sexta-feira, 2 de outubro de 2020

AS DUAS ÁGUIAS E OS TRÊS RAMOS

 

As duas águias e os três ramos – Ezequiel  17

Depois das figuras de uma videira (Ez 15) e de um casamento (Ez 16), o profeta Ezequiel passou a falar de uma grande árvore, duas águias e três ramos.

Esse texto é chamado de “parábola” ou “enigma”, o que significa que se trata de uma história com um significado mais profundo, uma alegoria na qual os diversos objetos apresentados referem-se a pessoas e suas ações.

O povo judeu gostava de discutir ditados sábios dos antigos e estava sempre procurando descobrir significados mais profundos (Sl. 78.1-3). Com isso Ezequiel esperava que essa alegoria despertasse seus ouvintes e lhes desse algo para pensar.

A alegoria fala de três reis (“ramos”), pois o cedro representa a dinastia real de Davi. A dinastia de Davi era extremamente importante, pois Deus havia prometido que por meio dela enviaria um Salvador para seu povo e para o mundo (2 Sm 7.16; Lc. 1.32,33).

Naquela época, Judá era um reino vassalo da Babilônia, e o rei Nabucodonosor era seu governante. Ele é a primeira “grande águia” (Ez 17.3). A segunda águia (Ez 17.7) é o rei do Egito, provavelmente o Faraó Hofra, que ajudou Judá em sua primeira luta contra os babilônicos (Ez. 17.17).

Consideremos agora os três reis representados pelos três ramos:

O rei Joaquim (vv. 3,4,11,12) –

Quando o rei Nabucodonosor atacou Judá em 597 a.C, depôs o rei Joaquim e levou-o para a Babilônia juntamente com sua família e seus acessores. Também tomou os tesouros do templo e deportou dez mil oficiais, artesãos e soldados (2 Rs 24.8-17). Isso cumpriu a profecia que Isaías havia dado ao rei Ezequias depois que o rei mostrara suas riquezas aos visitantes babilônicos (2 Rs 20.17; Is 39)

Joaquim era o ramo mais alto da árvore genealógica de Davi e foi “plantado” na Babilônia depois de reinar apenas três meses e dez dias (2 Cr 36.9). Em Ezequiel 19.5-9, Joaquim é comparado a um leão que seria pego e levado para a Babilônia . Durante os três meses e dez dias que ocupou o trono, em vez de conduzir o povo de volta à fé em Deus, Joaquim fez o que era mau aos olhos do Senhor e morreu na Babilônia.

O rei Zedequias (vv. 5-10, 13-21) –

Tendo deposto Joaquim, Nabucodonosor escolheu o tio de Joaquim, Matanias, como novo rei e chamou-o de Zedequias. Ele era o filho caçula do piedoso rei Josias, e Nabucodonosor “plantou-o” em Judá, onde ele “cresceu” durante onze anos. Contudo, em vez de produzir uma árvore, o rei Zedequias produziu uma humilde videira.

Nabucodonosor usou de bondade para com Zedequias, e o rei fez um juramento de lhe obedecer e servir. Se tivesse sido fiel a esse tratado, Zedequias teria salvado a cidade e o templo. Contudo, escolheu romper a aliança e pedir socorro ao Egito.

A segunda águia representa Faraó, que tentou salvar o rei de Judá, mas falhou. Como resultado dessa decisão insensata de Zedequias, a videira foi arrancada e secou, esse foi o fim do reino de Judá.

Contudo, Ezequiel deixou claro que Zedequias não havia transgredido apenas a aliança com Nabucodonosor, mas também a aliança com Deus, e foi o Senhor quem o castigou por intermédio de Nabucodonosor. Zedequias havia feito seu juramento em nome do Senhor (2 Cr. 36.11-14), portanto era obrigação cumpri-lo. Ao pedir ajuda do Egito, Zedequias desconsiderou as advertências de Jeremias (Jr 38) e também de Isaías, que havia pregado a mesma mensagem quase um século antes (Is 31.1; 36.9).

Messias, o Rei (vv. 22-24) –

 

Zedequias havia reinado durante onze anos e foi o vigésimo e último rei de Judá. Sua deposição e morte na Babilônia pareciam marcar o fim da linhagem davídica e, portanto, o fracasso da aliança de Deus com o rei Davi, mas não foi isso que aconteceu. O profeta Oséias predisse que os filhos de Israel ficariam “sem rei, sem príncipe” (Os. 3.4), mas que a linhagem messiânica não morreria.

Depois que a Babilônia foi conquistada pelos medos e persas, Ciro permitiu que os judeus voltassem a sua terra, e um dos líderes daqueles que regressaram foi Zorobabel, tataraneto do rei Josias (1 Cr 3.17-19) e antepassado do Senhor Jesus Cristo (Mt 1.11-16; Lc 3.27). Mais uma vez, um remanescente piedoso perm

aneceu fiel ao Senhor, e o Messias prometido nasceu. O nome “Zorobabel” significa “renovo de Babilônia”, mas ele ajudou a tornar possível o nascimento do “renovo de Davi”, Jesus Cristo, o Salvador do mundo.

Parecia que tudo estava perdido. Joaquim havia sido um ramo cortado do alto cedro e levado para Babilônia, e seus descendentes foram rejeitados (Jr 22.28-30). Zedequias, o ramo “plantado” em Judá, da mesma forma, fracassou. Havia alguma esperança para o povo de Deus? Sim! O Eterno havia prometido tomar um rebento, “a ponta de um cedro” (Ez 17.22), e plantá-lo na terra de Israel, onde cresceria e se tornaria um grande reino. Esse rebento é o Messias, Jesus Cristo, que veio ao mundo do tronco de Jessé, e um dia estabelecerá seu reino glorioso na terra (Is. 11.1-10; Jr 23.5; 33.15-17; Zc 6.12).

O “renovo mais tenro” crescerá e se transformará numa árvore forte e servirá de refúgio (ver Dn 4.17,32-37). Contudo, a fim de que esse “renovo” seja plantado, crie raízes e cresça, será preciso remover as outras árvores (“reinos”). Algumas delas serão cortadas e outras simplesmente secarão. O Messias veio como uma “raiz de uma terra seca” (Is 53.1,2), um rebento insignificante da árvore genealógica de Davi, mas um dia seu reino encherá toda a Terra (Is 11.9). O tenro “renovo” de Davi será o poderoso soberano, o Rei dos Reis e Senhor dos senhores! Amém.

 

 escrito por Marcelo de Oliveira

O SEGREDO MELHOR GUARDADO DA BÍBLIA

 

O Segredo Melhor Guardado na Bíblia

Aprenda um Novo Estilo Que Poderá Revolucionar Sua Vida!

Parece que hoje muitas pessoas estão buscando algum segredo profundo que está oculto das massas; um segredo que se for usado, oferecerá gratificação instantânea àqueles que forem espertos o suficiente e reconhecerem seu valor. As revistas exploram constantemente essas expectativas - prometendo reduções incríveis de peso com novas dietas, fortunas a serem ganhas seguindo-se o conselhos do mais novo guru financeiro, e diversas outras promessas numerosas (e ridículas) demais para serem mencionadas! No entanto, o fato surpreendente é que aqueles que promovem e perpetuam esses anúncios questionáveis ganham muitos milhões de dólares. Parece que esses esquemas de exploração continuam a serem bem sucedidos devido a algo na psique coletiva, que provoca um forte desejo de ter uma "vantagem competitiva". 

