quinta-feira, 20 de outubro de 2022

AS ARMAS DA BATALHA ESPIRITUAL

 

As armas de nossa batalha

 

O cristão deve sempre estar com sua armadura espiri­tual. Efésios 6:10,11 diz: "No demais, irmãos meus, fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder. Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo."

O cristão que enverga sua armadura e se engaja na luta espiritual é perseguido. O diabo fará tudo o que es­tiver ao seu alcance para impedir que o cristão venha a tomar conhecimento da autoridade que tem sobre ele, o diabo. Abrirá luta contra você sobre essa questão mais do que qualquer outra. Então, depois de você ter toma­do conhecimento desta autoridade, ele se oporá a você e tentará roubá-la de você. Haverá provações. Alguns fra­cassarão. O diabo quer que você a deixe escapar de suas mãos e diga que a autoridade do crente não será eficaz para você.

Certa vez, um homem veio falar comigo numa reu­nião em que eu estava pregando sobre esse assunto, e dis­se que a autoridade do crente não dava resultado com ele. Disse-lhe que se isso fosse verdade, Deus era um men­tiroso. (Este homem estava, em essência, chamando Deus de mentiroso.)

Prefiro morrer a dizer que a Palavra de Deus não é eficaz. Se ela não tem efeito é porque eu não a opero eficazmente. Podemos falhar, mas a Palavra de Deus nun­ca falha. Creio que Sua Palavra é verdadeira.

O inimigo resistirá a qualquer interferência sua em seu território, porque ele está exercendo autoridade sobre os poderes do ar, e quer continuar assim. Quando você in­terferir em seu domínio ao exercer sua autoridade espiri­tual, ele concentrará toda a sua força contra você, numa batalha intensa e implacável.

Se você for bem sucedido na resistência aos ataques de Satanás contra seu espírito, os próximos assaltos que ele fará virão contra sua mente, seu corpo, sua família ou as circunstâncias da vida. Talvez seja melhor que vo­cê se prepare para estes ataques, porque eles virão. Em outras palavras, sua posição espiritual privilegiada é amea­çadora.

Nenhuma outra verdade enfrenta tanta oposição quan­to a autoridade do crente. Tenho encontrado pessoas boas a quem o diabo tem tentado - de toda maneira - aniqui­lar. Ou essas verdades lhes foram ensinadas ou eles as tem ensinado a outros. Esforçaram-se para agir de acor­do com elas. Muitas vezes foram destruídos no corpo por­que não podiam ser atingidos no espírito.

 

 

COMO PERMANECER IMBATÍVEL

 

Entretanto, se tivessem tirado proveito da armadura es­piritual que lhes foi dada, o inimigo não poderia tê-los derrotado. Não creio que coisa alguma que venha da par­te do inimigo tenha poder para derrotar qualquer um dentre nós, membros do Corpo de Cristo.

O crente deve estar continuamente vestido com sua ar­madura. O Espírito Santo orou através de Paulo para que os olhos das pessoas fossem abertos no sentido de que tomassem conhecimento dessa provisão que foi feita pa­ra sua própria segurança. A armadura espiritual é des­crita em linhas gerais em Efésios 6:

 

EFÉSIOS 6:10-17

10. No demais, irmãos meus, fortalecei-vos no Senhor

e na força do seu poder.

11.  Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo.

12.  Porque não temos que lutar contra a carne e o san­gue, mas sim contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais.

13.  Portanto tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mal, e, havendo feito tudo, ficar firmes.

14.  Estai pois firmes, tendo cingido os vossos lombos com a verdade, e vestida a couraça da justiça;

15.  e calçado os pés na preparação do evangelho da paz;

16.  tomando sobretudo o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno.

17.  Tomai também o capacete da salvação, e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus.

 

As diferentes partes desta armadura simbolizam as di­versas atitudes espirituais que o crente deve manter. Usan­do esta armadura, o crente está protegido e desimpedido em seu ministério de autoridade. Toda a sua preocupa­ção deve ser a de manter a sua armadura brilhando e bem firme. Agora, observemos mais de perto esta arma­dura:

Em primeiro lugar, como John A. MacMillan ensinou, há um cinturão da verdade que representa uma compreen­são clara da Palavra de Deus. Como o cinto de um sol­dado, esta mantém o resto da armadura em seu lugar.

