e
pecado.
O dízimo é sobre o bruto ou sobre o líquido?
Depende da sua atividade.
Se você é funcionário de uma empresa,
e os descontos na sua folha pagamento são
para 
os seus benefícios, tais como: INPS, imposto de renda, caixa da previdência, clube, seguros, etc, então você tem que  dizimar sobre o bruto. Se você é autônomo,
você dízima sobre  o seu lucro. Por exemplo: você compra um carro por R$1.000,00 e vende           por               R$1.200,00,           então   o    seu   dízimo  é    sobre   os R$200,00.
Você gastou  R$10.000,00 
para  plantar  a sua safra e vendeu a mesma por R$15.000,00, o seu dízimo é sobre R$5.000,00. Em suma: tire o investimento e dê o dízimo sobre o lucro daquele investimento. Você ê dono de uma empresa e não tem rendimentos fixos,
então dê o dízimo sobre tudo o que você gasta para a sua sobrevivência. Tenha certeza do seguinte: se
você quer fugir de dizimar você achará uma desculpa, assim como se você quer ser dizimista, você saberá como fazê-lo, pois o Espírito Santo lhe orientará.
Eu posso dar o dízimo em outra igreja?
Normalmente a minha resposta é não, com algumas exceções. Eu creio que o dízimo deve ser dado na igreja onde você é alimentado  espiritualmente.  Quem  compra  o material
da     Escola      Dominical    das     suas     crianças?      Quem    paga   as contas da igreja onde  você louva a Deus?  Quem  compra  o som da igreja?
Não acho que é justo que você freqüente  uma igreja e dela receba  seu  alimento 
espiritual  e então  dê o dízimo para uma outra Igreja.
A exceção é quando você é transferido de uma  cidade  para 
outra,  e já comprometeu 
o seu dízimo  com
algum 
projeto  da
sua ex-igreja como reformas e    construções  e    ela    agora   depende   daquele  seu   dízimo.
Todavia, quando este projeto chegar ao seu fim, você deve tornar-se      dizimista        da                     sua        nova Igreja.  Avise,  porém,   a liderança
sobre o que você está fazendo.
Eu   posso  dar
o   meu  dízimo   para 
 um    missionário amigo meu?
Também não! O dízimo não é para ser administrado
por você.   Se   você   quer
 entregar
 alguma
 verba
 para
 um                            mis- sionário, isto é chamado de oferta voluntária ou missionária
e isto está além do dízimo. Eu acho estranho que os crentes
queiram fazer o bem com o dinheiro alheio. "Eu
sustento um missionário
na África," dizem alguns, quando na verdade isto não deveria
nem 
ser  mencionado,  pois
está 
sustentando  com
o  dízimo.                    Quando alguém      afirma     que           sustenta  um missionário,  eu
estou 
pensando que  a pessoa
faz isto e ainda é dizimista na sua  igreja local.
Veja a possibilidade  da sua Igreja ajudar aquele missionário.
Eu    não    dou    o    meu   dízimo   na    Igreja    porque     não concordo com o pastor ou a liderança!
O problema é seu que não  faz
nada 
sobre  o assunto a
não ser reter o seu dízimo e falar  mal  da
sua 
liderança.  Se
você não concorda  com a liderança,  isto significa
que 
você pode manipular
o dízimo do Senhor?
 De maneira  alguma, pois as famílias carentes que são ajudadas através do dízimo precisam do                      auxílio             da    igreja,     a    congregação   necessita construir, os obreiros
no campo missionário precisam de seus
salários.   Se você não concorda
com a liderança, você deve conversar com ela e não chantagear com o seu dízimo. Já vi pessoas depositando o dízimo em caderneta
de poupança
para entregá-lo em outros momentos!
Eu ganho muito e não acho certo dar 10% na Igreja!
A solução
para o seu problema
é simples: ore para que Deus diminua o seu ganho até o limite em que  você
julga capaz de dizimar sem nenhuma dor no coração.  Eu  tenho certeza que Deus lhe ajudará a diminuir
os seus recursos  se estes estão atrapalhando o seu desenvolvimento espiritual. Se
você ganha  muito,  louvado
 seja
Deus.  Leia o Salmo         67    e aplique aqueles ensinos
no seu coração.
