ESPIRITISMO
Um
Pequeno histórico
O
Espiritismo remota aos tempos mais antigos da Humanidade. Dele tomamos
conhecimento através dos escritos da Bíblia, como advertência dos profetas de
Deus para que não nos envolvamos com esta prática, pois ela esta em confronto
com a Palavra de Deus. Os povos que adoravam a deuses estranhos e que não
seguiam aos ensinos dados por Deus, eram usuários deste costume. Foi para que
os adoradores do Verdadeiro Deus não se envolvessem com eles que Moisés falou:
"Quando
entrares na terra que o SENHOR teu Deus te der, não aprenderás a fazer conforme
as abominações daquelas nações."
"Entre
ti não se achará quem faça passar pelo fogo a seu filho ou a sua filha, nem
adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro;"
"Nem
encantador, nem quem consulte a um espírito adivinhador, nem mágico, nem quem
consulte os mortos;"
"Pois
todo aquele que faz tal coisa é abominação ao SENHOR; e por estas abominações o
SENHOR teu Deus os lança fora de diante de ti." (Dt 18:9 a 12)
O
espiritismo é uma das heresias que mais cresce no mundo de hoje e está
enraizada em quase todas as religiões, principalmente naquelas relacionadas com
a Nova Era. O espiritismo é o mais antigo engano religioso que já surgiu.
Porém, em sua versão moderna, começou no século XIX, ou pouco antes. Houve um
avivamento, um recrudescimento ou um ressurgimento, com um fato que aconteceu
com certa família, na América do Norte, em Hydesville (Nova Iorque), em 1848.
Esta
família se chamava Fox. O casal tinha duas filhas, Margarida (Margaret), de 14
anos, e Catarina (Kate), de onze, que foram protagonista de uma fatos que deram
origem ao atual espiritismo.
Em
meados de março de 1848, começaram a ouvir-se golpes nas portas e objetos que
se moviam de um lugar para outro, sem auxílio de mãos, assustando as crianças.
Às vezes, a vibração era tamanha que sacudia as camas. Finalmente, na noite de
21 de março de
Partindo
desse acontecimento, que recebeu ampla cobertura dos meios de comunicação da
época, propagou-se o espiritismo por toda a América do Norte e na Inglaterra.
Na época, outros países da Europa também foram visitados, com sucesso, pelos
espíritas norte-americanos. As irmãs Fox passaram à História como as fundadoras
do Espiritismo moderno.
Na
França, o figura máxima que deu força ao espiritismo é conhecida pelo nome de
Allan Kardec. Chamava-se Hippolyte Léon Denizard Rivail, nascido em Lyon, em 3
de outubro de 1804. Era formado em letras e ciências, doutorando-se
Rivail
tomou conhecimento de um algo extraordinário que acontecia no momento, e que
causava um grande alvoroço na sociedade francesa: o fenômeno das mesas girantes
e falantes, que afirmavam ser, um resultado da intervenção dos espíritos. A
princípio ele não acreditou e rejeitou
esta idéia, por considerá-la absurda. Porém, assistiu a uma reunião na casa da
Sra. Plainemaison, onde presenciou fenômenos que o impressionaram
profundamente, como ele próprio relatou depois.
Daí, foi
um passo para manter contato com os espíritos que o orientaram a escrever e
codificar seus ensinos. Dizia Kardec que havia recebido a missão de pregar uma
nova religião, o que começou a fazer a 30 de abril de 1856. Um ano depois,
publicou "O LIVRO DOS ESPÍRITOS", que contribuiu para propagação
desta "doutrina". Dotado de inteligência e inigualável sagacidade
escreveu outros livros que deram mais força ao espiritismo: O Evangelho Segundo
o Espiritismo, A Gênese, O Céu e o Inferno, e, O Livro dos Médiuns. Foi ele o
introdutor no espiritismo da idéia da reencarnação. Fundou "A Revista
Espírita", periódico mensal editado em vários idiomas. Rivail (Allan
Kardec) morreu em 1869.
Para
aqueles que desejarem conhecer um pouco mais sobre a história do espiritismo,
indicamos a leitura dos livros que citamos no final.
O CONCEITO DE DEUS NO ESPIRITISMO
A
doutrina espírita acerca de Deus é ambígua, ora assumindo aspectos deístas, ora
aspectos panteístas, ora confundindo-se com a doutrina de Deus do Cristianismo
histórico. Os autores espíritas parecem não conseguir estabelecer um consenso
sobre esse assunto de vital importância. Até mesmos nas obras de um único autor
encontram-se contradições flagrantes.
Sobre as
qualidades de Deus, Allan Kardec define: "Deus é eterno, infinito,
imutável, imaterial, único, Todo-Poderoso, soberanamente justo e bom". (O
Livro dos Médiuns, cáp. I, 13)
Mas,
depois, definindo a alma, nega sua imaterialidade, alegando que o imaterial é o
"nada", ao passo que a alma é alguma coisa. Diante disto, será que o espiritismo acredita que Deus é
nada?
A fim de
explicar a existência de Deus, Allan Kardec, se vale de argumentos clássicos do
deísmo, de que "não há efeito sem causa". De acordo com o conceito
deísta, Deus teria criado o universo e depois se retirado dele, deixando-o
entregue à ação das leis físicas que, desde então, governam, como se o universo
fosse um grande relógio.
No
Capitulo II, item 19, de "A Gênese" (Allan Kardec), lemos que são
atributos de Deus: "Deus é, pois a suprema e soberana inteligência; é
único, eterno, imutável, imaterial, todo poderoso, soberanamente justo e bom,
infinito em todas as suas perfeições, e não pode ser outra coisa". Esta
conceituação concorda com o que o Cristianismo histórico reconhece como alguns
atributos divinos. Porém, o fato de uma determinada religião ou seita ter
pontos em comum com o Cristianismo bíblico não é suficiente para lhe qualificar
como cristã.
Embora o
conceito espírita de Deus tenha nuanças deístas e ao mesmo tempo uma certa
semelhança com a doutrina bíblica, é inegável que ela às vezes também possui um
forte sabor panteísta. Senão, vejamos o que León Denis escreveu: "Deus é a
grande alma universal, de que toda alma humana é uma centelha, uma irradiação.
Cada um de nós possui, em esta latente, forças emanadas do divino foco."
(Léon Denis, Cristianismo e Espiritismo, 5a. ed., pág. 246). Conceito
totalmente panteísta!
Em outro
lugar, Denis faz as seguintes assertivas acerca de Deus e sua relação com o
universo (conceitos também panteísta): "Deus é infinito e não pode ser
individualizado, isto é, separado do mundo, nem subsistir à parte... [Deus é o]
Deus imanente, sempre presente no seio das coisas [sendo que] o Universo não é
mais essa criação, essa obra tirada do nada de que falam as religiões. É um
organismo imenso animado de vida eterna... o eu do Universo é Deus." (Léon
Denis, Depois da Morte, pág. 114, 123, 124 e 349).
Entretanto
a Palavra de Deus (a Bíblia), refuta com veemência estes ensinos. Façamos um
rápido confronto doutrinário, em conformidade com a inspiração bíblica:
• Deus é um ser pessoal: "Ele é um ser individual, com
autoconsciência e vontade, capaz de sentir, escolher e ter um relacionamento
recíproco com outros seres pessoais e sociais." (Millard J. Erickson,
Christian Theology, Baker Book House, Grand Rapids, 1986, p. 269). Citaremos a seguir algumas provas bíblicas da
personalidade de Deus:
a) Ele fala: "E
disse Deus: Haja luz; e houve luz." (GN 1:3)
"HAVENDO
Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos
profetas, a nós falou-nos nestes últimos dias pelo Filho,"
"A
quem constituiu herdeiro de tudo, por quem fez também o mundo." (HB 1:1 e
2)
b) Ele tem emoções
(sentimentos):
Misericórdia:
"Misericordioso e piedoso é o SENHOR; longânimo e grande em
benignidade."