Segundo, a couraça da justiça. Isto tem dupla aplica­ção: Jesus é nossa Justiça, e nós O colocamos à nossa frente. Também mostra nossa obediência à Palavra de Deus.

Terceiro, nossos pés estão calçados com a preparação do Evangelho da paz. Esta é uma atuação fiel na proclamação da Palavra de Deus.

Quarto, o escudo da fé. Um escudo é uma cobertura para o corpo inteiro. Representa nossa total segurança sob o sangue de Cristo, onde nenhum poder do inimigo pode penetrar.

Quinto, o capacete da salvação, mencionado em I Tessalonicenses 5:8 como a esperança da salvação. A espe­rança da salvação é o único capacete capaz de proteger a cabeça nestes dias de desvirtuamento da verdade.

Sexto, a espada do Espírito que é a Palavra de Deus. Isto mostra que a Palavra de Deus deve ser usada ofen­sivamente. As outras armas são especialmente defensivas, mas a espada - a Palavra de Deus - é uma arma ativa.

Efésios 6:18 diz: "Orando em todo o tempo com toda a oração e súplica no Espírito, e vigiando nisto com toda a perseverança e súplica por todos os santos." Você pode ver porque a batalha da oração muitas vezes não surte efeito? Porque não estamos com a armadura. Estamos preparados para a batalha da oração, quando estamos usando a armadura. Quando oramos no Espírito, alcan­çamos nosso objetivo.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

CAPÍTULO 8

Autoridade sobre espíritos demoníacos

E não sobre a vontade

 

Embora tenhamos autoridade sobre espíritos demonía­cos, não temos autoridade sobre nossos semelhantes nem sobre sua vontade. Muitas vezes, erramos ao pensar que a temos.

Temos autoridade sobre demônios e podemos controlá-los até onde diz respeito a nossas vidas e às vidas de nos­sos familiares, mas nem sempre podemos controlá-los quando a vida de outras pessoas está envolvida, porque a vontade dessas pessoas entra em ação.

Há alguns anos, numa reunião em Oklahoma, minis­trava aos doentes, quando soube por meio de um teste­munho interior que uma pessoa da fila possuía um demônio. Não significava que estivesse possesso - isso é algo totalmente diferente. Estar possesso é estar totalmente tomado - espírito, alma e corpo. Você pode ter um de­mônio em seu corpo sem estar possesso.

Fiquei atento. Quando um determinado senhor, que estava a quatro pessoas de mim, se levantou, sabia que era nele que o demônio estava. Eu não disse nenhuma palavra em voz alta.

É preciso que se entenda uma coisa: embora o diabo, de fato, saiba algumas coisas, ele não sabe de todas as coisas, não é onisciente como Deus. Por meio de seus poderes psíquicos, pode-se ver que o diabo conhece al­gumas coisas. Alguns adivinhadores realmente predizem eventos que vêm a acontecer. O diabo conhece até mes­mo alguns de nossos pensamentos. Como sabemos dis­so? Porque pessoas com capacidade de ler a mente, muitas vezes podem ler sua mente e dizer-lhe o que você está pensando. E não o fazem, entretanto, pelo poder de Deus.

Antes do homem se aproximar do lugar onde eu me encontrava, pensei comigo mesmo: "Vou expulsar esta 'coisa' dele." Não disse nenhuma palavra em voz alta; apenas pensei. Assim que ele ficou de pé no seu lugar, antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, ele falou. O demônio falou através dele, gemendo numa voz fanhosa e intensa: "Não pode me expulsar! Não pode me expul­sar! Não pode me expulsar!"

Disse: "Posso sim, em Nome de Jesus!'

Ele respondeu: "Não, não pode. Este homem quer que eu fique. E se ele quer que eu fique, eu posso ficar!'

Eu disse: "Você está certo" e deixei que se fosse.

