OBRAS DA CARNE E FRUTO DO ESPÍRITO
Gl. 5:16 -
concupiscência - no original grego, é "epithumia" que pode ter um
sentido positivo ou um sentido negativo. Assim, pois, pode indicar um desejo
intenso e bom. (Fil. 1:23,24).
Quando paixões
dominam os homens I Pe 1:14; quando ilude e seduz a alma Ef 4:22, ilude -
engana, defraudar, cair ou viver em erro; seduz - atrair, encantar, fascinar,
levar à rebelião, sublevar.
São desejos mundanos
- Tt. 2:12, sendo especialmente associados aos desejos do corpo, aos apetites
proibidos, o que usualmente envolve alguma perversão do impulso sexual.
Carne - Com
freqüência significa o corpo físico.(paixões carnais). A própria conversão tem
por intuito transferir o indivíduo do terreno onde tais coisas dominam para o
terreno celestial ou espiritual, na forma de pensamentos e expressões
exteriorizadas, o que torna o crente um membro real do reino celeste.
Andai - O andar, por
ser uma ação contínua, requer uma atenção contínua, sim conflito espiritual e
uma busca contínua - Mc 7:5; Jo 8:12; At 22:21; Rm 6:4; Rm 8:4; I Co 3:3; Fp
3:18, Rm 13:13.
Espírito - Seguir a orientação
do Espírito é obter um duplo livramento: por um lado, o livramento dos maus
apetites e das paixões da carne; e por outro lado, o livramento do domínio
exercido pela lei. É fácil determinar qual dessas duas coisas - a carne ou o
espírito - está exercendo domínio em alguém.
Satisfazer - Vem do
grego "teleo" que quer dizer levar ao fim, terminar, consumar. O
crente sofrerá tentações, é certo, mas poderá impedir que o pecado obtenha sua
vitória (Gn 4:7). As obras pecaminosas não se manifestarão e nem se completarão
no crente. Ele sempre encontrará forças para derrotar e frustrar a tentação,
não chegando a ceder à mesma, praticando atos pecaminosos.
Gl. 5:17 - No
presente versículo, a salvaguarda mencionada é a mais poderosa de todas, pois é
divina. O Espírito Santo é essa salvaguarda. Ele nos confere fé (Ef 2:8); Ele
nos santifica (I Ts 4:3; Rom 15:16 e I Co 6:11).
Milita contra... -
Uma tradução literal do texto grego diria... deseja contra. Trata-se da mesma
palavra, que em forma verbal, é empregada no versículo anterior, para indicar
as "concupiscências" da carne. O Espírito e a carne humana são duas
forças conflitantes, são dois reinos opostos. E o crente se vê dividido entre
essas duas tendências, visto que possui em si mesmo, as duas naturezas que
correspondem a essa luta, ou seja o "velho homem" e o "novo
homem". Os rabinos judeus pensavam que Deus teria dado a Adão dois desejos
em conflito, requerendo dele que se apegasse a um e rejeitasse o outro. O
trecho de Rm 7:15,25 descreve a agonia da luta entre esses dois elementos no
homem crente.
OBS.: A lei em si era
boa, só que falava o que era certo ou errado, mas não capacitava ninguém a
guardá-la e o homem a guardava pelo seu próprio esforço. Tg 2:10.
São opostos entre si
- A dualidade do bem e do mal, nas regiões celestiais, no mundo, nas dimensões
espirituais e até mesmo em cada ser humano é uma grande realidade. Para
obtermos a vitória devemos estar em contato com o Espírito do Deus vivo, sendo
esse o único meio de obter a santidade nessa luta. E devemos ainda lançar mão
de vários outros meios como o: "Estudo das Escrituras, a oração e a
meditação, mas tais coisas desacompanhadas do poder pessoal do Espírito Santo,
nunca conseguirão propiciar-nos a vitória sobre o pecado".
A lei do Espírito,
além de mostrar o que é certo e errado, ela capacita o homem a observá-la. Fil
4:13.
Para que não
façais... - A liberdade cristã não indica licença para pecar, e nem significa
viver isento de qualquer Senhor. Pelo contrário, consiste em tornar-se servo de
um novo Senhor.
Espírito...
1) O fator decisivo
no conflito, e que nos proporciona a vitória, é a presença do Espírito. Sem
isso, a fé cristã não seria melhor do que qualquer filosofia ou religião, e
certamente não seria superior à lei.
2) Em II Co 5:16
temos a maior dessas salvaguardas o ministério do Espírito Santo.
