segunda-feira, 5 de julho de 2021

CONTINUE NO PROPÓSITO DA GUERRA

 

 

Continue no Propósito da Guerra

 

"Mas o meu justo viverá da fé; e se ele recuar, a minha alma não tem prazer nele. Nós, porém, não somos daqueles que recuam para a perdição, mas daqueles que crêem para a conservação da alma." (Hb 10:38,39.)

 

Como cristãos, as nossas vitórias já estão garantidas, mas sabemos que o preço pago não foi barato. Precisaremos continuar crendo, continuar confessando e continuar lutando.

 

1. CONTINUAR CRENDO

Precisamos ter a certeza de que foi Deus quem fez a promessa de que o justo viverá da fé. "Mas o meu justo viverá da fé; e se ele recuar, a minha alma não tem prazer nele. Nós, porém, não somos daqueles que recuam para a perdição, mas daqueles que crêem para a conservação da alma." (Hb 10:38,39.)

Quando Gideão foi convocado por Deus (Jz 6), ele não acreditava que poderia ser um instrumento em Suas mãos, ou que o Senhor Deus seria capaz de cumprir a promessa de salvar o povo das mãos do inimigo. Gideão fez provas, sim, com Deus, e o Senhor o honrou, para mostrar-lhe que estava à frente da batalha. Deus vai fazer o sobrenatural no processo que cada valente está passando, pois Ele mes­mo honrará a fé e não fará pouco caso de nós.

Por isso, em meio às circunstâncias adversas, continue olhando para Deus. É claro que Ele não nos prometeu um mar de rosas na caminhada cristã, mas espera que, principal­mente nas horas mais difíceis, olhemos para Ele e creiamos. Isso também significa que, ao aguardarmos nEle para rece­bermos as nossas bênçãos, precisaremos confiar mesmo dian­te de quadros catastróficos, pois não há impossíveis para Deus. Continuar crendo significa que mesmo não obtendo respos­tas do jeito ou no tempo que gostaríamos de tê-las, continua­mos acreditando que Deus não vai deixar de operar.

Mas, o que fazer enquanto esperamos? Continuaremos confessando a vitória no nosso Deus. O gigante da incre­dulidade não é maior que o Senhor. Continuaremos cren­do, mesmo que todos digam que não há mais esperança; creremos contra a esperança, pois o nosso Deus é vivo e faz maravilhas. O crente só é chamado de crente, porque ele crê. Somos filhos de Deus chamados para crer. Satanás não obterá vitórias sobre nós se, como valentes, firmarmos a nossa fé e não aceitarmos os relatórios do inimigo.

 

2. CONTINUAR CONFESSANDO

A nossa atitude de crer não é isolada. Temos de crer na vitória e confessá-la diariamente. Temos de aprender a re­ter com firmeza a nossa confissão. "Retenhamos inabalá­vel a confissão da nossa esperança, porque fiel é aquele que fez a promessa." (Hb 10:23.) Muita gente afirma crer que Deus fará milagres, mas permanece de boca fechada sem proclamar uma palavra de vitória. A fé genuína con­fessa a sua vitória, se expressa verbalmente.

Para um valente de Deus precisamos aplicar o princípio da confissão. A Bíblia diz: "Tendo porém o mesmo espírito da fé, como está escrito: Eu cri, por isso falei, também nós cremos, por isso também nós falamos" (2 Co 4:13). Nós confessaremos que o Senhor é o nosso ajudador; Ele irá adiante de nós e nos dará graça mediante cada situação (SI 54:4; Is 45:2; Jr 20:11). Satanás enviará o seu exército de gigantes contra nós, mas isto não será suficiente para o poder de Deus.

A vitória não se dará apenas de forma mental, ou seja, tendo apenas os pensamentos de que as coisas funcionam. A Bíblia diz que com o coração se crê e com a boca se con­fessa. Há um quê de vitória na confissão da Palavra que está registrada na Bíblia. Isso não significa a confissão po­sitiva que a Nova Era emprega. Estamos falando de uma confissão nas promessas de Deus, que jorram de nossos lá­bios e que se tornam vivas em nossa vida. O mero assentimento mental tem levado muitas pessoas para a derrota.

O que é o assentimento mental senão apenas pensar que as coisas podem dar certo? As vitórias haverão de se mate­rializar diante de nós mediante a confissão bíblica que fluirá dos nossos lábios. Gideão, grande homem de Deus, a prin­cípio só sabia confessar a sua desgraça e a sua pobreza, mas aprendeu, através da experiência com Deus, que no Senhor os nossos limites são superados.

 

3. CONTINUAR LUTANDO

Por que muitos têm derrotas diárias? Porque acham que sabem como lutar, mas entram na guerra despreparados. Soldado destreinado é alvo fácil para o inimigo. No entan­to, estamos em lutas diárias com o adversário. O que temos de fazer é saber que o Senhor está conosco e que nos dará vitória.