 

 

 

ESPÍRITOS RELIGIOSOS

 

Vários dias depois, vi aquele homem na rua, eu o parei e comecei a conversar com ele. Não era louco; possuía, normalmente, todas as suas faculdades mentais. Enquanto lhe falava, descobri que tipo de espírito tinha. Era um espírito religioso. As pessoas precisam saber que há tais espíritos. Eles fazem com que as pessoas tenham um ar muito espiritual. De fato, este homem possuía três espí­ritos malignos. Os outros eram: espírito de mentira e es­pírito do engano.

Ele acreditava numa mistura da Bíblia com religiões orientais. Inclinava-se mais para as religiões orientais. Falei com ele sobre isso. Disse-lhe: "Estas crenças não estão nas Escrituras. Não estão de acordo com o Novo Testa­mento!'

Ele replicou: "Com Bíblia ou sem Bíblia gosto disso assim e vou continuar assim."

Então disse-lhe: "No dia em que quiser se livrar des­tes demônios, venha me ver. Mas, enquanto quiser que seja assim, assim será."

Ele respondeu-me: "Bem, é assim que eu quero."

 

O LIVRE ARBÍTRIO PREVALECE

 

Você tem que se afastar das pessoas quando elas que­rem que as coisas continuem do modo que estão. Se as pessoas querem viver em pecado, elas podem. Se que­rem ser livres, podem ser livres. Mas, enquanto elas mes­mas não quiserem ser livres, nem Jesus nem ninguém mais pode libertá-las.

Você pode sair por aí indiscriminadamente exercendo autoridade sobre o diabo que está numa outra pessoa. Você tem autoridade sobre sua própria vida e a de sua família. No entanto, não poderá expulsar o demônio de todas as pessoas que encontrar na rua, mesmo que, de fato, estejam com o diabo, porque elas têm autoridade sobre suas próprias vidas. Quando, porém, as pessoas querem ajuda, a questão se torna bem diferente.

É estranho que, algumas vezes, mesmo pessoas cheias do Espírito não queiram ajuda. Em 1954 preguei pela pri­meira vez no estado de Oregon. Proferi meu primeiro ser­mão ali, num domingo à noite, sobre um tema evangelístico. Na segunda à noite preguei sobre fé. Avi­sei que na terça o culto seria de cura.

Naquele tempo, fazia-se uma única fila, tanto para sal­vação como para batismo no Espírito ou cura. Ministrei para eles, um de cada vez.

Aproximei-me de uma mulher. Ela estava acompanha­da de um homem e era ele quem falava pelos dois. Ela não disse uma só palavra. Podia-se ver, só de olhar para ela, que mentalmente não estava bem. O homem disse que sua esposa estava muito nervosa e que tinha passa­do algum tempo num sanatório.

Deixe-me chamar, aqui, a sua atenção para um pon­to. Você não exerce autoridade espiritual simplesmente por si mesmo; você tem que ter a manifestação do Espírito de Deus. É por isso que muitos estão fracassando. Es­tão tentando lidar com espíritos sem a palavra de conhe­cimento ou discernimento de espírito.

Certa vez, quando Jesus me falava a respeito do dia­bo, demônios e possessão demoníaca, Ele usou como exemplo a moça possuída por um espírito de adivinha­ção. Ela seguia Paulo e Silas por toda Filipos "por mui­tos dias", conforme Atos 16:18, dizendo: "...Estes homens são servos do Deus Altíssimo..." (v. 17).

Jesus me fez a seguinte pergunta: "Você sabe por que Paulo não se ocupou daquele espírito no primeiro dia?"

Eu respondi: "Não, realmente não sei. Tenho pensa­do nisso. Por que Paulo, um apóstolo, um homem de Deus, um homem de autoridade, não exerceu autoridade sobre aquele espírito maligno no primeiro dia?"

Jesus disse: "Ele tinha que esperar pela manifestação do Espírito; tinha que esperar até que o Espírito de Deus lhe desse discernimento de espíritos!'

Veja, você pode expulsar o diabo de você e de sua ca­sa, quando quiser. Se uma pessoa está sob a sua respon­sabilidade, você também tem autoridade sobre ela. Mas, quando você sai para fora do seu domínio, os espíritos malignos têm direito de estar lá, porque Satanás é o deus desse mundo!