3) Essa luta não se
fere automaticamente, mas requer a nossa cooperação o cultivo proposital da
presença do Espírito e os meios do desenvolvimento espiritual, que são os
seguintes:
a) O estudo dos documentos
espirituais (a dedicação da mente; ver Rom 12:1,2).
b) A prática da
oração (ver as notas em Ef 6:18).
c) A meditação (no
aguardo da iluminação divina; Ef l:18).
d) A vida segundo a
lei do amor (as obras Ef 2:10).
e) A posse e o uso
dos dons espirituais, que cumprem a missão do crente (I Co 12:1-31 e Ap 2:17).
Gl. 5:18 - Somos
filhos de Deus por isso somos guiados pelo Espírito de Deus e não estamos mais
debaixo da lei.
Gl. 5:19 - "As
obras da carne são conhecidas".
1) Essas obras são
conhecidas pelo senso natural do homem, que traz a lei escrita em seu coração,
compreendendo seus preceitos pelo discernimento intuitivo - Rom 1:20,21.
2) E também são
conhecidas essas obras da carne mediante a revelação divina: os profetas
falaram e os livros sagrados são testemunhas do que é direito e do que é
errado.
As obras da carne são
claramente definidas, sendo tão bem conhecidas como são os diversos aspectos do
fruto do Espírito. Sendo esse o caso, todos deveriam facilmente tomar
consciência do que deve ser evitado e do que deve ser cultivado. Não é mister
nenhuma pesquisa elaborada para que fique demonstrado o que significa cumprir
as concupiscências da carne.
Listas de vícios - Há
diversas listas de vícios nas Escrituras. Rm 1:29-31; I Co 5:11; Col 3:5-9.
Prostituição -
imoralidade - pornéia raiz grega = porne = prostituta.
Imoralidade indica
todas as formas de pecado de natureza sexual. Naquela época havia os
"cultos de fertilidade", havia no tempo de Paulo as prostitutas
religiosas que trabalhavam nestes templos, e o dinheiro que ganhavam era para
manter a abertura de novos templos dedicado a esta prática de imoralidade
condenada pelo Senhor. (I Co 6:13-20 e I Co
10:1-13). Tais
pecados são uma violação de nossa relação e de nossa comunhão com Cristo.
"Refugo" -
rejeitar, desprezar, separar, por de lado, apartar.
Impureza... - No
original grego, é "akatharsia" = impureza, imundícia, refugo,
imoralidade, vício, impureza nas questões sexuais.
"Devassidão"
- incontinência, infidelidade, luxúria.
Lascívia... - No
grego, "aselgeia" = licenciosidade, sensualidade exagerada. Está em
pauta a conduta assinalada por indulgência sexual irrestrita, por violência e
voluntariedade pervertida. (ver Ef 4:19), vemos que aqueles que destroem
completamente a consciência, tendo-a ‘cauterizada", entregando-se ao
"deboche", aos pecados sexuais exagerados, entregando-se à
"lascívia". (Ez 16:15, Mc 7:22,
II Co 12:21, Gl 5:19, I Ts 4:5, Cl 3:5).
Gl. 5:20 - Pecados se
dividem em quatro categorias.
1) Pecados sensuais;
2) Pecados de superstição
ou religião falsa;
3) Pecados de mau
temperamento;
4) Pecados de várias
formas de excessos.
Idolatria... - Esse
pecado era considerado pelos judeus como o motivo básico da corrupção do homem
aquele que aliena o homem de Deus, servindo de alicerce para todos os demais
pecados. (Rm 1:18-32).
A idolatria é uma
obra da carne. I Co 8:4-6 e I Co 10:19-21, I Co
5:10. Mediante
a idolatria a natureza humana não regenerada cria suas divindades segundo a
imagem humana e conforme os desejos mundanos, edificando uma teologia capaz de
racionalizar a maneira como os pagãos viviam e como tencionavam continuar
vivendo. Por todo o discurso da história da humanidade a sua forma mais sutil e
perigosa tem sido sempre o estado da adoração ao próprio eu. (I Co 5:10).
OBS.: Os idólatras
são os violadores do direito mais alto, isto é, de Deus. Essa é a instância
mais antiga que se conhece do uso dessa palavra. Idolatria é tudo aquilo que
ursupe o lugar que por direito cabe a Deus.
A palavra diz-nos que
a cobiça ou avareza é idolatria, e que aquele cobiçoso é um idólatra. Algumas
pessoas adoram o dinheiro, outras adoram a posição social, outras ainda, o
prestígio, e ainda outras, os prazeres carnais. Existem inúmeras formas de
idolatria, e quase todas as pessoas, se não sempre, pelo menos ocasionalmente,
se tornam culpadas desse pecado.
"Feitiçarias"...
