A MÚSICA PODE
INSPIRAR A ADORAÇÃO À DEUS
O Espírito Santo
também pode usar a música para a glória de Deus e para a edificação das
pessoas.
Observe o
poderoso efeito terapêutico que a música ungida tinha sobre Saul (1 Sm 16:23).
Davi havia sido ungido por Deus (vers.13). Ele era um músico habilidoso, um
compositor dotado e um doce cantor. Quando tocava e cantava sob a unção do Espírito,
o espírito maligno se retirava de Saul, o qual passava a se sentir renovado e
melhor.
Quando Josafá
precisou de um profeta numa ocasião de crise nacional, ele chamou Eliseu. O
profeta chamou um músico. “E sucedeu que,
tangendo o tangedor, veio sobre ele (Eliseu) a mão do Senhor. E disse: Assim
diz o Senhor...” (2 Rs 3:11,15,16). A música obviamente ajudou a criar uma
atmosfera e uma disposição para que o dom de profetas operasse.
O rei Davi
designou 4.000 homens para que profetizassem com harpas, saltérios e címbalos
(1 Cr 25:1).
Foi somente
quando Israel estava em cativeiro na Babilônia que eles cessaram de cantar e
tocar. A música ungida deles cessou e penduraram suas harpas nos salgueiros (Sl
137).
Quando os seus
captores babilônicos os incitavam a que cantassem, replicavam: “Como entoaremos o cântico do Senhor em
terra estranha?”
Quando o
cativeiro deles terminou, após 70 anos, voltaram para casa com cânticos alegres
e com risos. Havia louvor em seus lábios (Sl 126:1,2). É somente quando a
Igreja está em cativeiro espiritual que a sua música ungida cessa. Quando este
cativeiro é rompido e as pessoas novamente se libertam, a música, os cânticos,
o louvor e as danças e os risos são todos a elas restaurados.
A MÚSICA E OS
CÂNTICOS NO NOVO TESTAMENTO
1. Os discípulos
cantaram hinos juntos. (Mt 26:30; Mc 14:26).
2.
Paulo e Silas cantaram louvores a Deus na prisão (At
16:25).
3.
O Apóstolo Paulo instruiu a Igreja com relação aos
cânticos ungidos. Eles deveriam cantar:
a. Salmos (os Salmos
musicados).
b.
Hinos (cânticos de louvor a Deus).
c.
Cânticos Espirituais (cânticos espontâneos dados pelo
Espírito).
Os cânticos da
Igreja Primitiva eram louvores ao Senhor. O seu objetivo primário nos cânticos
era louvar e engrandecer a Deus. Não cantavam para causarem um impacto ou para
entreterem os outros. Os seus cânticos não eram centralizados no homem. Eram
dirigidos à Deus, para o Seu prazer somente.
Este tipo de
música e cânticos ungidos, dirigidos a Deus com louvor e adoração é muito raro
na Igreja hoje. Contudo, Deus está restaurando este ministério ao Seu povo.
Aqui estão
algumas sugestões para ajudá-lo introduzir a sua comunidade num ministério de
música ungida com louvores a Deus:
1. Comece todas as
reuniões com ações de graças e louvores em forma de cânticos. “Entrai por suas
portas com ações de graça, e nos seus átrios com hinos de louvor; rendei-lhe
graças e bendizei-lhe o nome.” (Sl 100:4)
2.
Peça em oração ao Espírito Santo que o lembre de
cânticos ou hinos apropriados. Deus tem um tema ou mensagem para cada culto. Em
geral, cânticos apropriados preparam o caminho para o tema ou mensagem.
3.
Não tenha medo de cantar cânticos mais de uma vez, ou
ainda, uma parte específica deles pode parecer especialmente ungida ou
abençoada.
4.
Exorte as pessoas a realmente “cantarem ao Senhor”. Os
hinos são muitas vezes cantados porque é a nossa tradição e costume cantá-lo.
Temos porém, um propósito muito mais valioso que este, ou seja, cantar ao
Senhor, ou dirigir a nossa atenção para o Céu através de cânticos.