As mulheres definitivamente querem manter-se na frente da concorrência e acabam sendo consumidoras ávidas de cosméticos e dos alimentos dietéticos - constantemente buscando as informações mais recentes sobre o que funciona e o que não funciona. No entanto, não vamos deixar os homens longe disso - a aparência pessoal e as finanças geralmente estão bem no alto de suas listas de procupações e eles também estão interessados em ouvir as "dicas quentes". Por mais engraçada que essa condição humana seja às vezes, não queremos perder de vista o fato que de vez em quando "a informação de quem entende" é verdadeira!

Psiu! Ei, cristão, tenho uma notícia para você. Há uma alta possibilidade que tenha aprendido uma coisa da Palavra de Deus e nunca tenha compreendido todas as implicações dela - muito menos aplicado em sua vida cotididana. Esse "segredo aberto" - um segredo que foi totalmente revelado na Palavra de Deus, mas que é grosseiramente negligenciado pelos cristãos durante toda a época da igreja - refere-se aos planos de Deus para nossos deveres como seus mordomos. Infelizmente, sempre que a palavra "mordomia" é mencionada na igreja mediana, você quase pode sentir o efeito instantâneo na congregação. "O pastor nunca está satisfeito! Lá vem ele falar em dinheiro novamente!" A mensagem silenciosa percorre os bancos mais depressa que a velocidade da luz. "Ele já tem um bom salário e estou cansado de ouvir que temos de sustentar todos os órfãos do mundo!" "Se essa insistência em contribuir mais e mais não parar logo, vou deixar de contribuir." 

Honestamente - você já teve esses pensamentos, ou algo similar? Como pastor, sei que o membro mediano de igreja preferiria ouvir um sermão sobre qualquer outro tópico que não sobre contribuições! Por que suponho que isso seja verdade? Acho que existem várias razões, e uma delas é um total mal-entendido sobre o que a Bíblia tem a dizer sobre nossa responsabilidade individual como mordomos e as tremendas recompensas dadas àqueles que encaram a tarefa com seriedade.

Tenho cinco netos - quatro meninos travessos e uma linda garotinha. É interessante observá-los brincar e brigar! Veja, compartilhar é um conceito totalmente estranho para eles. Onde aprenderam a ser egoístas? Bem, esse é um tópico para um sermão que vamos reservar para outra oportunidade, mas é suficiente dizer que eles foram "pré-programados" para resistir a toda e qualquer tentativa de invasão de "seu espaço". Para ter filhos obedientes e bem-comportados, os novos pais precisam rapidamente aprender que esses pequenos tesouros dos céus precisam ser consistentemente supervisionados e ensinados que o comportamento egoísta não é aceitável. Alguns conselhos raramente serão suficientes - a maioria das crianças tem uma vontade tão forte que literalmente são necessários anos de persistência de seus pais para erradicar (pelo menos) as manifestações externas de "é meu, é meu". 

Acho seguro dizer que nenhum de nós consegue superar totalmente essa característica básica da natureza humana. É de se admirar que todos tenhamos a tendência de sermos "mão fechada" com nosso dinheiro e com nossos bens? Quando somos salvos - quando nascemos na família de Deus por meio do novo nascimento e nos tornamos cristãos - devemos cooperar totalmente com o Espírito Santo em obter a vitória sobre esse pecado infantil da carne.

Assim, vemos que a natureza humana básica tem uma grande parte na nossa relutância para sermos graciosos e generosos em ofertar, mas há outro fator que é freqüentemente negligenciado. Estou convencido que a maioria dos cristãos nem mesmo sabe o que os termos bíblicos mordomo e mordomia significam. 

Eles podem ter ouvido os termos serem usados em sermões sobre mordomia - quando as receitas estão baixas e quando alguma reforma ou ampliação é necessária - mas para a maioria, eles são sinônimos de "o pastor quer um aumento!". Para ver o que esses termos realmente significam, leia comigo no Gênesis 15:1-3: "Depois destas coisas, veio a palavra do SENHOR a Abrão em visão, dizendo: Não temas, Abrão, eu sou o teu escudo, o teu grandíssimo galardão. Então disse Abrão: Senhor DEUS, que me hás de dar, pois ando sem filhos, e o mordomo da minha casa é o damasceno Eliézer? Disse mais Abrão: Eis que não me tens dado filhos, e eis que um nascido na minha casa será o meu herdeiro."

Nos tempos bíblicos, o mordomo normalmente era um empregado, ou em alguns casos, um escravo, que tinha conquistado o respeito e a confiança do dono da casa. Essa confiança era tão completa que o mestre entregava toda a administração de seu patrimônio a esse indivíduo. O que é mais singular sobre esse relacionamento era o fato que o mordono basicamente assumia o poder e a influência de seu mestre e adotava quase o mesmo estilo de vida. Durante o tempo em que o mordomo permanecesse fiel, continuava a desfrutar desses privilégios especiais. Como diríamos hoje, "Era um ótimo negócio ser um mordomo!"

Outro personagem bíblico bem-conhecido é José. Encontramos sua história também no livro de Gênesis, começando no capítulo 39 e verso 8. José estava falando com a mulher de seu senhor, Potifar, e está recusando suas insinuações maliciosas: "Porém ele recusou, e disse à mulher do seu senhor: Eis que o meu senhor não sabe do que há em casa comigo, e entregou em minha mão tudo o que tem; ninguém há maior do que eu nesta casa, e nenhuma coisa me vedou, senão a ti, porquanto tu és sua mulher; como pois faria eu tamanha maldade, e pecaria contra Deus?"

Pelo que José disse aqui, vemos que ele era o mordomo da casa de Potifar e atuava como seu procurador nas tarefas cotidianas. Todos conhecemos a história de como a mulher de Potifar, furiosa por ter sido rejeitada, acusou falsamente José, e ele acabou sendo lançado na prisão. No entanto, em outra admirável ilustração de mordomia, José é mais tarde tirado da prisão por causa de sua habilidade, dada por Deus, de interpretar sonhos. O líder supremo do Egito, chamado Faraó, ficou tão impressionado com a interpretação de seus sonhos que promoveu José à posição de ser seu mordomo - o homem número dois em todo o Egito! José foi da prisão para o palácio e passou o resto da vida exercendo o poder e prestígio do próprio Faraó e, ao longo do caminho, salvou o povo de Deus da fome.

Neste ponto, você provavelmente está dizendo a si mesmo, "Essas são histórias bíblicas bem-conhecidas, mas o que têm a ver com dar?" Apenas fique comigo por um pouco mais e tentarei ligar tudo. Quando o Senhor Jesus Cristo nos salvou, passamos a ser seus "escravos por opção" - isso significa que somos escravos que escolhemos servir a um senhor. Esses escravos podiam ser colocados em liberdade, mas por causa do relacionamento afetuoso que tinham com seus senhores, preferiam continuar a seu serviço. 

