terça-feira, 4 de janeiro de 2022

ESPIRITISMO - UM PEQUENO HISTÓRICO

 

ESPIRITISMO

Um Pequeno histórico

 

O Espiritismo remota aos tempos mais antigos da Humanidade. Dele tomamos conhecimento através dos escritos da Bíblia, como advertência dos profetas de Deus para que não nos envolvamos com esta prática, pois ela esta em confronto com a Palavra de Deus. Os povos que adoravam a deuses estranhos e que não seguiam aos ensinos dados por Deus, eram usuários deste costume. Foi para que os adoradores do Verdadeiro Deus não se envolvessem com eles  que Moisés falou:

 

"Quando entrares na terra que o SENHOR teu Deus te der, não aprenderás a fazer conforme as abominações daquelas nações."

 

"Entre ti não se achará quem faça passar pelo fogo a seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro;"

"Nem encantador, nem quem consulte a um espírito adivinhador, nem mágico, nem quem consulte os mortos;"

"Pois todo aquele que faz tal coisa é abominação ao SENHOR; e por estas abominações o SENHOR teu Deus os lança fora de diante de ti." (Dt 18:9 a 12)

 

O espiritismo é uma das heresias que mais cresce no mundo de hoje e está enraizada em quase todas as religiões, principalmente naquelas relacionadas com a Nova Era. O espiritismo é o mais antigo engano religioso que já surgiu. Porém, em sua versão moderna, começou no século XIX, ou pouco antes. Houve um avivamento, um recrudescimento ou um ressurgimento, com um fato que aconteceu com certa família, na América do Norte, em Hydesville (Nova Iorque), em 1848.

 

Esta família se chamava Fox. O casal tinha duas filhas, Margarida (Margaret), de 14 anos, e Catarina (Kate), de onze, que foram protagonista de uma fatos que deram origem ao atual espiritismo.

 

Em meados de março de 1848, começaram a ouvir-se golpes nas portas e objetos que se moviam de um lugar para outro, sem auxílio de mãos, assustando as crianças. Às vezes, a vibração era tamanha que sacudia as camas. Finalmente, na noite de 21 de março de 1848, a jovem Kate desafiou o poder invisível e repetiu o barulho como um estalar de dedos. O desafio foi aceito e cada estalar de dedos era repetido, o que surpreendeu toda a família. Dessa forma se estabeleceu contato com o mundo invisível, e a notícia alastrou-se por outras partes, admitindo-se que tais espíritos eram dos mortos.

 

Partindo desse acontecimento, que recebeu ampla cobertura dos meios de comunicação da época, propagou-se o espiritismo por toda a América do Norte e na Inglaterra. Na época, outros países da Europa também foram visitados, com sucesso, pelos espíritas norte-americanos. As irmãs Fox passaram à História como as fundadoras do Espiritismo moderno.

 

Na França, o figura máxima que deu força ao espiritismo é conhecida pelo nome de Allan Kardec. Chamava-se Hippolyte Léon Denizard Rivail, nascido em Lyon, em 3 de outubro de 1804. Era formado em letras e ciências, doutorando-se em medicina. Estudou com Pestalozzi, de quem se tornou fiel discípulo e cujo sistema educacional ajudou a propagar.

 

Rivail tomou conhecimento de um algo extraordinário que acontecia no momento, e que causava um grande alvoroço na sociedade francesa: o fenômeno das mesas girantes e falantes, que afirmavam ser, um resultado da intervenção dos espíritos. A princípio ele não acreditou  e rejeitou esta idéia, por considerá-la absurda. Porém, assistiu a uma reunião na casa da Sra. Plainemaison, onde presenciou fenômenos que o impressionaram profundamente, como ele próprio relatou depois.

 

Daí, foi um passo para manter contato com os espíritos que o orientaram a escrever e codificar seus ensinos. Dizia Kardec que havia recebido a missão de pregar uma nova religião, o que começou a fazer a 30 de abril de 1856. Um ano depois, publicou "O LIVRO DOS ESPÍRITOS", que contribuiu para propagação desta "doutrina". Dotado de inteligência e inigualável sagacidade escreveu outros livros que deram mais força ao espiritismo: O Evangelho Segundo o Espiritismo, A Gênese, O Céu e o Inferno, e, O Livro dos Médiuns. Foi ele o introdutor no espiritismo da idéia da reencarnação. Fundou "A Revista Espírita", periódico mensal editado em vários idiomas. Rivail (Allan Kardec) morreu em 1869.

Para aqueles que desejarem conhecer um pouco mais sobre a história do espiritismo, indicamos a leitura dos livros que citamos no final.

O CONCEITO DE DEUS NO ESPIRITISMO

A doutrina espírita acerca de Deus é ambígua, ora assumindo aspectos deístas, ora aspectos panteístas, ora confundindo-se com a doutrina de Deus do Cristianismo histórico. Os autores espíritas parecem não conseguir estabelecer um consenso sobre esse assunto de vital importância. Até mesmos nas obras de um único autor encontram-se contradições flagrantes.

 

Sobre as qualidades de Deus, Allan Kardec define: "Deus é eterno, infinito, imutável, imaterial, único, Todo-Poderoso, soberanamente justo e bom". (O Livro dos Médiuns,  cáp. I, 13)

 

Mas, depois, definindo a alma, nega sua imaterialidade, alegando que o imaterial é o "nada", ao passo que a alma é alguma coisa. Diante disto,  será que o espiritismo acredita que Deus é nada?

 

A fim de explicar a existência de Deus, Allan Kardec, se vale de argumentos clássicos do deísmo, de que "não há efeito sem causa". De acordo com o conceito deísta, Deus teria criado o universo e depois se retirado dele, deixando-o entregue à ação das leis físicas que, desde então, governam, como se o universo fosse um grande relógio.

 

No Capitulo II, item 19, de "A Gênese" (Allan Kardec), lemos que são atributos de Deus: "Deus é, pois a suprema e soberana inteligência; é único, eterno, imutável, imaterial, todo poderoso, soberanamente justo e bom, infinito em todas as suas perfeições, e não pode ser outra coisa". Esta conceituação concorda com o que o Cristianismo histórico reconhece como alguns atributos divinos. Porém, o fato de uma determinada religião ou seita ter pontos em comum com o Cristianismo bíblico não é suficiente para lhe qualificar como cristã.

 

Embora o conceito espírita de Deus tenha nuanças deístas e ao mesmo tempo uma certa semelhança com a doutrina bíblica, é inegável que ela às vezes também possui um forte sabor panteísta. Senão, vejamos o que León Denis escreveu: "Deus é a grande alma universal, de que toda alma humana é uma centelha, uma irradiação. Cada um de nós possui, em esta latente, forças emanadas do divino foco." (Léon Denis, Cristianismo e Espiritismo, 5a. ed., pág. 246). Conceito totalmente panteísta!

 

Em outro lugar, Denis faz as seguintes assertivas acerca de Deus e sua relação com o universo (conceitos também panteísta): "Deus é infinito e não pode ser individualizado, isto é, separado do mundo, nem subsistir à parte... [Deus é o] Deus imanente, sempre presente no seio das coisas [sendo que] o Universo não é mais essa criação, essa obra tirada do nada de que falam as religiões. É um organismo imenso animado de vida eterna... o eu do Universo é Deus." (Léon Denis, Depois da Morte, pág. 114, 123, 124 e 349).

