A MISSÃO DE RESGATE DO SER HUMANO
Depois que Adão, entregou a terra para o domínio de satanás, Deus preparou um Plano de Resgate que fosse completo e perfeito como Ele é. JESUS CRISTO.
I João 3:8 (2ª parte) "...Para isto se manifestou o Filho de Deus, para destruir as obras do diabo".
A Salvação do Homem, ou o Resgate do Homem à sua condição inicial, conforme Lucas 19:10, passa obrigatoriamente pela destruição das obras do Diabo.
Quando Paulo estava fazendo a sua defesa diante do Rei Agripa, ele afirmou qual foi a ordem que ele recebeu de Deus para o seu ministério (Atos 26:18) "para lhes abrir os olhos e convertê-los das trevas para a luz, e da potestade de Satanás para Deus, a fim de que recebam eles remissão de pecados e herança entre os que são santificados pela fé em mim."
É LUTA ESPIRITUAL
Por isso este mesmo apóstolo Paulo pôde escrever em Efésios 6:10-18 - o detalhe do que é uma Luta Espiritual. Em especial o verso 12: "Pois não temos de lutar contra a carne e o sangue, e, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os poderes deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais da maldade nas regiões celestes"
Jesus veio a este mundo para destruir as obras do diabo. Aquele que segue o seu Mestre, tem compromisso de ser continuador desta obra. É o que nos mostra Atos 1:1.
É uma verdadeira MISSÃO de resgate de almas preciosas que estão em poder de satanás. Jesus iniciou (conforme Lucas 4:18) e a Igreja continua esta obra de resgate. Colossenses 1:13
Em Mateus 16:18 está escrito: "As portas do inferno (do grego = hades) não prevalecerão contra a Igreja"
Este texto não está falando em defensiva, mas é ataque! "Portas" = "autoridades"
A CHAVE É A ORAÇÃO (Efésios 6:18)
Você deve estar pensando, como entrar nas regiões celestes para guerrear e vencer. Só há uma maneira. A maneira pela qual entramos nas regiões celestes para guerrearmos é a ORAÇÃO.
ORAÇÃO - É o combustível que move o braço de Deus em favor das pessoas que estamos intercedendo para serem salvas. Lembre-se, Deus jamais moverá seu braço em vão (à toa).
Alguns exemplos bíblicos de Guerra Espiritual e a importância da Oração como meio de Mover as regiões celestes:
a) Daniel - Daniel 10:1-3 e 10:13
b) Jesus - Lucas 4:1-2
c) Paulo - Atos 16:16-18 e Atos 19:1-20
Os grandes avivamentos só aconteceram como resultados de orações do povo de Deus.
ORAÇÃO à A Maior Arma do Cristão na Evangelização
Mais do que nunca, precisamos de Igrejas que compreendam a importância da oração. Vivemos um tempo de grande movimento mundial de oração. No entanto, a questão central tem sido muito básica: na prática, por quais tipos de problemas Deus se interessa ? - Deus não se impõe limites. Muitos, e por muitas vezes tem considerado que Deus não quer ser incomodado por qualquer coisa. No entanto a própria Palavra e a experiência têm mostrado o contrário.
-Oração de Mark Gepertt na URSS em 1986 (12:00h de 25/04/86)
As atividades cristãs de peso dependem do soerguimento, da quantidade e da qualidade do ministério de oração que antecede e acompanha essas atividades
DE VOLTA PARA O FUTURO
Podemos iniciar nossa abordagem a partir dos relatos do Livro do Gênesis. O nome hebraico do livro deriva da sua primeira palavra, Bereshit ("No princípio"). Para pensarmos na Criação, temos que levar em conta que o Livro de Bereshit não se propõe a um relato científico. Não temos qualquer preocupação em faze-lo harmonizar-se com a ciência, mesmo porque a ciência ainda está em uma fase de novas descobertas e afirmações, e refaz muitas de suas posições e declarações.
Partimos do pressuposto de que temos em nossas mãos uma revelação divina, correta, sem necessidade de conserto. Isso não quer dizer que o relato seja anticientífico, mas sim que é teológico. Não se preocupa em ensinar ciência, mas sobre Deus.
1.1.- "No principio criou DEUS...".