Esta é a razão pela qual Paulo teve que esperar por muitos dias para libertar a moça possessa. Ele não or­denou ao espírito que a deixasse no primeiro dia em que ela começou a segui-lo. Ele esperou e, quando chegou a hora certa, falou àquele espírito e ele a deixou.

Quando na fila de cura impus as mãos sobre a mu­lher, não vi nenhum espírito, mas tive uma palavra de conhecimento. Naquela época, não tinha o discernimen­to de espíritos atuante em meu ministério, mas tinha a operação da palavra de conhecimento. Quando impus as mãos sobre ela, sua vida passou diante de meus olhos como se eu estivesse vendo uma tela de televisão e fi­quei sabendo de toda a sua história.

Disse a seu marido: "Não vou orar por ela aqui. Leve-a ao gabinete pastoral. Terminado o culto irei até lá com o pastor e ambos conversaremos com vocês." Então ele a levou.

Eu e o pastor fomos até o gabinete. Fiquei sabendo que o marido dela era diácono daquela igreja. Disse-lhe: "Queria que o pastor estivesse aqui como testemunha. Ele dará sua palavra de que nunca me disse nada a res­peito de sua esposa. Não conheço ninguém nesta cidade a não ser este pastor. Jamais vi você nem sua esposa an­tes."

"Vou lhe dizer porque não orei por sua esposa em público. Quando impus as mãos sobre ela, sabia no meu íntimo - pude ver tudo isso num momento - que sua es­posa certa vez ouviu um evangelista dizer que o Senhor havia falado com ele em voz audível. Ela começou a pe­dir a Deus que lhe falasse em voz audível, também."

"O que ela não compreendeu bem foi que o evange­lista não disse que ele estava pedindo a Deus que falasse daquela maneira - ele não pediu a Deus que o fizesse - simplesmente estava esperando de Deus." (Quando vo­cê começa a buscar uma voz audível, o diabo o atende­rá. É errôneo tal comportamento.)

"Demônios começaram a falar com ela", continuei. "Ela começou a ouvir essas vozes que a levaram à lou­cura. Você me disse que ela esteve uma vez num sanató­rio. De fato, ela esteve lá duas vezes, não é verdade?"

O marido respondeu: "Quem lhe disse isso?"

"O Senhor" falei. "Ele também me mostrou que vo­cê levou sua esposa a um culto de cura e o evangelista não pôde libertá-la, então você ficou contrariado com o pregador. Vi, então, através do Espírito, que você a le­vou a um culto cujo dirigente era profeta e não pôde libertá-la e agora você está zangado com o profeta. Eu não poderia fazer por ela mais do que os outros dois anteriores fizeram e você se zangaria comigo. Por esta razão não orei por ela."

"Agora vou lhe dizer porque eles não a libertaram e porque não posso libertá-la: Ela não quer ser liberta. En­quanto ela quiser ouvir estas vozes, vai ouvi-las. Ela não está demente. Ela está ouvindo tudo o que eu estou di­zendo!'

Voltei-me para ela e disse: "Bem, irmã, quando che­gar o momento em que não quiser mais ouvir estas vo­zes, procure-me e eu a ajudarei!'

"Bem", ela disse, "Eu quero ouvir estas vozes."

Então lhe respondi: "Eu sei que você quer!'

Alguém pode dizer: "Bem, talvez ela não soubesse o que falava". Se isso fosse verdade, o Senhor me teria di­to. Eu também ficaria sabendo.

A Bíblia diz, com relação ao ministério de Jesus, que Ele expulsava demônios com Sua Palavra. Também diz que expulsava pelo Espírito de Deus. Não era só a Sua Palavra operando, separada do Espírito de Deus. Leia o capítulo doze de Mateus. Os fariseus estavam acusando a Jesus de expulsar demônios por Belzebu, o príncipe dos demônios (v. 24).

Jesus respondeu: "..se eu expulso os demônios pelo Es­pírito de Deus, é conseguintemente chegado a vós o rei­no de Deus" (v. 28).