 

Entretanto a Palavra de Deus (a Bíblia), refuta com veemência estes ensinos. Façamos um rápido confronto doutrinário, em conformidade com a inspiração bíblica:

 

• Deus é um ser pessoal: "Ele é um ser individual, com autoconsciência e vontade, capaz de sentir, escolher e ter um relacionamento recíproco com outros seres pessoais e sociais." (Millard J. Erickson, Christian Theology, Baker Book House, Grand Rapids, 1986, p. 269). Citaremos a seguir algumas provas bíblicas da personalidade de Deus:

            a) Ele fala: "E disse Deus: Haja luz; e houve luz." (GN 1:3)

"HAVENDO Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos nestes últimos dias pelo Filho,"

"A quem constituiu herdeiro de tudo, por quem fez também o mundo." (HB 1:1 e 2)

 

            b) Ele tem emoções (sentimentos):

                Misericórdia: "Misericordioso e piedoso é o SENHOR; longânimo e grande em benignidade."

"Assim como um pai se compadece de seus filhos, assim o SENHOR se compadece daqueles que o temem." (SL 103:8 e 13)

 

                Amor: "Aquele que não ama não conhece a Deus; porque Deus é amor." (1JO 4:8)

"E a esperança não traz confusão, porquanto o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado." (RM 5:5)

 

            c) Ele tem vontade própria: "Mas o nosso Deus está nos céus; fez tudo o que lhe agradou." (SL 115:3)

 

• DEUS É TRANSCENDENTE E IMANENTE E TAMBÉM DISTINTO DE SUA CRIAÇÃO: A Bíblia mostra claramente que Deus não é um ser distante, que teria criado o universo e depois se ausentado dele, como pensa o deísmo. "Faz crescer a erva para o gado, e a verdura para o serviço do homem, para fazer sair da terra o pão," (SL 104:14)

"Porque faz que o seu sol se levante sobre maus e bons, e a chuva desça sobre justos e injustos." (MT 5:45)

Pode-se ver, assim, que ele está presente na criação, tem interesse nela e cuida dela, principalmente do homem, criado à sua imagem e semelhança.

 

Transcendência: "Mas, na verdade, habitaria Deus na terra? Eis que os céus, e até o céu dos céus, não te poderiam conter, quanto menos esta casa que eu tenho edificado." (1RS 8:27)

 

Imanência: "Esconder-se-ia alguém em esconderijos, de modo que eu não o veja? diz o SENHOR. Porventura não encho eu os céus e a terra? diz o SENHOR." (JR 23:24)

"ASSIM diz o SENHOR: O céu é o meu trono, e a terra o escabelo dos meus pés; que casa me edificaríeis vós? E qual seria o lugar do meu descanso?" (IS 66:1)

 

CRISTO NO ESPIRITISMO

Para falarmos na Divindade de Jesus Cristo, temos de falar também no assunto da Trindade, pois estas teses são básicas do Cristianismo bíblico e histórico e fazem parte do fundamento doutrinário que o distingue de todas as demais religiões e também da maioria das seitas pseudo-cristãs. O espiritismo, em geral,  através de suas autoridades exponenciais, negam tanto a Trindade, quanto a Divindade de Jesus. Isto porque, em sua tentativa de oferecer ao homem um sistema religioso de auto-salvação, isto é, em que ele se salva por seus próprios méritos, excluem e negam a existência do Deus trino. Entretanto, a revelação bíblica aponta para a impossibilidade de o homem efetuar sua própria salvação, e mostra como o próprio Deus se encarnou para tornar possível ao homem o acesso ao seu Criador.  No próximo item examinaremos a doutrina da salvação, do ponto de vista bíblico, em confronto com plano de salvação do espiritismo.

Grande parte dos escritores espíritas assumem uma posição frontalmente contrária à crença da Trindade. Para eles, Deus é um ser monopessoal, existindo em forma de uma só pessoa, o Pai, e negam que o Filho seja Deus e até rejeitam a existência do Espírito Santo como ser pessoal. O Jornal Espírita de março de 1953 respondendo à pergunta sobre se há mais de uma pessoa em Deus, declara o seguinte: "Não; a razão nos diz que Deus é um ser único, indivisível; que o Pai celeste é um só para todos os filhos do Universo".  (Jornal Espírita, Rio de Janeiro, março 1953, p. 4)

 

A Bíblia, a Palavra de Deus, revela-nos um Deus trino, isto é um Deus eternamente subsistente em três pessoas, iguais entre si em natureza, essência e poder.

Muitos usam as passagens seguintes para dizer que Deus é um só, ou seja, uma unidade absoluta:

 

• "Ouve, Israel, o SENHOR nosso Deus é o único SENHOR." (DT 6:4) • "Vós sois as minhas testemunhas, diz o SENHOR, e meu servo, a quem escolhi; para que o saibais, e me creiais, e entendais que eu sou o mesmo, e que antes de mim deus nenhum se formou, e depois de mim nenhum haverá." (IS 43:10) • "Eu sou o SENHOR, e não há outro; fora de mim não há Deus; eu te cingirei, ainda que tu não me conheças;" (IS 45:5)

"Para que se saiba desde o nascente do sol, e desde o poente, que fora de mim não há outro; eu sou o SENHOR, e não há outro." (IS 45:6)

 

Essas passagens bíblicas afirmam claramente a unidade de Deus e demonstram que a natureza divina é indivisível. Poderíamos acrescentar outras passagens para reforçar esse aspecto da natureza de Deus. Entretanto, devemos levar em consideração que muitas vezes as Escrituras, principalmente no Antigo Testamento, apresentam determinadas realidades como sendo constituídas de uma unidade composta.

 

Por exemplo: o casamento. A Bíblia diz que "deixa o homem pai e mãe, e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne" (Gn 2:24). É evidente que a unidade constituída por marido e mulher é uma unidade composta e não uma unidade simples ou absoluta. Da mesma forma, pode-se dizer que há no Antigo Testamento muitas evidências de que a unidade de Deus é uma unidade composta, como é indicado por muitas passagens, que revelam uma pluralidade de pessoas na Divindade. No Novo Testamento, por sua vez, a doutrina da Trindade é apresentada com clareza. (Para melhor compreensão, ver "A TRINDADE")

 

O espiritismo não só nega a Divindade de Jesus, assim como defende a tese de que seu corpo não era real, de carne e ossos, mas fluídico, dando apenas a impressão de real.

 

Léon Denis, seguindo a mesma linha de pensamento de Kardec, segundo a qual Jesus teria sido mero homem e elevado à categoria de Deus por seus seguidores. Diz ele:

 

• "Com o quarto Evangelho e Justino Mártir, a crença cristã efetua a evolução que consiste em substituir a idéia de um homem honrado, tornado divino, a de um ser divino que se tornou homem. Depois da proclamação da divindade de Cristo, no século IV, depois da introdução, no sistema eclesiástico, do dogma da Trindade, no século VII, muitas passagens do Novo Testamento foram modificadas, a fim de que exprimissem as novas doutrinas."

 

 

Assim se expressa Roustaing quanto à natureza do corpo de Jesus:

•"A presença de Jesus entre vós, durante todo aquele lapso de tempo, foi, com relação a vós outros,   uma aparição espírita, visto que, pelas suas condições fluídicas, completamente fora dos moldes da   vossa organização, seu corpo era harmônico com a vossa esfera, a fim de lhe ser possível manter-se   longo tempo sobre a Terra no desempenho da missão com que a ela baixara."