"Assim
como um pai se compadece de seus filhos, assim o SENHOR se compadece daqueles
que o temem." (SL 103:8 e 13)
Amor: "Aquele que não ama não
conhece a Deus; porque Deus é amor." (1JO 4:8)
"E
a esperança não traz confusão, porquanto o amor de Deus está derramado em
nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado." (RM 5:5)
c) Ele tem vontade própria:
"Mas o nosso Deus está nos céus; fez tudo o que lhe agradou." (SL
115:3)
• DEUS É TRANSCENDENTE E IMANENTE E TAMBÉM
DISTINTO DE SUA CRIAÇÃO: A
Bíblia mostra claramente que Deus não é um ser distante, que teria criado o
universo e depois se ausentado dele, como pensa o deísmo. "Faz crescer a
erva para o gado, e a verdura para o serviço do homem, para fazer sair da terra
o pão," (SL 104:14)
"Porque
faz que o seu sol se levante sobre maus e bons, e a chuva desça sobre justos e
injustos." (MT 5:45)
Pode-se
ver, assim, que ele está presente na criação, tem interesse nela e cuida dela,
principalmente do homem, criado à sua imagem e semelhança.
Transcendência: "Mas, na verdade, habitaria Deus na
terra? Eis que os céus, e até o céu dos céus, não te poderiam conter, quanto
menos esta casa que eu tenho edificado." (1RS 8:27)
Imanência: "Esconder-se-ia alguém em esconderijos, de modo que eu não o
veja? diz o SENHOR. Porventura não encho eu os céus e a terra? diz o
SENHOR." (JR 23:24)
"ASSIM
diz o SENHOR: O céu é o meu trono, e a terra o escabelo dos meus pés; que casa
me edificaríeis vós? E qual seria o lugar do meu descanso?" (IS 66:1)
CRISTO NO ESPIRITISMO
Para
falarmos na Divindade de Jesus Cristo, temos de falar também no assunto da
Trindade, pois estas teses são básicas do Cristianismo bíblico e histórico e
fazem parte do fundamento doutrinário que o distingue de todas as demais
religiões e também da maioria das seitas pseudo-cristãs. O espiritismo, em
geral, através de suas autoridades
exponenciais, negam tanto a Trindade, quanto a Divindade de Jesus. Isto porque,
em sua tentativa de oferecer ao homem um sistema religioso de auto-salvação,
isto é, em que ele se salva por seus próprios méritos, excluem e negam a
existência do Deus trino. Entretanto, a revelação bíblica aponta para a
impossibilidade de o homem efetuar sua própria salvação, e mostra como o
próprio Deus se encarnou para tornar possível ao homem o acesso ao seu
Criador. No próximo item examinaremos a
doutrina da salvação, do ponto de vista bíblico, em confronto com plano de
salvação do espiritismo.
Grande
parte dos escritores espíritas assumem uma posição frontalmente contrária à
crença da Trindade. Para eles, Deus é um ser monopessoal, existindo em forma de
uma só pessoa, o Pai, e negam que o Filho seja Deus e até rejeitam a existência
do Espírito Santo como ser pessoal. O Jornal Espírita de março de 1953
respondendo à pergunta sobre se há mais de uma pessoa em Deus, declara o
seguinte: "Não; a razão nos diz que Deus é um ser único, indivisível; que
o Pai celeste é um só para todos os filhos do Universo". (Jornal Espírita, Rio de Janeiro, março 1953,
p. 4)
A
Bíblia, a Palavra de Deus, revela-nos um Deus trino, isto é um Deus eternamente
subsistente em três pessoas, iguais entre si em natureza, essência e poder.
Muitos
usam as passagens seguintes para dizer que Deus é um só, ou seja, uma unidade
absoluta:
•
"Ouve, Israel, o SENHOR nosso Deus é o único SENHOR." (DT 6:4) •
"Vós sois as minhas testemunhas, diz o SENHOR, e meu servo, a quem escolhi;
para que o saibais, e me creiais, e entendais que eu sou o mesmo, e que antes
de mim deus nenhum se formou, e depois de mim nenhum haverá." (IS 43:10) •
"Eu sou o SENHOR, e não há outro; fora de mim não há Deus; eu te cingirei,
ainda que tu não me conheças;" (IS 45:5)
"Para
que se saiba desde o nascente do sol, e desde o poente, que fora de mim não há
outro; eu sou o SENHOR, e não há outro." (IS 45:6)
Essas
passagens bíblicas afirmam claramente a unidade de Deus e demonstram que a
natureza divina é indivisível. Poderíamos acrescentar outras passagens para
reforçar esse aspecto da natureza de Deus. Entretanto, devemos levar em
consideração que muitas vezes as Escrituras, principalmente no Antigo
Testamento, apresentam determinadas realidades como sendo constituídas de uma
unidade composta.
Por
exemplo: o casamento. A Bíblia diz que "deixa o homem pai e mãe, e se une
à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne" (Gn 2:24). É evidente que
a unidade constituída por marido e mulher é uma unidade composta e não uma
unidade simples ou absoluta. Da mesma forma, pode-se dizer que há no Antigo
Testamento muitas evidências de que a unidade de Deus é uma unidade composta,
como é indicado por muitas passagens, que revelam uma pluralidade de pessoas na
Divindade. No Novo Testamento, por sua vez, a doutrina da Trindade é
apresentada com clareza. (Para melhor compreensão, ver "A TRINDADE")
O
espiritismo não só nega a Divindade de Jesus, assim como defende a tese de que
seu corpo não era real, de carne e ossos, mas fluídico, dando apenas a
impressão de real.
Léon
Denis, seguindo a mesma linha de pensamento de Kardec, segundo a qual Jesus
teria sido mero homem e elevado à categoria de Deus por seus seguidores. Diz
ele:
•
"Com o quarto Evangelho e Justino Mártir, a crença cristã efetua a
evolução que consiste em substituir a idéia de um homem honrado, tornado
divino, a de um ser divino que se tornou homem. Depois da proclamação da
divindade de Cristo, no século IV, depois da introdução, no sistema
eclesiástico, do dogma da Trindade, no século VII, muitas passagens do Novo
Testamento foram modificadas, a fim de que exprimissem as novas
doutrinas."
Assim se expressa Roustaing quanto à natureza
do corpo de Jesus:
•"A
presença de Jesus entre vós, durante todo aquele lapso de tempo, foi, com
relação a vós outros, uma aparição
espírita, visto que, pelas suas condições fluídicas, completamente fora dos
moldes da vossa organização, seu corpo
era harmônico com a vossa esfera, a fim de lhe ser possível manter-se longo tempo sobre a Terra no desempenho da
missão com que a ela baixara."