O que tem acontecido demais em nossos dias é que as pessoas nem sempre estão com disposição para lutar; de­sistem facilmente diante das mais variadas situações. As pessoas têm olhado os gigantes do dia-a-dia e têm o ânimo enfraquecido devido à falta de fé ou de garra para lutar por algo melhor. A Bíblia diz que a fé sem obras é morta. Dizer que cremos, mas não lutamos em fé por aquilo que almejamos, é ter uma fé morta. Temos de mostrar obras resultantes da fé. A luta faz parte do processo e temos de construir os nossos alicerces para podermos estar no pe­destal da vitória. Um gigante de Deus não desiste em meio à batalha. Não podemos barganhar a paz com o inimigo, mesmo diante de gigantes que pensamos que são maiores do que nós; com Satanás só teremos guerra.

Quando Gideão viu um exército de mais de 20.000 ho­mens que lutaria contra os midianitas, ele se alegrou. Aos olhos humanos esse número falava de uma possível vitó­ria, mas Deus lhe disse que quem lhe daria a vitória seria

Ele e não os homens. O Senhor selecionou aqueles solda­dos e apenas com trezentos homens Gideão ganhou a guer­ra. Quando Deus está guerreando conosco, Ele nos exalta e vai à nossa frente nos dando a vitória. E o Senhor quem luta por nós. Por isso, diante das circunstâncias, resista. Rejeite o espírito de frouxidão que tem repousado sobre muitos nestes últimos dias, levando-os a se acomodarem às situações. Somos guerreiros do Senhor; Ele é chefe e co­mandante de nosso exército e vai adiante de nós.

Ter vitórias em nossas mãos não é resultado do acaso, de simples coincidência ou de uma "fórmula mágica". A vitória é o resultado de uma fé prática que põe em ação os segredos de Deus para o sucesso. Temos de crer nas pro­messas, confessá-las e lutar por elas. O sucesso acontece quando entendemos que o caminhar com Deus nos ensina a nos submeter aos Seus princípios, para que alcancemos a vitória. Assim deve ser em sua vida, se você quiser desfru­tar do melhor de Deus.

  Fazendo Bom Uso das Armas Espirituais


"Vai, ajunta todos os judeus que se acham em Susã, e jejuai por mim, e não comais nem bebais por três dias, nem de noite nem de dia; e eu e as minhas moças também assim jejuaremos. Depois irei ter com o rei, ainda que isso não é segundo a lei; e se eu perecer, pereci." (Et 4:16.)

 

Comentaremos agora sobre uma mulher valente de Deus, que ganhou o coração de um rei e destronou as obras do diabo sobre seu povo. Essa era Ester.

Nós sabemos que Satanás não veio para outra coisa, senão para matar, roubar e destruir. E ele tentou fazer isto com o povo de Deus usando um homem chamado Hamã. Mas, ao ser comunicada sobre o plano de destruição do seu povo, Ester não perdeu tempo. Como boa valente, bus­cou logo uma estratégia para vencer: ela destruiria as for­ças espirituais. Podemos perguntar: como?

 

1.      JEJUANDO E ORANDO

"Vai, ajunta todos os judeus que se acharem em Susã, e jejuai por mim. Não comais nem bebais durante três dias, nem de dia nem de noite, e eu e as minhas moças também assim jejuaremos." (Et 4:16.)

 

Vemos essa estratégia na vida de todos os guerreiros de Deus. Foi assim com Daniel, Gideão, Neemias, Esdras, Davi, etc. Não foi diferente com Ester. Ela convocou o povo para jejuar e orar, vencendo, assim, a força e a estratégia do diabo no mundo espiritual. Se você quer vencer uma guerra com a direção de Deus, saiba que essa é a primeira estratégia da sua vitória: o jejum e a oração.

Nunca se esqueça de que a nossa luta não é contra car­ne e nem sangue, mas contra principados e potestades, con­tra as forças do mal (Ef 6:12). Portanto, se você não vencer as forças de Satanás que agem por detrás dos homens e das situações, como vencerá uma guerra? Por isso os covar­des não têm como entrar no Reino de Deus. Os covardes nunca querem ir para a guerra porque não desejam se ex­por, lutar e enfrentar o inimigo.

 

2. AGINDO

Ester agiu, apresentando-se ao rei. Colocou em risco a própria vida. "Depois irei ter com o rei, ainda que seja con­tra a lei. E se eu perecer, pereci." (Et 4:16c.)

Quando guerreamos, colocamos em risco a nossa própria vida para vencermos a guerra. Os covardes não fazem isso, porque são passivos, neutros. Entretanto, essa nunca foi a postura de Deus. O Senhor sempre mostrou, para o povo, que eles deveriam ser guerreiros com base nas estra­tégias dadas por Ele (Et 5). Ester não se acovardou e por esta causa foi recebida pelo rei.

Podemos nos lembrar do exemplo de Jonas: ele se aco­vardou. Os covardes são tomados pelo sentimento do medo. Sabemos que o medo nos paralisa diante da situação. Mas, temos uma arma para vencer o medo: a fé. Conseguimos vencer pela fé, porque ela não se paralisa diante da cir­cunstância nem em meio à situação. A dimensão da fé está acima da dimensão humana. Ela tem sua própria visão e esperança. Ela não se firma no aparente, naquilo que a circunstância apresenta, mas está firme no propósito.