Como cristãos, temos um relacionamento mestre-escravo com Jesus Cristo e o servimos porque o amamos. O apóstolo Paulo freqüentemente referia-se como servo [escravo] de Jesus Cristo. Como temos esse tipo de relacionamento com o Senhor, há algo que é muito importante que precisamos compreender com relação aos nossos bens terrenos - não somos os verdadeiros donos; eles pertencem ao Senhor! É exatamente aqui que muitos cristãos falham em seu conhecimento de Cristo e acabam privando a si mesmos de bênçãos inestimáveis. O Senhor fez cada um de nós seus mordomos e com essa tremenda posição vem oportunidade e responsabilidade. Em 1 Coríntios 4:2, encontramos as seguintes palavras referentes a um mordomo:

"Além disso, requer-se dos despenseiros que cada um se ache fiel."

Os mordomos precisam ser fiéis na execução de suas tarefas ou acabarão rapidamente perdendo a confiança do seu senhor. O mordomo precisa ter este pensamento em mente: "O que meu senhor faria nesta situação? Como ele agiria aqui?" Obviamente, o mordomo deve fazer o que seu senhor deseja em todos os casos. A próxima pergunta lógica a fazer é, "Você vive sua vida de mordomo por essas regras - especificamente, busca a vontade do seu mestre no modo como trata o dinheiro e os bens dele? Do Gênesis ao Apocalipse, a Bíblia fala muito sobre a maravilhosa generosidade de Deus e o desejo que sigamos seu exemplo. Como mordomos, não damos o que pertence a nós - distribuímos aquilo que pertence ao Mestre e sua palavra nos diz: "... o que semeia pouco, pouco também ceifará; e o que semeia em abundância, em abundância ceifará." [2 Coríntios 9:6] Em Atos 20:35, é Paulo quem está falando e ele cita algo que o Senhor disse sobre dar:

"Tenho-vos mostrado em tudo que, trabalhando assim, é necessário auxiliar os enfermos, e recordar as palavras do Senhor Jesus, que disse: Mais bem-aventurada coisa é dar do que receber."

Poderíamos citar muitos outros versos para suportar a ênfase de Deus em dar, mas por questões de brevidade, ficaremos somente com o ponto que é sua vontade revelada que contribuamos. Não podemos usar a desculpa que não conhecemos. O que precisamos enfrentar do ponto de vista humano é que somos basicamente egoístas, "mão fechada", e relutantes em "abrir mão do nosso dinheiro suado". Para operarmos corretamente como um mordomo, precisamos depender totalmente da direção e do suporte do Espírito Santo.

Caso contrário, lutaremos em uma batalha perdida.

O Segredo Melhor Guardado na Bíblia - No Mundo Inteiro

Agora chegamos ao "segredo melhor guardado na Bíblia". Tecnicamente, é um segredo aberto - algo que é conhecido, mas em que poucos acreditam, ou praticam. Certamente não quero dar a impressão que ele esteja na mesma categoria que as novas dietas da moda, as dicas sobre ações da Bolsa de Valores, e outras "informações de especialistas" sobre as quais falamos anteriormente, pois onde elas oferecem recompensas questionáveis, essa informação já provou ser ouro puro! Você está curioso sobre o que é? Não gostaria de aproveitar as bênçãos? Não há nada que eu queira mais para você do que permitir que também aproveite as bênçãos, então aqui vai!!!!

Não Podemos Dar Mais do Que Deus Já Deu!

Ai está! Esse é o "segredo" que deixa de ser compreendido pela maioria dos cristãos! Lembra como o mordomo vive basicamente no mesmo estilo de vida que seu senhor? Se o mordomo for infiel e causar prejuízo ao patrimônio, ele próprio sofrerá as conseqüências. Se por meio de seus esforços, o patrimônio crescer, o mordomo colherá os benefícios. Embora não possamos obter a salvação por meio de nossos próprios esforços, é um princípio definitivo encontrado na Bíblia que seremos recompensados de forma proporcional com aquilo que fizemos para Cristo - não somente nesta vida, mas também no porvir. Observe que eu disse recompensado, não necessariamente enriquecido. As bênçãos de Deus vêm em todos os tipos e tamanhos e não são sempre de natureza monetária.

Para reforçar o que mostramos, vá para Lucas 6:38. Esse verso é parte daquilo que veio a ser conhecido como o "Sermão da Montanha", em que o Senhor delineou os princípios do seu reino:

"Dai, e ser-vos-á dado; boa medida, recalcada, sacudida e transbordando, vos deitarão no vosso regaço; porque com a mesma medida com que medirdes também vos medirão de novo."

Princípio 1: Para receber, você precisa primeiro dar. Essa é exatamente a mesma lição que tentamos ensinar aos nossos pequenos sobre compartilhamento. É um conceito simples, mas muito difícil de colocar em prática, por causa da nossa natureza pecaminosa.

Princípio 2: Quando você dá - com o motivo correto no coração - receberá abundantemente da mão graciosa do Senhor. Observe que ele usa uma ilustração agrícola para fazer esse ponto: "... boa medida, recalcada, sacudida e transbordando ..."

A imagem mental que ele quer que vejamos é a de grãos sendo entornados em um recipiente. Para garantir a generosidade, os grãos são entornados em "boa medida" - são derramados abundantemente para encher o recipiente até a borda, sem nenhuma avareza. Em seguida, os grãos são "recalcados e sacudidos" - isso elimina qualquer espaço vazio entre os grãos e maximiza a quantidade derramada. Finalmente, os grãos continuam sendo derramados, até que transbordem o recipiente e caiam no chão! O rei Davi, o "suave salmista de Israel", fala sobre uma bênção similar no Salmo 23:5, quando diz, "... meu cálice transborda."

Princípio 3: As bênçãos do Senhor serão proporcionais à sua oferta. Em outras palavras, a unidade de medida que você utilizou determinará o tamanho das bênçãos. Se você for avarento, não espere um retorno abundante. Essa é a parte central do "segredo" que a maioria dos cristãos deixa de compreender e os faz viver como pobres espirituais quando todas as riquezas dos céus estão disponíveis para usufruto!

Somos mordomos do Deus Vivo e Verdadeiro e ele espera que façamos uso abundante dos seus recursos - primeiro e antes de tudo, para o benefício dos outros e depois de nós mesmos.

Colocando o Segredo em Ação em Sua Vida

Como podemos colocar esse segredo em ação? Como podemos obter essas promessas benditas? Como podem essas coisas tornarem-se uma realidade em nossas vidas e não apenas outra lição de escola dominical, que é muito boa na hora, mas que rapidamente é esquecida? Infelizmente, a resposta envolve uma palavra que veio a ser imaginada como uma "resposta pronta" para a maioria dos cristãos: ! Você crê que Deus diz o que pensa e pensa aquilo que diz? Crê que suas promessas de bênçãos são promessas literais? 

Amados, tudo se resume a exercer fé no nosso Pai Celestial e confiar em sua palavra. Ele prometeu nos abençoar quando obedecermos e andarmos por fé. Sua santa palavra está repleta dessas promessas, porém nossa descrença nos faz duvidar. O resultado é que em vez de vivermos pela fé, permitimos que nossa natureza carnal continue a controlar nossas ações e acabamos nos comportando como crianças pequenas! Pare com isso!