Sabemos pela Palavra de Deus que temos autoridade espiritual, mas devemos depender do Espírito Santo como ajudante no exercício desta autoridade. Não podemos fazê-lo por nós mesmos.

Como mencionei anteriormente, se o diabo me ataca, tenho autoridade sobre ele, porque tenho autoridade so­bre minha própria vida. Posso dizer-lhe que saia de mi­nha casa imediatamente. Também posso controlar situações, enquanto as pessoas estiverem na minha pre­sença.

Exemplificando: um pastor, meu amigo de Fort Worth, Texas, foi comigo certa vez a um acampamento na Cali­fórnia em que eu pregava. Sofrerá de diabetes durante muitos anos e tinha que observar sua urina todas as ma­nhãs para determinar a quantidade de insulina que pre­cisaria naquele dia.

Na tentativa de ensinar-lhe uma lição de fé, voltei-me para ele enquanto saíamos de sua casa e lhe disse: "Vo­cê não encontrará açúcar nenhum, enquanto estiver co­migo."

Veja, eu podia controlar aquela enfermidade enquan­to ele estivesse comigo - enquanto ele estivesse em meus domínios. Mas não podia controlá-la, quando estivesse longe de mim. Teria que treiná-lo a exercitar autoridade espiritual por si mesmo.

Olhou para mim como se não acreditasse no que ou­via, mas esteve comigo durante quase duas semanas e não observou nenhum açúcar, embora tenha comido torta e bolo.

"Eu sei que vou achar açúcar hoje", ele dizia. No en­tanto, após fazer o teste dizia: "Isso supera tudo o que já vi em toda a minha vida!" Mais tarde me contou que só começou a achar açúcar de novo, três dias após ter voltado para casa.

Veja, tinha reivindicado autoridade sobre aquela en­fermidade. Embora eu tivesse controle sobre a força ocul­ta, não tinha controle sobre a vontade daquele pastor.

Poderia controlar a força oculta enquanto o pastor esti­vesse na minha presença, e tentei convencê-lo de que po­deria exercer a mesma autoridade, porém, ele não conseguiu. Ele esperava que a diabetes voltasse e foi o que aconteceu. Passaram-se cinco anos até que ele final­mente compreendeu sua autoridade espiritual. (Alguns de nós pregadores, às vezes somos muitos lentos!) Se eu pu­desse ficar com outras pessoas, constantemente, poderia ajudá-las também, mas não posso viver com as pessoas; não tenho tempo.

 

 

 

DESFAZENDO O PODER DO DIABO

 

Anos atrás, quando meu irmão mais velho se encon­trava prisioneiro do diabo, eu disse: "Satanás, em Nome de Jesus Cristo, desfaço teu poder sobre a vida de meu irmão, e exijo que ele seja liberto e salvo!" Em aproxi­madamente duas semanas ele foi salvo. Estivera tentan­do levá-lo à salvação durante quinze anos, sem resultado algum. Quando tomei esta atitude e exerci minha autori­dade espiritual como crente, funcionou.

Alguém que me ouvia dizer isso, disse que tentaria a mesma coisa para ver se daria resultado. Sabia que não iria dar certo, porque eu não havia tentado - eu havia feito.

Alguns crentes dizem que tentarão algo, pois isso sur­tiu bom resultado com outra pessoa. Se eles estudarem a Palavra de Deus e se revestirem de seus ensinamentos sobre autoridade, funcionará. Mas, se tentarem agir de acordo com a Palavra de Deus sem realmente ter esta Palavra edificada em seus espíritos, o diabo os derrotará profundamente.

Você tão somente terá vitória sobre o diabo num com­bate, quando tiver uma base da Palavra de Deus e esti­ver agindo de acordo com Ela.

 

PORQUE AS PESSOAS PERDEM A CURA ALCANÇADA

 

É comparativamente mais fácil receber a cura, quan­do as pessoas estão num lugar onde o nível de fé é alto -  onde há uma concentração de fé - ou onde os dons do Espírito estão em operação, do que numa situação oposta. É isso o que acontece nas grandes reuniões - vi isso acontecer nas reuniões de evangelistas renomados du­rante os dias do Reavivamento de Cura, ocorridos nos Estados Unidos entre 1947-58.