é tradução do termo grego "pharmakeia" alusão do uso de drogas de
qualquer espécie, benéficas ou venenosas. Visto que as feiticeiras e bruxas
usavam drogas em seus ritos, essa palavra veio designar a prática da
feitiçaria, da mágica, das bruxarias e de todas as formas de encantamento.
OBS.: A lei de Moisés
mostrava-se extremamente severa nesse particular, exigindo a pena de morte para
aqueles que praticassem ou participassem de tais práticas. At 13:6, At
19:15,18,19.
A experiência
mostra-nos que tais práticas, embora em muitos casos sejam fraudulentas, não
deixam de ter certo poder; e não há que duvidar que espíritos malignos, de
vários níveis do mundo espiritual, algumas vezes se envolvem nessas
manifestações, outorgando aos homens os seus desejos, mas furtando-lhes o
controle sobre o mal, sobre as poluções morais reduzindo-os a estados mais
profundos ainda de inimizade contra Deus. (Ásia menor - At 19:19). E a bruxaria
continua bem viva em nosso mundo.
... inimizades - no
grego "echthrai" ou seja, ódios, inimizades, uma palavra usada no
plural, indicam muitas modalidades de ódios contra Deus e contra os homens. Mt
24:9e10; Mc 13:11,12e13, Lc 21:16,17, Ap 16:8e9. Essa emoção é o oposto exato
do amor, pois ao invés de buscar o benefício e o bem estar do próximo, busca
prejudicá-lo, almejando a sua destruição; e assim fica exibido um caráter
profano, visto que Deus é amor. As inimizades geram as hostilidades de todas as
formas.
"porfias"...
- Vem do vocábulo grego "eris", desavença, contenda. Trata-se da
atitude mental hostil, que cria problemas os mais inesperados entre as pessoas,
resultando em dissensões e divisões. Pv 6:19, II Co
12:20, Fp 1:15, Rm 13:13.
OBS.: AS QUATRO
CATEGORIAS DOS PECADOS
1) Pecados sensuais -
De onde procedem estes pecados? Mt 15:19
Licenciosidade,
sensualidade exagerada. (Lascívia, devassidão, infidelidade, luxúria,
incontinência, impureza). Rom 1:18-27; I Co
6:12-20; Gl 5:19 e 21; Cl 3:5-6, I Ts 4:3-7; I Tm 4:12; Tt 2:11-14.
2) Pecados de
superstição ou religião falsa - O que é superstição? Sentimento religioso
baseado no temor ou ignorância religiosa. Ex.: gato preto, n° 13, n° 7, chinelo
de bruço, mão na nuca, dormir com o pé virado para a porta, passar debaixo de
escada, andar de costa, sexta feira 13, dormir com as mãos cruzadas, cachorro
uivar, pombo rular no telhado, mula sem cabeça, saci pererê e outras.
Falsa religião - no
tempo de Jesus.
Saduceu - membros de
uma seita ou partido religioso do judaísmo, discordavam dos outros israelitas
quanto aos rituais de purificação, à crença na ressurreição dos mortos, nos
anjos e na providência divina. E eles eram recrutados entre as famílias sacerdotais.
Mt 22:23-33, Mc 12:18-27, Lc 20:27-40.
Fariseu - membro de
uma seita ou partido religioso judeu que se caracteriza pela oposição aos
outros, fugindo-lhes ao contato, e pela observância exageradamente rigorosa das
prescrições legais. ( indivíduo que aparenta santidade, não a tendo, hipócrita,
fingido). Mt 6:2-4; Mt 6:16, Mt 7:1-5; Mt 15:1-14; Mt 23:13-36.
Nos dias de hoje:
Existem várias religiões falsas, seitas e heresias.
O que é uma heresia?
Para nós, os evangélicos, é toda doutrina que em matéria de fé sustenta
opiniões contrárias às da Palavra de Deus. Muitos crentes julgam desnecessário
o estudo dessa matéria, afirmando que não nos interessa estudar heresias, mas
apenas a Palavra de Deus. Sem criticar os que pensam assim, dentre muitos outros
motivos julgamos necessário estudar as religiões e seitas falsas. Pois seu
estudo:
A) Nos capacita a
combatê-las: Precisamos conhecer o inimigo que vamos enfrentar. Quanto mais
conhecermos suas táticas e sua natureza, mais teremos possibilidades de vencê-lo.
Gl 1:8.
B) Nos auxiliar na
evangelização: Não sabemos quais os tipos de pessoas que vamos encontrar quando
formos pregar o Evangelho. Conhecendo seu credo e suas doutrinas, teremos maior
facilidade para falar do amor de Deus. É necessário conhecer a verdade para
combater a mentira.