Jonas teve medo do poder pecaminoso que atuava em Nínive. Mas vemos que Ester não teve medo da estratégia maligna de morte, pois ela buscou a estratégia de Deus.

Jonas sofreu muito pela sua covardia; teve de arrepen­der-se e clamar a Deus, por misericórdia, em meio a cir­cunstâncias nada agradáveis. Muitos estão no abismo por­que são covardes, fujões, passivos, e não querem assumir responsabilidades.

Reconhecemos que é difícil enfrentar uma guerra; não é fácil para ninguém. Mas, a única coisa que você não pode fazer é se acovardar e fugir. O medo paralisa a fé e estanca a ação. E muitos, por causa disso, se escondem. Não se es­conda no meio da guerra, porque do esconderijo você irá para o ventre do peixe, que significa um lugar de abismo, angústias e escuridão (Jn 2).

Não se esconda e nem busque desculpas para não ir à guerra. Ore, jejue e aja. Não fique como que se balançando numa rede, mas trabalhe pelas suas vitórias. Siga o exemplo da valente Ester: enfrente logo e guerreie, porque a vi­tória é certa.

 

3. CRENDO QUE DEUS PELEJA POR NÓS

Hamã era um homem que ansiava a morte dos judeus e para tal intento traçou um plano diabólico (Et 3:8-14). "Enviaram-se as cartas por intermédio dos correios a to­das as províncias do rei, para que destruíssem, matassem e aniquilassem a todos os judeus, moços e velhos, crianças e mulheres, em um mesmo dia, no dia treze do décimo se­gundo mês, que é o mês de adar, e para que lhes saqueas­sem os bens." (Et 3:13.)

Satanás usou Hamã, um homem que tinha um cargo político, para tentar destruir o povo de Deus. O plano do inimigo foi colocado em prática, mas o Senhor era com aque­le povo. "Se Deus é por nós quem será contra nós?" (Rm 8:31.) Deus se encarregou de vencer o inimigo com a mes­ma estratégia que Hamã havia pensado em usar.

Toda a autoridade que se levanta contra o povo de Deus será destruída, porque quem toma a nossa causa é o Se­nhor. Hamã morreu no laço que ele mesmo havia prepara­do. "Assim, enforcaram a Hamã na forca que ele tinha pre­parado para Mordecai." (Et 7:10.)

Quando nós estamos sob a direção de Deus, o nosso ini­migo é confundido, vencido pela sua própria estratégia. Por isso, nunca manche suas vestes com a vingança; Deus é o verdadeiro juiz e sabe, muito mais que nós, como punir o inimigo. Deus vai à frente das nossas batalhas, por isso não devemos temer as ameaças, as acusações, as falcatruas. Hamã era o tipo de autoridade política que usava todas essas armas sujas. Hoje Deus está abrindo a nossa visão e nos dando um novo tempo, para que possamos vencer es­ses inimigos.

Devemos ter a postura de não entrar no jogo do inimi­go, de não deixar que ele tire a nossa atenção do alvo, com estratégias mentirosas e covardes. Temos de caminhar na oração, no jejum, na ação, crendo que o Senhor, o Grande Guibor, vai à nossa frente pelejando por nós.

Ester foi uma valente usada por Deus no meio político, para vencer as falcatruas, as mentiras, os laços de morte que Satanás tinha para o povo. Precisamos olhar para esta mulher e entender mais do que nunca que essa é a nossa realidade. Satanás tem tentado destruir as famílias, a igre­ja, os governos, a economia, enfim, tudo. E nós, como povo valente e destemido, vamos enfrentar e vencer esses demô­nios na força e na estratégia do Todo-Poderoso.

Verdadeiramente precisamos nos espelhar no testemu­nho de Ester. Não se acovarde, meu irmão, não se intimi­de. Lute com as estratégias que Deus tem nos dado e você alcançará grandes vitórias.

 

"Veio o temor de Deus sobre todos os reinos daquelas terras, quando ouviram que o Senhor havia pelejado contra os inimigos de Israel." (2 Cr 20:29.)


Rene Terra Nova 





CONHECENDO O "PODER" DO INIMIGO

 

 

 CONHECENDO O "PODER" DO INIMIGO

 

Nenhum de nós entra numa batalha sem saber o que o adversário possui. Por isso, a cautela e a simplicidade são ca­racterísticas infalíveis ministradas por Jesus: "... portanto, sede prudentes como as serpentes e simples como as pombas" (Mt 10:16). Nós não podemos subestimar a força do adversário. "O vosso adversário, o Diabo, anda em derredor, rugindo como leão, e procurando a quem possa tragar." (1 Pe 5:8.)

 

Sabemos que Deus nos dá todas as pistas. Jesus disse: "Qual é o rei, que antes de sair para uma guerra, não se senta primeiro para calcular se com dez mil homens pode enfrentar aquele que vem contra ele com vinte mil?" (Lc 14:31.) Muitas guerras foram perdidas, porque o inimigo subestimou a potencialidade do adversário. Esse foi o caso de Golias.

 

A estratégia inteligente é mais poderosa que armas po­tentes. Um exército de dez mil homens poderá vencer um de vinte mil? Se parar para planejar e calcular, vencerá; se não, será vencido! A maior batalha em uma guerra, é deter o inimigo, pois não sabemos se o adversário será fiel à propos­ta.