Deixa claro que Deus é o sujeito da Criação. Ela não é um acaso. Tem um Autor consciente. Assim, "Bereshit barah Elohim...". Esse que criou o céu e a terra é Elohim. Essa é a forma plural de Elôah, um singular que surge em linguagem poética. A raiz é El, provavelmente "Ser forte, Ser poderoso". Elohim é usado em várias passagens como nome de Deus e não significa, necessariamente, a Trindade. Não é negar a Trindade, mas apenas afirmar que basear a doutrina apenas aqui, nesse nome, é dar-lhe fundamento precário.
O texto de Provérbios 8:22-30 nos fala desse tempo, "no princípio", que ninguém pode dizer quando, em que não havia nada, só havia Deus. Esse é o tempo do nada, em que só Deus existia.
1.2.- "CRIOU Deus..."
O hebraico traz o verbo barah. Não significa "criar do nada". Em 1:27 é também usado para a criação do homem a partir de material existente. É um verbo reservado à ação criadora de Deus.
1.3.- "A terra era SEM FORMA e VAZIA..."
No hebraico, tôhu va bôhu. O primeiro termo indica "deserto, desolação" em termos físicos. O segundo, aparece mais duas vezes e sempre em conexão com tôhu. A partir dessa construção no hebraico, poderíamos perfeitamente traduzir "e a terra veio a ser sem forma e vazia".
Com base nisso, poderíamos aqui introduzir uma idéia que não é muito difundida, mas que cabe perfeitamente, que é a da "recriação".
Nós vivemos dentro de um contexto de temporalidade. Mas para Deus não há essa expectativa de tempo. Ele é o "El Olam" o Deus Eterno. O tempo, na Bíblia, como o conhecemos e discernimos, e aprendemos com a divisão A.T. e N.T., não passaria de um parêntesis entre a eternidade passada e a eternidade futura. É importante se observar que a palavra "dia" é o hebraico yôm que pode ser traduzida literalmente por dia de 24 horas, pelo período de luz solar, ou ainda, um tempo indeterminado, como no caso de "o dia do Senhor" (yôm YHWH).
Há uma grande diferença, um grande abismo, entre os dois primeiros versos de Gênesis. Como Deus poderia ter criado uma terra sem forma, desordenada e vazia, além de totalmente envolvida em trevas??? Parece que entre os dois versículos algo aconteceu que alterou a ordem inicial da criação, deixando-a sem ordem e vazia.
Isaías 45:18 afirma que Deus "... fez e compôs..." a terra. "... não criou em vão, mas a criou para que fosse habitada: Eu sou Jeová, e não há outro". Primeiramente Deus criou e, em um segundo tempo, a compôs. Deus não criou o caos descrito no verso 2. Ele criou a terra perfeita e inclusive com seres habitando esta criação. Então houve uma criação perfeita que se tornou o caos.
Houve um tempo em que o plano de Deus sofreu uma variação. Foi interrompido por Deus mesmo, a fim de cumprir seus propósitos. E a ação de Deus provocou uma catástrofe tal que depois dela Deus precisou compor a Terra. A isto se chama "juízo de Deus sobre a criação pré-adâmica". Isso nos leva a entender que houve uma criação pré-adâmica
A Palavra de Deus (Gen.1:1) nos ensina que antes dos nossos dias, existiu uma etapa de duração indefinida, eterna, caracterizada pela inexistência do mal. Tendo em vista que não haviam os dias como hoje o conhecemos; tendo em vista que um dia para Deus é como mil anos, e mil anos como um dia; tendo em vista que na eternidade não há contagem de tempo; então podemos concluir que o período de existência dessa primeira criação foi incontável - milhões, bilhões, ou mesmo muito mais que bilhões de anos.
1.4.- Uma Possível Recriação - Ezequiel 28:12-19
Historicamente Tiro nunca teve um rei. Aqui fala de um ser criado por Deus, que no livro de Isaías 14 recebe o nome de Lúcifer, o filho da manhã. O querubim que viria a converter-se no diabo. Esse querubim era selo da perfeição, cheio de sabedoria e completo em formosura. Encontrava-se em Éden, o jardim de Deus. Suas vestes eram todas de pedras preciosas. Seus ornamentos e flautas estiveram preparados para ele no dia de sua criação. Ele possuía em si mesmo ornamentos e flautas. Era um ser criado, não eterno. Houve um momento, um dia em que foi criado. Deus colocou esse querubim protetor no Santo Monte de Deus. Passeava entre pedras afogueadas.