Não
queremos aqui negar que Cristo veio em plena humanidade, pois Bíblia afirma
reiterada vezes a plena humanidade do Filho de Deus. O apóstolo João condenou
os ensinos gnósticos de sua época, que entre outros ensinos negavam que Jesus
tivesse vindo em carne, dizendo que o seu corpo humano era mera aparência. Diz
o apóstolo:
•
"AMADOS, não creiais a todo o espírito, mas provai se os espíritos são de
Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo." (1JO
4:1)
"Nisto
conhecereis o Espírito de Deus: Todo o espírito que confessa que Jesus Cristo
veio em carne é de Deus;" (1JO 4:2)
Quanto ao corpo de Jesus, vejamos o que o relato
bíblico nos diz:
•
"Vede as minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo; apalpai-me e vede,
pois um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho." (LC
24:39)
Embora o
corpo ressuscitado de Jesus tivesse propriedades extraordinárias, como a
capacidade de materializar-se e desmaterializar-se:
•
"Abriram-se-lhes então os olhos, e o conheceram, e ele
desapareceu-lhes." (LC 24:31)
"E
falando eles destas coisas, o mesmo Jesus se apresentou no meio deles, e
disse-lhes: Paz seja convosco." (LC 24:36)
Tinha também a propriedade de entrar em
ambientes fechados:
•
"Chegada, pois, a tarde daquele dia, o primeiro da semana, e cerradas as
portas onde os discípulos, com medo dos judeus, se tinham ajuntado, chegou
Jesus, e pôs-se no meio, e disse-lhes: Paz seja convosco." (JO 20:19)
Apesar
das características acima, seu corpo era constituído de carne e ossos:
"Vede as minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo; apalpai-me e vede,
pois um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho." (LC 24:39)
Embora
não seja nossa intenção nos aprofundarmos num estudo sobre a humanidade de
Jesus, acrescento que Cristo experimentou sentimentos e necessidades humanos
não pecaminosos, como:
• Cansaço: "E estava ali a fonte de Jacó. Jesus, pois, cansado do
caminho, assentou-se assim junto da fonte. Era isto quase à hora sexta."
(JO 4:6)
• Sede: "Depois, sabendo Jesus que já todas as coisas estavam
terminadas, para que a Escritura se cumprisse, disse: Tenho sede." (JO
19:28)
• Fome: "E, tendo jejuado
quarenta dias e quarenta noites, depois teve fome;" (MT 4:2)
Quanto a
divindade de Cristo, o testemunho das Escrituras é plenamente reconhecido.
Tanto os espíritas quanto os Testemunhas de Jeová, negam a divindade de Cristo.
Para uma melhor compreensão do assunto, convido-o a ler: A DIVINDADE.
Plano de Salvação do Espiritismo
O
espiritismo ensina que o homem, através de sucessivas reencarnações, pelos seus
próprios esforços e pela prática das boas obras vai aprimorando-se a si mesmo,
sem necessidade do sacrifício vicário de Jesus Cristo. A Bíblia nos diz que a
nossa salvação é obra divina; o espiritismo diz que é esforço humano. A Bíblia
diz que o sofrimento de Cristo visa a nossa expiação; o espiritismo diz que
Jesus foi mero espírito adiantado, que nos serve apenas de exemplo. A Bíblia
diz que o sangue de Cristo nos purifica de todo pecado e que o Espírito Santo
nos ensina toda a verdade; o espiritismo, ignora a Trindade Divina, reduz toda
a expiação à obra dos "espíritos" - os espíritos dos mortos, que nos
orientam e aconselham, e o espírito de Cristo,
que,
tendo alcançado um nível superior, não obstante se encarnou para servir como
exemplo.
Diz-nos
Kardec, sobre a graça: "... se fosse um dom de Deus, não daria merecimento
a quem a possuísse. O espiritismo é mais explícito, porque ensina que quem a
possui a adquiriu pelos próprios esforços em suas sucessivas existências,
emancipando-se pouco a pouco das suas imperfeições." (Allan Kardec, O
Evangelho Segundo o Espiritismo, Introdução, IV, XVII)
Que
contradição com as Escrituras! Deus não nos salva com base em quaisquer méritos
pessoais nossos, mas unicamente por sua graça: "Porque todos pecaram e
destituídos estão da glória de Deus;
"Sendo
justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há
O ensino
espírita segundo o qual "Fora da caridade não há salvação" identifica
a salvação com a prática de boas obras. Entretanto, as boas obras não salvam,
nem ajudam ninguém a salvar-se. Paulo afirma em Efésios:
"Porque
pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de
Deus."
"Não
vem das obras, para que ninguém se glorie;" (EF 2:8 e 9)
Ele
declara que fomos criados em Cristo para as boas obras: "Porque somos
feitura sua, criados
As boas
obras são o resultado da nossa fé em Cristo, pois quando nos tornamos novas
criaturas, mediante a fé nele, abandonamos as práticas más e nos voltamos para
a prática do bem. "Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é;
as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo." (2CO 5:17)
Logo, as boas obras são a manifestação do amor
que a pessoa tem a Deus.
A Bíblia
nos mostra claramente que todo o problema do homem é motivado pelo pecado, pois
"todos pecaram e carecem da glória de Deus" (Rm 3:23). Deus ama os
pecadores, porém o pecado separa o homem de Deus:
"EIS
que a mão do SENHOR não está encolhida, para que não possa salvar; nem agravado
o seu ouvido, para não poder ouvir."
"Mas
as vossas iniquidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos
pecados encobrem o seu rosto de vós, para que não vos ouça." (IS 59:1 e 2)
O homem
nada pode fazer para alcançar justificação diante de Deus. O sofrimento e as
boas obras, como apregoa o espiritismo, jamais serão suficientes para vencer a
distância que o separa de Deus, pois, como expressou o profeta Isaías,
"... todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças como trapo
da imundícia; e todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniquidades como
um vento nos arrebatam." (IS 64:6)
O estado
do homem é profundamente desesperador, porém não irremediável, "Porque
Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo
aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna." (JO 3:16)
Jesus
Cristo veio ao mundo com objetivo específico de "dar a sua vida em resgate
de muitos" (Mc 10:45)
Cristo se ofereceu a si mesmo a Deus pelos
nossos pecados, para que possamos obter a salvação:
•
"Porque também Cristo padeceu uma vez pelos pecados, o justo pelos
injustos, para levar-nos a Deus; mortificado, na verdade, na carne, mas
vivificado pelo Espírito;" (1PE 3:18) • "Levando ele mesmo em seu
corpo os nossos pecados sobre o madeiro, para que, mortos para os pecados,
pudéssemos viver para a justiça; e pelas suas feridas fostes sarados."
(1PE 2:24)
Que
contraste com o que ensina o espiritismo! Vejamos o que escreveu Léon Denis ao
negar o valor do sacrifício de Cristo em nosso lugar:
•
"Não; a missão do Cristo não era resgatar com o seu sangue os crimes da
humanidade. O sangue, mesmo de um Deus, não seria capaz de resgatar ninguém.
Cada qual deve resgatar-se a si mesmo, resgatar-se da ignorância e do mal. Nada
de exterior a nós poderia fazê-lo. É o que os espíritos, aos milhares afirmam
em todos os pontos do mundo".
Percebe-se
aqui uma contundente tentativa de negar o valor da obra expiatória de Cristo na
cruz. Ao dizer que o sangue, "mesmo de um Deus", não poderia resgatar
ninguém, Denis está implicitamente, mais uma vez, negando a divindade de Jesus,
a qual, como vimos, é afirmada pelas Escrituras.
O
conceito espírita de salvação é aquele que a Bíblia chama de "outro
evangelho". Ele é tão contrário ao caminho da salvação de Deus que a
Escritura o colocou sob a maldição divina:
•
"Maravilho-me de que tão depressa passásseis daquele que vos chamou à
graça de Cristo para outro evangelho; "O qual não é outro, mas há alguns
que vos inquietam e querem transtornar o evangelho de Cristo." "Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo
do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja
anátema." (GL 1:6 a 8).