 

A despeito de tantas experiências, os valentes não se im­pressionam com as armas do adversário, mas com a equipe unida que está preparada para lutar e vencer. Assim foi com Gideão que venceu um exército numeroso apenas com tre­zentos homens.

 

O segredo está na estratégia. Como valentes de Deus vamos buscar do Senhor conhecimento para que o adversário não nos apanhe de surpresa. A criatividade é uma arma que não tem preço e se for debaixo dos princípios sa­grados, jamais seremos derrotados.

Os valentes de Deus não se entregam nem se intimidam, mas precisam de organização. Se procedermos dessa ma­neira, seguindo conselhos justos da Palavra Sagrada, não seremos frustrados, mas frustraremos os planos do adver­sário. Vamos unir nossa fé, e assim levantaremos um exér­cito que pareça exatamente com o seu general. Posicione-se como valente de Deus e arrarai!!

 

 

Revestidos de Autoridade Para

Vencer o Medo

 

"Mas, quanto aos medrosos, c aos incrédulos... a sua parte será no lago ardente de fogo e enxofre, que é a segunda morte." (Ap 21:8.)

 

O termo "valente" é descrito no dicionário como uma pa­lavra latina que quer dizer valor, ou que tem e possui valor; aquele que possui coragem; denodado; que possui qualida­de; intrépido, forte, robusto, que é vigoroso; eficaz; enérgico; aplicado e habilitado para; rijo; sólido.

Quem são os valentes de Deus? Na visão bíblica, sabe­mos que são aqueles que andaram segundo o coração do Pai, que não viram o inimigo como um obstáculo demasia­damente difícil, e embora não tenham subestimado a força do adversário, lutaram para que o Reino fosse preservado.

"São estes os nomes dos valentes de Davi: Josebe-Bassebete, o taquemonita; era este principal dos três; foi ele que, com a lança, matou oitocentos de uma vez." (2 Sm 23:8.)

Quando falamos de valentes, estamos nos referindo a valores, muitos dos quais foram olvidados (esquecidos), pela Igreja de Jesus e precisam ser recobrados. Estamos falando de uma posição de honra. É fácil detectar um valente nos nossos dias: basta observar se ele se opõe ao sistema que nos rege.

 

Temos de buscar em Deus uma coragem sobrena­tural para não nos contaminarmos com este mundo malig­no ("O mundo inteiro jaz no maligno" - 1 Jo 5:19) e an­darmos segundo o fruto do espírito ("Mas o fruto do Espí­rito é: o amor, o gozo, a paz, a longanimidade, a benignidade, a bondade, a fidelidade, a mansidão, domínio próprio; contra estas coisas não há lei" - Gl 5:22,23). Vimos na lição passada que o inimigo poderá nos vencer se usar com êxito duas das suas armas: o medo e a ferida.

Um dos homens mais corajosos da Bíblia foi Josué. No en­tanto, estava possuído de um espírito de medo e precisava de uma ministração direta do Senhor, para que fosse liberto.

"Depois da morte de Moisés, servo do Senhor, falou o Senhor a Josué', filho de Num, servidor de Moisés, dizendo: Moisés, meu ser­vo, é morto; levanta-te pois agora, passa este Jordão, tu e todo este povo, para a terra que eu dou aos filhos de Israel, lodo lugar que pisar a planta do vosso pé, vo-lo dei, como eu disse a Moisés. Desde o deserto e do Líbano, até o grande rio, o rio Eufrates, toda a terra dos heteus, e até o grande mar para o poente do sol, será o vosso termo. Ninguém te poderá resistir todos os dias da tua vida. Como fui com Moisés, assim serei contigo; não te deixarei, nem te desam­pararei. Esforça-te, e tem bom ânimo, porque tu farás a este povo herdar a terra que jurei a seus pais lhes daria. Tão-somente esfor­ça-te e tem mui bom ânimo, cuidando de fazer conforme toda a lei que meu servo Moisés te ordenou; não te desvies dela, nem para a direita nem para a esquerda, a fim de que sejas bem-sucedido por onde quer que andares. Não se aparte da tua boca o livro desta lei, antes medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer conforme tudo quanto nele está escrito; porque então farás prosperar o teu caminho, e serás bem-sucedido." (Js 1:1-8.)

 

No texto acima vemos que o Senhor ministra coragem para Josué, um líder que fora ministrado por Moisés, o discipulador mais admirável do Velho Testamento, que fez milagres, pro­dígios e maravilhas, sob o comando do Senhor. Após a morte de Moisés, Deus levanta Josué. Esse líder se sentiu totalmen­te incapacitado e sem chances para concorrer com o anteces­sor. Porém, Deus lhe diz: "Assim como fui com Moisés, meu servo, Eu serei contigo, porém, esforça-te e não tenha medo." Todo medo deve ser renunciado. Se o valente de Deus quiser vencer as dificuldades, tem de vencer o medo.

