quarta-feira, 3 de janeiro de 2018
A IMPORTÂNCIA DO ENSINO BÍBLICO
A IMPORTÂNCIA DO ENSINO BÍBLICO
Atualmente, muitos cristãos desejam verdadeiramente crescer espiritualmente, no entanto, como acham que não precisam aprender a palavra e muito menos estudar teologia, acabam criando a sua própria teologia na informalidade:
“É mistério, É forte!!! Veja o varão de branco! Queima ele Jeová! Receba a bola de fogo! Reteté de Jeová! Recebaaaa!”
Entretanto, os que defendem esse ponto de vista pecam ao confundirem espiritualidade com falta de conhecimento, afirmando que o cristão não precisa de ensino bíblico e muito menos de teologia.
Portanto, para que possamos compreender a importância do ensino para a espiritualidade cristã, será apresentado aqui à história da educação ao longo da narrativa bíblica.
ENSINO NO ANTIGO TESTAMENTO
Primeiramente, o ensino era ministrado pelos anciões (Números 22.29), posteriormente, pelos levitas e depois pelos escribas (Esdras 7.10).
Após o retorno do exílio babilônico de setenta anos, o povo judeu havia se esquecido do ensino da lei do Senhor.
Diante dessa situação Esdras, o escriba, leu a lei perante o povo, desde a alva (cinco horas da manhã) até aproximadamente o meio-dia e um grupo de escribas traduziam o ensino, para que o povo, que falava aramaico, pudesse compreender o real sentido do texto.
Esta passagem é considerada por muitos especialistas, como sendo a primeira escola bíblica, pois foi a primeira vez que houve interpretação de passagens bíblicas, praticando-se o exercício tanto da hermenêutica como da exegese.
O verdadeiro ensino bíblico produz arrependimento e confrontação, o que gerou um grande avivamento espiritual entre o povo de Israel.
ENSINO NO NOVO TESTAMENTO E NA IGREJA ATUAL.
Já no período do Novo Testamento o ensino era ministrado nas sinagogas pelos rabinos e pelos mestres, e além destes, podemos observar claramente o ministério do ensino na vida de Apolo, que era poderoso em palavras (At 18.24-28); no ministério do apóstolo Paulo, que ministrava sempre doutrinando as Igrejas; e em nosso Senhor Jesus, nosso maior exemplo, sendo chamado 50 vezes de mestre nos evangelhos (Jo 3.1) e 16 vezes de mestre dos mestres.
Seu ensino era ministrado por meio de parábolas e através de ensinamentos pessoais e no templo.
Portanto, dentro do ensino claro do Novo Testamento, fica evidente que o Senhor chamou uns para mestres (Ef 4:11) e outros para ensinadores (Rm 12:7), sendo que o ensino é uma das tarefas mais importantes da igreja cristã e contribui para a sua edificação.
Na Igreja primitiva os mestres e ensinadores eram grandemente usados pelo Senhor para ensinar e contribuir com a edificação das comunidades do NT.
Portanto, os que se envolvem com a área do ensino cristão e da educação teológica podem exercer o seu chamado como professor de Teologia, de EBD, de classes infantis, discipulador, palestrante, pregador expositivo, escritor, conferencista, revisor de Bíblias, de livros, de obras de referência, consultor teológico e etc.
COMO REFLEXÃO
O ensino é de suma importância para o desenvolvimento do corpo de Cristo, portanto, é muito importante que em uma comunidade de fé haja:
Escolas Bíblicas, Faculdade de Teologia, Seminário teológico, Curso de Discipulado, Pequenos Grupos, Grupos de Crescimento, Seminários, Palestras, Conferências, Plenárias, Simpósios, Classes infantis e etc.
Portanto, podemos refletir que os que ensinam, devem procurar servir com o seu dom à comunidade na qual estão inseridos.
Como reflexão, gostaria de registrar o pensamento de John Milton Gregory:
“A verdadeira função do professor é criar condições para que o aluno aprenda sozinho”.
Portanto, ensinar é gerar edificação e é de suma importância que todos os mecanismos possíveis de ensino sejam usados, para que o corpo de Cristo seja edificado através do ensino bíblico, teológico e também por meio das áreas do conhecimento humano, pois como afirmou John Stott: “Crer é também pensar”.
escrito por Orlando Martins
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