terça-feira, 4 de janeiro de 2022

GUERRA ESPIRITUAL (PARTE 05)

CUIDADO COM A FEITIÇARIA!

Satanismo é a adoração de Satanás e o uso da feitiçaria com intenções malignas. Hoje, grande parte das pessoas que pertencem ao movimento satanista declaram-se neopagãos. 

Na cosmovisão dos neopagãos, os cristãos distorcem o desenvolvimento da humanidade ao enfatizar o domínio do intelecto sobre outros aspectos da psiquê humana. Os neopagãos afirmam que os seres humanos devem viver em harmonia com a natureza e não subordinar vontade e emoções a Deus.


Para os neopagãos, a religião é uma atividade prática realizada mediante rituais e cerimônias para alinhar os participantes com a ordem cósmica e assim liberar o poder místico que existe dentro deles.

As raízes do movimento neopagão estão no romantismo do século 19 e no desejo de exaltar as emoções e sentimentos acima do intelecto. O poeta William Blake e o escritor Alphonse Louis Constant [1810-75], também conhecido por Eliphas Levi, são considerados pelos neopagãos como expoentes modernos do movimento. Mas não param aí. Também incluem a fundação da Ordem da Aurora Dourada, em 1888, na Inglaterra, o poeta W. B. Yeats e o mago negro Alistair Crowley. Esta lista foi crescendo e incluiu Margaret Murray, que disse ter descoberto evidências de uma religião de bruxaria na Inglaterra anterior à Reforma protestante, e Gerald Gardiner, dono de um museu da bruxaria na ilha de Man. A maioria dos grupos de feitiçaria ritual acham suas origens nessas fontes e na crença comum de que são herdeiros de tradições religiosas milenares.

E A BÍBLIA, O QUE DIZ DISSO?

Tecnicamente, o feiticeiro seria uma pessoa possuidora de conhecimentos sobrenaturais, sob a forma de bruxaria ou magia. Serve-se de poções, cuja eficácia depende de palavras mágicas, proferidas segundo determinados rituais, já que acredita estar investido de forças sobrenaturais, adquiridas por meio da comunicação com os espíritos dos mortos [Is 8.19]. Já a palavra mago, empregada na Bíblia, é tradução grega [magoi] do hebraico hartom, e refere-se à pessoa que pertence a classe dos escribas sagrados, peritos na escrita e possuidor de vastos conhecimentos [Dn 1.20], inclusive ocultos. No Egito, dois magos chamados Janes e Jambres [2 Tm 3.8] se opuseram a Moisés. Os feiticeiros e magos existiram também na Babilônia, Síria e outros países pagãos.

A Bíblia considera as práticas de idolatria, feitiçaria e magia atividades relacionadas às forças satânicas.

"Entre ti se não achará quem faça passar pelo fogo o seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro, nem encantador de encantamentos, nem quem consulte um espírito adivinhante, nem mágico, nem quem consulte os mortos; pois todo aquele que faz tal coisa é abominação ao Senhor, e por estas abominações o Senhor teu Deus as lança fora de diante dele. Perfeito serás, como o Senhor teu Deus. Porque estas nações, que hás de possuir, ouvem os prognosticadores e os adivinhadores; porém a ti o Senhor teu Deus não permitiu tal coisa". [Deuteronômio 18.10-14]

"Porque a rebelião é como o pecado de feitiçaria, e o porfiar é como iniqüidade e idolatria. Porquanto tu rejeitaste a palavra do Senhor, ele também te rejeitou a ti, para que não sejas rei". [1Samuel 15.23].

E a atividade satânica no Antigo Testamento é apresentada como uma força oposta a Deus e aos Seus seres intermediários pessoais, os malakim [anjos]. No Novo Testamento, juntamente com a expressão grega daimon [demônio], a presença de demônios é descrita como sinônimo de espírito imundo [akatharton - Mc 1.24-27; 5.2-3; 7.26; 9.25; At 5.16; 8.7; Ap 16.13] e também espíritos malignos [ponera - At 19.12-16]. A maioria das referências descrevem a atividade desses espíritos ou demônios, em especial a possessão.

Na Bíblia nunca se faz menção do feiticeiro a não ser em conexão com os demônios familiares, porque pertencem a mesma classe dos que invocam os espíritos dos mortos.

Os cananeus consultavam feiticeiros [Dt 18.9-12], assim como os egípcios [Is 19.3], mas ao hebreu fazer tal coisa era uma desonra, significando pecado de apostasia [Lv 19.31; 20.6; Is 8.19]. O pecado de feitiçaria era punido com a morte, Lv 20.27. Saul e depois dele o rei Josias deram execução a esta lei [1Sm 28.3, 9; 2Rs 23.24. Porém Manassés a violou vergonhosamente [2Rs 21.6].