Nós estamos lutando para tomar uma cidade e Satanás não a entregará facilmente. Ele vai nos envolver na sua guerra. Nós vamos entrar nessa guerra espiritual e vamos vencê-la, pois à nossa frente vai o General dos generais, o Senhor dos senhores. Não tenha medo. "O perfeito amor lança fora o medo... e quem tem medo não está aperfeiçoa­do no amor." (1 Jo 4:18.)

Estamos numa guerra. A batalha é muito difícil, mas sabemos que é uma responsabilidade nossa. Muitas vezes, humanamente falando, estaremos sozinhos no processo. No entanto, se você estiver com Deus, será maioria. "Não to mandei eu? Esforça-te e tem bom ânimo; não te atemori­zes, nem te espantes; porque o Senhor teu Deus está con­tigo, por onde quer que andares." (Js 1:9.)

Quando falamos de guerra, muitos tipos de conflitos vêm à nossa mente. Porém, esta não é uma guerra física, nem ideológica; é espiritual: "Pois não é contra carne e sangue que temos que lutar, mas sim contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes do mundo destas tre­vas, contra as hostes espirituais da iniqüidade nas regiões celestes." (Ef 6:12.) Por isso, precisamos ser valentes e nos nutrir de coragem. A coragem não é uma opção, é uma exi­gência de Deus para quem foi chamado à batalha. Você é um de nós? Então lute!

Muitas vezes não vencemos a nossa guerra porque esta­mos com medo. O medo é colocado por um espírito maligno, que paralisa a fé e neutraliza a ação. A coragem é o oposto da covardia. A coragem está em você agir, independente­mente do medo. "Não temas o que hás de padecer. Eis que o Diabo está para lançar alguns de vós na prisão, para que sejais provados; e tereis uma tribulação de dez dias. Sê fiel até a morte, e dar-te-ei a coroa da vida." (Ap 2:10.)

Resista! Essa é uma ordem dada por Deus: não tenha medo. Se você não controlar o medo, será controlado por ele e, desta forma, deixará de ser fiel e negará a Cristo. O medo nos leva a negar o Mestre:

 

"Ora, Pedro estava sentado fora, no pátio; c aproximou-se dele urna criada, que disse: Tu também estavas com Jesus, o galileu. Mas ele negou diante de todos, dizendo: Não sei o que dizes. E saindo ele para o vestíbulo, outra criada o viu, e disse aos que ali estavam: Este também estava com Jesus, o nazareno. E ele negou outra vez, e com juramento: Não conheço tal homem. E daí a pouco, aproximando-se os que ali estavam, disseram a Pedro: Cer­tamente tu também és um deles pois a tua fala te denuncia. Então começou ele a praguejar e a jurar, dizendo: Não conheço esse ho­mem. E imediatamente o galo cantou." (Mt 26:69-74.)

 

Alguns são tão covardes que encabeçam a lista daque­les que não herdarão o Reino de Deus. "Mas, quanto aos medrosos, e aos incrédulos... a sua parte será no lago ardente de fogo e enxofre, que é a segunda morte." (Ap 21:8 – grifo do autor.) Se você leva uma vida controlada pelo medo espiritual, não herdará os céus. Os medrosos vêm antes dos incrédulos, e os incrédulos geralmente são resultantes da timidez espiritual, que os leva a uma vida de descrédito da fé. Nós somos chamados por Deus para controlarmos o medo; não fomos chamados para ser controlados por ele.

Os valentes de Deus precisam ser ministrados para reco­nhecerem essas duas armas: o medo e a ferida, a fim de que o inimigo não os controle. É tempo de a igreja caminhar saben­do quem ela é de fato, e em quem ela crê. "Para que se saiba desde o nascente do sol, e desde o poente, que fora de mim não há outro; eu sou o Senhor, e não há outro." (Is 45:6.)

Existem dois tipos de medo: o medo espiritual e o medo na­tural. Devemos detectar qual o tipo de medo que nos rege. O medo espiritual é colocado por demônios. O medo natu­ral é instalado nas relações pessoais pouco sadias, e é difícil de ser governado. Por isso, quem sofre de algum deles, preci­sa de libertação. Só há uma maneira de vencer, tanto o espi­ritual quanto o natural: tendo Jesus como o Mestre da nos­sa vida. Aí saberemos a quem devemos temer. O fato de ter­mos experiência com Deus nos dá a segurança de que nada poderá nos deter todos os dias da nossa vida ("Assim como fui com Moisés..." - Js 1:5). Servimos a Deus por temor -reconhecimento de autoridade - e não por medo de castigo. "Deus é amor, e o perfeito amor lança fora o medo... e quem tem medo não está aperfeiçoado no amor." (1 Jo 4:18.)

A única forma de ser curado do medo é ser ministrado na confiança em Jesus. Ele é a minha confiança suficiente para que eu seja sarado de qualquer ataque maligno ou prejuízo relacionai. A minha razão em Jesus é suficientemente boa para anular qualquer tipo de medo, espiritual ou natural.

Quando estamos passando por uma dificuldade ou um deserto, somos testados para ver se estamos com nossa confiança estabelecida em Deus ou nas situações que nos cer­cam. Seremos aprovados! Quando? Quando passarmos pelo fogo, pela água, etc. "Quando passares pelas águas, eu se­rei contigo; quando pelos rios, eles não te submergirão; quando passares pelo fogo, não te queimarás, nem a cha­ma arderá em ti." (Is 43:2.)