 

Não queremos aqui negar que Cristo veio em plena humanidade, pois Bíblia afirma reiterada vezes a plena humanidade do Filho de Deus. O apóstolo João condenou os ensinos gnósticos de sua época, que entre outros ensinos negavam que Jesus tivesse vindo em carne, dizendo que o seu corpo humano era mera aparência. Diz o apóstolo:

 

• "AMADOS, não creiais a todo o espírito, mas provai se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo." (1JO 4:1)

"Nisto conhecereis o Espírito de Deus: Todo o espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus;" (1JO 4:2)

 

Quanto ao corpo de Jesus, vejamos o que o relato bíblico nos diz:

• "Vede as minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo; apalpai-me e vede, pois um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho." (LC 24:39)

Embora o corpo ressuscitado de Jesus tivesse propriedades extraordinárias, como a capacidade de materializar-se e desmaterializar-se:

• "Abriram-se-lhes então os olhos, e o conheceram, e ele desapareceu-lhes." (LC 24:31)

"E falando eles destas coisas, o mesmo Jesus se apresentou no meio deles, e disse-lhes: Paz seja convosco." (LC 24:36)

 

Tinha também a propriedade de entrar em ambientes fechados:

• "Chegada, pois, a tarde daquele dia, o primeiro da semana, e cerradas as portas onde os discípulos, com medo dos judeus, se tinham ajuntado, chegou Jesus, e pôs-se no meio, e disse-lhes: Paz seja convosco." (JO 20:19)

Apesar das características acima, seu corpo era constituído de carne e ossos: "Vede as minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo; apalpai-me e vede, pois um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho." (LC 24:39)

 

Embora não seja nossa intenção nos aprofundarmos num estudo sobre a humanidade de Jesus, acrescento que Cristo experimentou sentimentos e necessidades humanos não pecaminosos, como:

• Cansaço: "E estava ali a fonte de Jacó. Jesus, pois, cansado do caminho, assentou-se assim junto da fonte. Era isto quase à hora sexta." (JO 4:6)

• Sede: "Depois, sabendo Jesus que já todas as coisas estavam terminadas, para que a Escritura se cumprisse, disse: Tenho sede." (JO 19:28)           

• Fome:  "E, tendo jejuado quarenta dias e quarenta noites, depois teve fome;" (MT 4:2)

 

Quanto a divindade de Cristo, o testemunho das Escrituras é plenamente reconhecido. Tanto os espíritas quanto os Testemunhas de Jeová, negam a divindade de Cristo. Para uma melhor compreensão do assunto, convido-o a ler: A DIVINDADE.

 

Plano de Salvação do Espiritismo

O espiritismo ensina que o homem, através de sucessivas reencarnações, pelos seus próprios esforços e pela prática das boas obras vai aprimorando-se a si mesmo, sem necessidade do sacrifício vicário de Jesus Cristo. A Bíblia nos diz que a nossa salvação é obra divina; o espiritismo diz que é esforço humano. A Bíblia diz que o sofrimento de Cristo visa a nossa expiação; o espiritismo diz que Jesus foi mero espírito adiantado, que nos serve apenas de exemplo. A Bíblia diz que o sangue de Cristo nos purifica de todo pecado e que o Espírito Santo nos ensina toda a verdade; o espiritismo, ignora a Trindade Divina, reduz toda a expiação à obra dos "espíritos" - os espíritos dos mortos, que nos orientam e aconselham, e o espírito de Cristo,

que, tendo alcançado um nível superior, não obstante se encarnou para servir como exemplo.

 

Diz-nos Kardec, sobre a graça: "... se fosse um dom de Deus, não daria merecimento a quem a possuísse. O espiritismo é mais explícito, porque ensina que quem a possui a adquiriu pelos próprios esforços em suas sucessivas existências, emancipando-se pouco a pouco das suas imperfeições." (Allan Kardec, O Evangelho Segundo o Espiritismo, Introdução, IV, XVII)

 

Que contradição com as Escrituras! Deus não nos salva com base em quaisquer méritos pessoais nossos, mas unicamente por sua graça: "Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus;

"Sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus." (RM 3:23 e 24)

 

O ensino espírita segundo o qual "Fora da caridade não há salvação" identifica a salvação com a prática de boas obras. Entretanto, as boas obras não salvam, nem ajudam ninguém a salvar-se. Paulo afirma em Efésios:

 

"Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus."

"Não vem das obras, para que ninguém se glorie;" (EF 2:8 e 9)

 

Ele declara que fomos criados em Cristo para as boas obras: "Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas." (EF 2:10). Portanto, não somos salvos pelas obras, mas para as boas obras.

 

As boas obras são o resultado da nossa fé em Cristo, pois quando nos tornamos novas criaturas, mediante a fé nele, abandonamos as práticas más e nos voltamos para a prática do bem. "Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo." (2CO 5:17)

 

Logo, as boas obras são a manifestação do amor que a pessoa tem a Deus.

A Bíblia nos mostra claramente que todo o problema do homem é motivado pelo pecado, pois "todos pecaram e carecem da glória de Deus" (Rm 3:23). Deus ama os pecadores, porém o pecado separa o homem de Deus:

"EIS que a mão do SENHOR não está encolhida, para que não possa salvar; nem agravado o seu ouvido, para não poder ouvir."

"Mas as vossas iniquidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que não vos ouça." (IS 59:1 e 2)

 

O homem nada pode fazer para alcançar justificação diante de Deus. O sofrimento e as boas obras, como apregoa o espiritismo, jamais serão suficientes para vencer a distância que o separa de Deus, pois, como expressou o profeta Isaías, "... todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças como trapo da imundícia; e todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniquidades como um vento nos arrebatam." (IS 64:6)

 

O estado do homem é profundamente desesperador, porém não irremediável, "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna." (JO 3:16)

Jesus Cristo veio ao mundo com objetivo específico de "dar a sua vida em resgate de muitos" (Mc 10:45)

 

Cristo se ofereceu a si mesmo a Deus pelos nossos pecados, para que possamos obter a salvação:

• "Porque também Cristo padeceu uma vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus; mortificado, na verdade, na carne, mas vivificado pelo Espírito;" (1PE 3:18) • "Levando ele mesmo em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro, para que, mortos para os pecados, pudéssemos viver para a justiça; e pelas suas feridas fostes sarados." (1PE 2:24)

 

Que contraste com o que ensina o espiritismo! Vejamos o que escreveu Léon Denis ao negar o valor do sacrifício de Cristo em nosso lugar:

 

• "Não; a missão do Cristo não era resgatar com o seu sangue os crimes da humanidade. O sangue, mesmo de um Deus, não seria capaz de resgatar ninguém. Cada qual deve resgatar-se a si mesmo, resgatar-se da ignorância e do mal. Nada de exterior a nós poderia fazê-lo. É o que os espíritos, aos milhares afirmam em todos os pontos do mundo".

 

Percebe-se aqui uma contundente tentativa de negar o valor da obra expiatória de Cristo na cruz. Ao dizer que o sangue, "mesmo de um Deus", não poderia resgatar ninguém, Denis está implicitamente, mais uma vez, negando a divindade de Jesus, a qual, como vimos, é afirmada pelas Escrituras.

 

O conceito espírita de salvação é aquele que a Bíblia chama de "outro evangelho". Ele é tão contrário ao caminho da salvação de Deus que a Escritura o colocou sob a maldição divina:

 

• "Maravilho-me de que tão depressa passásseis daquele que vos chamou à graça de Cristo para outro evangelho; "O qual não é outro, mas há alguns que vos inquietam e querem transtornar o evangelho de Cristo."     "Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema." (GL 1:6 a 8).

 

A salvação vem unicamente pela graça (favor imerecido) de Deus e não por qualquer coisa que a pessoa possa fazer para ganhar o favor de Deus, ou pela sua retidão pessoal. "Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie". (Ef 2:8 e 9).

 

A Bíblia  no Espiritismo

O espiritismo nega textualmente a inspiração divina da Bíblia, ensina que o registro bíblico não deve ser tomado literalmente.