Entretanto, quando estas pessoas voltam para casa, o diabo vem junto com os sintomas mentirosos. As pes­soas não têm fundamentos de fé em si e o diabo traz as mesmas coisas de volta. É por essa razão que você vê pessoas serem libertas de espíritos malignos, enfermi­dades - e de muitas outras coisas - e quando as encon­tra de novo estão no mesmo lugar que estavam antes.

Alguém dirá: "Bem, eles nem mesmo chegaram a ser curados."

Como poderia um aleijado que nunca andara antes andar, se não tivesse sido curado? Se isso não foi cura, o que foi? Como poderia um cego ver - eu os tenho visto fazê-lo - se nunca o tinha feito antes? Como poderia um surdo, que nunca antes tinha ouvido, ouvir?

Estavam todos bem até que chegaram em casa e após duas ou três semanas a cura havia desaparecido. Por que a perderam? Porque não sabiam que tinham autoridade. Não sabiam como preservar a bênção; portanto, não ten­taram exercer autoridade por si mesmos; ou, se disseram alguma coisa, n^o o fizeram apropriadamente.

Tenho visto vítimas de pólio completamente curadas - os pés e as pernas endireitados - e num período de dez dias perderem a cura recebida.

Lembro-me de uma mulher que estivera totalmente pre­sa à cama com artrite, durante três anos. Estava esticada na cama, rija como uma tábua. Ela foi curada instanta­neamente, levantou-se e andou. Seu médico não encon­trou nem vestígio de artrite em seu corpo. Seis semanas depois, ela se encontrava rija como uma tábua novamente. Por que perdeu a cura recebida?

Algumas pessoas dizem: "Eles as hipnotizam." É is­so? Não, as pessoas chegam até a presença de Deus, on­de os dons do Espírito Santo estão operando e, então, é fácil receber a cura. Mais tarde, quando ficam sozinhas, ficam de fato sozinhas.

É por isso que as pessoas precisam aprender da Pala­vra de Deus e dos direitos e privilégios que possuem co­mo crentes. Podem então exercer autoridade por si mesmas, sobre o diabo, enfermidades e circunstâncias.

 

EXPULSANDO DEMÔNIOS

 

A Bíblia estabelece diferença entre expulsar demônios e curar enfermos. Freqüentemente, as manifestações físi­cas não reagem à oração e à imposição de mãos, por­que há um espírito maligno envolvido.

Isso aconteceu com uma senhora batista de Nova Orleans. Estava perturbada mentalmente e confinada a uma instituição de saúde. Certo dia, um amigo meu, pastor batista que recebera o batismo com o Espírito Santo, orou por ela. Expulsou sete demônios e ela, imediatamente, ficou bem.

Um professor da universidade, que conhecia este ca­so, usou-o como ilustração em suas palestras. Este fato causou tal impressão nele, que convidou o pastor batista para que discutissem o assunto. Como resultado a espo­sa do professor recebeu o batismo no Espírito Santo. O professor não somente se empenhou em ser cheio do Es­pírito, mas, também, incorporou a seus ensinamentos o fato de que demônios têm mais ação sobre as pessoas do que ele pensava.

 

 

 

OPRESSÃO X POSSESSÃO

 

Nos anos de 1950, um membro de uma igreja estava numa fila para oração quando percebi que possuía um demônio em seu corpo. Este homem tinha estado em quase todas as filas de oração de evangelistas de reno­me, mas não fora curado, porque este espírito que o es­tava oprimindo precisava de ser cuidado primeiro. Este não era um caso de cura.

Ao orar por ele expliquei às pessoas: "O corpo deste homem está opresso por um demônio. Ele não está possesso por um demônio. Ilustrarei assim: Suponha que você more numa casa construída a quase cem anos e, então, alguém lhe diz: 'Esta casa está com cupim'. Isto não sig­nifica que você esteja com cupim."

"Seu corpo é a casa onde você mora. Se você souber como fazer, manterá o cupim afastado de sua casa ma­terial - e os demônios fora de sua casa física. Eles não ficarão lá se você tomar as devidas precauções".