A salvação vem unicamente pela graça (favor
imerecido) de Deus e não por qualquer coisa que a pessoa possa fazer para
ganhar o favor de Deus, ou pela sua retidão pessoal. "Porque pela graça sois salvos, por meio
da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que
ninguém se glorie". (Ef 2:8 e 9).
A Bíblia
no Espiritismo
O
espiritismo nega textualmente a inspiração divina da Bíblia, ensina que o
registro bíblico não deve ser tomado literalmente.
Eis o que Kardec diz a respeito das Escrituras:
• A
Bíblia contém evidentemente narrativas que a razão desenvolvida pela ciência,
não poderia aceitar hoje em dia; igualmente, contém fatos que parecem estranhos
e repugnantes, porque se ligam a costumes que não são adotados... A ciência,
levando suas investigações até a
entranhas da terra, e à profundeza dos céus, tem pois demonstrado de modo
irrecusável os erros da Gênese mosaica tomada à letra, e a impossibilidade
material de que as coisas se hajam passado tal com estão relatadas
textualmente... Incontestavelmente, Deus, que é todo verdade, não pode induzir
os homens ao erro, nem consciente, nem inconscientemente, pois então não seria
Deus. E, pois, se os fatos contradizem as palavras que a ele são atribuídas,
necessário se torna concluir, logicamente, que ele não as pronunciou, ou que
elas foram tomadas em sentido diverso... Acerca desse ponto capital, ela [a
ciência] pôde, pois, completar a Gênese e Moisés, e retificar suas partes
defeituosas." (Allan Kardec, A Gênese, IV, 6, 7, 8 e 11).
Léon
Denis, outra autoridade do espiritismo, assim se expressa sobre o valor da
Bíblia;
•
"... não poderia a Bíblia ser considerada "a palavra de Deus"
nem uma revelação sobrenatural. O que se deve nela ver é uma compilação de
narrativas históricas ou legendárias, de ensinamentos sublimes, de par com
pormenores às vezes triviais". (Léon Denis, Cristianismo e Espiritismo,
FEB, São Paulo, s.d., 7a. ed., pág. 267).
Assim, o
espiritismo, através de suas maiores autoridades, nega a revelação divina
encontrada nas Escrituras, relegando-as ao nível de uma mera compilação de
fatos históricos e lendários. É curioso, entretanto, que querendo dizer-se
cristão, o espiritismo freqüentemente lance mão das Escrituras, citando-as com
profusão quando lhe convém.
Isto
significa que para os espíritas não faz diferença se a Bíblia é ou não a
Palavra de Deus - desde que possam usá-la quando desejam dar à sua crença uma
aparência cristã, ou seja, citando passagens isoladas que parecem dar apoio à
teorias espíritas. Quando, porém, o ensino claro das Escrituras refuta essas
mesmas teorias, dizem então que elas não são a inerrante Palavra de Deus pela
qual devemos testar o que cremos.
Portanto,
o espiritismo não é uma religião cristã, pois nega a inspiração do Livro que é
a base do cristianismo, assim como os seus ensinos. Com o que concorda o
escritor espírita Carlos Imbassy, quando escreveu:
•"O
espiritismo não é um ramo do Cristianismo como as demais seitas cristãs. Não
assenta seus princípios nas Escrituras... a nossa base é o ensino dos
espíritos, daí o nome - Espiritismo." (Carlos Imbassy, À Margem do
Espiritismo, p. 126)
Conclusão
Pelo
exposto, diante das evidências da Palavra de Deus, sigamos os seus ensinos,
pois ela, positiva e enfaticamente, condena o espiritismo e proscreve-o em
todas as suas formas, tanto antigas como modernas.
Não
poderíamos concluir nosso trabalho, sem informar a verdadeira identidade dos
espíritos do espiritismo.
Não
resta dúvida que seres espirituais fazem suas aparições e manifestam seus
poderes nas sessões espíritas. O que desejamos saber é quem são esses seres
desencarnados, que vêm ao nosso mundo por convite especial ou invocação dos
médiuns.
Podem os mortos comunicarem-se com os vivos?
Para
responder a esta e as perguntas que se seguem, apenas as Sagradas Escrituras, a
revelação máxima da vontade de Deus, esclarecem com autoridade essa questão,
dando-nos a verdadeira e plena satisfação de ter encontrado a resposta.
Gostaria
que você lesse no evangelho, no livro de Lucas, a parábola do rico e Lázaro,
que se encontra no capitulo 16, versículos de
Não
encontramos em nenhum lugar das Escrituras um só indicio de que o homem, em seu
estado atual, possa ter qualquer tipo de relação com os espíritos dos mortos.
Pelo contrário, como vimos, o Senhor tem "as chaves da morte e do
inferno" (Apocalipse 1:18) e somente Ele tem poder para fazer sair dali os
espíritos, o que fará nas duas únicas ocasiões, ou seja, na primeira
ressurreição para os santos (1 Ts 4:16) e na ressurreição do juízo para os
perversos (João 5:29). Enquanto aguardamos esse evento, o espíritos dos crentes
que já morreram está com o Senhor, "ausente deste corpo e presente com o
Senhor" (2 Coríntios 5:8); eles partiram para estar com Cristo (Filipenses
1:23), mas os espíritos dos perversos estão "em prisão"
(I Pedro
3:19), motivo pelo qual não têm a liberdade de sair quando são
"chamados".
Se não
resta dúvida que no espiritismo entra-se em contato com poderes sobrenaturais,
com espíritos e forças extra-humanas e extraterrenas, capazes de manifestações
surpreendentes, e se esses espíritos, segundo os ensinos das Escrituras, não
pertencem aos mortos, então quem são eles? Qual é a sua história? Qual a sua
missão? Onde habitam?
Quem são eles?
A Bíblia
nos fala de seres espirituais, invisíveis aos homens, que algumas vezes se
materializam e exercem poderes sobrenaturais. Tais forças espirituais compõem
de duas classes: a de seres bons, chamados de anjos, a quem Deus usa para
proteção e auxílio ao homem, e a de seres maus, que assim se tornaram porque
voluntariamente se afastaram do plano original de Deus e tomaram parte num
movimento de rebelião contra o governo de Deus.
Os anjos
são seres espirituais criados por Deus, conforme está escrito: "Porque
nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e
invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam
potestades. Tudo foi criado por ele e para ele." (CL 1:16)
Mais
ainda, as Escrituras afirmam que os anjos são uma ordem de seres mais elevada
do que os homens:
"Pois
pouco menor o fizeste do que os anjos, e de glória e de honra o coroaste."
(SL 8:5)
Qual a sua missão?
Sabemos
existir duas categoria de anjos: os bons e aqueles que se tornaram maus.
Os bons: tem como missão sempre beneficiar o homem. São chamados na Bíblia
"espíritos ministradores" ou mensageiros." Deus os envia para
socorrer a humanidade em diferentes circunstâncias da vida.
Anjos
tem agido de modo maravilhoso em diferentes ocasiões, algumas vezes assumindo a
forma humana, a fim de proteger a crianças e adultos. As Escrituras contem
muitas histórias de tais ocasiões.
É
bastante conhecida esta passagem que
afirma esta realidade: "O anjo do SENHOR acampa-se ao redor dos que o
temem, e os livra." (SL 34:7)
Falando
dos "pequeninos" Jesus nos
diz sobre os anjos de guarda destes: "Vede, não desprezeis algum destes
pequeninos, porque eu vos digo que os seus anjos nos céus sempre vêem a face de
meu Pai que está nos céus." (MT 18:10)
OS TRÊS CAMPOS DE BATALHA
Francis Frangipane
Cap. 1- O TERRITÓRIO DE
SATANÁS : A REGIÃO DAS TREVAS
Muitos cristãos perguntam se o
diabo está na terra ou no inferno; se ele pode habitar em cristãos ou somente
no mundo? O fato é que o diabo está nas trevas.