Segure na mão do seu Salvador e permita que o Santo Espírito o guie a uma vida de fé em ação. A fé não é fé, a não ser que mova! A fé, para ser real e tangível, precisa envolver ação. Ficar sentado pensando e entretendo-se com boas intenções simplesmente não resolve! Não fique apenas sentado - faça alguma coisa! O que recomendo a você? Estou contente que tenha perguntado.

Primeiro: Nunca adote a atitude de que não tem condições de dar. Na verdade, você não tem condições de não dar!

Segundo: Compreenda que dar envolve muito mais do que apenas dinheiro. Deus deseja que você lhe dê seu tempo, seus talentos, e seus tesouros para que sua vida espiritual esteja bem equilibrada. Ele não precisa de você, muito menos do seu dinheiro, portanto tire essa idéia ridícula da cabeça. Dar é um privilégio maravilhoso pelo qual Deus nos permite participar em seu plano e no seu programa para a igreja. Isso envolve todo o nosso ser e não está restrito apenas à nossa conta bancária.

Terceiro: Comece seu passo de fé tomando a decisão com muita oração - com a ajuda de Deus - que você vai iniciar dando do seu tempo e talento. Se você for um genuíno cristão nascido de novo, lavado no sangue do Cordeiro, um filho de Deus, possui pelo menos um dom espiritual que Deus deseja que você exerça na igreja. Se você não participa regular ou ativamente de uma igreja, está privando os outros cristãos que estão na igreja dos seus dons e o corpo de Cristo sofre como resultado. Dê de si mesmo.

Quarto: Novamente, com a ajuda de Deus, faça um propósito de dar uma porcentagem da sua renda para a igreja, para que seja empregada nos vários programas patrocinados por ela. O "dízimo", como tal, não é exigido de nós porque não estamos sob o sistema da Lei Mosaica do Antigo Testamento - no entanto, a opinião dominante entre a maioria dos cristãos fundamentalistas é que seria uma vergonha para nós dar menos do que Deus pedia dos judeus. [Na verdade, eles davam aproximadamente 15% da renda bruta (antes dos impostos), quando todas as várias ofertas eram levadas em consideração!] Sim, sei que o assunto do "dízimo", ou da entrega regular, causa um mal-estar instantâneo em muitas pessoas - mas tenha em mente que as bênçãos recebidas estão em direta proporção com seu sistema de medida. Observe também que estou tentanto ensinar como viver uma vida de bênçãos - algo que eu pessoalmente testei e sei que é válido. Eu nunca seria tão frio e insensível ao ponto de recomendar algo que não conheço por experiência própria e saiba que seja absolutamente correto. A experiência também me ensinou que minha oferta deve vir primeiro, como um passo de fé. Ela deve ser o primeiro cheque que preencho, ou a primeira parcela retirada, no dia do pagamento, desse modo confiando na provisão do Senhor em atender as demais contas. Ao longo dos anos, ele nunca deixou de fazer nossa renda esticar para atender a todas as necessidades. Quando eu era criança, meus pais me instruiram que essa era a prática a seguir e já observei desde então que a maioria das pessoas nunca amadurece como cristãos até que aprendam essa lição básica. Para enfatizar ainda mais, deixe-me perguntar isto: Por que devemos nos limitar a 10-15% como dízimo? Um homem que ganhou fama durante a Segunda Guerra Mundial fabricando máquinas para a remoção de terra, utilizadas na construção civil, dava 90% e vivia com 10%! As bênçãos abundantes de Deus na vida daquele homem eram inegáveis.

Quinto: Após você "molhar seus pés" e ver que Deus realmente honra sua palavra, então passe para o próximo nível. [Você achou que tivesse acabado, não achou?] A propósito, esse assunto de dar é o único lugar na Bíblia em que Deus nos desafia a testá-lo! Em Malaquias 3:10, lemos algo que Deus disse aos judeus no Antigo Testamento (mas o princípio também se aplica a nós):

"Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim nisto, diz o SENHOR dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós uma bênção tal até que não haja lugar suficiente para a recolherdes."

Sexto: Recomendo que após muita oração, você selecione um missionário a quem ajudará com uma oferta mensal. Determine a quantia que ofertará e envie-a todo mês. Quando descobrir que esse ato de fé não vai levá-lo à falência, selecione então outro missionário! Minha mulher e eu contribuimos no sustento de três missionários e estamos orando para que o Senhor nos indique outra pessoa. Não estou exagerando nem um pouquinho quando digo que o dinheiro não nos faz falta - nossas contas continuam sendo pagas e Deus é bom! Não estou compartilhando isso para "lançar pétalas de rosas sobre nós mesmos", mas apenas para deixar claro que praticamos aquilo que pregamos. Como dizia um antigo comercial na televisão: "Experimente, você vai gostar!" Se realmente adotar esse estilo de vida e verificar por si mesmo que funciona, sugiro que procure os líderes da sua igreja e desafie-os a considerar uma modificação na abordagem da igreja às Missões. 

Além de uma oferta mensal, por que não constituir um fundo específico para as necessidades especiais de missões? Se um missionário enfrentar uma necessidade que esteja fora da sua capacidade de pagar, por que não atender a essa necessidade com uma oferta maior? Freqüentemente, eles precisam de tratamento dentário, sapatos, material escolar para os filhos, etc., coisas que para nós são fáceis, mas que para eles representam grandes dificuldades. Seja criativo no seu modo de ofertar, porque você certamente não pode dar mais do que Deus já deu! Esse princípio aplica-se aos indivíduos e às igrejas. Quando você caminhar pela fé, os outros serão abençoados, pois Deus honra a sua palavra. Existem incontáveis bênçãos à sua espera - você está maduro o suficiente para reivindicá-las pela fé? Que Deus possa abençoá-lo e colocá-lo em ação.

 

O ESPÍRITO SANTO

 

O ESPÍRITO SANTO

 


Para você, como um cristão, cada dia pode ser uma aventura emocionante, todavia para que isso aconteça você deve estar controlado pelo Espírito Santo. Mas para deixar o Espírito Santo no controle você vai precisar saber...

  • Quem é o Espírito Santo?

O Espírito Santo é a terceira pessoa da trindade: Pai, Filho e Espírito Santo. Ele é uma pessoa real. Tem personalidade, pode se comunicar conosco, tem vontade, intelecto e emoções. Possui toda natureza divina. É ,em todos aspectos, igual a Deus Pai e Deus Filho. E está pronto para assumir o controle de sua vida.

 

  • Por que o Espírito Santo veio?
  • Por que Deus prometeu; (Ef. 1: 13; Jo. 15: 26; Jo. 14: 16,17)
  • Para interceder por nós; (Rm. 8: 26)
  • Para nos guiar; (Jo. 16: 13)
  • Para nos ensinar; (Lc. 12: 12; Jo. 14: 26)
  • Para anunciarmos as coisas de Deus; (At. 1: 8; atos 4: 31)
  • Para que sejamos cheios Dele; (atos 4: 31)
  • Para sermos o reflexo de Cristo. (Gl. 5: 22)
  • O que significa estar cheio do Espírito Santo?