Ouvi uma vez um psiquiatra cheio do Espírito que doava, voluntariamente, tempo aos hospitais de caridade de sua região. Num sanatório resolveu fazer uma expe­riência com um homem que não falava há três anos. O homem ficava olhando fixamente para a frente, sem ne­nhuma expressão, como uma estátua.

O médico contou: "Impunha minhas mãos sobre ele todos os dias e dizia: "Se houver espíritos malignos aqui, repreendo-os e ordeno a cada um deles que saia no No­me do Senhor Jesus Cristo."

Não havendo outros médicos por perto, este médico impunha as mãos sobre o paciente e orava por ele em línguas, em voz alta, durante cinco minutos por dia. Se outros médicos estivessem por perto, orava silenciosamen­te, usando a sabedoria, sabendo que não entenderiam o que ele estava fazendo.

Após dez dias, o paciente já estava falando e em trinta dias voltou para casa, curado. O médico ajudou outros pacientes, também. Deus honra a fé e o Espírito de Deus sabe como orar. Ele é o autor da oração.

 

COMO TRATAR COM DEMÔNIOS

 

Temos que depender do Espírito de Deus para saber­mos quando os demônios estão presentes e como lidar com eles. Ficamos impotentes sem a Palavra e o Espíri­to. Não seja uma pessoa apenas da Palavra, sem o Espí­rito e, também, nao seja uma pessoa somente do Espírito, sem a Palavra. Muitos tentam agir de acordo com a Pa­lavra de Deus, sem o Espírito de Deus. Você tem que possuir a ambos. O Espírito e a Palavra se completam.

Você não terá que lidar com um espírito em todos os casos de cura. Mas se tiver que fazê-lo, o Senhor lhe mos­trará. Vejo Deus como sendo um Ser inteligente; ora, sen­do eu também um ser inteligente, Ele pode me dizer se há um espírito maligno ali. Oriento-me tanto pelo que Ele não diz como pelo que Ele diz. Se Ele não diz nada, não tento lidar com um espírito maligno. Continuo a orar pela cura da pessoa.

O que é estranho é que sendo levado a orar por cura num caso, sou levado, num outro caso aparentemente idêntico, a tratar com um espírito. Não compreendo is­so, mas sei por experiência que assim dá resultado. Você não pode julgar um caso comparando-o com um outro.

Pessoas indefesas precisam ser ajudadas. Algumas ve­zes você pode conduzi-las através da fé que você tem. Mas as pessoas que têm conhecimento - pessoas que são esclarecidas - devem andar na luz do que conhecem. Al­gumas pessoas têm mais conhecimento do que outras. Quanto mais você conhece, mais é exigido de você.

Você pode ser livre da opressão sobre seu corpo e mente. Pode exercer autoridade espiritual sobre outros, en­quanto estiverem na sua presença. Pode exercer autoridade sobre todas as forças ocultas.

Se você aprender a exercer autoridade espiritual assim, obterá resultado também em seu lar. Ouvi de mulheres que exerceram sua autoridade espiritual, quando os ma­ridos descrentes chegavam em casa brigando ou discu­tindo. Elas haviam aprendido como, quieta e calmamente, repreender os espíritos malignos que estavam por detrás daquela situação e exerciam autoridade sobre eles, mo­dificando a situação.

Aprendi como fazer isso há anos, quando pessoas em minha família se iravam em extremo. Simplesmente as­sumia o controle da situação usando da minha autori­dade. Sabiam quando eu o fazia, porque me olhavam com uma expressão assustada e se acalmavam imediata­mente. Não estava exercendo autoridade sobre a vontade deles, mas sobre o espírito que os levava a agir daquela maneira.

Certa ocasião, Jesus disse a Seus discípulos que iria para Jerusalém padecer muitas coisas e morrer. Pedro fez objeção. Jesus imediatamente o repreendeu dizendo: "Para trás de mim, Satanás..." (Mateus 16:23).