Isso nos esclarece que esse querubim passeava no Éden que estava localizado exatamente no Monte Santo de Deus. É interessante que, enquanto o Éden relatado como local de Adão e Eva se revela como um reino de natureza vegetal, este horto ao qual se refere Ezequiel, fala de um mundo de natureza mineral. Não encontramos Adão caminhando em pedras afogueadas, mas entre árvores, plantas e animais.
Desde o dia de sua criação foi perfeito em todos os seus caminhos. No entanto, houve um dia em que tudo mudou, um dia em que foi achada iniqüidade nele. Como conseqüência, foi colocado fora do Monte de Deus, e Deus o lançou para fora das pedras afogueadas. Seu coração se exaltou devido à sua formosura, e sua sabedoria foi corrompida por causa de seu esplendor.
Com a multidão de suas maldades e com a iniqüidade de suas contratações, profanou o santuário. Aqui, santuário, unido a ornamentos e flautas, certamente fala de adoração e, portanto, de um sacerdócio.
Deus colocou um fogo nomeio dele que o consumiu, e Deus o colocou por cinza sobre a terra, aos olhos de todos. O local de habitação de Lúcifer era o ideal que originalmente estava no coração de Deus. O jardim aonde veio habitar Adão e onde nós habitamos hoje parece ser apenas um reflexo, uma habitação temporária que deverá ser destruída pelo fogo (2 Pd.3:12-13) a fim de dar lugar ao plano original de Deus. A descrição da Nova Jerusalém (Ap.21:18-21) oferece uma passagem praticamente paralela ao que lemos em Ezequiel 28.
Então compreendemos que nosso alvo final, a nova Jerusalém celestial é, em verdade, o ideal que Deus tinha em mente desde a eternidade passada.
1.5.- Características da "Eternidade Passada"
Durante esse período que chamamos "Eternidade Passada", que vai desde "o princípio" quando Deus criou os céus e a terra, até esse momento traumático em que houve iniqüidade, podem ter transcorrido centenas, milhares ou milhões de anos, não sabemos. O tempo não significa nada nesse período.
O valor e a sublimidade da criação se deviam por duas características básicas: (1) somente existia uma Autoridade em toda a criação - a Autoridade de Deus; (2) somente havia uma Vontade em toda a criação - a vontade do Criador.
Antes de sua queda, se pode dizer que Lúcifer exercia um papel de Primeiro Ministro, governando possivelmente todo o universo. Era dele a responsabilidade de exercer a autoridade delegada de Deus sobre toda a criação (Is.14:16). Mas houve um momento em que tudo mudou. Houve a manifestação (pela primeira vez) de uma segunda vontade.
1.6.- O Juízo Divino
A catástrofe produzida pelo juízo divino é traduzida em Jeremias 4:23-28 (recorde que Deus havia criado a terra perfeita). O v. 23 poderia ser traduzido como "olhei a terra e ela estava sem ordem e vazia". Parece obvio que Deus está falando a mesma coisa de Gn.1:2.
Veja 2 Pd. 3:5-7, onde o apóstolo estabelece distinção entre o mundo de então, o qual pereceu, e os céus e a terra que existem agora, guardados pelo fogo do dia do juízo. Segundo o apóstolo Pedro o mundo de então pereceu completamente coberto de água (Gn. 1:6-8). De acordo com a Palavra, no primeiro dia foi criada a luz, e separada das trevas. De onde surgiu então essa água que cobria os céus e a terra, e que precisou ser separada em duas expansões, senão do juízo de que fala Pedro?
1.7.- O Grande Parêntesis
A raiz da rebelião de Satanás produz nele um processo degenerativo, cuja duração desconhecemos. Seguramente se trata de um período muito grande de trevas, para permitir que aquele que era o selo da perfeição se corrompesse até se tornar em satanás, o inimigo de Deus. Que sentido de incapacidade terá experimentado satanás ao dar-se conta de que sem Deus não tinha nenhuma habilidade criadora, nenhuma possibilidade de fazer nada para impedir o estado caótico em que caiu a criação devido à sua rebelião (Gn. 1:2).
