MINISTÉRIO NA IGREJA
Todos os cristãos querem ministrar. Queremos servir, ser úteis a Deus. E acredito que isto está certo, porque fomos salvos para servir. Mas, o que é o ministério verdadeiro'!
Como o ministério espiritual vem a existir?
Por que não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo Jesus, o Senhor; e nós mesmos somos vossos servos, por amor de Jesus. Porque Deus, que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo. Temos, porém, esse tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus e não de nós. (2 Coríntios 4:5-7)
Todos somos vasos de barro, mas pensamos que somos vasos de alabastro. Somos vasos de barro - nada. Só Deus pode fazer isso, porque o homem jamais colocaria um tesouro num vaso de barro. Só Deus coloca um tesouro num vaso de barro.
E o tesouro, é claro, é o nosso Senhor Jesus, não há nenhum outro.
Graças a Deus que há esse tesouro no vaso de barro. Há um brilho, uma resplandecência, a glória da vida dentro de nós, porém somos vasos de barro opacos.
Nós prendemos, aprisionamos o brilho, a luz do conhecimento de Deus, em Jesus Cristo, dentro de nós. E para ministrarmos Cristo às pessoas, esse vaso de barro tem que ser quebrado.
Muitas vezes ministramos pelo poder do vaso de barro e alguns vasos de barro até que são bem ornamentados. Eles têm esperteza, uma personalidade dinâmica, vontade determinada, estão cheios de energia, cheios de idéias e tentam ministrar por essas coisas.
Com a nossa mente inteligente, nós analisamos a Bíblia, com a nossa eloqüência, tentamos persuadir pessoas, com a nossa personalidade dinâmica impressionamos pessoas, mas isso é ministério?
Ministério consiste em dar, comunicar, ministrar Cristo às pessoas.
Tal ministério só é possível através da cruz, porque é a cruz que quebra o vaso de barro.
Em 2 Coríntios, capítulo 4, Paulo menciona como ele, em tudo, foi atribulado, mas não angustiado. Ele, literalmente, estava cercado como se não houvesse nenhum caminho para prosseguir, mas há sempre uma saída. Ele disse que não vemos uma saída visível, porém o nosso caminho não está totalmente obstruído.
Uma tradução diz que "estamos no fim da nossa razão, mas não no fim de nossas vidas".
E como isso acontece muitas vezes. Ele disse que somos perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos. A versão de Philip diz: "abatidos, mas não eliminados" (2 Coríntios 4:9).
Esta é experiência daqueles que ministram a palavra de Deus. Se você não passou pelo quebrar do homem exterior, a vida, o brilho, a resplandecência de Cristo Jesus dentro de você, ficará aprisionada.
Só há uma maneira para que a vida do Espírito seja liberada, através do quebrar do vaso de barro - nossa vida da alma - e esse é o ministério.
O apóstolo Paulo diz, "trazendo sempre por toda a parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus se manifeste, também, nos nossos corpos" (2 Coríntios 4:10).
Sem a cruz não há ministério. Infelizmente, temos hoje em dia, tantos assim chamados "ministérios" sem a cruz.
Que o Senhor nos ajude a ver que a glória da cruz é o ministério.
Se você tivesse que ir à cruz para poder ministrar a seus irmãos, você estaria disposto a isso? Vale a pena.
O TRONO
A glória da cruz está no trono. Pense na maneira como nosso Senhor Jesus andou no caminho da cruz. Ele esvaziou-se a si mesmo, tomou a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até a morte, e morte de cruz.
Pelo que Deus o exaltou soberanamente e lhe deu um nome que é sobre todo o nome para que ao nome de Jesus, se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor.
A cruz é o caminho para o trono, e se isso é verdade para o nosso Senhor Jesus também é para nós. Em 2 Timóteo, capítulo 2, é dito que se sofremos com Ele, com Ele também reinaremos.
Não há outro caminho.
A CRUZ E O MUNDO
O mundo é um sistema, um cosmos. Satanás organizou o mundo em um sistema muito acirrado, e isto inclui todas as áreas e aspectos - político, econômico, cultural, social e até religioso.
Depois que somos salvos, o Senhor não apenas irá nos livrar das coisas do mundo, mas irá nos livrar do espírito do mundo; e o espírito mais forte do mundo está fundado no mundo religioso.
Paulo estava aprofundado no mundo religioso do judaísmo. Em Filipenses, capítulo 2, ele nos fala como ele estava arraigado profundamente no judaísmo:
Ele tinha sido circuncidado no oitavo dia; nasceu um israelita; era da tribo de Benjamim; era filho de um fariseu; de acordo com a lei era perfeito; sobressaia-se aos seus contemporâneos no zelo por Deus; e perseguia os cristãos pensando que eles eram impostores, rebeldes.
Ele estava arraigado naquele mundo religioso; porém, Deus o libertou daquele espírito. Ele disse: considero tudo com perda (Filipenses 3:8).
Essas coisas eram preciosas para ele, era tudo o que tinha alcançado até então, eram coisas pelas quais tinha orgulho; e agora considerava estas coisas como escória, refugo, como coisas a serem desprezadas por causa da excelência do conhecimento de Jesus Cristo.
Aquele homem foi libertado completamente do mundo religioso para a plenitude de Cristo.
Fomos libertos do mundo? Fomos libertos do espírito do mundo? Fomos libertos do mundo como um sistema? Entramos na plenitude de Cristo, sabendo que a excelência do conhecimento de Cristo é um ganho?
À medida que você vai caminhando com o Senhor, você continuamente vai sendo separado do mundo e isso é apenas uma confirmação daquilo que a cruz já fez por você.
É uma posição. Temos a cruz que fica entre nós e o mundo.
Na prática achamos que às vezes, quando o mundo olha para nós, ele ainda vê alguma esperança em nós; e que quando nós olhamos para o mundo, ainda temos algum desejo por ele. Não estamos mortos um para o outro.
Mas longe esteja de mim gloriar-me, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo. pela qual o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo. (Gálatas 6: 14).
Paulo disse que quando ele olhava para o mundo, ele via que Paulo disse que quando ele olhava para o mundo, ele via que o mundo estava morto. Estava crucificado. Não havia nada que ele, Paulo, admirasse. E ao mesmo tempo, quando o mundo olhava para ele, o mundo achava que ele estava morto.
Em outras palavras, o mundo tinha desistido de qualquer esperança nele.
Fico me perguntando se o mundo realmente desistiu de nós, ou se o mundo ainda nos tenta a voltar para ele, por achar que ainda há alguma coisa do seu espírito em nós.
Será que realmente olhamos para o mundo como se ele estivesse morto? Será que podemos nos gloriar desta maneira? O que precisamos é voltar para a cruz.
Se olharmos para a cruz, haverá uma revelação dada para nós. Você sabe, a cruz é uma grande revelação.
Ela não apenas revela o amor de Deus a pecaminosidade do pecado, mas ela também revela para nós quão horrendo e hostil é o mundo, pois esse é o mesmo que crucificou o nosso Senhor Jesus.
O mundo grita: "Fora com Ele, fora com Ele. Crucifiquem-No". O mundo o rejeitou. Isso é o que o mundo fez e está fazendo com o nosso Senhor Jesus.
Agora se conhecemos a cruz, se vemos a cruz, e se vemos que foi o mundo que crucificou Cristo, irmãos e irmãs, como nos posicionamos?
Podemos amar o mundo ainda assim? E o mundo continuará a nos amar se realmente ficarmos com Cristo na cruz?
Sthepen Kaung
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