Jesus não estava dizendo que Pedro era Satanás. Es­tava dizendo que Pedro, naquele momento, se posiciona­va do lado da dúvida, da descrença e do diabo. Algumas vezes os cristãos, inconscientemente, se entregam ao ini­migo, mas podemos exercer autoridade sobre esse espíri­to.

A Bíblia diz que podemos também exercer autoridade sobre o medo - até mesmo o medo que temos em nossa própria vida. Precisamos saber disso. Entretanto, não é sempre que podemos exercer autoridade sobre o medo na vida de outra pessoa. Tenho podido controlar o me­do enquanto a pessoa está na minha presença não sabendo como se levantar contra ele.

Segunda Timóteo 1:7 diz: "Porque Deus não nos deu o espírito de temor, mas de fortaleza, e de amor, e de moderação." Observe que a Bíblia diz que o medo é um espírito. Deus nos tem dado um espírito de poder, amor e moderação.

Mesmo quando era um jovem pastor batista, sempre exercia autoridade sobre o medo e a dúvida. Se era ten­tado a duvidar dizia: "Dúvida, eu te resisto no Nome de Jesus!' Se era tentado a temer dizia: "Medo, eu te resisto no Nome de Jesus." A dúvida e o medo o deixa­rão, quando você agir assim.

Temos autoridade até contra os que se opõem à ver­dade.

No Texas havia um ministro pentecostal que morava perto de um policial. Este policial pertencia a uma de­nominação que se opunha, veementemente, ao falar em línguas.

O ministro levou o policial para visitar sua igreja. O policial, então, com ar de deboche, pediu ao pastor que fosse com ele à sua igreja, também. O pastor resolveu ir, porque o policial lhe havia dito que o seu pastor pre­garia sobre línguas estranhas.

Durante o sermão este pastor não baseou nenhuma de suas afirmações na Bíblia, no entanto, falou sobre di­ferentes coisas que ouvira ter acontecido no meio desses "faladores de línguas". Começou a imitar o "falar em línguas". Ao ouvir isso, o pastor pentecostal exerceu au­toridade sobre a situação. O pregador parou abruptamen­te, empalideceu e se sentou sem terminar o sermão.

O policial percebeu o que acontecera. Depois, foi até ao pastor pentecostal, apertou-lhe a mão e o abraçou di­zendo: "Bendito seja Deus, estou contente por Deus o ter interceptado. Ele deveria ter sido mais sensato!'

Na noite seguinte, o pastor se desculpou por falar sobre um assunto do qual não tinha suficiente conhecimen­to. Disse que se sentia como se Deus o tivesse amarrado e acrescentou que é melhor deixar as coisas como estão, quando não se sabe muito sobre elas.

 

RESISTI AO DIABO

 

Freqüentemente nos apercebemos que certas provações em nossas vidas são trabalho do inimigo e pedimos a Deus que o repreenda alterando as circunstâncias para nós. Entretanto, a Palavra de Deus nos fala para nós mes­mos repreendermos o inimigo. Tiago 4:7 nos diz: "Re­sisti ao diabo e ele fugirá de vós." A autoridade sobre o diabo nos pertence. A responsabilidade é nossa.

Se resistirmos ao diabo ele fugirá de nós. A Bíblia não diz: "Peça a alguém para resistir ao diabo para você"; diz que nós devemos resistir ao diabo. Muitos de nós fi­camos preguiçosamente sentados, esperando que Jesus fa­ça alguma coisa, quando cabe a nós resistir ao diabo. Por quê? Porque temos autoridade para isso! (Sempre queremos que alguém faça a tarefa que é nossa.)

Naturalmente, vamos sempre ter bebês espirituais e de­vemos ajudá-los com nossa fé, mas alguns de nós deve­mos crescer o suficiente para poder ajudar no cuidado com os bebês e não deixar que o pastor faça tudo sozi­nho.

As adversidades existem, porque nós permitimos que sejam assim. Mateus 18:18 diz: "Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra será ligado no céu, e tudo o que desligardes na terra será desligado no céu".

Assim é na versão de Almeida. Gosto de uma outra tradução, que li certa vez e que diz: "Todas as coisas que recusardes serem permitidas na terra serão recusadas a serem permitidas no céu".

Exerça sua autoridade!

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