 

Eis o que Kardec diz a respeito das Escrituras:

• A Bíblia contém evidentemente narrativas que a razão desenvolvida pela ciência, não poderia aceitar hoje em dia; igualmente, contém fatos que parecem estranhos e repugnantes, porque se ligam a costumes que não são adotados... A ciência, levando suas  investigações até a entranhas da terra, e à profundeza dos céus, tem pois demonstrado de modo irrecusável os erros da Gênese mosaica tomada à letra, e a impossibilidade material de que as coisas se hajam passado tal com estão relatadas textualmente... Incontestavelmente, Deus, que é todo verdade, não pode induzir os homens ao erro, nem consciente, nem inconscientemente, pois então não seria Deus. E, pois, se os fatos contradizem as palavras que a ele são atribuídas, necessário se torna concluir, logicamente, que ele não as pronunciou, ou que elas foram tomadas em sentido diverso... Acerca desse ponto capital, ela [a ciência] pôde, pois, completar a Gênese e Moisés, e retificar suas partes defeituosas." (Allan Kardec, A Gênese, IV, 6, 7, 8 e 11).

Léon Denis, outra autoridade do espiritismo, assim se expressa sobre o valor da Bíblia;

• "... não poderia a Bíblia ser considerada "a palavra de Deus" nem uma revelação sobrenatural. O que se deve nela ver é uma compilação de narrativas históricas ou legendárias, de ensinamentos sublimes, de par com pormenores às vezes triviais". (Léon Denis, Cristianismo e Espiritismo, FEB, São Paulo, s.d., 7a. ed., pág. 267).

 

Assim, o espiritismo, através de suas maiores autoridades, nega a revelação divina encontrada nas Escrituras, relegando-as ao nível de uma mera compilação de fatos históricos e lendários. É curioso, entretanto, que querendo dizer-se cristão, o espiritismo freqüentemente lance mão das Escrituras, citando-as com profusão quando lhe convém.

 

Isto significa que para os espíritas não faz diferença se a Bíblia é ou não a Palavra de Deus - desde que possam usá-la quando desejam dar à sua crença uma aparência cristã, ou seja, citando passagens isoladas que parecem dar apoio à teorias espíritas. Quando, porém, o ensino claro das Escrituras refuta essas mesmas teorias, dizem então que elas não são a inerrante Palavra de Deus pela qual devemos testar o que cremos.

 

Portanto, o espiritismo não é uma religião cristã, pois nega a inspiração do Livro que é a base do cristianismo, assim como os seus ensinos. Com o que concorda o escritor espírita Carlos Imbassy, quando escreveu:

 

•"O espiritismo não é um ramo do Cristianismo como as demais seitas cristãs. Não assenta seus princípios nas Escrituras... a nossa base é o ensino dos espíritos, daí o nome - Espiritismo." (Carlos Imbassy, À Margem do Espiritismo, p. 126)

 

Conclusão

 

Pelo exposto, diante das evidências da Palavra de Deus, sigamos os seus ensinos, pois ela, positiva e enfaticamente, condena o espiritismo e proscreve-o em todas as suas formas, tanto antigas como modernas.

 

Não poderíamos concluir nosso trabalho, sem informar a verdadeira identidade dos espíritos do espiritismo.

 

Não resta dúvida que seres espirituais fazem suas aparições e manifestam seus poderes nas sessões espíritas. O que desejamos saber é quem são esses seres desencarnados, que vêm ao nosso mundo por convite especial ou invocação dos médiuns.

Podem os mortos comunicarem-se com os vivos?

Para responder a esta e as perguntas que se seguem, apenas as Sagradas Escrituras, a revelação máxima da vontade de Deus, esclarecem com autoridade essa questão, dando-nos a verdadeira e plena satisfação de ter encontrado a resposta.

Gostaria que você lesse no evangelho, no livro de Lucas, a parábola do rico e Lázaro, que se encontra no capitulo 16, versículos de 19 a 31. Nesta passagem vemos claramente que os mortos não podem e não tem permissão para se comunicarem com os vivos. Demos ênfase ao versículo 26: "E, além disso, está posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que quisessem passar daqui para vós não poderiam, nem tampouco os de lá passar para cá." (LC 16:26)

 

Não encontramos em nenhum lugar das Escrituras um só indicio de que o homem, em seu estado atual, possa ter qualquer tipo de relação com os espíritos dos mortos. Pelo contrário, como vimos, o Senhor tem "as chaves da morte e do inferno" (Apocalipse 1:18) e somente Ele tem poder para fazer sair dali os espíritos, o que fará nas duas únicas ocasiões, ou seja, na primeira ressurreição para os santos (1 Ts 4:16) e na ressurreição do juízo para os perversos (João 5:29). Enquanto aguardamos esse evento, o espíritos dos crentes que já morreram está com o Senhor, "ausente deste corpo e presente com o Senhor" (2 Coríntios 5:8); eles partiram para estar com Cristo (Filipenses 1:23), mas os espíritos dos perversos estão "em prisão"

 

(I Pedro 3:19), motivo pelo qual não têm a liberdade de sair quando são "chamados".

 

Se não resta dúvida que no espiritismo entra-se em contato com poderes sobrenaturais, com espíritos e forças extra-humanas e extraterrenas, capazes de manifestações surpreendentes, e se esses espíritos, segundo os ensinos das Escrituras, não pertencem aos mortos, então quem são eles? Qual é a sua história? Qual a sua missão? Onde habitam?

 

Quem são eles?

A Bíblia nos fala de seres espirituais, invisíveis aos homens, que algumas vezes se materializam e exercem poderes sobrenaturais. Tais forças espirituais compõem de duas classes: a de seres bons, chamados de anjos, a quem Deus usa para proteção e auxílio ao homem, e a de seres maus, que assim se tornaram porque voluntariamente se afastaram do plano original de Deus e tomaram parte num movimento de rebelião contra o governo de Deus.

 

Os anjos são seres espirituais criados por Deus, conforme está escrito: "Porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades. Tudo foi criado por ele e para ele." (CL 1:16)

Mais ainda, as Escrituras afirmam que os anjos são uma ordem de seres mais elevada do que os homens:

"Pois pouco menor o fizeste do que os anjos, e de glória e de honra o coroaste." (SL 8:5)

 

Qual a sua missão?

Sabemos existir duas categoria de anjos: os bons e aqueles que se tornaram maus.

Os bons: tem como missão sempre beneficiar o homem. São chamados na Bíblia "espíritos ministradores" ou mensageiros." Deus os envia para socorrer a humanidade em diferentes circunstâncias da vida.

Anjos tem agido de modo maravilhoso em diferentes ocasiões, algumas vezes assumindo a forma humana, a fim de proteger a crianças e adultos. As Escrituras contem muitas histórias de tais ocasiões.

 

É bastante conhecida esta  passagem que afirma esta realidade: "O anjo do SENHOR acampa-se ao redor dos que o temem, e os livra." (SL 34:7)

 

Falando dos "pequeninos" Jesus nos diz sobre os anjos de guarda destes: "Vede, não desprezeis algum destes pequeninos, porque eu vos digo que os seus anjos nos céus sempre vêem a face de meu Pai que está nos céus." (MT 18:10)

 

OS TRÊS CAMPOS DE BATALHA

Francis Frangipane

Cap. 1- O TERRITÓRIO DE SATANÁS : A REGIÃO DAS TREVAS

Muitos cristãos perguntam se o diabo está na terra ou no inferno; se ele pode habitar em cristãos ou somente no mundo? O fato é que o diabo está nas trevas. Onde há trevas espirituais, ali está o diabo.

