segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

A FIGUEIRA, OS RELIGIOSOS E OS CAMBISTAS



A FIGUEIRA, OS RELIGIOSOS E OS CAMBISTAS

Este capítulo nos leva aos acontecimentos finais da vida de Jesus, pouco antes de Seu julgamento e crucificação.

O capítulo se inicia com a entrada triunfal em Jerusalém e introduz um tema que nos leva a Mateus 22:14: “Porque muitos são chamados, mas poucos, escolhidos.”.

Na entrada triunfal, Jesus publicamente se identifica como o Rei messiânico de Zacarias 9:9. As pessoas se animam e há uma grande profissão pública de amor e apoio, por parte do público em geral.

Em seguida, Jesus entra no templo como Rei messiânico e assume o controle. Ele expulsa os cambistas e se congratula com os cegos e coxos, a quem Ele então cura. Ele permite que as crianças gritem hosanas de louvor.

Tais ações continuariam a exaltá-Lo junto ao povo, mas os sacerdotes e escribas não gostaram do rompimento da “ordem” que tinham estabelecido, bem como se irritaram por Jesus ter expulsado os cambistas que lhes traziam altos lucros.

Em seguida, Jesus deixa o Templo a caminho de Betânia e passa por uma figueira. Suas folhas vistosas proclamam que ela deveria ter frutos, mas a árvore era estéril. Isso equivale a alguém que faz uma profissão vistosa de amor e apoio a Cristo, mas que se revela sem fruto.

Exatamente igual aos que receberam triunfalmente a Jesus e, menos de uma semana depois, pediram a Sua crucificação. Deus não está à procura de vistosas demonstrações públicas de apreço, mas busca pelos tranquilos frutos de piedade na vida pessoal.

Jesus ressalta a importância do “fruto verdadeiro” em contraste com o discurso dos líderes religiosos, quando eles desafiavam a Sua autoridade em assumir o controle do Templo. Ele ilustra isso apresentando a parábola de um filho que proclama a sua vontade de realizar um trabalho ordenado por seu pai, mas que não o realiza.

Como a figueira vazia, ele produz palavras, mas nenhuma ação significativa. Por contraste, o outro filho deste homem parece inicialmente rebelde, recusando-se a ir, mas depois se arrepende e produz resultados práticos. Ele não faz grandes demonstrações públicas, mas, na verdade, cumpre a vontade do pai.

A esta parábola se seguem mais duas em que palavras e ação são contrastadas. Primeiro, temos a vinha arrendada, aonde os arrendatários inicialmente professam lealdade para com o proprietário, mas depois maltratam os servos do proprietário e matam Seu filho.

Este capítulo termina com a parábola do banquete de casamento. Jesus conta uma história em que pessoas comuns são convidadas a uma festa de casamento em lugar dos aristocratas que se recusaram a ir. No entanto, uma das pessoas do povo se recusa a colocar a roupa de casamento que foi concedida de graça.

A lição é clara: o elogio público vistoso a Deus não tem sentido sem uma prática que o acompanhe. Uma árvore que produz mais folhas vistosas que frutos não é uma árvore completa.

Se estamos produzindo mais elegantes demonstrações públicas de culto do que frutos piedosos, isto é um sinal que nossa vida espiritual é deficiente. Somente nos ligando a Deus, a Videira verdadeira, pela Sua graça, é que produziremos frutos de justiça que agradam ao nosso Criador e pregam de Sua atuação em nossas vidas.

escrito por Stephen Bauer, Ph.D

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