No momento exato que você nasceu de novo, o espírito Santo estabeleceu residência em sua vida. Isso, contudo, não significa que então você tenha ficado "cheio" do Espírito Santo. Estar cheio do Espírito Santo significa ser controlado e capacitado por Ele. Significa que você passa a depender do poder de Deus para transformar a sua vida, ao invés de tentar fazê-lo você mesmo. Você só recebe forças para viver quando cede a e Ele os direitos sobre sua vida e permite que Ele a controle. Você jamais conseguirá viver a vida cristã por sua própria força, na base da autodeterminação e autodisciplina. Só Jesus foi capaz de viver uma vida perfeita e somente na medida em que Ele vive em você – Através do Seu Espírito – você poderá viver vitoriosamente.

 

Em resumo, estar cheio do Espírito Santo significa estar cheio de Jesus, ser controlado por Ele.

" E os discípulos transbordavam de alegria e do Espírito Santo."

Atos 13: 52

 

  • Como posso ser cheio do Espírito Santo?

Estar cheio do Espírito Santo envolve uma completa rendição, uma entrega de sua vontade, sem reservas, à vontade de Deus. Não se trata de um acontecimento único. –É um processo, um processo contínuo.

Acontece como na respiração; você inspira o ar puro e exala o ar impuro. Na respiração Espiritual você expira qualquer coisa que entristeça o Espírito Santo e inala seu poder. O ato de exalar se chama confissão – você concorda com Deus que pecou, pede perdão e deixa Ele assumir o controle de determinada área da sua vida. Assim você estará pronto para inalar o poder do Espírito Santo e se tornar cheio Dele. Assim como a respiração faz parte de sua vida, deixe que a respiração espiritual dê forças para que você seja dominado pelo poder sobrenatural do Espírito Santo.

Lembre-se, O Espírito Santo não quer apenas ser hóspede de sua vida, mas sim o dono, e como dono quer controlá-la, e isso só depende de você.


 

·  Perguntas

  1. Explique com suas palavras o que você entende por estar cheio do Espírito Santo e qual a importância de ter a vida sob seu controle.
  2. Será que você pode afirmar que o Espírito Santo está controlando todas as atitudes e pensamentos em sua vida?
  • Reflexão
  1. Dentro do que você entendeu sobre estar cheio do Espírito Santo, você pode se imaginar nessa condição? Experimente!!!

·  Prática

  1. Escolha um dia nesta semana. Que tal amanhã mesmo? Experimente passar um dia inteiro sendo controlado pelo Espírito Santo, manifestando os dons do Espírito (Gál. 5:22) e praticando continuamente a respiração espiritual. Uma vez sendo válida a experiência, incorpore essa prática no seu dia-a-dia e observe o seu desenvolvimento.

A MULHER SÁBIA

 

A mulher sábia

"...A mulher sábia edifica sua casa, mas a tola com suas próprias palavras a destrói..." PV 14:1

I - Aprendendo a amar a teu marido

·         Ouvi-lo. Quem ama pára para escutar o coração do outro. Ouve o que ele tem para dizer e o que ele quer de fato dizer. É ouvir o coração do outro.

  • Admirá-lo. Cuidado! Se você não fizer isso, o diabo colocará alguém que faça! É daí que vem as tentações para o homem. Deus o criou com essa necessidade de ser admirado e colocou você na vida para supri-lo nesta área. Faça a sua parte. Ame-o = Admire-o.
  • Incentivá-lo a crescer em tudo. Auxiliadora é sustentadora. A que dá suporte, incentivo. É mais fácil cobrar do que incentivar.
  • Entender suas necessidades sexuais. Deus colocou você para supri-lo nesta área. Deus fez o homem diferente da mulher, cabe a você entender esta diferença no que se refere a necessidade que o homem tem de uma regularidade na vida sexual. Paulo recomenda não ficar um longo período sem a atividade sexual no casamento, e diz que é para não ser tentado. Ainda acrescenta que ficar um longo período sem a relação sexual no casamento é incontinência, ou seja, despreparo. (I Co 7:5)
  • Compreender e respeitar suas fraquezas sem ressaltá-las. Seu marido não é o Super-homem. Ele tem falhas e defeitos. Mas o amor que Deus colocou no seu coração por ele é maior do que estes defeitos!

II - Aprendendo a se comunicar

·         O que falar (peneire o que você vai falar)

  • Como falar (a maneira, o tom de voz. Procure imaginar ele falando com você da mesma maneira que você irá falar com ele)
  • Quando falar. O melhor momento é quando você não está faltando em nada. Evite horários e locais impróprios. Contenha seus impulsos ao falar.

III - Aprendendo a perdoar

Ef 4:32
Cl 3:13
Mt 18:22 Até quando devemos perdoar?
Mt 11:25 Para não interromper orações, e para ser perdoada por Deus
Mt 5:23,24 Se alguém faz algo contra você
Lc 17:4
Sl 103:8-14
Is 44:22
Mq 7:19
Rm 3:25; 8:1
Ef 1:7
Cl 2:13,14
Lc 15:11-32

IV - Aprendendo a ser atraente para o marido

Beleza interna

Vida com Deus.

Você precisa ser uma mulher de relacionamento profundo com Deus, mas sem sinais de religiosidade. As vezes, grande parte do conflito nesta área entre o casal, não é porque a mulher tem uma forte dedicação a Deus, mas sim, um forte envolvimento com os programas da Igreja, deixando de lado o marido. Esta situação piora quando a mulher se torna religiosa, se enchendo de trejeitos e costumes igrejeiros que levam o marido ter aversão à Igreja.

Tendo uma boa auto-imagem.

É gostoso estar perto de uma pessoa realizada. Quando uma pessoa tem uma auto-imagem sadia, ela muda o ambiente. Note que uma pessoa com defeitos nessa área tende a carregar o ambiente com amargura, rancor e mal humor. Cá entre nós: Quem agüenta ficar muito tempo ao lado de uma pessoa mal humorada?

Bom humor

O ânimo sereno é a vida do corpo - Pv 14:30

Sabedoria e inteligência

A sabedoria do homem faz reluzir o seu rosto Ec 8:1

Suas palavras influenciam muito o conceito que as outras pessoas têm a teu respeito. Imagine então a influência que isto (sua sabedoria demonstrada por suas palavras) terá sobre teu marido?

 

Beleza externa

Glorificai a Deus no vosso corpo - I Co 6:19,20 , I Co 9:22

Não confunda beleza com sensualidade.

Você pode (e deve!) ser fisicamente atraente para o seu marido, mas deve manter isto dentro da privacidade do casal. Sexo não é ruim e nem é pecado, desde que fique dentro da aliança do casamento

Se tornando interessante para o marido

·         Converse com seu marido

  • Pergunte o que ele gosta e o que não gosta
  • Prepare-se mentalmente para curtir teu marido (pense nele). Você passa o dia inteiro pensando em problemas do trabalho, da casa, dos filhos, dos parentes, etc.. Quando chega no final do dia, certamente sua mente não estará interessada em teu marido. Entende agora porque muitas vezes você não sente atração ou prazer por ele?
  • Limpeza. O asseio pessoal é muito importante numa relação conjugal. Você cuida bem de seu corpo?
  • Roupa íntima (converse com seu marido). Procure descobrir o que o agrada e que você também se sinta confortável.
  • Esteja disponível a teu marido. A mulher gosta de planejamento mas o homem é muito guiado por impulso. Aceite rapidamente a gastar tempo com seu esposo: convites para sair, para jantar. Nunca diga não e nem deixe para depois.
  • Seja descontraída e agradável a ele. O bom humor, e o tipo de assunto que você fala com ele (sem ficar falando de problemas na hora errada), torna você mais agradável.
  • Admire seu marido: sua aparência (diga que ele é bonito, ressalte o que você gosta nele), seus gestos, atitudes.
  • Seja ousada (audaciosa). Talvez você precise tomar a iniciativa algumas vezes.