C) Aumentar nossa fé:
Quando nos deparamos com as doutrinas das falsas seitas, na maioria das vezes
ridículas e sem fundamento temos mais segurança naquilo que temos crido. (II Tm
1:12)
D) Aumentar nossa
responsabilidade: O cristão é individualmente responsável pela busca do
conhecimento da verdade e pelo combate à mentira Ef 6:14 e 17.
COMO IDENTIFICAR UMA
HERESIA.
Não é muito difícil
para o cristão sincero identificar uma heresia. Existem alguns aspectos básicos
que observados mostrarão a moderna estratégia do diabo, que é a conquista das
mentes.
1) Desarmonia com a
Bíblia: No trato com as doutrinas da Bíblia, podemos dividir os argumentos da
seguintes maneira:
- Argumento
Bíblico.
- Argumento
extra-bíblico.
- Argumento
anti-bíblico.
O argumento bíblico é
aquele extraído da Bíblia, em uma interpretação correta e lógica. Jesus usou
esse argumento em uma sinagoga em Nazaré acerca de sua missão: Lc 4:16-30.
O argumento
extra-bíblico é o argumento que não tem base na Bíblia, entretanto não se choca
com os seus ensinamentos. Ex: Pregadores que usam estes argumentos em suas
pregações devem tomar cuidado (um mil chegará dois mil não passará; faça da tua
parte e eu te ajudarei, etc...).
O argumento
anti-bíblico é aquele que fere, torce, subtrai, acrescenta ou se choca com as
verdades ensinadas na Palavra de JESUS. Aqui encontramos as heresias que são
anti-bíblicas. Algumas são fundamentadas em versículo ou uma expressão isolada
da Bíblia quando basta um pequeno conhecimento dos princípios auxiliares da
Hermenêutica para refutá-las.
2) Unilateralidade de
apreciação doutrinária: Em muitos casos a heresia é caracterizada pelo fato de
"escolher" uma doutrina para nela descarregar suas atenções em
detrimento das outras. Isto é, afirma a divindade de Cristo abandonando sua
humanidade, preocupa-se com o corpo do homem e se aquece da sua alma ou do seu
espírito.
3) Contradição com os
fatos: História e doutrinas baseadas em fatos que não fornecem base para tal;
incredulidade para com ensinamentos baseados em fatos reais, bíblicos ou com
raízes bíblicas. Muitos bons cristãos tem sido enganados por coisas deste jaez
(qualidade, sorte, laia).
4) Incoerência
lógica: Nada impede que o bom senso e a razão sejam usados em matéria de
religião. A maioria das heresias não resiste a um confronto lógico com a
história, ciência, Bíblia ou com a religião propriamente dita. A Bíblia prevê o
surgimento e a evolução das heresias como um sinal dos tempos.
COMO IDENTIFICAR UMA
SEITA FALSA.
Existem alguns
aspectos muito comuns às seitas falsas; dentre eles vamos ver alguns:
1) Jesus não é o
centro das atenções: As seitas falsas, de um modo geral subestimam o valor de
JESUS. As orientais têm os seus deuses ou profetas que colocam acima de tudo e
os ocidentais ou substituem JESUS por outro "Cristo" ou colocam o
Filho de Deus em segundo lugar, tirando-lhe a divindade e os atributos divinos.
Exemplo: Ex 20:1-6, Sl 16:1-4, Sl 115:1-11.
2) Têm outras fontes
doutrinárias além da Bíblia: Crêem apenas em partes da Bíblia. Admitem e
aceitam como "inspirados" escritos de seus fundadores ou de pessoas
que repartem com eles boa dose daquilo em que crêem. Alguns chegam até
desacreditar da Bíblia, da qual fazem muitas restrições. II Tm 3:16.
3) Dizem serem os
únicos certos: Uma das principais características de uma seita falsa é esta:
Pode ter sido fundada há 5, 10, 20 ou 100 anos; isto não importa.
4) Usam de falsa
interpretação: As interpretações que fazem do texto bíblico, desprezando os
princípios auxiliares da Hermenêutica têm levado inúmeras pessoas às vezes bem
intencionadas a fundarem uma seita. De um modo geral isso acontece pela total
ignorância das regras de interpretação do nosso próprio idioma que são ensinados
em nossos colégios.
Obs.: O que é
Hermenêutica? É a arte de interpretar textos, (dicionário) do grego
hermenevein, interpretar, da qual nos ocuparemos, forma, parte da Teologia
exegética, ou seja, a que trata da reta inteligência e interpretação das Escrituras
bíblicas.
5) Ensinam ao homem a
desenvolver sua própria salvação: Não somente ensinam os homens a se salvarem
mas prometem uma salvação inteiramente naturalista em seu conceito. Os antigos
egípcios ensinavam "preparai-vos para os julgamentos de Osíris observando
as regras da boa conduta.