Não está escrito em II Co 9:7 "Cada um contribua
segundo tiver proposto no coração"?
Sim, está escrito, mas para o seu conhecimento isto tem referência a uma oferta voluntária que  Paulo  estava levantando em favor dos  pobres  em
Jerusalém. Se é oferta, cada um oferte o quanto o Senhor colocar no coração.
Creio que deu para perceber que eu sou um fervoroso
defensor do dízimo. Eu o sou porque eu
experimentei e tenho experimentado a grande benção que é ser fiel ao Senhor. Eu tenho provado as verdades  de Malaquias  3:10  e Deus  tem sido fiel em todas as minhas necessidades e mais ainda: ele
tem provido  a minha  vida
com coisas  que eu nunca  pensei que um  dia viesse  a ter. 
Todavia, mesmo que eu nunca venha a ter nada  extra,
isto jamais  me levará  a desistir  do dízimo. Eu sou dizimista porque eu sou  obediente  a Deus  e não porque eu quero receber mais e mais do Senhor.
E quanto as ofertas voluntárias? Creio que  as  ofertas partem sempre de um  coração 
generoso  e não legalista.  Mui- tos pensam que
porque  cumprem  com o dízimo, já não  tem mais  necessidade
de ofertar  algo extra
para 
o reino  de Deus. O dízimo, na  verdade, 
é somente o
ponto 
de partida, ou seja: até o dízimo (10% ) você tão somente cumpriu com o dever bíblico.  Deus agora               lhe                   concede           90%  para       que       você administre para ele, e é destes 90% que você
poderá realizar alguma oferta voluntária. A oferta voluntária
é sempre um ato alegre, proveniente de um coração que ama ao Senhor com grande paixão. Você irá descobrir
que muitas agências mis-
sionárias, grupos evangelísticos             serão    tremendamente abençoados com as suas ofertas.
CONCLUSÃO
Chegamos ao fim nesta  nossa conversa
sobre finanças. Eu espero
que de alguma maneira esta leitura
tenha sido útil para você. O principal disto 
tudo é que aos  poucos você
tenha a consciência de que o dinheiro
é um assunto tão espiritual como outro
qualquer dentro da igreja, pois o dinheiro está intimamente ligado com o senhorio  de Jesus  Cristo  em nossas vidas.
Dinheiro está também intimamente ligado com a nossa
dependência de Deus. Nós temos que aprender a
viver com a abundância       de               bens    materiais;          mas  também    temos que
aprender a viver
com a falta ou com a necessidade se este for o   caso.
 Em         ambas     as  situações        não
 podemos           perder      de perspectiva que tudo vem de Deus e dele somos.  Ele
nos sustenta nos anos de vacas gordas bem como  nos
 anos
 de vacas magras. Cresçamos,  portanto,  na      nossa      completa dependência do Senhor.
"Onde  está   o   seu  tesouro,  ai  estará  também   o seu coração." Esta é uma lei implacável de natureza
espiritual. O contrário
disso também é verdade:
onde está o seu coração, ai estará o seu tesouro.
Que as nossas vidas e os nossos bens possam  trazer honras e
glórias para o Senhor da
História e para a expansão do seu reino.
MEDITAR NA PALAVRA
Os textos abaixo deverão ser lidos e meditados.
 Todos
têm alguma referência
com o dinheiro.
Tenha também um momento de oração, permitindo que o Espírito  Santo dirija a vida de vocês e que a partir de hoje vocês vão conquistar  a vitória na área financeira.
I Timóteo 6.17-19 / Lucas 12.15 / Atos 4.36 a 5.11 / Marcos 10.17-31
Lucas 19.1-10 / Provébios 22.7 / Gênesis 14.19-20 /
Provérbios 19.17 / Marcos 12.41-44
 
Nenhum comentário:
Postar um comentário