 

 Anésio Rodrigues de Souza
Magda de Angelo L.Rodrigues de Souza

 

SEXUALIDADE Á LUZ DA BÍBLIA

 A Sexualidade à Luz da Bíblia  

ORIENTAÇÃO PARA UMA VIDA SEXUAL SADIA 

I. A ATIVIDADE SEXUAL NA NATUREZA: 

Sua finalidade é garantir a manutenção das espécies de seres vivos. É por isso que o impulso sexual é algo tão forte. A energia sexual é seguramente a energia biológica mais poderosa que existe, pois é através dela que nos tornamos parceiros de Deus no processo da Criação. É a única energia natural capaz de gerar Vida (Gn. 1.22,28). 

O Sexo na espécie humana e nas demais espécies de seres vivos: a diferença está no fato de que o ser humano é o único animal que usa o sexo não só para procriar, mas como fonte de prazer e expressão de amor. Grifamos a conjunção "e" para realçar o fato de que as duas coisas vêm necessariamente juntas: à luz da Palavra de Deus, o sexo apenas como fonte de prazer torna-se pecaminoso, como veremos no decorrer do estudo. 

1.- O plano de Deus para a sexualidade humana: à luz de Gn. 2.24 e Mt. 19.3-11, compreendemos que o plano de Deus é que o ser humano exerça sua sexualidade no plano de companheirismo entre o homem e a mulher numa parceria de vida, e não só de sexo. Uma união tão completa que torna dois indivíduos de sexos opostos partes de uma unidade que, idealmente, deve ser indissolúvel (ver também I Co. 7.4). 

A importância que a Bíblia dá à relação sexual fica clara no texto de I Co. 6.16, onde podemos perceber que o vínculo criado por esse relacionamento é intenso, mesmo quando exercido de modo leviano e irresponsável. A intimidade compartilhada gera uma espécie de compromisso implícito, que a qualquer momento pode surgir na forma de cobranças afetivas ou materiais. 

2.- Erotismo x pornografia: Há uma diferença básica entre estas duas palavras, embora elas venham sendo usadas hoje em dia praticamente como sinônimos. Erotismo é o conjunto de sensações e impulsos que nos impelem à atividade sexual. Dentro de um relacionamento sexual sadio, os estímulos eróticos, como beijos e carícias, fazem parte do "jogo do amor", e levam a sensações e experiências muito agradáveis. Pornografia, por outro lado, é o mau uso do erotismo, levando a práticas sexuais erradas e pervertidas: o estímulo à prostituição, ao homossexualismo, etc. A confusão de erotismo com pornografia tem levado muitos crentes a deixarem de exercer e aproveitar as práticas eróticas normais, como se o erotismo em si mesmo fosse pecaminoso. Ver I Tm. 4.1-5 e Tt. 1-15. A este respeito, citamos Robinson Cavalcanti em seu livro Libertação e Sexualidade: 

"O que pode o ser humano fazer com a sua sexualidade:

Realizá-la:


de forma estável, comprometida e heterossexual (ideal) - o que nem sempre é possível, por fatores interiores ou alheios à vontade (falta de condições, falta de parceiros, etc.);

de forma instável, não comprometida ou mecânica com relacionamentos heterossexuais sucessivos e superficiais;

de forma homossexual, instável ou estável, o que não é recomendável;

de forma isolada pela masturbação. 

Reprimi-la: violentando a natureza, o que traz conseqüências negativas; 

Sublimá-la: canalizando a libido para atividade alternativas e compensatórias, de forma temporária ou permanente, quando possível. 

A culpa é um ponto de encontro entre a Teologia e a Psicologia. A Graça pode ser outro ponto de encontro, que substitui o anterior. A culpa, quanto à sexualidade, tem afetado a saúde mental de milhares de pessoas, inclusive cristãs. De onde, então, pode se originar o sentimento de culpa? 

do Espírito Santo, quando nos procura convencer "do pecado, da justiça e do juízo", sintonizado com a Palavra e impelindo à Graça, ao perdão e à restauração; 

do maligno, quando, até usando a Palavra, procura manter as pessoas derrotadas, presas, auto-destruídas; 

da cultura, das tradições, dos ambientes, que alimentam negativamente o nosso superego. 

Devemos, também, procurar distinguir o pecado da mera tentação, pois a tentação é parte do dia-a-dia da humanidade, e o próprio Senhor foi tentado. 

A Igreja, como comunidade terapêutica, deve ser ministradora da Graça, visando o perdão e a restauração, visando a construção e a maturidade, visando a santidade e a sanidade, o que implica na aceitação do outro e no exercício do amor. O amor é o maior canal da Graça." 

3.- Há erotismo na Bíblia? Leia-se Pv. 5.15-20; Ct. 1.2; 4.10,11; 7.9-12. É fácil perceber, por estas passagens, que o erotismo é parte natural e agradável da vida humana, em nada afastando o Homem do seu Criador. 

Podemos notar, por esta primeira parte do estudo, que a sexualidade e o erotismo são bênçãos que Deus nos dá, e não pecados em si mesmos. Como, então, a sexualidade pode se tornar um fator de afastamento de Deus? Passamos então a analisar o 

II. COMPORTAMENTO SEXUAL FORA DO PLANO DE DEUS 

Procedimentos "normais" do ponto de vista exclusivamente biológico (ou seja, envolvendo duas pessoas de sexos opostos, numa relação pênis/vagina); podemos analisar dois tipos de situação: 

Relações sexuais antes do compromisso conjugal: quando o casal ainda não tem condições de maturidade, estabilidade financeira e psicoafetiva, quando ainda não é possível assumir um com o outro o compromisso de parceria de vida, e não só de sexo. Este tipo de situação ocorre: 

para adquirir experiência: o jovem ou adolescente acha que precisa aprender antes de comprometer-se com o (a) futuro (a) companheiro (a); 

por amor, entre namorados. Neste caso, freqüentemente há o compromisso afetivo mas não existem condições de se assumir o compromisso conjugal. O casal sente que "um pertence ao outro", e a atração é muito forte, e sempre muito difícil de resistir. 

A Palavra de Deus adverte expressamente contra a prática do ato sexual sem o compromisso conjugal. Ver Dt. 22.20,21,28 e 29. No segundo livro de Samuel, no capítulo 13, há a história de Amnom e Tamar (ambos filhos de Davi, mas de mães diferentes), em que Amnom sente fortíssima atração pela meia-irmã, e a seduz. O relato bíblico diz que "Depois Amnom sentiu por ela grande aversão, e maior era a aversão que sentiu por ela, que o amor que ele lhe votara". Este é um fato comum: um dos parceiros passa a desprezar o outro (mais freqüentemente o rapaz despreza a moça), e o relacionamento, inicialmente bonito, correto e saudável, dá lugar a tristeza, humilhação e sofrimento. 