Onde há trevas espirituais, ali está o diabo.
PREPARANDO-SE PARA A BATALHA
ESPIRITUAL
Para muitos , o termo "batalha espiritual" introduz uma
nova, mas não bem recebida, dimensão em sua experiência cristã. A idéia de
encarar espíritos maus em batalha é um conceito duvidoso, especialmente por
chegarmos a Jesus como ovelhas perdidas, e não como guerreiros. Afinal, alguns
poderão nunca iniciar uma batalha espiritual, mas todos nós precisamos encarar
o fato que o diabo começou uma batalha contra nós. Portanto, é essencial para o
nosso bem estar básico discernir as áreas de nossa natureza que estão abertas
ao ataque satânico.
Judas nos diz: "E aos
anjos que não conservaram suas posições de autoridade mas abandonaram sua
própria morada, ele os tem guardado em trevas, presos com correntes eternas
para o juízo do grande dia." (v.6).
O diabo e seus anjos caídos foram relegados a viverem nas trevas.
Estas trevas não significam simplesmente "regiões sem luz", ou áreas
privadas da luz visível. As trevas eternas às quais as Escrituras se referem
são, essencialmente, trevas morais
que, em última análise, se degeneram em trevas literais. No entanto, a causa
não é meramente a ausência de luz, mas é a ausência de Deus, que é a luz.
É vital reconhecer que as trevas para onde satanás foi banido não
estão limitadas às áreas fora da humanidade. Ao contrário dos que não conhecem
Jesus, nós fomos libertos do território, ou do "reino" das trevas
(Col.1:13). Não estamos enlaçados nas trevas se nascemos da Luz. Mas, se tolerarmos as trevas pela tolerância com
o pecado, ficamos vulneráveis aos ataques satânicos. Onde há desobediência
voluntária à Palavra de Deus, aí há trevas espirituais e potencial para as
atividades satânicas.
Por isso, Jesus exortou: "Portanto,
cuidado para que a luz que está em seu interior não sejam trevas."
(Lc.11:35). Há uma luz em você. "O
espírito do homem é a lâmpada do
Senhor..." (Prov.20:27). O seu espírito, iluminado pelo Espírito de
Cristo, se torna a "lâmpada do
Senhor" através da qual Ele sonda o seu coração. Há, realmente, uma
irradiância santa que envolve os cristãos verdadeiramente cheios do Espírito.
Mas, quando você agasalha o pecado, a "luz
que está em você" é "trevas".
Satanás tem acesso legal, dado por Deus, para habitar nas regiões de
trevas. Temos que entender este ponto: O
diabo pode trafegar em qualquer área de trevas, mesmo nas que ainda existem no
coração de um cristão.
O PENEIRADOR DE DEUS
Um exemplo de satanás tendo acesso ao lado carnal da natureza humana
é visto quando Pedro negou a Jesus. É óbvio que Pedro falhou. O que não vemos,
no entanto, é o que estava acontecendo no mundo invisível espiritual.
Jesus profetizou que Pedro O negaria três vezes. Qualquer pessoa
que estivesse observando as ações de Pedro naquela noite, poderia simplesmente
concluir que a sua atitude foi uma manifestação de medo. Mas, Pedro não era
medroso por natureza. Este era o discípulo que algumas horas antes havia puxado
a espada contra a multidão que estava prendendo Jesus. Não foi medo humano que
fez Pedro negar o Senhor; ele o fez por indução satânica.
Jesus havia avisado o apóstolo, "Simão, Simão, satanás pediu vocês para peneirá-los como trigo.
Mas eu orei por você, para que a sua fé não desfaleça.. E quando você se
converter, fortaleça os seus irmãos." (Lc.22:31,32). Atrás da cena,
satanás havia pedido e recebido permissão para peneirar Pedro como trigo.
Satanás teve acesso à uma área em trevas no coração de Pedro.
Como satanás fez Pedro cair? Depois de comer a Páscoa, Jesus disse
a Seus discípulos que um deles O trairia. A Escritura, então, continua, "Eles começaram a perguntar entre si
qual deles iria fazer aquilo." (Lc.22:23). Aquele era um tempo muito
sombrio, mas, mesmo durante aqueles terríveis momentos lemos que " Surgiu também uma discussão entre
eles, acerca de qual deles era considerado o maior" (Lc.22:24). Eles
passaram de uma atitude de choque e desânimo para a interrogação de quem seria
o maior entre eles! Evidentemente, Pedro , "o andador sobre as
águas", o mais ousado e falador dos apóstolos, prevaleceu. Podemos
concluir que a altivez de Pedro entre os discípulos o deixou com um ar de
superioridade que, atiçado por satanás, acabou numa atitude de presunção e
jactância. Pedro, sendo levantado pelo orgulho, estava programado para a queda.
A Bíblia nos diz que o "orgulho
preceda a ruína" (Prov.16:18). O orgulho causou a queda de satanás, e
ele estava usando a mesma área em trevas para causar a queda de Pedro. Lúcifer
conhece muito bem, por experiência, o julgamento de Deus contra o orgulho
religioso e a inveja. Satanás não poderia ,indiscriminadamente, atacar e
destruir Pedro. Ele tinha que garantir a permissão do Senhor de Pedro antes de
vir contra o apóstolo. Mas o fato é que o diabo pediu permissão ...e a recebeu.
SUBMETA-SE A DEUS
A armadilha que satanás usou para causar a queda de Pedro foi o
próprio pecado de orgulho do discípulo. Temos
que reconhecer, antes de iniciar uma guerra, que as áreas que escondemos nas
trevas são as mesmas em que seremos derrotados no futuro. Geralmente, as
batalhas que enfrentamos não cessam até descobrirmos e nos arrependermos das
trevas que estão
A boa notícia para Pedro e para nós é que satanás nunca conseguirá
permissão para destruir os santos. Mas, ele está limitado a peneira-los "como trigo". Há trigo dentro
de cada um de nós. O resultado deste tipo de ataque satânico, permitido por
Deus, é para limpar a alma do orgulho e produzir maior humildade e
transparência em nossas vidas. Pode parecer terrível, mas Deus faz estas coisas
cooperarem para o bem. A casca exterior de nossa natureza precisa morrer para
que brote a natureza de trigo do homem da nova criação. Tanto a palha como a
casca foram necessárias para nos proteger das rudezas desta vida. Mas, antes
que Deus possa nos usar, verdadeiramente, de alguma maneira, passaremos por um
tempo de peneiração.
A casca natural de Pedro era a presunção e o orgulho. Seus
sucessos iniciais o fizeram ambicioso e auto-dirigente. Deus nunca poderá
confiar Seu reino a ninguém que não tenha quebrado o orgulho, pois o orgulho é
,em si, a armadura das trevas. Portanto, quando satanás pediu permissão para
atacar Pedro, Jesus, de fato, disse, "Você pode peneirá-lo, mas não
destruí-lo". A batalha contra Pedro foi tremenda, mas havia uma medida e
serviu aos propósitos de Deus.
Pedro estava ignorante das áreas em trevas que havia nele, e a sua
ignorância o deixou aberto ao ataque. Mas o Senhor pergunta a cada um de nós,
"Você conhece as áreas onde você é vulnerável ao ataque satânico?"
Jesus não nos quer ignorantes de nossas necessidades. De fato, quando Ele
revela o pecado em nossos corações, é para poder destruir as obras do mal.