 

PREPARANDO-SE PARA A BATALHA ESPIRITUAL

Para muitos , o termo "batalha espiritual" introduz uma nova, mas não bem recebida, dimensão em sua experiência cristã. A idéia de encarar espíritos maus em batalha é um conceito duvidoso, especialmente por chegarmos a Jesus como ovelhas perdidas, e não como guerreiros. Afinal, alguns poderão nunca iniciar uma batalha espiritual, mas todos nós precisamos encarar o fato que o diabo começou uma batalha contra nós. Portanto, é essencial para o nosso bem estar básico discernir as áreas de nossa natureza que estão abertas ao ataque satânico.

Judas nos diz: "E aos anjos que não conservaram suas posições de autoridade mas abandonaram sua própria morada, ele os tem guardado em trevas, presos com correntes eternas para o juízo do grande dia." (v.6).

O diabo e seus anjos caídos foram relegados a viverem nas trevas. Estas trevas não significam simplesmente "regiões sem luz", ou áreas privadas da luz visível. As trevas eternas às quais as Escrituras se referem são, essencialmente, trevas morais que, em última análise, se degeneram em trevas literais. No entanto, a causa não é meramente a ausência de luz, mas é a ausência de Deus, que é a luz.

É vital reconhecer que as trevas para onde satanás foi banido não estão limitadas às áreas fora da humanidade. Ao contrário dos que não conhecem Jesus, nós fomos libertos do território, ou do "reino" das trevas (Col.1:13). Não estamos enlaçados nas trevas se nascemos da Luz. Mas, se tolerarmos as trevas pela tolerância com o pecado, ficamos vulneráveis aos ataques satânicos. Onde há desobediência voluntária à Palavra de Deus, aí há trevas espirituais e potencial para as atividades satânicas.

Por isso, Jesus exortou: "Portanto, cuidado para que a luz que está em seu interior não sejam trevas." (Lc.11:35). Há uma luz em você. "O espírito do homem é a lâmpada do Senhor..." (Prov.20:27). O seu espírito, iluminado pelo Espírito de Cristo, se torna a "lâmpada do Senhor" através da qual Ele sonda o seu coração. Há, realmente, uma irradiância santa que envolve os cristãos verdadeiramente cheios do Espírito. Mas, quando você agasalha o pecado, a "luz que está em você" é "trevas". Satanás tem acesso legal, dado por Deus, para habitar nas regiões de trevas. Temos que entender este ponto: O diabo pode trafegar em qualquer área de trevas, mesmo nas que ainda existem no coração de um cristão.

 

O PENEIRADOR DE DEUS

Um exemplo de satanás tendo acesso ao lado carnal da natureza humana é visto quando Pedro negou a Jesus. É óbvio que Pedro falhou. O que não vemos, no entanto, é o que estava acontecendo no mundo invisível espiritual.

Jesus profetizou que Pedro O negaria três vezes. Qualquer pessoa que estivesse observando as ações de Pedro naquela noite, poderia simplesmente concluir que a sua atitude foi uma manifestação de medo. Mas, Pedro não era medroso por natureza. Este era o discípulo que algumas horas antes havia puxado a espada contra a multidão que estava prendendo Jesus. Não foi medo humano que fez Pedro negar o Senhor; ele o fez por indução satânica.

Jesus havia avisado o apóstolo, "Simão, Simão, satanás pediu vocês para peneirá-los como trigo. Mas eu orei por você, para que a sua fé não desfaleça.. E quando você se converter, fortaleça os seus irmãos." (Lc.22:31,32). Atrás da cena, satanás havia pedido e recebido permissão para peneirar Pedro como trigo. Satanás teve acesso à uma área em trevas no coração de Pedro.

Como satanás fez Pedro cair? Depois de comer a Páscoa, Jesus disse a Seus discípulos que um deles O trairia. A Escritura, então, continua, "Eles começaram a perguntar entre si qual deles iria fazer aquilo." (Lc.22:23). Aquele era um tempo muito sombrio, mas, mesmo durante aqueles terríveis momentos lemos que " Surgiu também uma discussão entre eles, acerca de qual deles era considerado o maior" (Lc.22:24). Eles passaram de uma atitude de choque e desânimo para a interrogação de quem seria o maior entre eles! Evidentemente, Pedro , "o andador sobre as águas", o mais ousado e falador dos apóstolos, prevaleceu. Podemos concluir que a altivez de Pedro entre os discípulos o deixou com um ar de superioridade que, atiçado por satanás, acabou numa atitude de presunção e jactância. Pedro, sendo levantado pelo orgulho, estava programado para a queda.

A Bíblia nos diz que o "orgulho preceda a ruína" (Prov.16:18). O orgulho causou a queda de satanás, e ele estava usando a mesma área em trevas para causar a queda de Pedro. Lúcifer conhece muito bem, por experiência, o julgamento de Deus contra o orgulho religioso e a inveja. Satanás não poderia ,indiscriminadamente, atacar e destruir Pedro. Ele tinha que garantir a permissão do Senhor de Pedro antes de vir contra o apóstolo. Mas o fato é que o diabo pediu permissão ...e a recebeu.

SUBMETA-SE A DEUS

A armadilha que satanás usou para causar a queda de Pedro foi o próprio pecado de orgulho do discípulo. Temos que reconhecer, antes de iniciar uma guerra, que as áreas que escondemos nas trevas são as mesmas em que seremos derrotados no futuro. Geralmente, as batalhas que enfrentamos não cessam até descobrirmos e nos arrependermos das trevas que estão em nós. Para sermos vitoriosos em batalha espiritual, precisamos estar discernindo nossos próprios corações; precisamos andar humildemente com nosso Deus. Nossa primeira ação deve ser "Submeter-se a Deus." E, então, quando nós "...resistirmos ao diabo..." ele vai fugir (Tg.4:6).

A boa notícia para Pedro e para nós é que satanás nunca conseguirá permissão para destruir os santos. Mas, ele está limitado a peneira-los "como trigo". Há trigo dentro de cada um de nós. O resultado deste tipo de ataque satânico, permitido por Deus, é para limpar a alma do orgulho e produzir maior humildade e transparência em nossas vidas. Pode parecer terrível, mas Deus faz estas coisas cooperarem para o bem. A casca exterior de nossa natureza precisa morrer para que brote a natureza de trigo do homem da nova criação. Tanto a palha como a casca foram necessárias para nos proteger das rudezas desta vida. Mas, antes que Deus possa nos usar, verdadeiramente, de alguma maneira, passaremos por um tempo de peneiração.

A casca natural de Pedro era a presunção e o orgulho. Seus sucessos iniciais o fizeram ambicioso e auto-dirigente. Deus nunca poderá confiar Seu reino a ninguém que não tenha quebrado o orgulho, pois o orgulho é ,em si, a armadura das trevas. Portanto, quando satanás pediu permissão para atacar Pedro, Jesus, de fato, disse, "Você pode peneirá-lo, mas não destruí-lo". A batalha contra Pedro foi tremenda, mas havia uma medida e serviu aos propósitos de Deus.

Pedro estava ignorante das áreas em trevas que havia nele, e a sua ignorância o deixou aberto ao ataque. Mas o Senhor pergunta a cada um de nós, "Você conhece as áreas onde você é vulnerável ao ataque satânico?" Jesus não nos quer ignorantes de nossas necessidades. De fato, quando Ele revela o pecado em nossos corações, é para poder destruir as obras do mal. Precisamos entender que a maior defesa contra o diabo é manter um coração honesto diante de Deus .

