quinta-feira, 3 de dezembro de 2020

O OBJETIVO DA SALVAÇÃO

 

O Objetivo da Vinda de Jesus

Mateus 11: 25-30

 

I - A META DA SALVAÇÃO

Antes de entender Jesus na sua difícil missão pela terra, precisamos entender primeiro o desígnio do Pai ao enviá-lo.

a) O propósito eterno. Nos planos de Deus estavam traçadas todas as características que esta meta deveria ter. Era restaurar o estado de vida eterna perdida no Éden, Gn. 3: 22; redimir a raça humana do estado de pecaminosidade vivido desde a queda, Rm. 8: 23; conduzir o homem já redimido ao estado de santificação gerado pelo Espírito Santo, Rm. 8: 14-17 e, enfim, capacitar-nos para perseverar até que tudo se cumpra, II Tm. 2: 4.

b) O alvo de Deus.  O “mundo” de que o evangelista fala e que foi objeto do amor de Deus compreende os povos, ou seja, todos os homens da terra. A razão que inspirou Deus a mover sua destra salvadora em nosso benefício foi seu grande amor, Jo. 3: 16.

Observe que, no contexto, para cada obra feita, a afirmativa era: “E viu Deus que isto era bom”, sendo que, após ter feito o homem, passando as ordens de seu domínio e usufruto, declara: “Viu Deus tudo quanto fizera e eis que era muito bom”. A palavra tudo dá idéia de complemento, significando que a obra criadora de Deus só se tornou completa quando o homem foi feito, o que pode ser visto na ênfase e no contentamento de Deus expressivamente narrado (“muito bom”).  Infelizmente, foi nesse mesmo ambiente que o homem pecou, afastou-se dos propósitos de Deus e se encaminhou para a morte. Foi, portanto, necessário  o plano da salvação, através de Jesus.

II - BUSCAR E SALVAR

A missão de Jesus está basicamente registrada em Lc. 19: 10. Dois verbos apontam o objetivo de Jesus e sua estratégia de resgate do pecador. Para salvar, é preciso primeiramente buscar, e para buscar tem que haver o interesse de salvar.

Para salvar o homem, Jesus identificou-se no contexto profissional da época; fez a alegria de uma festa de casamento, evitando o vexame de não se ter o vinho, mantendo o clima em estado de alegria, Jo. 2: 9-10; demonstrou, na purificação do templo, a preservação do objetivo, para o qual fora edificada a casa do Pai, Jo. 2: 13-16; curou diversos enfermos físicos que lhe eram trazidos, Mc. 6: 55-56; acalmou a tempestade que afligia os seus discípulos, Mt. 8: 23-27.

Estas citações exemplificam o interesse de Jesus em nossa procura. Ele tentou dizer que estava em nossa busca, no nosso encalço para nos salvar.  

Vive na casa de Zaqueu não um simples e ocasional encontro para diálogo, mas afirma a chegada da salvação por meio dEle, Lc. 19: 9.

III - JESUS VIVENDO A MISSÃO SALVADORA

Na plenitude dos tempos, ou seja, quando o mundo estava preparado para recebê-lo, Deus enviou seu Filho para cumprir a missão salvadora.

a) O ponto basilar da missão de Jesus foi resgatar o homem. Jesus cumpriu integralmente sua missão salvadora. Vejamos o que João registrou na oração sacerdotal, cap. 17. Nesse preciosíssimo texto está a proclamação da vitória da missão vivida por Jesus, dita por Ele mesmo. Veja o verso 4: “Eu te glorifiquei na terra, consumando a obra que me confiaste para fazer”.

Na oração sacerdotal, uma oração que só Ele poderia fazer, cuidou de pedir ao Pai a guarda e proteção aos seus Jo. 17-11, mostrando entender a necessidade que tínhamos e que continuamos tendo dEle conosco, Jo. 17: 15.

b) O ponto culminante da missão salvadora de Jesus foi a cruz, Hb. 12: 2. Nela ficou registrada toda a redenção pretendida pelo Pai. Isaías, o profeta messiânico, declara que, no episódio da crucificação, Ele tomou sobre si as nossas enfermidades, as nossas dores, a nossa má reputação, o nosso desprezo e a nossa rejeição, Is. 53: 2-5. E, graças a Deus, foi até o fim sem hesitar.

 

CONCLUSÃO

Lucas, no cap. 3: 23, afirma que Jesus tinha cerca de trinta anos quando começou seu ministério, e isto abre entendimento para crermos em uma vida curta enquanto na terra. Jesus mostrou que a vida humana depois do pecado não deve ser vista como a mais importante uma vez que a vida eterna é dádiva divina, Rm. 6: 23. Mostrou também que um homem pode viver pouco fisicamente, e fazer muito espiritualmente, construindo e edificando onde nem a traça e nem a ferrugem podem estar, Mt. 6: 20, e nem ladrões podem minar. Mostrou competência mesmo na tenra idade, vivendo entre os “anciãos” da lei apesar de rejeitado por eles, Lc. 9: 22, e ao mesmo tempo revelando que a idade pode não ser tão importante assim, se formos honestos e leais em nossa forma de vida.

 

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