Como resistir? A receita bíblica é o autocontrole, fruto do Espírito: I Ts. 4.3-8; I Co. 13.7; Gl. 5.23. Ver também a advertência aos jovens, em Ec. 11.9. 

a) Relações sexuais extraconjugais: o adultério. 

A Bíblia proíbe expressamente a prática do adultério, sendo esta proibição um dos dez mandamentos (Ex. 20.14). Na lei mosaica, este pecado era punido com a pena de morte (Dt. 22.22-27). 

Salomão, no livro dos Provérbios, adverte contra esta prática: Pv. 7.7-23. 

É comum o adúltero achar que pode justificar-se argumentando que a atração que sente pela outra (ou o outro, no caso da mulher) surgiu como uma coisa espontânea, "honesta", até bonita. Isto é uma ilusão. Há no adultério uma dupla deslealdade: para com o cônjuge, que está sendo traído, e para com o companheiro ou companheira clandestina, com quem não se pode assumir nenhum compromisso definitivo, a não ser à custa de romper o vínculo com o parceiro original. 

A gravidade do adultério como pecado compreende-se claramente pela importância que Jesus lhe dá: na ótica do Mestre, é a única justificativa aceitável para o processo de divórcio (Mt. 19.9). 

b) O incesto, ou relação sexuais entre parentes íntimos, também é expressamente reprovado na instrução dada por Deus a Moisés (Lv. 18.6-16). 

c) Relações sexuais sem amor, sem comprometimento mútuo, pelo simples prazer, ou em troca de dinheiro ou favores especiais (por interesse). No primeiro caso, falamos em fornicação, e no segundo, em prostituição. 

Desvios ou aberrações do comportamento sexual: já mencionamos acima que a relação sexual normal do ponto de vista biológico envolve duas pessoas de sexos opostos, sexualmente maduras, isto é, cujo organismo está pronto para o ato da procriação. Qualquer relação fora deste padrão já não envolve apenas questões éticas, mas sim condições patológicas: doenças da mente e do espírito. Em Lv. 18.22,23, e Rm. 1.26,27 compreendemos a gravidade deste tipo de comportamento. Conhecemos vários tipos de aberração: 

d) Bestialismo ou zoofilia: a prática de relações sexuais com animais. 

e) Pedofilia: a atração anormal por crianças ( criaturas ainda não sexualmente maduras). 

f) Necrofilia: a prática de relações sexuais com cadáveres. 

g) Homossexualismo: o relacionamento sexual com pessoas do mesmo sexo. 

h)Sexo anal: a relação sexual com penetração no ânus em vez da vagina. Biologicamente, o ânus é um orifício de saída, não de entrada. O material contido na ampola retal, que é a última parte do intestino e que desemboca no ânus, é cheio de bactérias, cuja presença é normal no local mas nas vias urinárias pode levar ao aparecimento de lesões e infecções às vezes graves. Além disso, é uma relação mais traumática, causando freqüentemente escoriações e fissuras por onde podem entrar microorganismos atingindo a corrente sangüínea e causando doenças como a AIDS. 

É interessante a maneira como Robinson Cavalcanti analisa os desvios do comportamento sexual, no livro já citado acima: 

"Há um certo consenso na ética cristã de que: 

a) por certo Deus destinou o ser humano a buscar a realização sexual com outros seres vivos. A necrofilia, ou atração sexual por cadáveres, fere esse padrão;

b) Deus destinou o ser humano à realização sexual com outro ser da mesma espécie. A zoofilia, ou atração sexual por irracionais, fere esse padrão;

c) Deus destinou o ser humano à realização com o sexo oposto. O homossexualismo, ou atração pelo mesmo sexo, fere esse padrão;

d) Deus destinou o ser humano a se realizar sexualmente por livre manifestação de vontade. O estupro, ou relações sexuais à força, fere esse padrão;

e) Deus destinou o ser humano à realização sexual por amor. A prostituição, ou relação sexual mediante remuneração ou recompensa, fere esse padrão;

f) Deus destinou o ser humano a relacionamentos estáveis, que crescem e se aprofundam. A fornicação, ou relacionamentos sexuais efêmeros e sucessivos, fere esse padrão;

g) Deus destinou o ser humano a relacionamentos na amplitude da espécie. O incesto, ou relacionamento sexual com parentes próximos, fere esse padrão;

h) Deus concebeu a atividade sexual como um ato de comunicação interpessoal. A masturbação, ou auto-realização sexual solitária, quando opção permanente de um egoísmo sexual, fere esse padrão;

i) Deus deixou ao ser humano a incumbência e a capacidade de reprodução da espécie. Ele é a fonte da vida e condena a morte. O aborto, ou destruição do ser enquanto ainda no útero, fere esse padrão;

j) Destinou Deus o ser humano a fazer da atividade sexual um ato construtivo de afeto. O sadismo, ou prazer em fazer sofrer, e o masoquismo, ou prazer no sofrer, com suas agressões e mutilações, fere esse padrão;

k) Destinou Deus o ser humano à integração da sua sexualidade com equilíbrio, dentro de uma pluralidade de atividades e interesses. A lascívia, sexocentrismo, sexomania ou obsessão sexual, fere esse padrão."


Todo desvio de conduta é conseqüência da negação de Deus por parte do ser humano (Rm. 1.21-32). 

Em 1 Co. 6.9,10 há uma lista de tipos de pessoas que não podem herdar o reino de Deus: "nem impuros, nem idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas, nem ladrões, nem avarentos, nem bêbados, nem maldizentes, nem roubadores herdarão o Reino de Deus". 

É claro que isto não significa que não há esperança para os adúlteros, homossexuais, fofoqueiros, furadores de fila, pão-duros, etc. Porém, é uma ilusão perigosa achar que Jesus vai garantir salvação sem conversão. Devemos respeito a essas pessoas enquanto seres humanos, mas não podemos, por exemplo, pedir que Deus abençoe uma união homossexual sob o pretexto de que "é uma relação de amor"(!). Imitando Jesus, devemos amar o pecador, mas não o pecado. 

Felizmente, em Jesus há esperança para todas estas pessoas (1 Co. 6.11). 

Para terminar o nosso estudo, analisaremos agora a 

III. ATITUDE DO CRISTÃO DIANTE DO PECADO E DO PECADOR 

Atitude errada: o legalismo (Cl. 2.16-23). A postura dos "crentes" tem sido tradicionalmente assim. Estamos sempre prontos a apontar o dedo, a julgar e a condenar, apesar de todas as advertências da Palavra de Deus contra este hábito (Rm. 2.1; Tg. 2.8-13; Lc. 18.9-14).A Igreja tem um Código de Disciplina que tem sido aplicado com extremo rigor e sem misericórdia no caso dos pecados sexuais, e de maneira branda ou mesmo nenhuma no caso de intrigas, fofocas maldosas, atitudes desonestas, etc. Membros têm sido afastados do convívio dos crentes por causa da disciplina mal aplicada. Muitos, por não terem ainda maturidade espiritual, têm se afastado de Deus por confundirem a "justiça" da igreja com a Justiça de Deus. 