Devemos treinar nossa confiança em Jesus. O apóstolo Paulo nos dá uma ministração de coragem quando diz: "Quanto a mim... avançando... prossigo para o alvo" (Fp 3:13-14). Quanto mais batalha, mais combustível para pros­seguir para o alvo. Prossiga, independentemente da prova; não pare o projeto por causa do teste. É tempo de sermos treinados para uma conquista maior. A nossa provação não é maior do que o nosso Deus. Nenhum problema é tão gran­de que Ele não possa resolver. O nosso problema não é o problema. São as nossas atitudes diante da dificuldade, nos­sas reações, que tornam o problema grande ou pequeno. A nossa Solução é maior que tudo. Tire os olhos das circuns­tâncias e ponha-os na Sua esperança.

Queridos guerreiros, homens e mulheres de valor e de valentia, que a unção da graça multiplicadora lhes alcance e lhes faça mais do que vencedores (Rm 8:37). A sua vida deverá ser um instrumento para o louvor e a glória do nome daquele que os chamou: Cristo, esperança nossa. Lembrem-se de que o ferido e o medroso não conquistam territórios. Saibam que vocês são valentes de Deus e por isso devem avançar para a batalha.

 

"Porque não recebestes o espírito de escravidão, para outra vez estardes com temor, mas recebestes o Espírito de adoção, pelo qual clamamos: Aba, Pai!" (Rm 8:15.)

"E desde os dias de João, o Batista, até agora, o reino dos céus é tomado à força, e os violentos o tomam de assalto." (Mt 1 1:12.)


RENE TERRA NOVA 

SALVAÇÃO – UM PRESENTE DE DEUS

 

SALVAÇÃO – UM PRESENTE DE DEUS

“A oportunidade de viver eternamente”

A salvação em Jesus é a mensagem principal do evangelho, mas o que isso significa? Precisamos ser salvos do quê? Por que a salvação é tão importante? A Bíblia explica...

O grande problema do mundo é o pecado. Todos cometemos erros e esses erros estragam nossas vidas. Quando pecamos, nos tornamos escravos do pecado. Jesus veio para nos salvar de nossos pecados, apagando nosso passado na cruz e nos dando uma vida nova, guiada por Deus.

O pecado traz condenação. Merecemos ser castigados por nossos erros mas Jesus nos ama tanto que ele levou o castigo em nosso lugar! Jesus salva da condenação do pecado.

A morte é o resultado final do pecado. Todos pecamos, por isso todos vamos morrer. Mas, em Jesus, a morte não é o fim! Quando cremos em Jesus, recebemos a promessa da ressurreição e da vida eterna com Jesus.

Tudo que nós podemos fazer é crer nele e entregar nossas vidas a ele. E Jesus nos salva! 

CRER E OBEDECER

Se entregamos a vida a Jesus, temos que obedecer tudo que ele nos ensinou

Quando o pecado entrou no mundo, causou uma enorme separação entro o ser humano e Deus. O pecado provoca a morte, e nos deixou perdidos e sem esperança.

 

Para resolver a nossa grande perdição, Deus apresentou uma enorme salvação. Enviou o Seu único Filho para resgatar e dar vida eterna para todo aquele que crê nele.

 

A verdadeira alegria só pode ser experimentado por aqueles que foram resgatados por Jesus!

Portanto, ele é capaz de salvar definitivamente aqueles que, por meio dele, se aproximam de Deus, pois vive sempre para interceder por eles.

Hebreus 7:25

E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos. (Atos 4:12) | 

E eles disseram: Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo, tu e a tua casa. (Atos 16:31) | 

A minha alma espera somente em Deus; dele vem a minha salvação.

Salmos 62:1 |


E acontecerá que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.

Atos 2:21 | 

Visto que com o coração se crê para a justiça, e com a boca se faz confissão para a salvação.

Romanos 10:10 | 

Porque a graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens, ensinando-nos que, renunciando à impiedade e às concupiscências mundanas, vivamos neste presente século sóbria, justa e piamente. (Tito 2:11-12)  

Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar o que se havia perdido.

Lucas 19:10 | 

Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado.

Marcos 16:16 |

Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta, e espaçoso, o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela; E porque estreita é a porta, e apertado, o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem. (Mateus 7:13-14 )| 

Ao qual, não o havendo visto, amais; no qual, não o vendo agora, mas crendo, vos alegrais com gozo inefável e glorioso, alcançando o fim da vossa fé, a salvação da alma.

1 Pedro 1:8-9 | 

Assim também Cristo, oferecendo-se uma vez, para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para a salvação.

Hebreus 9:28 | 

Porque o Senhor assim no-lo mandou: Eu te pus para luz dos gentios, para que sejas de salvação até aos confins da terra.

Atos 13:47 | 

Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego.

Romanos 1:16 | 


Porque, se nós, sendo inimigos, fomos reconciliados com Deus pela morte de seu Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida.