Precisamos entender que a maior defesa
contra o diabo é manter um coração honesto diante de Deus .
Quando o Espírito Santo nos mostra alguma área que precisa de
arrependimento, precisamos vencer o instinto de nos defender. Precisamos
silenciar o pequeno advogado que se levanta de um quartinho escuro em nossas
mentes contestando, "Meu cliente não é tão mau". O seu "advogado
de defesa" defenderá você até o dia de sua morte - e se você o ouvir nunca
verá o que está errado em você, e nem enfrentará o que precisa ser mudado. Para
vencer na batalha, seu instinto de auto-preservação precisa se submeter ao
Senhor Jesus; Jesus somente é o Seu verdadeiro Advogado.
Não podemos nos engajar em luta espiritual sem receber este
conhecimento. Tiago 4:6 diz, "...Deus
Se opõe aos orgulhosos, mas concede graça aos humildes." Deus Se opõe
ao orgulho. Este é um versículo muito importante. Se Deus Se opõe ao orgulho, e
nós somos orgulhosos para nos humilharmos e admitir que estamos errados, então Deus se opõe a nós!
Tiago continua no v.7,
"Portanto, submetam-se a Deus. Resistam ao diabo, e ele fugirá de
vocês." Geralmente, vemos este verso isoladamente, como um monumento à
batalha espiritual. No entanto, é num
contexto de arrependimento, de humilhação e de possuir um coração limpo que
poremos o diabo para correr de nós!
Precisamos ir além da submissão indefinida a Deus; precisamos
submeter a área exata de nossa batalha pessoal a Ele. Quando nos levantarmos contra
o poder do diabo, deve ser com um coração submisso a Jesus.
Há um preceito que se repete neste livro. É vital que você saiba,
entenda e aplique este princípio para sua futura vitória em batalha espiritual.
O princípio é : A vitória começa com o
nome de Jesus em seus lábios; mas não será consumada até que a natureza de
Jesus esteja em seu coração. Esta regra se aplica à toda faceta da luta
espiritual. Na verdade, satanás terá permissão de vir contra a sua área fraca
até que você perceba que a única resposta de Deus é a semelhança de Cristo em
sua vida. Quando você começa a se apropriar, não só do nome de Jesus, mas
também de Sua natureza, o adversário vai se retirar. Satanás não vai continuar o seu ataque, se as circunstâncias que ele
designou para destruí-lo estão agora operando para aperfeiçoar você!
O resultado da experiência de Pedro foi que, após o Pentecostes,
quando Deus o usou para a cura de um coxo, um novo e humilde Pedro falou à
multidão reunida. "...Por que vocês estão olhando para nós, como se
tivéssemos feito este homem andar por nosso próprio poder ou piedade?"
(At.3:12). A vitória de Pedro sobre o pecado e o diabo começou com o nome de
Jesus em seus lábios; e foi consumada pela natureza de Jesus em seu coração. As
trevas em Pedro foram dissipadas pela luz, o orgulho em Pedro foi substituído
por Cristo.
Cap. 2- A FORTALEZA DOS
SALVOS : A HUMILDADE
Satanás teme a virtude; tem horror
da humildade e a odeia. Quando ele vê alguém humilde até se arrepia. Seu cabelo
fica em pé quando os cristãos se ajoelham, pois a humildade é a rendição da
alma a Deus. O diabo treme diante do humilde, porque nas mesmas áreas onde ele
tinha acesso, ali está o Senhor, e satanás se aterroriza diante de Jesus
Cristo.
COM QUEM VOCÊ REALMENTE ESTÁ
LUTANDO?
Vamos nos lembrar que na queda do homem, no Jardim do Éden, o
julgamento de Deus contra o diabo foi que ele ia "comer pó." Do homem, Deus disse, "Tu és pó" (Gn.3:14-19). A essência de nossa natureza
carnal - de tudo que é carnal em natureza - é pó. Precisamos entender esta
ligação: satanás se alimenta de nossa natureza terrena, carnal de
"pó". Ele come daquilo que negamos a Deus.
Por isso, temos que reconhecer que a fonte de muitos dos nossos
problemas e opressões não é demoníaca, mas carnal
É o nosso sentido exagerado de auto-justiça que nos impede de nos
olharmos honestamente. Sabemos Quem está em nós, mas precisamos saber também o que está em nós, se queremos ser
vitoriosos em nossa luta contra o diabo. Portanto, seja específico quando se
submeter a Deus. Não racionalize seus pecados e falhas. O sacrifício de Jesus
Cristo é um abrigo perfeito da graça, capacitando todo homem a olhar
honestamente para suas necessidades. Assim, seja honesto com Deus. Ele não vai
Se chocar com seus pecados. Deus o amou, sem restrições, mesmo quando o pecado
era total em você; muito mais Ele continuará a amá-lo, quando você busca a Sua
graça para se livrar da iniquidade!
Antes de nos lançarmos em luta agressiva, precisamos reconhecer
que muitas de nossas batalhas são meras conseqüências de nossas próprias ações.
Para guerrear com vitória, temos que separar o que é da carne e o que é do
diabo. Deixe-me dar um exemplo. Minha esposa e eu morávamos num lugar onde um
lindo cardeal tinha o seu ninho. Os cardeais são muito territoriais e lutam
intensamente contra cardeais intrusos. Naquele tempo nós tínhamos uma
"van" com grandes espelhos laterais e pára-choques cromados. De vez
em quando, o cardeal atacava os pára-choques ou os espelhos pensando que o seu
reflexo era uma outra ave. Certo dia, quando observava o cardeal atacar o
espelho eu pensei, "Que bobinho, seu inimigo é o seu próprio
reflexo." Imediatamente o Senhor falou ao meu coração, "E assim também são muitos de seus
inimigos - o reflexo de vocês mesmos."
Antes de qualquer estratégia para atacar satanás, precisamos ter
certeza de que nosso real inimigo não é a nossa natureza carnal. Pergunte-se:
as coisas que nos oprimem hoje, não são a colheita do que plantamos ontem?
ENTRE
Lembre-se do que Jesus ensinou, "Entre em acordo depressa com seu adversário que pretende levá-lo
ao tribunal. Faça isso enquanto ainda estiver com ele a caminho, pois, caso
contrário, ele poderá entregá-lo ao juiz, e o juiz ao guarda, e você poderá ser
jogado na prisão. Eu lhe garanto que você não sairá de lá enquanto não pagar o
último centavo" (Mt.5:25,26).
O que Jesus está falando aqui vai além de evitar um processo. Ele
está mostrando que com este adversário e este juiz, em particular, sempre
perderemos a causa e acabaremos na prisão.
Esta parábola explica como Deus vê a justiça humana. Na narrativa,
o adversário é o diabo e o Juiz é Deus. Satanás, como nosso adversário, se
levanta como o acusador dos irmãos diante de Deus, o Juiz de todos. A verdade
que Cristo quer revelar é que quando nos aproximamos de Deus baseados em nossa
própria justiça, o adversário sempre terá base legal para "nos jogar na prisão", pois as nossas justiças são "...como trapo da imundícia"
(Is.64:6).
Quando Jesus diz, "Entre
em acordo depressa com seu adversário," Ele não está dizendo para
"obedecer" o diabo. Ele está dizendo que quando satanás acusa você de
algum pecado ou falha, se ele estiver certo, mesmo que por um minuto, é
vantagem para você concordar com ele sobre a sua injustiça. Se ele o acusa de
ser impuro, ou de não amar, ou de não orar o suficiente e ele está certo, a
chave é não argumentar com o diabo sobre sua própria justiça porque, diante de
Deus, sua justiça é inaceitável. Não importa o quanto você se defenda ou se
justifique, por dentro você sabe que muitas vezes as acusações do diabo contêm
um bocado de verdade.