Obs.: Osíris: deus do
Nilo, da vegetação e também o deus dos mortos, que por ele eram julgados.
Confúcio preceituava:
"Andai nas veredas pisadas; sede bons cidadãos do império celeste".
Obs.: Confucionismo:
doutrina ética e política de Confúcio, filósofo chinês (551-479 A.C.).
6) São proselitistas:
Uma das atividades principais das falsas seitas é "pescar no aquário dos
outros". Fazem os seus neófitos não entre os doentes, aflitos,
desesperados ou necessitados. Aproveitam a fé de quem já é possuído, aquele que
têm em mira e com um pouco de sutileza conseguem desencaminhar até mesmo muitos
bons cristãos para o meio deles. Devemos estar com os nossos olhos bem abertos
para com essa gente (I Tm 4:1).
OS "ISMOS"
DO PENSAMENTO HUMANO.
A busca do saber por
parte do homem é conhecida teoricamente por "Filosofia", de Philos,
"amigo", "amante" e sophia, "conhecimento,
saber".
A filosofia, segundo
a tradição que remonta a Aristóteles, começa historicamente no século VI a.C.,
nas colônias gregas da Ásia Menor, entretanto, sabemos que o ser humano começou
a filosofar desde que intentou no seu coração afastar-se de Deus. A pregação
apostólica combate ferrenhamente a filosofia ou sabedoria dos gregos e ensina
que verdadeira sabedoria vem do alto, de Deus e nunca de esforços humanos Tg
1:5; Pv 2:6-7; I Co 1:19-25.
O mais importante é
que essas escolas de pensamento fornecem às falsas religiões e seitas o
material necessário à sua pregação. Há vestígios de uma ou mais filosofias seculares
no contexto doutrinário de cada religião ou seita falsa detrimento das verdades
divinas registradas na Palavra de Deus. Um exame cuidadoso e sincero mostrará
isso.
- Agnosticismo:
Este vocábulo agnosticism foi forjado (falsificado) em 1869 por Thomas H.
Huxley.
Filosofia naturalista
e afeita às coisas e relações da ciência experimental.
"É o sistema que
ensina que não sabemos, nem podemos saber se Deus existe ou não. A frase
predileta do Agnosticismo é: "Não podemos crer". Um resumo do seu
ensino é que Deus não existe. Osteismo, é absurdo, porque ninguém pode provar
que Deus não existe. O teísmo não é menos absurdo, porque ninguém pode provar
que Deus existe. Mentores do Agnosticismo: Huxley, Spencer e outros
enganadores, porque Deus é facilmente compreensível pela alma sequiosa, honesta
e constante; Rm 1:20.
CORRENTES DE
PENSAMENTOS.
Animismo, Ascetismo,
Ceticismo, Deísmo, Dualismo, Ecletismo, Empirismo, Epicurisma, Esoterismo,
Espiritualismo, Estoicismo, Evolucionismo, Gnosticismo, Humanismo, Liberalismo,
Materialismo, Monismo, Pauteismo, Pietismo, Pluralismo, Politeismo,
Positivismo, Racionalismo, Unitarismo, Universalismo.
ASTROLOGIA
O que é Astrologia?
É uma ciência
divinatória que supõe a influência dos astros sobre o curso dos acontecimentos
e sobre o destino dos seres humanos.
Pretende que a
posição dos corpos celestes num dado momento (nascimento da criança condicionou
seu futuro "bom ou mau?". A vida torna-se, então, previsível e
predizível pelo exame do céu. II Rs 21:6. Pelos documentos antigos que podem
ser encontrados na biblioteca Assíria sabe-se que a idéia do homem de adorar,
cultuar e mesmo pensar ser dirigido pelos astros data desde os primórdios da
humanidade.
Obs.: Astrologia e
Astronomia são a mesma coisa?
Astronomia ciência
que estuda os astros.
ASTROS - DEUSES.
O curso do sol e
outros planetas foram estabelecidos 1.000 A.C. Cinco eram conhecidos e juntando
o sol e a lua formou-se o número místico sete.
Correspondência de
uma divindade maior:
- Marduk
ou Nebiru (Júpiter)
- Ishtar
ou Milita (Vênus)
- Ninurta
ou Ninib (Saturno)
- Nebo
ou Nabu (Mercúrio)
- Nergal
ou Neinodhac (Marte)
- Sin ou Nannaru (Lua)
- Samas
ou Shamash (Sol).
Esses deuses-planetas
eram chamados interpretes, pois permitiam interpretar o futuro. A Igreja
Católica na Idade Média aceitava, embora relutante a astrologia.