Romanos 5:10 |

Porquanto, ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide;
o produto da oliveira minta, e os campos não produzam mantimento;
as ovelhas da malhada sejam arrebatadas, e nos currais não haja vacas,
todavia, eu me alegrarei no Senhor, exultarei no Deus da minha salvação.

Habacuque 3:17-18 | 


Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele.

João 3:17 | 

Em Deus está a minha salvação e a minha glória;
a rocha da minha fortaleza e o meu refúgio estão em Deus.

Salmos 62:7 | 

Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isso não vem de vós; é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie.

Efésios 2:8-9 | 

Porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.

Romanos 10:13 

Eu te amarei do coração, ó Senhor, fortaleza minha.

O Senhor é o meu rochedo, e o meu lugar forte, e o meu libertador;
o meu Deus, a minha fortaleza, em quem confio;
o meu escudo, a força da minha salvação e o meu alto refúgio.

Salmos 18:1-2 | 


Porque a palavra da cruz é loucura para os que perecem; mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus.

1 Coríntios 1:18 | 

Mas aquele que perseverar até ao fim será salvo.

Mateus 24:13 | 

Porque o Filho do Homem também não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos.

Marcos 10:45 | 

Guia-me na tua verdade e ensina-me, pois tu és o Deus da minha salvação; por ti estou esperando todo o dia. (Salmos 25:5 )| 

Desfaço as tuas transgressões como a névoa, e os teus pecados, como a nuvem;
torna-te para mim, porque eu te remi.

Isaías 44:22 |

Porque eu sei que o meu Redentor vive,
e que por fim se levantará sobre a terra.

Jó 19:25 | 

E vos darei um coração novo e porei dentro de vós um espírito novo; e tirarei o coração de pedra da vossa carne e vos darei um coração de carne.

Ezequiel 36:26 |

Faze-nos voltar, Senhor, Deus dos Exércitos; faze resplandecer o teu rosto, e seremos salvos. (Salmos 80:19)

A salvação vem do Senhor; sobre o teu povo seja a tua bênção. (Selá)

Salmos 3:8 |

E, sendo ele consumado, veio a ser a causa de eterna salvação para todos os que lhe obedecem.

Hebreus 5:9 | 

Filhinhos, sois de Deus e já os tendes vencido, porque maior é o que está em vós do que o que está no mundo.

1 João 4:4 |

Vós, mulheres, sujeitai-vos a vosso marido, como ao Senhor; porque o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a cabeça da igreja, sendo ele próprio o salvador do corpo.

Efésios 5:22-23 | 

E, chamando a si a multidão, com os seus discípulos, disse-lhes: Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome a sua cruz, e siga-me.

Marcos 8:34

Eu, porém, esperarei no Senhor; esperei no Deus da minha salvação;
o meu Deus me ouvirá.

Miqueias 7:7 | 

Bendito seja o Senhor, que de dia em dia nos cumula de benefícios;
o Deus que é a nossa salvação. (Selá)

Salmos 68:19 | 

Mas eu te oferecerei sacrifício com a voz do agradecimento; o que votei pagarei; do Senhor vem a salvação. (Jonas 2:9) 

Os meus tempos estão nas tuas mãos; livra-me das mãos dos meus inimigos
e dos que me perseguem. 

Salmos 31:15 |

Ajuda-nos, ó Deus da nossa salvação,  pela glória do teu nome;
e livra-nos e perdoa os nossos pecados, por amor do teu nome.

Salmos 79:9 | 


ORGULHO ESPIRITUAL OCULTO

 

ORGULHO ESPIRITUAL OCULTO

"Quanto ao soberbo e presumido, zombador é o seu nome; ele procede com insolente orgulho."

A primeira e a pior causa de erro que prevalece nos nossos dias é o orgulho espiritual. Essa é a principal porta que o diabo usa para entrar nos corações daqueles que têm zelo pelo avanço da causa de Cristo.

É a principal via de entrada de fumaça venenosa que vem do abismo para escurecer a mente e desviar o juízo.

É o meio que Satanás usa para controlar cristãos e obstruir uma obra de Deus. Até que essa doença seja curada, em vão se aplicarão remédios para resolver quaisquer outras enfermidades.

O orgulho é muito mais difícil de ser discernido do que qualquer outra fonte de corrupção porque, por sua própria natureza, leva a pessoa a ter um conceito alto demais de si própria.

É alguma surpresa, então, verificar que a pessoa que pensa de si acima do que deve está totalmente inconsciente desse fato?

Ela pensa, pelo contrário, que a opinião que tem de si está bem fundamentada e que, portanto, não é um conceito elevado demais. Como resultado, não existe outro assunto no qual o coração esteja mais enganado e mais difícil de ser sondado.

A própria natureza do orgulho é criar autoconfiança e expulsar qualquer suspeita de mal em relação a si próprio.

O orgulho toma muitas formas e manifestações e envolve o coração como as camadas de uma cebola - ao se arrancar uma camada, existe outra por baixo dela.

Por isto, precisamos ter a maior vigilância imaginável sobre nossos corações com respeito a essa questão e clamar àquele que sonda as profundezas do coração para que nos auxilie. Quem confia em seu próprio coração é insensato.