Quando o Espírito Santo nos mostra alguma área que precisa de arrependimento, precisamos vencer o instinto de nos defender. Precisamos silenciar o pequeno advogado que se levanta de um quartinho escuro em nossas mentes contestando, "Meu cliente não é tão mau". O seu "advogado de defesa" defenderá você até o dia de sua morte - e se você o ouvir nunca verá o que está errado em você, e nem enfrentará o que precisa ser mudado. Para vencer na batalha, seu instinto de auto-preservação precisa se submeter ao Senhor Jesus; Jesus somente é o Seu verdadeiro Advogado.

Não podemos nos engajar em luta espiritual sem receber este conhecimento. Tiago 4:6 diz, "...Deus Se opõe aos orgulhosos, mas concede graça aos humildes." Deus Se opõe ao orgulho. Este é um versículo muito importante. Se Deus Se opõe ao orgulho, e nós somos orgulhosos para nos humilharmos e admitir que estamos errados, então Deus se opõe a nós!

Tiago continua no v.7, "Portanto, submetam-se a Deus. Resistam ao diabo, e ele fugirá de vocês." Geralmente, vemos este verso isoladamente, como um monumento à batalha espiritual. No entanto, é num contexto de arrependimento, de humilhação e de possuir um coração limpo que poremos o diabo para correr de nós!

Precisamos ir além da submissão indefinida a Deus; precisamos submeter a área exata de nossa batalha pessoal a Ele. Quando nos levantarmos contra o poder do diabo, deve ser com um coração submisso a Jesus.

Há um preceito que se repete neste livro. É vital que você saiba, entenda e aplique este princípio para sua futura vitória em batalha espiritual. O princípio é : A vitória começa com o nome de Jesus em seus lábios; mas não será consumada até que a natureza de Jesus esteja em seu coração. Esta regra se aplica à toda faceta da luta espiritual. Na verdade, satanás terá permissão de vir contra a sua área fraca até que você perceba que a única resposta de Deus é a semelhança de Cristo em sua vida. Quando você começa a se apropriar, não só do nome de Jesus, mas também de Sua natureza, o adversário vai se retirar. Satanás não vai continuar o seu ataque, se as circunstâncias que ele designou para destruí-lo estão agora operando para aperfeiçoar você!

O resultado da experiência de Pedro foi que, após o Pentecostes, quando Deus o usou para a cura de um coxo, um novo e humilde Pedro falou à multidão reunida. "...Por que vocês estão olhando para nós, como se tivéssemos feito este homem andar por nosso próprio poder ou piedade?" (At.3:12). A vitória de Pedro sobre o pecado e o diabo começou com o nome de Jesus em seus lábios; e foi consumada pela natureza de Jesus em seu coração. As trevas em Pedro foram dissipadas pela luz, o orgulho em Pedro foi substituído por Cristo.

Cap. 2- A FORTALEZA DOS SALVOS : A HUMILDADE

Satanás teme a virtude; tem horror da humildade e a odeia. Quando ele vê alguém humilde até se arrepia. Seu cabelo fica em pé quando os cristãos se ajoelham, pois a humildade é a rendição da alma a Deus. O diabo treme diante do humilde, porque nas mesmas áreas onde ele tinha acesso, ali está o Senhor, e satanás se aterroriza diante de Jesus Cristo.

 

COM QUEM VOCÊ REALMENTE ESTÁ LUTANDO?

Vamos nos lembrar que na queda do homem, no Jardim do Éden, o julgamento de Deus contra o diabo foi que ele ia "comer pó." Do homem, Deus disse, "Tu és pó" (Gn.3:14-19). A essência de nossa natureza carnal - de tudo que é carnal em natureza - é pó. Precisamos entender esta ligação: satanás se alimenta de nossa natureza terrena, carnal de "pó". Ele come daquilo que negamos a Deus.

Por isso, temos que reconhecer que a fonte de muitos dos nossos problemas e opressões não é demoníaca, mas carnal em natureza. Temos que encarar o fato de que um aspecto de nossas vidas, nossa natureza carnal, será sempre alvejada pelo diabo. Estas áreas carnais dão a satanás uma avenida de acesso para minar nossas orações e neutralizar nosso andar com Deus.

É o nosso sentido exagerado de auto-justiça que nos impede de nos olharmos honestamente. Sabemos Quem está em nós, mas precisamos saber também o que está em nós, se queremos ser vitoriosos em nossa luta contra o diabo. Portanto, seja específico quando se submeter a Deus. Não racionalize seus pecados e falhas. O sacrifício de Jesus Cristo é um abrigo perfeito da graça, capacitando todo homem a olhar honestamente para suas necessidades. Assim, seja honesto com Deus. Ele não vai Se chocar com seus pecados. Deus o amou, sem restrições, mesmo quando o pecado era total em você; muito mais Ele continuará a amá-lo, quando você busca a Sua graça para se livrar da iniquidade!

Antes de nos lançarmos em luta agressiva, precisamos reconhecer que muitas de nossas batalhas são meras conseqüências de nossas próprias ações. Para guerrear com vitória, temos que separar o que é da carne e o que é do diabo. Deixe-me dar um exemplo. Minha esposa e eu morávamos num lugar onde um lindo cardeal tinha o seu ninho. Os cardeais são muito territoriais e lutam intensamente contra cardeais intrusos. Naquele tempo nós tínhamos uma "van" com grandes espelhos laterais e pára-choques cromados. De vez em quando, o cardeal atacava os pára-choques ou os espelhos pensando que o seu reflexo era uma outra ave. Certo dia, quando observava o cardeal atacar o espelho eu pensei, "Que bobinho, seu inimigo é o seu próprio reflexo." Imediatamente o Senhor falou ao meu coração, "E assim também são muitos de seus inimigos - o reflexo de vocês mesmos."

Antes de qualquer estratégia para atacar satanás, precisamos ter certeza de que nosso real inimigo não é a nossa natureza carnal. Pergunte-se: as coisas que nos oprimem hoje, não são a colheita do que plantamos ontem?

ENTRE EM ACORDO COM SEU ADVERSÁRIO

Lembre-se do que Jesus ensinou, "Entre em acordo depressa com seu adversário que pretende levá-lo ao tribunal. Faça isso enquanto ainda estiver com ele a caminho, pois, caso contrário, ele poderá entregá-lo ao juiz, e o juiz ao guarda, e você poderá ser jogado na prisão. Eu lhe garanto que você não sairá de lá enquanto não pagar o último centavo" (Mt.5:25,26).

O que Jesus está falando aqui vai além de evitar um processo. Ele está mostrando que com este adversário e este juiz, em particular, sempre perderemos a causa e acabaremos na prisão.

Esta parábola explica como Deus vê a justiça humana. Na narrativa, o adversário é o diabo e o Juiz é Deus. Satanás, como nosso adversário, se levanta como o acusador dos irmãos diante de Deus, o Juiz de todos. A verdade que Cristo quer revelar é que quando nos aproximamos de Deus baseados em nossa própria justiça, o adversário sempre terá base legal para "nos jogar na prisão", pois as nossas justiças são "...como trapo da imundícia" (Is.64:6).

Quando Jesus diz, "Entre em acordo depressa com seu adversário," Ele não está dizendo para "obedecer" o diabo. Ele está dizendo que quando satanás acusa você de algum pecado ou falha, se ele estiver certo, mesmo que por um minuto, é vantagem para você concordar com ele sobre a sua injustiça. Se ele o acusa de ser impuro, ou de não amar, ou de não orar o suficiente e ele está certo, a chave é não argumentar com o diabo sobre sua própria justiça porque, diante de Deus, sua justiça é inaceitável. Não importa o quanto você se defenda ou se justifique, por dentro você sabe que muitas vezes as acusações do diabo contêm um bocado de verdade.