Este é o momento em que Deus decide finalizar a etapa de eternidade passada, e a interrompendo-a e abrindo um parêntesis, que nós denominaremos "Os tempos da Bíblia". Deus intervém com o poder de sua Palavra, e com uma só frase termina a etapa de escuridão: "disse Deus: haja luz; e houve luz. E viu Deus que a luz era boa; e separou Deus a luz das trevas" (Gn. 1:3-4).
Com essa passagem dá início à semana de seis yôm de trabalho e de descanso nos quais Deus "compôs" sua criação. Alguns têm chamado essa semana de "a re-criação" ou "segunda criação", que é o Éden ao qual estamos acostumados, no qual aparecem as árvores, as aves, os peixes, o sol, as estrelas.
1.8.- A Criação do Homem
A criação chega ao seu ponto culminante. A linguagem é solene e isso não pode ser ignorado. "Façamos" aqui pode ter duas interpretações, ambas perfeitamente possíveis. A primeira, talvez a mais comum, é a idéia da Trindade, no sentido de que o Pai estaria consultando o Filho e o Espírito Santo. A outra declara que seria uma consulta à sua corte celestial, nos mesmos termos que aparecem em 3:22. Seria uma convocação de toda a criação para assistirem ao evento. E essa segunda opção se aplica perfeitamente quando lembramos que seria uma forma de Deus estar mostrando a Lúcifer que agora havia alguém para substituí-lo diante da presença do Trono de Deus.
Imagine em meio a toda essa dinâmica, os seres sob o juízo de Deus correm assombrados de um lugar para o outro, vendo desenvolver-se diante deles essa nuvem de criação, coisa de que eles eram incapazes. Então, repentinamente, Deus diz "façamos o homem à nossa imagem e à nossa semelhança". E esse ser imundo, o diabo, escuta e diz "O que?", e os outros respondem "Disse o Homem?" "Que é Homem? Averigúem que é Homem". Mas nada fica sabendo, só Deus tem a resposta.
O homem. A palavra hebraica traduzida por homem é adam, um termo coletivo e não individual. Aqui, poderíamos perfeitamente incluir a mulher, ou mesmo a própria humanidade. Com relação à humanidade, é pacífico e lógico. Em relação à mulher, vemos que o texto bíblico só vai nomeá-la de forma diferente após a queda, pois até ali quando Deus desejava referir-se ao homem, ou à mulher, ou a ambos, apenas chamava "adam" e ambos olhavam e respondiam. Tal terminologia já traz consigo também a idéia de unidade, a mesma unidade intrínseca a Deus.
Há na criação do homem uma declaração ecológica. Acabando com a natureza, o homem acaba consigo mesmo, pois é muito significativo que "humanidade" no hebraico é adam, e "solo" é adamah.
Imagem e Semelhança de Deus. Aqui temos dois termos hebraicos - tselem e demt. No texto original hebraico não aparece a partícula vav, que no português seria a conjunção "e", demonstrando aqui serem dois termos que se reforçam mutuamente, com a finalidade de diferenciar o homem do restante da criação. Tais termos nos fazem ver qualidades divinas implantadas no homem, de tal forma como em nenhuma outra parte da criação. Se Lúcifer tinha o privilégio de estar presente diante do Trono, nunca foi à imagem/semelhança de Deus, e nunca teve o privilégio que temos de ser habitação do próprio Deus.
1.9.- A Igreja é a resposta de Deus
O nosso papel como Igreja é governar, e não esperar que as coisas piorem para que venha o fim dos tempos. - O primeiro texto a considerar é Ef. 3:10-11 à I Co.15:24-25 + Hb. 10:13 + Rm. 16:20
CONCLUSÃO - O FUTURO ESTÁ NO PASSADO
Ao observarmos toda essa lição, concluímos que:
(1). O Juízo de Deus foi exercido contra Lúcifer no momento em que pecou;
(2). Deus não foi pego de surpresa;
(3). Deus não destruiu Lúcifer e seus seguidores a fim de que eles e todo o restante da criação contemplassem as conseqüências de uma rebelião;
(4). Deus está levando sua criação a experimentar uma volta ao seu plano original;
(5). Sua Igreja foi instituída para ocupar o lugar que era de Lúcifer - contempladora da Glória do Senhor, estar no Seu Monte Santo, e adorá-LO.
Edson Valentim de Freitas Filho
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