sexta-feira, 6 de abril de 2018

A ESTRADA MAIS LONGA




A ESTRADA MAIS LONGA

Leia o relato bíblico em (Êxodo 13.17-18)

Havia dois caminhos para a terra prometida:

1. O caminho pela terra dos filisteus

2. O caminho através do deserto.

Somos informados que a rota do mediterrâneo podia ser percorrida sob
condições normais entre oito a dez dias.

A estrada levava através de uma área povoada e era fácil, rápida e segura.
Mas não foi o caminho escolhido por Deus.

A Filistia  ficava no meio do caminho. Deus portanto os levou para o
sudeste, na direção do mar vermelho.

Ali não havia, estradas, pontes e nenhum sinal visível que os orientasse.
Nenhum recurso visível  que suprissem suas necessidades. 

Deus faz também assim conosco porque o caminho do cristão é por fé e não por vista.

1. A PROVIDÊNCIA DO CAMINHO MAIS LONGO:

Deus os levava. As previdências eram tomadas por Deus. Não há acidentes para aqueles que andam na vontade de Deus. 

Deus mesmo escolhera o caminho para o seu povo. Esse caminho será sem acidentes.

(Ex 13.17, ver tb 3.17). "Tendo Faraó deixado ir o povo...Deus os levou Israel. Deixaram de ser servos do Egito para ter outro Senhor.  Foram libertos de uma escravidão para entrar em outra: a escravidão do amor e da graça.

"Os Judeus não estavam preparados para enfrentar os Filisteus"(1 Co 10.13). Em previsão amorosa, Deus escolheu o caminho mais longo para seu povo.  (Sl 103.13,14). 

1.1 Alguns princípios da Estrada mais longa: 

a) Vamos analisar primeiro o outro lado. O princípio do caminho mais curto:
Esse é o caminho do mundo; do julgamento; da aceitação humana. 

b) Esse caminho que Deus rejeitou é conhecido no mundo  como atalho: caminhos dos atrativos e humanos; das inclinações. Os homens gostam desse caminho para fugir da monotonia. Muitos entram pelo caminho da luxúria etc. 

Esse é o caminho da mentira, do engano, do suborno, da fuga, da mudança desnecessária etc.

c) Exemplos: Esaú escolheu o caminho mais curto quando vendeu sua primogenitura por um prato de comida. Hipotecou o futuro em troca de lucros imediatos; Ver Mt 7.13,14;Lc 13.24). O caminho é estreito. Demas; Saul; Judas;Simão o mágico; Geazi etc. 

1.2 A estrada mais longa  inverte a ordem: 

É uma caminhada  pela fé, e não pela vista. Caracteriza-se por uma disposição de esperar, confiar em Deus. Devemos ter certeza de que o caminho do Senhor é o melhor. Cada filho de Deus deve
entender que não há sucesso sem sacrifício, e nenhuma recompensa sem trabalho. 

É preciso que haja obediência, antes que as bênçãos sejam concedidas. Na obediência está também a renúncia. 

A providência da estrada longa era levá-los a uma fé perfeita em Deus. Educá-los. Essa é a pedagogia de Deus. 

2. O PROPÓSITO DA ESTRADA MAIS LONGA:

O caminho do deserto foi o da disciplina. Autodisciplina. Palavra muito difícil para muitos...

Primeiro Israel precisou conhecer a Deus. Deus os levou para onde o povo ficava completamente dependente dos recurso divinos. Os homens raramente aceitam a Deus no tempo da prosperidade.

Quanto mais negra a noite, mais brilhante são as estrelas( Is 55.8-9). Os pensamentos de Deus são diferentes dos nossos! Deus levou a nação sozinha através da solidão a lugares estéreis, onde o povo ficava totalmente dependente dos recursos divinos."Geralmente o caminho mais longo é o caminho
mais curto de  volta para o lar". 

2.1 Propósitos:

a) Demonstrar seu poder (Milagres e maravilhas, no Egito,etc)

b) Receber as lei na solidão do deserto para que pudesse se organizar em comunidade antes de entrar em Canaã. 

c) Para que pudesse aprender a humildade.

d) Isso ficou bem exemplificado nas quatro grandes entregas de Abraão: 

1) Ele não foi chamado logo no começo para sacrificar o seu filho. Este foi o teste final: Primeiro foi chamado para entregar a sua vida. Separar-se do povo de sua terra.    

2) Depois teve que entregar seus direitos permitindo que seu sobrinho Ló, fizesse a melhor escolha. 

3) Mais tarde, ele se submeteu a oportunidade de tornar-se rico, quando rejeitou a  riqueza
oferecida pelo rei de Sodoma. 4) A prova final veio quando foi chamado para oferecer o seu filho Isaque como sacrifício. 

O propósito da estrada mais longa  ainda se discerne melhor quando acompanhamos a história de Israel através do deserto. Mais tarde o povo enfrentou muitas batalhas com os filisteus, contudo, no começo, Deus não permitiu. 

3. Duas lições importantes:  Conhecer a si mesmo e conhecer a Deus. 
(Dt 8.2,3). 

Deus os levou para o deserto para que Ele pudesse encontrá-los  ali; falar com eles; revelar-se a eles, ensinando-lhes a se conhecerem e a conhece-lo. 

Israel jamais conheceria Deus numa estrada feita por Homens. Israel destinava-se a ser uma nação sacerdotal.  Você também jamais conhecerá a Deus através de métodos humanos...

Quando os filhos de Israel deixaram o Egito, eram indisciplinados; portanto, tinham que ser treinados na escola do deserto.  

4. O Privilégio da Estrada mais longa:

4. 1. Depender  de Deus. Você já aprendeu a depender de Deus? 

Quais são suas experiências? Em nossa caminhada com Ele, há passagens luminosas, além das sombras, alegrias além das tristezas, raios de sol além das chuvas ou tempestades... 

Freqüentemente Deus  nos conduz a vales escuros para nos ensinar a bênção da comunhão divina. (Sl 23.4). "Vale da sombra da morte". O deserto  e o vale  são experiências que nos preparam aqui para a estrada que jaz  a nossa frente. 

5.  As pessoas da Estrada mais longa:

5.1 José e sua trajetória;

5.2 Apóstolo Paulo: Queria pregar aos Romanos, contudo foi para lá preso; mas da prisão saíram lindas epístolas.

5.3 Cristo: também passou pelo deserto.

5.4 Daniel e seus companheiros;

5.5 João Bunyan; David Livington;

5.6 Gunnar Vingrfe e Daniel Berg;

Constantemente há ziguezagues em nossos caminhos. Deus não nos prometeu levar-nos ao céu pelo caminho mais curto 

 "Não os peço que os tire do mundo, mas que os livres do mal". (Jo 17.15).

Temos a Escola da experiência. Aprender a não confiar na carne, para representar Deus. Vamos nos conformar e aceitar a estrada mais longa sem fazer atalhos.
                                         
escrito por José Elias Croce. 



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