Nossa salvação não é baseada no que nós fazemos, mas no que Jesus Se torna por nós. Cristo Mesmo é a nossa justiça. Fomos justificados pela fé; nossa paz com Deus vem através de nosso Senhor Jesus Cristo (Rom.5:1). Quando satanás vem contra você, ele tenta enganá-lo ao focalizar a sua atenção em sua própria justiça. Quanto mais reconhecermos que somente Jesus é a nossa justiça, menos o adversário poderá nos atacar pelas nossas faltas.

Quando o acusador vier condená-lo por você não ter amor suficiente, sua resposta deverá ser, "É verdade, eu não tenho amor suficiente. Mas o Filho de Deus morreu por todos os meus pecados, inclusive pelo pecado de um amor imperfeito”. Saia da sombra do ataque satânico e fique no brilho do amor do Pai. Submeta-se a Deus e peça que o amor e o perdão de Cristo tome o lugar de sua fraqueza e seu amor imperfeito.

Quando satanás tentar condená-lo por impaciência, novamente sua resposta deverá ser, "Sim, na minha carne sou muito impaciente. Mas porque nasci de novo, Jesus é minha justiça e através de Seu sangue sou perdoado e purificado". Vire-se de novo para Deus. Use a acusação como um lembrete que você não está diante de um trono de julgamento, mas de um trono de graça que o possibilita a, ousadamente, vir a Deus em busca de ajuda (Hb.4:16).

Portanto, a chave principal para derrotar o diabo é a humildade. Humilhar-se é recusar-se a defender a própria imagem: você é corrupto e cheio de pecado em sua velha natureza! Porém, temos uma nova natureza que foi criada à semelhança de Cristo (Ef.4:24); assim, podemos concordar com nosso adversário acerca da condição de nossa carne!

Mas não limite este princípio de humilhar-se somente quando está envolvido em luta espiritual. Este preceito é aplicável em outras situações também. A força da humildade é aquela que constroe uma defesa espiritual ao redor de nossa alma, proibindo que lutas, competições e muitas irritações da vida roubem a nossa paz.

Um ótimo lugar para praticarmos isso é em nossos relacionamentos familiares. Como marido, sua esposa pode criticá-lo por ser insensível. Uma resposta carnal pode facilmente degenerar a conversa em uma contenda. A alternativa é simplesmente humilhar-se e concordar com sua esposa. Provavelmente você era insensível. Então, orem juntos e peçam a Deus por um amor mais terno.

Como esposa, talvez seu marido a acuse de não entender as pressões que ele sofre no trabalho. Muito provavelmente ele está certo, você não sabe as coisas que temos de enfrentar. Em vez de responder com um contra ataque, humilhe-se e concorde com ele. Orem juntos pedindo a Deus por um coração cordato. Se permanecermos humildes de coração, receberemos abundantemente de Deus e satanás será desarmado em muitas frentes.

Lembre-se, satanás teme a virtude, tem horror da humildade, ele a odeia porque a humildade é a rendição da alma ao Senhor, e o diabo se aterroriza diante de Jesus Cristo.

 

Cap. 3- DERRUBANDO FORTALEZAS

O que o homem chama de "salvação" é simplesmente o primeiro estágio do plano de Deus para nossas vidas, que é nos conformar, em caráter e poder, à imagem de Jesus Cristo. Se falharmos em ver nosso relacionamento com Deus assim, permitiremos que muitas áreas dentro de nós fiquem imutáveis. A destruição de fortalezas é a demolição e a remoção destas velhas maneiras de pensar para que a Presença de Jesus Cristo possa Se manifestar através de nós.

 

O QUE É UMA FORTALEZA?

"Pois, embora vivamos como homens, não lutamos segundo os padrões humanos. As armas com as quais lutamos não são humanas; pelo contrário, são poderosas em Deus para destruir fortalezas..." (II Cor.10:3-5).

Toda libertação vitoriosa deve começar primeiro pela remoção daquilo que defende o inimigo. Ao falar de guerra espiritual, o apóstolo Paulo usa a palavra "fortaleza" para definir o forte onde satanás e suas legiões se escondem e são protegidos. Estas fortalezas existem nos padrões de pensamentos e idéias que governam indivíduos e igrejas, bem como comunidades e nações. Antes de reivindicarmos a vitória, estas fortalezas devem ser demolidas e a armadura de satanás eliminada. Então, as poderosas armas da Palavra e do Espírito podem efetivamente saquear a casa de satanás.

Mas qual é o significado bíblico de "fortaleza"? No V.T., uma fortaleza era uma habitação fortificada e usada como um meio de proteção contra o inimigo. Encontramos Davi escondido de Saul em fortalezas no deserto, em Hores (I Sam.23:14,19). Eram estruturas físicas, geralmente cavernas no alto de montanhas onde era muito difícil um ataque. Com esta imagem em mente, os escritores inspirados da Bíblia adaptaram a palavra "fortaleza" para definir as realidades espirituais que são poderosa e vigorosamente protegidas.

Uma fortaleza pode ser, para nós, a fonte de proteção contra o diabo, como é o caso do Senhor Se tornar nossa fortaleza (Sl.18:2). Por outro lado, uma fortaleza pode ser uma fonte de defesa para o diabo, onde atividades demoníacas ou pecaminosas são protegidas dentro de nós por nossos pensamentos simpatizantes com o mal. As fortalezas que primeiramente vamos expor são aquelas atitudes erradas que protegem e defendem a vida do velho eu, que freqüentemente se tornam "habitações fortificadas" de opressão demoníaca na vida de uma pessoa.

O apóstolo Paulo define uma fortaleza como "...argumentos e toda pretensão que se levanta contra o conhecimento de Deus." (IICor.10:5). Uma fortaleza demoníaca é qualquer tipo de pensamento que se exalta acima do conhecimento de Deus, pelo qual se dá ao diabo um lugar seguro de influência no pensamento de um indivíduo.

Na maioria dos casos, não estamos falando de "possessão espiritual”. Este autor não crê que um cristão possa ser possuído, pois, quando uma pessoa é "possessa" por demônio, ele enche o espírito da pessoa da mesma forma que o Espírito Santo enche o espírito de um cristão.

No entanto, cristãos podem ser opressos por demônios que ocupam os sistemas de pensamentos não regenerados, especialmente se estes pensamentos são defendidos por auto engano ou doutrinas falsas! O pensamento de que "eu não posso ter demônios porque sou cristão", não é verdadeiro. Um demônio não pode possuí-lo no sentido eterno e de possessão, mas você pode ter um demônio se não se arrepender de seus pensamentos simpatizantes com o mal. Sua rebelião contra Deus fornece um lugar para o diabo em sua vida.

Muitos cristãos são atormentados por inúmeros tipos de medo, e embora tenham sido aconselhados e já se tenha orado sobre eles, não houve resultados. Mais do que oração, eles precisam de libertação. A libertação, porém, não acontecerá até que o espírito de medo seja confrontado e amarrado, e a fortaleza do medo demolida.

Muitos crentes foram ensinados que por terem o Espírito Santo, não podem ser enganados. Isto também não é verdade. Uma das razões do Espírito da Verdade ter sido enviado foi por causa da facilidade de cairmos no auto engano. De fato, o próprio pensamento de que um cristão não pode ser enganado, é um engano! Quando esta mentira, em particular, permeia a mente do crente, suas idéias e opiniões se cristalizam e este permanece no estado de imaturidade espiritual em que se encontrava. Todo tipo de espíritos atacarão sua alma, sabendo que estão protegidos pela armadura dos pensamentos e doutrinas da própria pessoa!

