terça-feira, 19 de junho de 2018

O EVANGELHO DO REINO (PARTE 2)




O EVANGELHO DO REINO (PARTE 2)


O QUE É REINO DE DEUS? 

Vivemos em uma época maravilhosa, porém, temível. É uma época maravilhosa por causa dos feitos admiráveis das ciências modernas que nos fornecem conforto e prosperidade com os quais não se sonhava há um século.

Grandes aviões deslizam pelo ar engolindo milhares de quilômetros em poucas horas. Palácios flutuantes trazem ao viajante marítimo todos os luxos do hotel mais elegante. 

O automóvel liberou o homem para explorar pessoalmente cenas e vistas de que seus avós só dispunham em livros de histórias. 

A energia elétrica trouxe vários escravos para servir à mais humilde dona de casa. 

A medicina venceu a peste, a varíola e outros inimigos do bem-estar físico e está no limiar de outras conquistas admiráveis.

Uma época maravilhosa, sem dúvida! 

Contudo, a felicidade e a segurança parecem estar mais distantes que nunca, pois enfrentamos perigos e ameaças de dimensões sem paralelo. 

Vencemos uma guerra que ameaçava os fundamentos da liberdade humana; mas as páginas de nossos jornais estão manchadas com histórias inacreditáveis de supressão da liberdade humana, e a luta por liberdade continua. 

Novas descobertas na estrutura da matéria abriram perspectivas inimagináveis de bênção para o bem-estar físico do homem; contudo essas mesmas descobertas contêm o potencial, nas mãos de homens cruéis, de varrer a sociedade da face da terra.

Em uma época como essa, maravilhosa e, ao mesmo tempo, temível, os homens questionam. O que quer dizer tudo isso? 

Para onde vamos? Qual é o sentido e o objetivo da história humana? 

Hoje, os homens estão preocupados não apenas com o indivíduo e o destino da alma, mas também com o sentido da própria história. 

A humanidade tem um destino? 

Ou nós, como bonecos de madeira, lançamo-nos de um lado ao outro do palco do tempo, para, no fim, o palco, os atores, e o próprio teatro serem destruídos pelo fogo e restar apenas um monte de cinzas e o cheiro de fumaça?

Nos tempos antigos, poetas e videntes ansiavam por uma sociedade ideal.

A fé hebraica-cristã expressa sua esperança em termos do Reino de Deus. 

Essa esperança bíblica não está na mesma categoria dos sonhos dos poetas gregos, mas, sim, no próprio cerne da religião revelada. 

A noção bíblica do Reino de Deus tem raízes profundas no Antigo Testamento e se fundamenta na certeza de que existe um Deus vivo eterno, o Deus que se revelou aos homens e que tem um propósito para a raça humana, propósito esse que ele escolheu realizar por intermédio de Israel. 

Portanto, a esperança bíblica é uma esperança religiosa; ela é um elemento essencial na vontade revelada e na obra redentora do Deus vivo.

Por isso, os profetas anunciaram um dia em que os homens viveriam juntos e em paz. 

Nesse dia, Deus “julgará entre as nações e resolverá contendas de muitos povos. Eles farão de suas espadas arados, e de suas lanças, foices. Uma nação não mais pegará em armas para atacar outra nação, elas jamais tornarão a preparar-se para a guerra” (Isaias 2.4). 

Não só os problemas da sociedade humana serão resolvidos, mas também não existirão mais os males do ambiente físico do homem. 

“O lobo viverá com o cordeiro, o leopardo se deitará com o bode, o bezerro, o leão e o novilho gordo pastarão juntos, e uma criança os guiará” (Isaias 11.6). 

Paz, proteção, segurança — tudo isso foi prometido para o futuro feliz.

Depois, vem Jesus de Nazaré com a proclamação: “Arrependam-se, pois o Reino dos céus está próximo” (Mateus 4.17). 

Ou seja, um requisito básico para viver no reino de Deus é se arrepender de nossos pecados e vivermos em novidade de vida

Só Cristo pode nos levar adiante neste estágio 

O tema da vinda do Reino de Deus foi central na missão dele. Seu ensino visava mostrar aos homens como entrar no Reino de Deus (Mateus 5.20; 7.21).

Suas obras poderosas pretendiam provar que o Reino de Deus chegara a eles (Mateus 12.28). 

Suas parábolas ilustraram para seus discípulos a verdade a respeito do Reino de Deus 
(Mateus 13.11). 

E quando ele ensinou seus seguidores a orar, no cerne do pedido deles estavam as palavras: “Venha o teu Reino; seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu” 
(Mateus 6.10). 

Ele, na véspera de sua morte, assegurou a seus discípulos que ainda compartilharia com eles a alegria e a comunhão do Reino (Lucas 22.22-30). 

Ele também prometeu voltar à terra, em glória, para trazer a bem-aventurança do Reino àqueles para quem o Reino foi preparado (Mateus 25.31,34).

Quando perguntamos para a igreja cristã: “O que é o Reino de Deus? Quando e como ele virá?”, recebemos uma variedade atordoante de explicações. 

H á poucos temas tão proeminentes na Bíblia que recebem interpretações tão radicalmente divergentes como o do Reino de Deus.

O Reino de Deus é um poder interior que entra na alma humana e se apossa dela. 

Ele consiste de algumas verdades religiosas fundamentais e de aplicação universal. 

A mais recente interpretação concebe o Reino como o absoluto, o “totalmente outro” que entrou no tempo e no espaço na pessoa de Jesus de Nazaré.

Viver com Jesus no coração todos os dias nos garante que viveremos no reino de Deus para sempre 

escrito por George Eldon Ladd

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