sexta-feira, 16 de setembro de 2022

Deus Deseja Revelar-se a Nós

 

Deus deseja revelar-se

 

 

O Senhor quer revelar o Seu caráter, o Seu amor, a Sua vontade a você, a fim de ser tratado como o seu Deus. No entanto, convém lembrar que, embora Seus atributos e Sua pessoa sejam imutáveis, Ele pode não se revelar a você da mes­ma maneira como faz a outros.

Por exemplo, Isaías viu a glória de Deus em seu trono (Isaías 6). O profeta Ezequiel teve visões do Senhor no meio de uma tempestade com raios (Ezequiel 1.4,5). Jeremias ouviu a voz do Todo-Poderoso falando pessoalmente com ele (Jeremias 1.4,5); Daniel, antes de ter visões celes­tiais, conheceu o Senhor por meio das Escrituras Sagradas, do jejum, da oração e de experiências que revelaram o caráter, a onisciência e o poder de Deus (ver Daniel 2.21-23,28,47; 6.26,27; 7.1 3; 8.16-19; 9.21,22; 10—12).

Nas Sagradas Escrituras há vários exem­plos da manifestação do Senhor. Para Elias, Deus se manifestou com uma voz mansa e delicada (1 Reis 19.1 2,1 3). Era dessa maneira que este profeta entenderia e corresponderia ao chamado divino. Entretanto, o Criador pode revelar-se a você de modo distinto, porque Ele sempre o fará de ma­neira que o homem entenda e da forma como este precisa ser tratado.

As experiências que cada um de nós tem com Deus não são iguais. A minha pode ser dife­rente da sua e da de outros irmãos. Mas a fonte da revelação é a mesma: Deus. Ele se manifesta aqueles que o temem e guardam os Seus ensina­mentos. Ele deseja que o conheçamos como o Se­nhor absoluto sobre todas as coisas.

 

Olhando para si mesmo

Quando Isaías contemplou a glória e a san­tidade de Deus, automaticamente percebeu sua condição, e disse: Ai de mim, que vou perecendo! Porque eu sou um homem de lábios impuros e habito no meio de um povo de impuros lábios (Isaías 6.5).

Geralmente contemplar a própria fraqueza é algo que não agrada ao ser humano. A maioria não gosta de admitir as suas mazelas, os seus er­ros, e adora apontar as falhas alheias e possíveis soluções para os problemas dos outros.

Contudo, nossa experiência com Deus faz com que olhemos para dentro de nós, e não para a vida alheia.

O homem sem Deus é que persiste em ter uma vida de escapismo. No entanto, quando a pessoa tem um encontro com Deus, é confronta­da por Ele, reconhece o seu estado pecaminoso e sua necessidade de Deus, sendo desafiada a mu­dar de vida.

Saulo, antes de ter um encontro com Cris­to na estrada de Damasco, perseguia os cristãos mesmo tendo ouvido falar das maravilhas do mi­nistério de Jesus. Saulo ainda não havia experi­mentado o poder do Senhor. Entretanto, após seu encontro com Ele mudou seu pensamento e seu estilo de vida:

 

E, indo no caminho, aconteceu que, chegando perto de Damasco, subitamente o cercou um resplendor de luz do céu. E, caindo em terra, ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues? E ele disse: Quem és, Senhor? E disse o Senhor: Eu sou Jesus, a quem tu persegues. Duro é para ti recalcitrar contra os aguilhões. E ele, tremendo e atô­nito, disse: Senhor, que queres que faça? E disse-lhe o Senhor: Levanta-te e entra na cidade, e lá te será dito o que te convém fazer.

Atos 9.3-6

 

Saulo teve um encontro pessoal com o Senhor Jesus e, diante da grandeza do Filho de Deus, percebeu que era errado perseguir os cris­tãos e que sua visão sobre Deus era distorcida.

Após seu encontro com Cristo, Saulo to­mou conhecimento sobre a vontade divina e sub­meteu-se a ela, indo anunciar a outros as boas novas de salvação. Saulo poderia ter ficado ca­lado, não se sujeitar ao Senhor e seguir em outra direção, mas não o fez, porque aquele encontro mudou radicalmente sua maneira de pensar, de sentir e de agir.

E uma vez que Saulo reconheceu sua con­dição e submeteu-se à vontade de Deus, disposto a mudar seu comportamento, o próprio Senhor disse a Ananias: Vai, porque este é para mim um vaso escolhido para levar o meu nome diante dos gentios, e dos reis, e dos filhos de Israel (Atos 9.15). Saulo tornou-se um discípulo de Jesus e foi anun­ciar a todos que este era o esperado Messias.

 

Confissão de pecados

Quando Isaías disse: Ai de mim, que vou pe­recendo! Porque eu sou um homem de lábios impu­ros e habito no meio de um povo de impuros lábios (Isaías 6.5), fica subentendido que ele fez uma auto-analise da sua existência, e constatou que era um homem de lábios impuros.

O pecado separa o homem de Deus. Quando pecamos, a comunhão com o Criador é quebrada. A iniqüidade é motivo de vergonha e de afastamen­to, como foi para Adão e Eva no jardim do Éden.

O Altíssimo abomina o pecado, mas ama o pecador. Por isso, quando as transgressões são confessadas, o Pai as joga nas profundezas do mar, conforme está escrito em Miquéias 7.1 8,1 9:

 

Quem, ó Deus, é semelhante a ti, que perdo­as a iniqüidade e que te esqueces da rebelião do res­tante da tua herança? O SENHOR não retém a sua ira para sempre, porque tem prazer na benignidade. Tornará a apiedar-se de nós; subjugará as nossas iniqüidades, e lançará todos os nossos pecados nas profundezas do mar.

 

O que você entende por essa passagem que acabou de ler? O Senhor está afirmando que esquece, lança mão dos nossos pecados, e não fará mais menção a eles. Mas primeiro é preciso a confissão arrependida.

Quando você reconhece quem é e o seu estado, está fazendo algo magnífico no mundo espiritual: está confessando, reconhecendo seu erro, sua culpa, sua necessidade de Deus e sua dependência dEle. A confissão produz duas coisas em nós: purificação e triunfo. Purificar significa tornar puro moralmente; santificar; tirar máculas; expurgar substâncias que alteram, corrompem a pureza de algo. Triunfar é subjugar as dificulda­des, transpor obstáculos, e obter a vitória.

Em 1 João 1.7-9, está escrito:

 

Mas, se andarmos na luz, como ele [Deus] na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo pecado. Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós. Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.

 

Quando você reconhece quem é e o seu estilo de vida para Deus, está confessando-se. O poder do Senhor Jesus entra em ação para purifi­cá-lo do seu pecado, restaurar sua comunhão com

Deus e levá-lo ao triunfo. Em Provérbios 28.13, está registrado: O que encobre as suas transgressões, nunca prosperará; mas o que confessa e deixa, al­cançará misericórdia.

Você será vencedor se confessar a Deus tudo que está em seu coração. Não tenha medo ou vergonha. O Todo-Poderoso vai perdoá-lo, pu­rificá-lo e esquecer-se de suas iniqüidades, quan­do você se confessar a Ele com o coração sincero e arrependido.

O Senhor prometeu em Isaías 43.25: Eu, eu mesmo, sou o que apago as tuas transgressões por amor de mim, e dos teus pecados não me lembro. Creia na Palavra do Senhor, obedeça-lhe, e será vitorioso.

 

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