Como o orgulho espiritual é mascarado por natureza, geralmente não pode ser detectado por intuição imediata como aquilo que é mesmo. É mais fácil ser identificado por seus frutos e efeitos, alguns dos quais quero mencionar junto com os frutos opostos da humildade cristã.

A pessoa espiritualmente orgulhosa sente que já está cheia de luz, não necessitando assim de instrução. Assim, terá a tendência de prontamente rejeitar a oferta de ajuda nesse sentido. Por outro lado, a pessoa humilde é como uma pequena criança que facilmente recebe instrução.

É cautelosa no seu conceito de si mesma, sensível à sua grande facilidade em se desviar. Se alguém lhe sugere que está, de fato, saindo do caminho reto, mostra pronta disposição em examinar a questão e ouvir as advertências.

As pessoas orgulhosas tendem a falar dos pecados dos outros: o terrível engano dos hipócritas, a falta de vida daqueles irmãos que têm amargura, a resistência de alguns crentes à santidade. A pura humildade cristã, porém, se cala sobre os pecados dos outros ou, no máximo, fala a respeito deles com tristeza e compaixão.

A pessoa espiritualmente orgulhosa critica os outros cristãos por sua falta de crescimento na graça, enquanto o crente humilde vê tanta maldade em seu próprio coração, e se preocupa tanto com isso, que não tem muita atenção para dar aos corações dos outros.

Queixa-se mais de si próprio e da sua própria frieza espiritual; sua esperança genuína é que todos os outros tenham mais amor e gratidão a Deus do que ele.

As pessoas espiritualmente orgulhosas falam freqüentemente de quase tudo que percebem nos outros em termos extremamente severos e ásperos. É comum dizerem que a opinião, conduta ou atitude de outra pessoa é do diabo ou do inferno.

 Muitas vezes, sua crítica é direcionada não só a pessoas ímpias, mas a verdadeiros filhos de Deus e a pessoas que são seus superiores.

Os humildes, entretanto, mesmo quando recebem extraordinárias descobertas da glória de Deus, sentem-se esmagados pela sua própria indignidade e impureza.

Suas exortações a outros cristãos são transmitidas de forma amorosa e humilde e, ao lidar com seus irmãos e companheiros, eles procuram tratá-los com a mesma humildade e mansidão com que Cristo, que está infinitamente superior a eles, os trata.

O orgulho espiritual comumente leva as pessoas a se comportarem de modo diferente na sua aparência exterior, a assumirem um jeito diferente de falar, de se expressar ou de agir.

Por outro lado, o cristão humilde - mesmo sendo firme no seu dever, permanecendo sozinho no caminho do céu ainda que o mundo inteiro o abandone - não sente prazer em ser diferente só para ser diferente.

Não procura se colocar numa posição onde possa ser visto e observado como uma pessoa distinta ou especial; muito pelo contrário, dispõe-se a ser todas as coisas a todas as pessoas, a ceder aos outros, a se adaptar aos outros e a agradá-los em tudo menos no pecado.

Pessoas orgulhosas dão muita atenção à oposição e a injúrias; tendem a falar dessas coisas freqüentemente com um ar de amargura ou desprezo.

A humildade cristã, em contraste, leva a pessoa a ser mais semelhante ao seu bendito Senhor, o qual, quando foi maltratado não abriu sua boca, mas se entregou em silêncio àquele que julga retamente.

Para o cristão humilde, quanto mais clamoroso e furioso o mundo se manifestar contra ele, mais silencioso e quieto ficará, com exceção de quando estiver no seu quarto de oração: lá ele não ficará calado.

Outro padrão de pessoas espiritualmente orgulhosas é comportar-se de forma a torná-las o foco de atenção. É natural que a pessoa sob a influência do orgulho tome todo o respeito que lhe é oferecido.

Se outros demonstram disposição de se submeterem a ela e a cederem em deferência a ela, esta pessoa receberá tais atitudes sem constrangimento. Na verdade, ela se habituou a esperar tal tratamento e a formar uma má opinião de quem não lhe oferece aquilo que pensa merecer.

Uma pessoa sob a influência de orgulho espiritual tende mais a instruir aos outros do que a fazer perguntas. Tal pessoa naturalmente assume ar de mestre.

O cristão eminentemente humilde pensa que precisa de ajuda e todo o mundo, enquanto a pessoa espiritualmente orgulhosa acha que todos precisam do que ela tem para oferecer.

A humildade cristã, sentindo o peso da miséria dos outros, suplica e implora; o orgulho espiritual, em contraste, ordena e adverte com autoridade.

Assim como o orgulho espiritual leva as pessoas a assumirem muitas coisas para si mesmas, de forma semelhante as induz a tratar os outros com negligência. Por outro lado, a pura humildade cristã traz a disposição de honrar a todas as pessoas.

Entrar em contendas a respeito do cristianismo por vezes é desaconselhável; no entanto, devemos tomar muito cuidado para não nos recusarmos a discutir com pessoas carnais por as acharmos indignas de nossa consideração.

Pelo contrário, devemos condescender a pessoas carnais da mesma forma como Cristo condescendeu a nós - a fim de estar presente conosco na nossa indocilidade e estupidez.

escrito por Jonathan Edwards