É dificílimo quebrar o poder do auto engano religioso, pois a própria natureza da "fé" é não dar lugar à dúvida. Uma vez que a pessoa é enganada, ela não reconhece que está enganada, porque ela foi enganada! De tudo que pensamos que sabemos, precisamos saber muito bem que : podemos estar errados . Se não aceitarmos esta verdade, como seremos corrigidos de nossos erros?

Qualquer área de nosso coração ou mente que não está rendida a Jesus Cristo é um área vulnerável ao ataque satânico. E é aqui, unicamente na vida não crucificada do pensamento na mente do crente, que a demolição de fortalezas é de vital importância. Por isso, precisamos atingir o que a Escritura chama de "humildade de mente" antes que a real libertação seja possível. Quando descobrimos rebelião contra Deus em nós, não devemos nos defender ou nos desculpar. Mas, precisamos humilhar nossos corações e nos arrepender, exercendo fé em Deus para nos transformar.

Lembre-se, satanás se alimenta do pecado e onde houver um hábito de pecado na vida do crente, espere achar atividade demoníaca naquela área. O hábito de pecar, geralmente se torna o lugar de habitação do espírito que está roubando o poder e a alegria daquele crente, e aquela habitação (ou hábito) é a fortaleza.

Você pode não concordar com a idéia de espíritos malignos freqüentarem e ocuparem atitudes na vida de um crente, mas, certamente, você vai concordar que todos nós temos uma mente carnal que é uma fonte de imaginações e pensamentos vãos que se exaltam acima de Deus (II Cor.10:3-5). Tratamos com o diabo ao tratar com os sistemas carnais de pensamentos, as fortalezas que protegem o inimigo.

Não há fortalezas, nem atitudes imperfeitas, nem processos de pensamentos errados na mente de Cristo. Antes de ir para a Sua morte, Ele declarou, "...o príncipe deste mundo está vindo. Ele não tem nenhum direito sobre mim" (Jo.14:30). Satanás não tinha nada em Jesus. Nós também queremos poder dizer que satanás não tem nenhuma área secreta dentro de nós, nada que possa abrir a porta de nossa alma para o mal. Quando as fortalezas de nossa mente estiverem derrubadas, embora ocasionalmente possamos cair em pecado, andaremos em grande vitória e nos tornaremos instrumentos para ajudar outros em sua libertação.

A demolição das fortalezas começa com arrependimento. Quando Jesus enviou Seus discípulos, "...eles saíram e pregaram que o povo se arrependesse. Expulsavam muitos demônios...os curavam." (Mc.6:12,13). Quanto à libertação de espíritos que infestam a mente, o arrependimento precede a libertação, e esta geralmente conduz à cura de outras áreas.

Se você já é um cristão, não importando há quanto tempo, você já teve muitas fortalezas demolidas em sua vida. Elas foram destruídas quando você se arrependeu e veio a Jesus. A libertação é sempre simples assim... quando a alma quer. Porém, sem alguma medida de arrependimento, a libertação é quase sempre impossível, pois, embora o espírito possa ser comandado a sair, se a estrutura de pensamentos do indivíduo não mudar, sua atitude errada para com o pecado receberá aquele espírito de volta.

Um aspecto do ministério de Cristo é que "...o pensamento de muitos corações será revelado" (Lc.2:35). Se você realmente andar com Jesus, muitas áreas dos processos de seu pensamento serão expostas. Haverá a graça e o poder de Deus para o capacitar a se arrepender e crer em Deus para receber a Sua virtude em sua vida. Você verá a queda das fortalezas e a chegada da vitória. Mas, devo avisá-lo que haverá a pressão de sua carne, bem como a do mundo das trevas, para diminuir ou fazer ignorado o que Deus está requerendo de você. Você pode ser tentado a render-se a um pecado simbólico ou à alguma falta menor, enquanto que o problema principal permanece bem escondido. Entenda que a energia que gastamos para manter nossos pecados em secreto é o próprio material do qual uma fortaleza é construída. O demônio com o qual você está lutando, usa os seus pensamentos para proteger o seu acesso à sua vida.

Vamos orar: Pai Celestial, há áreas em minha vida (nomeie audivelmente os pecados habituais) que eu não submeti completamente ao meu Senhor Jesus Cristo. Senhor, perdoa-me pela transigência. Eu também peço coragem para demolir as fortalezas sem relutância ou engano voluntário em meu coração. Pelo poder do Espírito Santo e no Nome de Jesus, eu amarro as influências satânicas que reforçavam a transigência (acomodação) e o pecado dentro de mim. Submeto-me à luz do Espírito da Verdade para expor as fortalezas do pecado dentro de mim. Pelas poderosas armas do Espírito e da Palavra, proclamo que cada fortaleza da minha vida está derrubada! Me proponho, pela graça de Deus, a ter somente uma fortaleza dentro de mim: a fortaleza da presença de Cristo!

Obrigado, Senhor, por me perdoar e me purificar de todos os meus pecados. E pela graça de Deus, eu me comprometo a completar esta área até que as ruínas desta fortaleza sejam removidas de minha mente! Obrigado, Pai. Em Nome de Jesus. Amém.

 

Cap. 4- UMA CASA FEITA DE PENSAMENTOS

Há fortalezas satânicas sobre países e comunidades; há fortalezas que influenciam igrejas e indivíduos. Aonde existe uma fortaleza, ali está um padrão de pensamento induzido por demônios.

Especificamente, é uma "casa feita de pensamentos" que se tornou um lugar de habitação para atividade satânica.

UM AVISO ANTES DA LIBERTAÇÃO!

"Quando um espírito imundo sai de um homem, passa por lugares áridos procurando descanso e não encontra, diz : 'Voltarei para a casa de onde saí' ." (Mat.12:43,44).

Embora a natureza de um espírito imundo seja espiritual e não física, ele busca um lugar de habitação, uma "casa" onde ele possa "descansar". Jesus revelou que há uma dimensão na natureza humana que pode hospedar um espírito maligno e prover um tipo de descanso. Se é assim, temos que expor a natureza do homem e revelar o aspecto que, em nós, pode se tornar a "construção material" para um espírito se alojar.

Primeiramente, temos que entender que um demônio não pode habitar no espírito de um cristão verdadeiro. Pela regeneração, o espírito humano se torna a morada do Espírito Santo. Justamente, porque o Espírito Santo está em nós, é que discernimos as invasões do inimigo.

O aspecto da natureza humana que mais se assemelha, em substância e disposição, à natureza do mal é a vida do pensamento carnal, que é uma dimensão da alma, ou da personalidade do homem. É no pensamento não crucificado e nas atitudes não santificadas que os espíritos imundos, se mascarando como nossos pensamentos e se escondendo em nossas atitudes, têm acesso às nossas vidas.

Jesus prosseguiu, "...( o espírito imundo) chegando, encontra a casa desocupada, varrida e em ordem. Então vai e traz consigo outros sete espíritos piores do ele, e entrando passam a viver ali. E o estado final daquele homem torna-se pior do que o primeiro." (Mat.12:44,45).

Para ser vitorioso em batalha espiritual, sua guerra tem que ser combatida de acordo com as Escrituras. Se você ignorar a necessidade de levar Cristo à alma libertada, há o perigo do último estado "daquele homem" pode se tornar "pior do que o primeiro" (Mat.12:45; II Pe.2:20). Cristo precisa entrar e ter permissão de construir a Sua casa de justiça em todas as áreas onde antes satanás habitava. Exceto em casos de males físicos, a libertação não deveria ser ministrada a ninguém que não quisesse submeter sua vida de pensamentos a Jesus Cristo!

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