QUE É ZODÍACO?
A astrologia tomou
esse termo da Astrometria. (Ciência que estuda as posições e os movimentos dos
astros).
O centro do Sol
descreve na esfera celeste um círculo máximo. Sua trajetória aparente é plana e
situada no plano que contém a Terra. A tal plano, dá-se o nome de
"eclíptica" pois os eclipses só se produzem quando a lua atravessa. A
zona limitada pelos dois círculos paralelos situados a 8° , 5, de cada lado da
ecliptica, recebe o nome de "Zodíaco". Esta zona, por onde circulam
os planetas do sistema solar, foi cortada em doze casas de 30° cada, nas quais
o sol parece progredir à razão de 1° por dia; em outras palavras, a nossos
olhos, ele percorre cada casa em um mês; esses os signos do Zodíaco. Assim, a
expressão ter nascido sob o signo de carneiro, por exemplo, significa ter visto
a luz durante o período da primavera - de 21 de março a 21 de abril - que a
tradição o faz começar em Aries (carneiro) Jó 38:31-32.
OS SIGNOS DO ZODÍACO.
A astrologia moderna
se baseia na história envolvida nos signos do Zodíaco. Como, porém, podemos
explicar a existência desses signos? Quando os consideramos, descobrimos que
não passam de invenciníces e que são muitos especiais e peculiares.
CRENDICE POPULAR.
Os hindus têm a
astrologia como base fundamental de sua religião, o mesmo acontecendo com
outros povos orientais. No ocidente, a astrologia é largamente difundida e
consultada. Nos programas de rádio, televisão, jornais, revistas, gibis,
revistas de horóscopos, não faltam informações astrológicas que exploram a boa
fé popular.
A ASTROLOGIA E A
BÍBLIA.
Embora alguns
estudiosos tentem combinar a astrologia com a Bíblia; sabemos que pela Palavra
de Deus isto é abominação aos olhos do Senhor que a proibiu desde o princípio
Dt 4:19.
Obs.: Se tal ciência
fosse verdadeira, a Bíblia apoiaria Is 47:12,13; II Rs 23:5.
Os magos de Mateus 2
não eram astrólogos mas sim homens tementes a Deus e que esperavam a vinda do
Messias de Israel (Lc 2:25 a quem foi dado em grande sinal da parte de Deus).
Não somos dirigidos
pelos astros e sim por Deus I Co 10:13 e a Bíblia ainda nos ensina fugir da
idolatria I Co 10:14.
A Astrologia é de
origem pagã e idólatra. Seus "sacerdotes" são na maioria
espiritualistas (espíritas) e se envolvem com o ocultismo. Quando não o são
fazem da astrologia sua profissão, pois é muito rendosa, sempre envolvendo
mentiras nas suas predições, sempre envolvendo os mesmos problemas: vida
sentimental, financeira, saúde, problemas familiares, etc...
Cabe aos verdadeiros
cristãos o combate destas abominações para que elas não tentem substituir a fé
na direção divina e providencial (Jr 2:17).
O CATOLICISMO ROMANO.
O que quer dizer
católico?
A Igreja Católica
afirma ser a única verdadeira Igreja de Cristo; alegando ser a Igreja que Jesus
Cristo fundou (33 d.C) tendo em Pedro um dos seus discípulos, o seu primeiro
papa.
Apologistas: Justino
(100-165) grego ® Filosofia perfeita. Tertuliano (160-320) advogado cartaginês.
Mestres: Orígenes de
Alexandria (185-253) maiores homens da Igreja. Foi vítima do Imperador Décio.
At 8:1; At 2:1-8;
Perseguição, imperadores: Nero 54-68, imperador Décio. As celebrações eram
feitas a portas fechadas. Ex: Santa Ceia. E o povo não cedia às práticas pagãs,
e havia amor fraternal, fidelidade e amor aos descrentes.
Obs.: Os cristãos
eram tidos como a pior classe de revolucionários, destruidores I Co 4:9-13; Mt
24:9-14.
Décio: Pior imperador
(250-260) (última perseguição Diocleciano).
"PAX LONGA"
(260-303), perseguição suspensa por Galieno.
Obs.: O que é ser
cristão?
É ter uma vida de
moralidade superior de fraternidade cristã, de onestidade e bondade, eram as
principais características.
O Catolicismo Romano
pode ser encarado como uma religião tão falsa como as outras. Infelizmente a
Igreja Católica está usando uma estratégia que está enganando a muitas pessoas;
trata-se do Ecumenismo que tem como principal finalidade enredar todos os
credos na teia católica, e muitos evangélicos desapercebidos tem aceitado.