5.
Comece com cânticos de louvor e ações de graças. Permita
que as pessoas expressem genuinamente, seus louvores através deles. Os cânticos
não são louvores em si mesmos. São meros veículos através dos quais podemos
expressar o nosso louvor. É bem possível cantarmos muitos hinos e cânticos sem
expressarmos nenhum louvor verdadeiro.
6.
Os cânticos de louvor inspiram as pessoas a adorarem. Em
geral começamos com o louvor e em seguida, as pessoas passam progressivamente
para os vários níveis do mesmo até que entrem na adoração que é o nível elevado
de louvor.
7.
Não “faça correndo” o culto de louvor. Muitos pastores
consideram esta parte do culto como uma “preliminar” uma necessidade maçante,
porém tradicional. Conceda este tempo para cantar, louvar e adorar. Estes são
os atos mais importantes da nossa reunião.
8.
Dê oportunidades para a participação da congregação.
Incentive as expressões espontâneas. Alguém pode dirigir a congregação em
oração, o que poderá resultar na direção para a reunião. Talvez alguém mais
profetize e a exortação venha a fornecer o tema para o resto do culto.
9.
As manifestações do Espírito deveriam ser expressas nos
cultos de adoração dos crentes (1 Co 12:8-11). Não “apague” o Espírito (1 Ts
5:19). Incentive a participação e expressão através destes dons espirituais. Contudo
o líder designado e ungido deveria em todo o tempo reter a autoridade
espiritual sobre o culto.
10.
Todas as coisas deveriam ser feitas para a edificação
mútua. Todas as manifestações bíblicas são legítimas e apropriadas, mas tudo
que é feito e a maneira com que é feito tem que ser para a edificação de toda a
congregação (1 Co 14:26).
11.
Evite “contribuições”
que geram confusões. “Deus não é autor de
confusão.” (1 C0 14:33). Se o culto começar a ficar confuso, tome a frente
e tire-o da confusão. Se necessário, faça uma pausa e explique à congregação o
que está acontecendo, esclarecendo assim a situação. Use situações assim para
ensinar a maneira certa e errada de se fazer as coisas.
12.
Tudo deveria ser feito para o Senhor e para a glória de
Deus. Lembre-se que o alvo de todas as reuniões é glorificar a Deus e edificar
os crentes.
13.
Use um livreto de cânticos ou um retroprojetor para que
as pessoas possam participar. Não tenha medo de num dado momento, colocar de
lado o livreto e a letra dos cânticos e simplesmente adorar ao Senhor de
coração.
14.
É claro que há certas “técnicas” para a direção de um
culto de cânticos ou de louvor, mas você precisa evitar, com todo o cuidado,
tornar-se muito mecânico ou formal. Permita que haja uma liberdade subjacente.
Seja flexível. Não insista seguir o programa. Seja sempre flexível às direções
do Espírito e esteja disposto a seguí-las. Para uma boa direção de louvor e
cânticos é necessário muito mais do que a movimentação dos braços, ainda que
isto possa ser feito corretamente. A liberdade de Espírito e a espontaneidade
são mais importantes que a precisão técnica.
15.
Procure ficar escondido, para que as pessoas possam “ver a ninguém, senão unicamente a Jesus” (Mt
17:8). Eu me lembro de uma igreja que pastoreei por muitos anos em Brisbane,
Austrália. Na primeira vez que subi ao púlpito, vi algumas palavras entalhadas
nele. Elas confrontavam todos que subiam àquele púlpito para falarem,
ministrarem. As palavras eram: “Queremos ver a Jesus” (Jo 12:21). Sempre
deveríamos ter isto em nossas mentes. As pessoas não vieram para verem ou nos
ouvirem. Vieram para ouvirem a Jesus. A nossa tarefa, com a ajuda do Espírito,
é abrir o véu, para que todos os olhos possam ver o Senhor e adorar diante
d’Ele. E isto deveria ser o objetivo mais importante de todos os servos de
Cristo que dirigem cultos de louvor.
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