Simão, o mago, e Barjesus foram dois célebres magos na história apostólica [At 8.9, 11; 13.6,8].

CRISTO É O LIBERTADOR!

Devemos levar em conta que muita coisa que era considerada possessão demoníaca no primeiro século, hoje é entendida corretamente como enfermidade psicológica. Mas, o aumento das atividades ligadas à prática da idolatria, feitiçaria e ocultismo, assim como a aceitação da existência e adoração de Satanás [o adversário], devem fazer com que fiquemos alertas quanto aos perigos do satanismo.

Os evangélicos pregam que a libertação da sujeição aos demônios envolve a confissão de fé do indivíduo em Cristo como Salvador, a confissão e o arrependimento por seu envolvimento com a prática da idolatria, feitiçaria e ocultismo e o recebimento da libertação que se pode achar em Cristo. 

É importante entender que "a ênfase dada à libertação da possessão através do poder operante de Jesus Cristo deve ser coerente com os ensinamentos do Novo Testamento e não refletir, de modo algum, os abusos e superstições associados com a Idade Média". [S. E. McClelland, Demônio e possessão demoníaca, in Walter A Elwell, Enciclopédia Histórico Teológica da Igreja Cristã, SP, EVN, 1993, pp.405-408].

"Tornou pois Jesus a dizer-lhes: Em verdade vos digo que eu sou a porta das ovelhas. Todos quantos vieram antes de mim são ladrões e salteadores; mas as ovelhas não os ouviram. Eu sou a porta; se alguém entrar por mim, salvar-se-á, e entrará, e sairá, e achará pastagens. O ladrão não vem senão a roubar, a matar, e a destruir; eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância. Eu sou o bom Pastor; o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas. Mas o mercenário, e o que não é pastor, de quem não são as ovelhas, vê vir o lobo, e deixa as ovelhas e foge; e o lobo as arrebata e dispersa. Ora o mercenário foge, porque é mercenário, e não tem cuidado das ovelhas. Eu sou o bom Pastor, e conheço as minhas ovelhas, e das minhas sou conhecido. [João 10.7-14].Diabo: O nome que está acima de todos os nomes?

Satanás, diabo, maligno, demônios, anticristo – são esses os nomes mais pronunciados no discurso de alguns púlpitos brasileiros. E dão ibope. O Evangelho genuíno perdera o significado? O medo do diabo apressa a conversão dos pecadores? O maligno é responsável direto e único pela doença, falta de emprego, contendas familiares, falta de fé, preguiça, dificuldade em dizimar, adultério, por tudo?

A fé, pela qual e através da qual a graça alcança os pecadores, aumenta através de “ouvir a Palavra” (Ef 2.8-9; Rm 10.17). Não é por saberem o que o diabo faz ou deixa de fazer. Mas por que mudar o time do diabo, satanás, demônios, maligno, anticristo se estão marcando gol? Portanto, o despautério continuará. Todos os dias, o mesmo refrão.

Reparem no discurso do apóstolo Pedro, o primeiro pronunciado logo após o pentecostes (At 2.14-36). Nenhum nome dessa corte infernal foi mencionado. Apesar disso, quase três mil almas se converteram (v. 41).

Se duvidam, liguem a televisão em qualquer dia e anotem quantas vezes aqueles nomes são citados em programas evangelísticos. Embora já soubesse, fiz uma experiência. Liguei a TV, e nesse exato momento o orador disse: “Isso é um demônio...”. Para não sofrer desconforto espiritual, mudei de canal imediatamente.

Ocorre que o diabo dá audiência, dá entrevista, faz malabarismo nos púlpitos, discursa, faz a festa. Há uns dez anos escrevi um artigo em que citava mais o nome de satanás do que o de Deus. Então um leitor me advertiu. Sem a invocação diabo, muitos púlpitos ficariam sem brilho, insossos, esmaecidos, desfigurados. As ovelhas precisam vir a Cristo por medo do diabo, pensam. Isso tudo tem um nome: INVERSÃO DE VALORES.

“O mundo está em agitação. Jesus está perto de visitar a terra com Sua justiça e glória. Deus está enviando Seu povo para salvar almas, multiplicar igrejas, cuidar dos pobres e transformar a sociedade em que vivemos. Nós veremos manifestações do Espírito Santo que irão converter cidades inteiras em um só dia. A igreja está perto de entrar em seus dias mais poderosos de colheita, enquanto as forças do mal simultaneamente liberam os espíritos do anti-Cristo para impedir a igreja de alcançar o destino de Deus. Estamos em guerra!”. 

Gilson de Oliveira


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