A Igreja Romana
conserva, ainda que teoricamente, algumas doutrinas básicas da fé cristã, como
o nascimento virginal de Jesus Cristo, sua deidade sua ressurreição corporal e
a doutrina da Trindade, mas com o passar do tempo ela vem acrescentando
tradições, inovações e práticas religiosas, como a deificação de Maria, a
canonização dos Santos e muitas crenças e práticas pagãs.
Outro erro do
Romanismo é ter como autoridade igual à Bíblia as tradições eclesiásticas; a
própria Igreja Católica e os livros apócrifos, não inspirados pelo Espírito
Santo que foram acrescentados no Canôn Sagrado em 1546.
Obs.: Estes livros
foram escritos por judeus no período interbíblico entre Malaquias e Mateus;
nunca foram conhecidos pelos teólogos judeus como inspirados e nem nunca foram
citados por Jesus, nem pelos escritores do N.T.: (Tobias, Judite, Macabeus I e
II, Sabedoria, Eclesiástico, Baruc e no livro de Daniel tem o acréscimo de mais
dois caps.: 13 e 14).
Apócrifos ® Obras ou
fatos sem autenticidade.
As Igrejas eram
autônomas e dirigidas e orientadas pelo E. S., o consolador prometido por
Jesus; e não reconheciam nenhum líder sobre eles quer espiritualmente, quer
administrativamente, papel atribuído ao próprio E. S.
Os cristãos sofreram
muitas perseguições começando por Nero (54 a 68 A.D). No ano 323 d.C. surgiu o
Édito de tolerância aos cristãos e no ano 312 d.C Constantino I adotou a religião
cristã e no ano seguinte fez do Cristianismo a religião oficial do Império
Romano nisto multidões de pessoas não convertidas sem experimentarem a genuína
conversão por Cristo se uniram à Igreja. A partir daí, penetraram na Igreja
ritos, cerimônias, crenças pagãs e as idolatrias e desde então passou a chamar:
Igreja Católica Romana.
Obs.: Quanto aos
verdadeiros cristãos ficaram marginalizados por não concordarem com tal
situação, formando grupos à parte e passaram a serem perseguidos pelos outros
"cristãos" e muitos dos seus líderes eram queimados na fogueira em
praça pública e chamados de heréticos.
Inquisição: Antigo
tribunal eclesiástico instituído com o fim de investigar e punir crimes contra
a fé católica.
Nos primeiros 500
anos da Igreja não houve papa como hoje conhecemos. Nos dias apostólicos e nos
séculos seguintes as igrejas locais eram independentes entre si, e reuniam-se
em casas particulares. No então império Romano com o culto devotado ao
imperador, não havia permissão para a construção de templos cristãos. As
congregações reuniam-se em casas particulares (Cl 4:15; Fil v.2, Rm 16:5, I Co
16:9).
O primeiro templo
cristão foi construído no reinado de Alexandre Severo (222-233 d.C). As igrejas
eram dirigidas por uma junta de pastores, sendo o seu dirigente chamado bispo
ou presbítero. O presbitério, da igreja de Éfeso (I Tm 4:14). No fim do século
IV, as igrejas cristãs do mundo evangelizado, ficaram sob a jurisdição de cinco
grandes centros religiosos: Roma, Constantinopla, Alexandria, Antioquia, e
Jerusalém. Seus dirigentes passaram a chamar-se "Patriarcas". No fim
deste século 395 d.C. o grande império se dividiu em dois: o do Oriente, em
Constantinopla, e do Ocidente com sede em Roma.
CONCÍLIO DE NICÉIA.
O concílio de Nicéia,
na Ásia Menor (325 A.D.) presidido por Constantino, bem como os outros que lhe
sucederam, eram compostos de todos os bispos, alguns nomeados pelo imperador;
outros que se auto-nomeavam e outros que eram nomeados por líderes religiosos
das diversas comunidades. Com o decorrer do tempo, o bispo de Roma passou a
exercer autoridade sobre os outros, pelo fato de pertencer à antiga capital do
mundo (Roma). A palavra papa que era usada para todos os bispos, passou a ser
reservada só para o bispo de Roma. O primeiro bispo que resolveu governar a
Igreja toda foi Inocêncio III (402-417), o segundo a fazer o mesmo foi Leão I
(440-461 d.C.). Porém Gregório I (590-604) é que foi considerado o primeiro
papa, começou a mandar nos reis em 741 foi instituida a doutrina da infabilidade
do papa, que foi transformada em dogma em 1870. Porém a Igreja Católica Romana
insiste em afirmar que o primeiro papa foi o apóstolo Pedro (Mt 16:18)
A 1° DIVISÃO.
