OS MILAGRES E O NOVO NASCIMENTO
Os milagres e as propostas de prosperidade realizadas pela fé no meio do povo de Deus são a razão principal para fazer surgir os muitos evangélicos desta geração, tendo-se em vista que a maioria das pessoas é convencida a aderir ao cristianismo em virtude dos milagres que vêem acontecer.
A mensagem da fé-benefício tem provocado milagres no meio do povo. Milagres de curas, de libertação de encostos ou de vícios, de reconstrução de lares e de uma infinidade de coisas extraordinárias.
Entretanto, o maior dos milagres, que é o novo nascimento, tem acontecido, infelizmente, em menores
proporções.
proporções.
Os milagres que mencionamos são mais simples do que o milagre do novo nascimento.
Isso se deve ao fato de que as pessoas têm fé para conquistar os benefícios materiais, mas não possuem a mesma fé para superar sua natureza carnal, substituir sua vontade pela vontade de Deus e, assim, morrer para si e viver para Ele.
Há mais disposição de fé para as conquistas exteriores e materiais, como a cura de uma enfermidade e a compra de um carro, por exemplo, do que para as conquistas interiores e espirituais.
Isso porque o sacrifício físico é menos doloroso do que o espiritual.
O sacrifício exigido pela fé nas conquistas materiais é material, mas o sacrifício exigido pela fé nas conquistas espirituais é espiritual.
Vejamos: Deus promete abrir as janelas do Céu e derramar bênçãos sem medida sobre todos os dizimistas e ofertantes.
Para isso é preciso manifestar a fé sacrificial, pagando o dízimo e dando ofertas.
Portanto, as riquezas econômicas vindas de Deus exigem o sacrifício financeiro, que é material.
Porém, para a pessoa nascer do Espírito Santo é preciso sacrificar a própria vontade, ou seja, morrer para si mesmo.
Obviamente, este grau de fé exige um sacrifício espiritual, que é muito maior do que o sacrifício financeiro.
Uns têm tido fé apenas para sacrificar a si mesmo, ou seja, a própria vontade. Outros para sacrificar com seus dízimos e ofertas.
Há, ainda, os que manifestam fé tanto para conquistar uma nova vida em Cristo Jesus quanto para conquistar a vida com abundância prometida por Ele.
O importante é que cada um tenha a sua própria fé bem definida.
Muitas pessoas são gratas ao Senhor pela manifestação de poder em suas vidas, mas ainda assim recusam-se a abrir mão da liberdade da carne; afinal, todos são livres para fazer o que bem entendem.
Como sinal de gratidão, trocam de religião, de igreja e até de costumes. E, voluntariamente, colocam-se à disposição de alguns serviços religiosos.
Mas, para nascer de Deus, é preciso sacrificar a própria vida, isto é, renunciar aos apelos da carne e do mundo. É como o Senhor disse: “Se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas, se morrer, produz muito fruto” (João 12.24).
E confirma Salomão: “Melhor é o longânimo do que o herói da guerra, e o que domina o seu espírito, do que o que toma uma cidade” (Provérbios 16.32).
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