Nossa salvação não é baseada no que nós fazemos, mas no que Jesus
Se torna por nós. Cristo Mesmo é a nossa justiça. Fomos justificados pela fé;
nossa paz com Deus vem através de nosso Senhor Jesus Cristo (Rom.5:1). Quando
satanás vem contra você, ele tenta enganá-lo ao focalizar a sua atenção em sua
própria justiça. Quanto mais reconhecermos que somente Jesus é a nossa justiça,
menos o adversário poderá nos atacar pelas nossas faltas.
Quando o acusador vier condená-lo por você não ter amor
suficiente, sua resposta deverá ser, "É verdade, eu não tenho amor
suficiente. Mas o Filho de Deus morreu por todos
os meus pecados, inclusive pelo pecado de um amor imperfeito”. Saia da sombra do
ataque satânico e fique no brilho do amor do Pai. Submeta-se a Deus e peça que
o amor e o perdão de Cristo tome o lugar de sua fraqueza e seu amor imperfeito.
Quando satanás tentar condená-lo por impaciência, novamente sua
resposta deverá ser, "Sim, na minha carne sou muito impaciente. Mas porque
nasci de novo, Jesus é minha justiça e através de Seu sangue sou perdoado e
purificado". Vire-se de novo para Deus. Use a acusação como um lembrete
que você não está diante de um trono de julgamento, mas de um trono de graça
que o possibilita a, ousadamente, vir a Deus em busca de ajuda (Hb.4:16).
Portanto, a chave principal para derrotar o diabo é a humildade.
Humilhar-se é recusar-se a defender a própria imagem: você é corrupto e cheio de pecado em sua velha natureza! Porém, temos
uma nova natureza que foi criada à semelhança de Cristo (Ef.4:24); assim,
podemos concordar com nosso adversário acerca da condição de nossa carne!
Mas não limite este princípio de humilhar-se somente quando está
envolvido em luta espiritual. Este preceito é aplicável em outras situações
também. A força da humildade é aquela que constroe uma defesa espiritual ao
redor de nossa alma, proibindo que lutas, competições e muitas irritações da
vida roubem a nossa paz.
Um ótimo lugar para praticarmos isso é em nossos relacionamentos
familiares. Como marido, sua esposa pode criticá-lo por ser insensível. Uma
resposta carnal pode facilmente degenerar a conversa em uma contenda. A
alternativa é simplesmente humilhar-se e concordar com sua esposa.
Provavelmente você era insensível. Então, orem juntos e peçam a Deus por um
amor mais terno.
Como esposa, talvez seu marido a acuse de não entender as pressões
que ele sofre no trabalho. Muito provavelmente ele está certo, você não sabe as
coisas que temos de enfrentar. Em vez de responder com um contra ataque,
humilhe-se e concorde com ele. Orem juntos pedindo a Deus por um coração
cordato. Se permanecermos humildes de coração, receberemos abundantemente de
Deus e satanás será desarmado em muitas frentes.
Lembre-se, satanás teme a virtude, tem horror da humildade, ele a
odeia porque a humildade é a rendição da alma ao Senhor, e o diabo se
aterroriza diante de Jesus Cristo.
Cap. 3- DERRUBANDO FORTALEZAS
O que o homem chama de
"salvação" é simplesmente o primeiro estágio do plano de Deus para
nossas vidas, que é nos conformar, em caráter e poder, à imagem de Jesus
Cristo. Se falharmos em ver nosso relacionamento com Deus assim, permitiremos
que muitas áreas dentro de nós fiquem imutáveis. A destruição de fortalezas é a
demolição e a remoção destas velhas maneiras de pensar para que a Presença de
Jesus Cristo possa Se manifestar através de nós.
O QUE É UMA FORTALEZA?
"Pois, embora vivamos como
homens, não lutamos segundo os padrões humanos. As armas com as quais lutamos
não são humanas; pelo contrário, são poderosas em Deus para destruir
fortalezas..." (II Cor.10:3-5).
Toda libertação vitoriosa deve começar primeiro pela remoção
daquilo que defende o inimigo. Ao falar de guerra espiritual, o apóstolo Paulo
usa a palavra "fortaleza" para definir o forte onde satanás e suas
legiões se escondem e são protegidos. Estas fortalezas existem nos padrões de pensamentos e idéias que
governam indivíduos e igrejas, bem como comunidades e nações. Antes de
reivindicarmos a vitória, estas fortalezas devem ser demolidas e a armadura de
satanás eliminada. Então, as poderosas armas da Palavra e do Espírito podem
efetivamente saquear a casa de satanás.
Mas qual é o significado bíblico de "fortaleza"? No V.T., uma fortaleza era uma habitação
fortificada e usada como um meio de proteção contra o inimigo. Encontramos Davi
escondido de Saul em fortalezas no deserto, em Hores (I Sam.23:14,19). Eram
estruturas físicas, geralmente cavernas no alto de montanhas onde era muito difícil
um ataque. Com esta imagem em mente, os escritores inspirados da Bíblia
adaptaram a palavra "fortaleza"
para definir as realidades espirituais que são poderosa e vigorosamente
protegidas.
Uma fortaleza pode ser, para nós, a fonte de proteção contra o diabo,
como é o caso do Senhor Se tornar nossa fortaleza (Sl.18:2). Por outro lado,
uma fortaleza pode ser uma fonte de defesa para o diabo, onde atividades
demoníacas ou pecaminosas são protegidas dentro de nós por nossos pensamentos
simpatizantes com o mal. As fortalezas que primeiramente vamos expor são
aquelas atitudes erradas que protegem e defendem a vida do velho eu, que
freqüentemente se tornam "habitações fortificadas" de opressão
demoníaca na vida de uma pessoa.
O apóstolo Paulo define uma fortaleza como "...argumentos e toda pretensão que se levanta contra o
conhecimento de Deus." (IICor.10:5). Uma fortaleza demoníaca é
qualquer tipo de pensamento que se exalta acima do conhecimento de Deus, pelo
qual se dá ao diabo um lugar seguro de influência no pensamento de um
indivíduo.
Na maioria dos casos, não estamos falando de "possessão
espiritual”. Este autor não crê que um cristão possa ser possuído, pois, quando
uma pessoa é "possessa" por demônio, ele enche o espírito da pessoa
da mesma forma que o Espírito Santo enche o espírito de um cristão.
No entanto, cristãos podem ser opressos
por demônios que ocupam os sistemas de pensamentos não regenerados,
especialmente se estes pensamentos são defendidos por auto engano ou doutrinas
falsas! O pensamento de que "eu não posso ter demônios porque sou
cristão", não é verdadeiro. Um demônio não pode possuí-lo no sentido
eterno e de possessão, mas você pode ter
um demônio se não se arrepender de seus pensamentos simpatizantes com o
mal. Sua rebelião contra Deus fornece um lugar para o diabo em sua vida.
Muitos cristãos são atormentados por inúmeros tipos de medo, e
embora tenham sido aconselhados e já se tenha orado sobre eles, não houve
resultados. Mais do que oração, eles precisam de libertação. A libertação, porém,
não acontecerá até que o espírito de medo seja confrontado e amarrado, e a
fortaleza do medo demolida.
Muitos crentes foram ensinados que por terem o Espírito Santo, não
podem ser enganados. Isto também não é verdade. Uma das razões do Espírito da
Verdade ter sido enviado foi por causa da facilidade de cairmos no auto engano.