A Igreja dividiu-se
pela 1° vez em 869 d.C. no Concílio de Constantinopla, devido os abusos
cometidos pelo Papa Nicolau I (856-867 d.C.). A parte Oriental da Igreja passou
a chamar-se Igreja Ortodoxa Grega e não aceitava a autoridade do papa. E a
parte Ocidental denominou igreja Católica Romana, doutrinas, crenças e práticas
romanas.
1) A Bíblia, não é
autoridade máxima e final em matéria de fé e prática da vida cristã. E se
julgam os únicos a interpretarem corretamente a Bíblia. Isso é uma pretensão
antibiblica, arbitrária e falsa. A Igreja evangélica tem somente a Bíblia como
autoridade suprema quanto à fé e conduta de seus membros. Is 8:20; Is 30:8; Sl 19:7,8; Dt 4:2; Mt 15:2,6,9; Ap 22:18.
2) Purgatório: O
Romanismo ensina que seus fiéis que morrem com pecados veniais não perdoados
vão para o purgatório, para purgarem esses pecados, tal doutrina nega a
eficácia da morte expiatória de JESUS CRISTO consumada na cruz do calvário. Jo
19:30; I Jo 1:7; Hb 9:12; Hb 10:12; Lc 16:19-31. A divisão que a Igreja Romana
faz dos pecados mortais e veniais é antibíblica pois a Palavra de Deus nos diz
que o único pecado que não tem perdão é a "blasfêmia contra o E.S."
(Mt 12:22-32; Mc 3:20-30; Lc 11:14-23). Ao pecador penitente, convicto pelo
Espírito Santo e sinceramente arrependido, Deus o perdoa de todo pecado Sl
103:3; Is 55:7; Is 1:18; 1 Jo 1:9; Rm 8:1. O salvo ao deixar este corpo entra
imediatamente na presença do Senhor (2 Co 5:8; Fil 1:23). Os católicos citam em
apoio ao purgatório Mt 5:25-26, onde Jesus se referia a um aprisionamento
literal.
3) Maria, chamada
"Mãe de Deus". Os católicos assim a chamam e a adoram como a Deus,
dizem que ela intercede a Deus I Ts 2:5 por nós. E ainda afirmam que ela foi
concebida sem pecado e que ascendeu ao céu do mesmo modo que Nosso Senhor JESUS
CRISTO.
E foi cheia da graça,
porém não imaculada Lc 1:47. O que é imaculada?
- Os
católicos nos acusam de desprezarmos a ela, quando nos a honramos porque
primeiro Deus a honrou escolhendo-a para ser a mãe de Deus.
- Segundo
nós procuramos observar o único mandamento que ela nos deixou; (coisa que
os católicos não fazem, Jo 2:5 e a primeira ordem do primeiro sermão do
Senhor, Mc 1:15)
SEGURANÇA DA
SALVAÇÃO:
O Romanismo ensina
que enquanto uma pessoa está viva não tem meios para saber se está salva ou
não. Estes confiam muito nas boas obras pessoais para serem salvos e crêem
também na intermediação dos santos para serem salvos. Tudo isso é falta de
conhecimento. Pois a salvação é mediante a graça divina e fé Tt 3:25; Rm 1:16;
Rm 3:23-26; Gl 2:16; Jo 5:24 e Rm 8:16.
A 2° DIVISÃO.
A 2° divisão se deu
através de Martinho Lutero em 1521 quando Lutero deixou a Igreja Católica
Romana e iniciou o movimento da Reforma Protestante. Quando lia em Rm 1:17 teve
uma experiência com Deus, seu zelo religioso aprofundou-se e passou a
compartilhar com outros a sua experiência. O papa sabedor disso excomungou-o e
procurou exterminá-lo, mas alguns nobres alemães o apoiaram e o protegeram. Era
o início da Reforma na Igreja; seu crescimento foi rápido na Europa. Roma criou
a contra Reforma através dos Jesuítas para combater os evangélicos. Desde esta
época o Romanismo se opõe aos Evangélicos.
MOVIMENTO ECUMÊNICO.
Os recentes papas
João XXIII e Paulo VI trabalham no sentido de aproximar católicos e
evangélicos. Os católicos já chamam os crentes de "irmãos separados"
e não "hereges" como antigamente. Assim se iniciou o movimento
Ecumênico.
A verdadeira união
que nos convém é através de Jesus Cristo como nosso Salvador. (Ef 2:8-9, Gl
2:16) Quanto à raça humana somos todos irmãos, mas quanto à Igreja de Deus
somos irmãos ambos nascidos pela fé em Cristo o cabeça da Igreja (I Co 11:3).