De fato, o próprio pensamento de que um cristão não pode ser enganado, é um
engano! Quando esta mentira, em particular, permeia a mente do crente, suas
idéias e opiniões se cristalizam e este permanece no estado de imaturidade
espiritual em que se encontrava. Todo tipo de espíritos atacarão sua alma,
sabendo que estão protegidos pela armadura dos pensamentos e doutrinas da
própria pessoa!
É dificílimo quebrar o poder do auto engano religioso, pois a
própria natureza da "fé" é não dar lugar à dúvida. Uma vez que a
pessoa é enganada, ela não reconhece que está enganada, porque ela foi
enganada! De tudo que pensamos que sabemos, precisamos saber muito bem que :
podemos estar errados . Se não aceitarmos esta verdade, como seremos corrigidos
de nossos erros?
Qualquer área de nosso coração ou mente que não está rendida a
Jesus Cristo é um área vulnerável ao ataque satânico. E é aqui, unicamente na vida não crucificada do pensamento na
mente do crente, que a demolição de fortalezas é de vital importância. Por
isso, precisamos atingir o que a Escritura chama de "humildade de
mente" antes que a real libertação seja possível. Quando descobrimos
rebelião contra Deus em nós, não devemos nos defender ou nos desculpar. Mas,
precisamos humilhar nossos corações e nos arrepender, exercendo fé em Deus para
nos transformar.
Lembre-se, satanás se alimenta do pecado e onde houver um hábito
de pecado na vida do crente, espere achar atividade demoníaca naquela área. O
hábito de pecar, geralmente se torna o lugar de habitação do espírito que está
roubando o poder e a alegria daquele crente, e aquela habitação (ou hábito) é a
fortaleza.
Você pode não concordar com a idéia de espíritos malignos
freqüentarem e ocuparem atitudes na vida de um crente, mas, certamente, você
vai concordar que todos nós temos uma mente carnal que é uma fonte de
imaginações e pensamentos vãos que se exaltam acima de Deus (II Cor.10:3-5).
Tratamos com o diabo ao tratar com os sistemas carnais de pensamentos, as
fortalezas que protegem o inimigo.
Não há fortalezas, nem atitudes imperfeitas, nem processos de
pensamentos errados na mente de Cristo. Antes de ir para a Sua morte, Ele
declarou, "...o príncipe deste
mundo está vindo. Ele não tem nenhum direito sobre mim" (Jo.14:30).
Satanás não tinha nada
A demolição das fortalezas começa com arrependimento. Quando Jesus
enviou Seus discípulos, "...eles
saíram e pregaram que o povo se arrependesse. Expulsavam muitos demônios...os
curavam." (Mc.6:12,13). Quanto à libertação de espíritos que infestam
a mente, o arrependimento precede a
libertação, e esta geralmente conduz à cura de outras áreas.
Se você já é um cristão, não importando há quanto tempo, você já
teve muitas fortalezas demolidas em sua vida. Elas foram destruídas quando você
se arrependeu e veio a Jesus. A libertação é sempre simples assim... quando a
alma quer. Porém, sem alguma medida de arrependimento, a libertação é quase
sempre impossível, pois, embora o espírito possa ser comandado a sair, se a
estrutura de pensamentos do indivíduo não mudar, sua atitude errada para com o
pecado receberá aquele espírito de volta.
Um aspecto do ministério de Cristo é que "...o pensamento de muitos corações será revelado"
(Lc.2:35). Se você realmente andar com Jesus, muitas áreas dos processos de seu
pensamento serão expostas. Haverá a graça e o poder de Deus para o capacitar a
se arrepender e crer em Deus para receber a Sua virtude em sua vida. Você verá
a queda das fortalezas e a chegada da vitória. Mas, devo avisá-lo que haverá a
pressão de sua carne, bem como a do mundo das trevas, para diminuir ou fazer
ignorado o que Deus está requerendo de você. Você pode ser tentado a render-se
a um pecado simbólico ou à alguma falta menor, enquanto que o problema
principal permanece bem escondido. Entenda que a energia que gastamos para
manter nossos pecados em secreto é o próprio material do qual uma fortaleza é
construída. O demônio com o qual você está lutando, usa os seus pensamentos
para proteger o seu acesso à sua vida.
Vamos orar: Pai Celestial,
há áreas em minha vida (nomeie audivelmente os pecados habituais) que eu não
submeti completamente ao meu Senhor Jesus Cristo. Senhor, perdoa-me pela
transigência. Eu também peço coragem para demolir as fortalezas sem relutância
ou engano voluntário em meu coração. Pelo poder do Espírito Santo e no Nome de
Jesus, eu amarro as influências satânicas que reforçavam a transigência
(acomodação) e o pecado dentro de mim. Submeto-me à luz do Espírito da Verdade
para expor as fortalezas do pecado dentro de mim. Pelas poderosas armas do
Espírito e da Palavra, proclamo que cada fortaleza da minha vida está
derrubada! Me proponho, pela graça de Deus, a ter somente uma fortaleza dentro
de mim: a fortaleza da presença de Cristo!
Obrigado, Senhor, por me perdoar e
me purificar de todos os meus pecados. E pela graça de Deus, eu me comprometo a
completar esta área até que as ruínas desta fortaleza sejam removidas de minha
mente! Obrigado, Pai. Em Nome de Jesus. Amém.
Cap. 4- UMA CASA FEITA DE
PENSAMENTOS
Há fortalezas satânicas sobre
países e comunidades; há fortalezas que influenciam igrejas e indivíduos. Aonde
existe uma fortaleza, ali está um padrão de pensamento induzido por demônios.
Especificamente, é uma "casa
feita de pensamentos" que se tornou um lugar de habitação para atividade
satânica.
UM AVISO ANTES DA LIBERTAÇÃO!
"Quando um espírito imundo sai
de um homem, passa por lugares áridos procurando descanso e não encontra, diz :
'Voltarei para a casa de onde saí' ." (Mat.12:43,44).
Embora a natureza de um espírito imundo seja espiritual e não
física, ele busca um lugar de habitação, uma "casa" onde ele possa "descansar". Jesus revelou que há uma dimensão na
natureza humana que pode hospedar um espírito maligno e prover um tipo de
descanso. Se é assim, temos que expor a natureza do homem e revelar o aspecto
que, em nós, pode se tornar a "construção material" para um espírito
se alojar.
Primeiramente, temos que entender que um demônio não pode habitar
no espírito de um cristão verdadeiro.
Pela regeneração, o espírito humano se torna a morada do Espírito Santo.
Justamente, porque o Espírito Santo está em nós, é que discernimos as invasões
do inimigo.
O aspecto da natureza humana que mais se assemelha, em substância
e disposição, à natureza do mal é a vida do pensamento carnal, que é uma
dimensão da alma, ou da personalidade do homem. É no pensamento não crucificado
e nas atitudes não santificadas que os espíritos imundos, se mascarando como nossos pensamentos e se escondendo em nossas atitudes, têm acesso às nossas
vidas.
Jesus prosseguiu, "...(
o espírito imundo) chegando, encontra a casa desocupada, varrida e
Para ser vitorioso em batalha espiritual, sua guerra tem que ser
combatida de acordo com as Escrituras. Se você ignorar a necessidade de levar
Cristo à alma libertada, há o perigo do último estado "daquele homem" pode se tornar "pior do que o primeiro" (Mat.12:45; II Pe.2:20). Cristo precisa entrar e ter permissão de
construir a Sua casa de justiça em todas as áreas onde antes satanás habitava.
Exceto em casos de males físicos, a libertação não deveria ser ministrada a
ninguém que não quisesse submeter sua vida de pensamentos a Jesus Cristo!
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