Não queremos dizer com isto que o Código de Disciplina é supérfluo ou está errado, mas que ele tem sido aplicado de maneira totalmente distante dos propósitos de Deus. Punições como suspensão ou exclusão da comunhão só devem ser aplicadas em casos de membros não arrependidos e reincidentes contumazes apesar das exortações feitas com amor. 

A disciplina de Deus está bem exemplificada na história de Davi (2 Sm. 12.1-25). Tendo cometido o duplo crime de adultério e assassinato, Davi é exortado e depois informado que tem o perdão de Deus, mas não pode fugir às conseqüências do seu pecado. E a sua atitude é exemplo para todos nós. 

A atitude correta: 

i) A atitude de Jesus: o episódio da mulher adúltera nos dá o exemplo (Jo. 8.1-11). Ficam claras a Sua misericórdia para com a pecadora, sem tornar-se cúmplice ou conivente com o seu pecado ("Vai, e não peques mais"). 

j) A "receita" bíblica para a nossa atitude: Gl. 6.1-5). 

Encerramos este estudo com uma afirmação de fé: talvez muitos de nós tenhamos em nosso passado algum pecado, de ordem sexual ou não, do qual nos envergonhamos. Mas podemos confiar na promessa de Deus em Sua Palavra: "Tais fostes alguns de vós; mas vós vos lavastes, mas fostes santificados, mas fostes justificados, em o nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus (1 Co. 6.11). 

Que a Graça do Nosso Senhor Jesus Cristo esteja com todos nós. 


FAMÍLIA FELIZ

 

AS SEIS QUALIDADES DE UMA FAMÍLIA FELIZ

 INTRODUÇÃO

  

1. O que torna uma família feliz? Como ter uma família sólida, estável?

a) Essas são perguntas que sociólogos, conselheiros matrimoniais e milhares de

casais fazem há décadas.

b) Três mil famílias foram analisadas por vários pesquisadores, e seis

qualidades mostraram-se comuns a todas elas. De modo que, mesmo tendo problemas,

elas permaneciam unidas. Vamos analisar essas qualidades e tirar lições para

nós.

I - COMPROMISSO (I Tim. 5:8)

 

1. Os membros de uma família feliz têm um sentido de compromisso entre si.

Valorizam sua família, como unidade, acima de suas necessidades individuais.

(Prov. 31:10).

 

2. Isto não é fácil. Estas famílias não estão protegidas contra problemas e

afrontas. A diferença vital é que os problemas, por mais difíceis que se

apresentem, não destroem o sentido de compromisso familiar.

II - APREÇO

 

1. Os membros de uma família sólida se apreciam mutuamente. Vivem dando e

recebendo expressões de apreço. Abraços e palavras carinhosas são comuns entre

eles. Evitam levantar a voz, agredir ou ofender e, quando assim agem, são

capazes ou humildes o suficiente para pedir perdão e perdoar.

 

2. É um quadro bastante diferente do que vivem aquelas famílias em que o esposo,

a esposa e os filhos quando se cruzam aproveitam para criticar, menosprezar e

discutir por mesquinharias.

 

3. Numa verdadeira família, cada um se refere ao outro sempre em termos

positivos. (Prov. 16:24; 31:28 e 29).

III - COMUNICAÇÃO

 

1. Alguém calculou que os casais têm em média 17 minutos de conversa por semana

entre eles. Outra pessoa observou que a semana tem 10.080 minutos. Quão curta é

esta comunicação, não é mesmo?

 

2. As famílias sólidas não só se comunicam com freqüência e sem receio, como

também escutam com interesse quando algum membro da família está se comunicando.

Quando há um problema tentam resolver de forma harmônica e em conjunto.

 

3. Procuram ouvir primeiro, antes de se posicionar no lado oposto, ou muito

menos acusar ou ironizar. É preciso ouvir, para saber qual é a dificuldade que o

outro membro da família está enfrentando naquele momento. Todos tratam de se

entender e buscar uma saída positiva. Seus membros não pretendem tirar vantagem

dos que se encontram em situação desprivilegiada, nem atemorizar, dominar,

culpar, controlar ou ganhar os outros para o seu lado. (Isa. 50:4 p.p.).

IV - PASSAR TEMPO JUNTOS

 

1. Uma pergunta dirigida a 1.500 crianças em idade escolar foi: "O que você acha

que torna uma família feliz?" A resposta mais freqüente entre elas foi: "Fazer

coisas juntos." Isso nem sempre implica em passar o dia inteiro um ao lado do

outro, mas em cultivar e valorizar o tempo na companhia dos demais. Andar

juntos, contando casos, recordando o passado, planejando para o futuro.

 

2. As crianças pequenas apreciam muito a companhia dos pais, contando-lhes

histórias antes de dormir ou as ajudando a realizar as tarefas de casa.

a) Esta é mais uma característica das famílias felizes. Buscam tempo para ficar

um ao lado do outro, e isso significa tempo em qualidade e quantidade

suficientes. (Ecl. 3:1).

V - CAPACIDADE PARA ENFRENTAR PROBLEMAS

 

1. Quando há consistência, solidez, os problemas unem a família, e a união faz a

força.

 

2. Quando não há solidez entre eles, os problemas dividem a família. Esta é a

diferença crítica entre uma família sólida e outra frágil.

 

3. Quando há interesse pelo bem-estar dos outros, todos em casa contribuem

voluntariamente para ajudar a família a superar a crise. Dado o sentido de

compromisso e sua capacidade de manter abertos os canais de comunicação, as

famílias sólidas sabem resolver os problemas conjuntamente. (Ecl. 4:9 e 10).

VI - BEM-ESTAR ESPIRITUAL

 

1. Esta qualidade rara é comum nas famílias estáveis e felizes.

Poderíamos definir bem-estar espiritual como integridade, honradez, lealdade,

responsabilidade, moral, virtude, princípios, utilidade e auto-estima.

 

2. A unidade de tantas definições parece difícil. Mas através de Paulo, podemos

compreender este significado singular e a realidade de sua expressão. Veja Efés.

5:25-31.

 

3. Se na mente do marido e mulher existem e funcionam princípios corretos, ambos

chegam a formar uma nova entidade: a família, com solidez.

 

4. Do bem-estar espiritual depende o direcionamento religioso da família. Quando

todos praticam a mesma religião e devotam tempo a Deus, cultivando momentos para

prestar seu culto a Deus, em conjunto; e freqüentando a igreja com regularidade,

estreitam o relacionamento entre si, e aumentam a disposição para perdoar e

aceitar as fraquezas dos outros.


CONCLUSÃO

 

1. Mat. 19:6: "De modo que já não são mais dois, porém uma só carne. Portanto, o

que Deus ajuntou não o separe o homem."

 

2. Assim como se efetua uma união profunda e ampla entre dois seres, que antes

eram separados, pela graça de Cristo quem se empenhar em imitar este conceito de

unidade, tal qual a Bíblia ensina, será verdadeiramente realizado e terá uma

família estável e feliz.


Érico Tadeu Xavier 


POR QUEM DEVEMOS NOS APAIXONAR?

 POR QUEM DEVEMOS NOS APAIXONAR?

 

 O que faz diferença em uma vida, e em um ministério é o tanto que nos desgastamos em realizar todas as coisas que temos a fazer. O quanto temos de fervor e ardor por aquilo que praticamos.

Vivemos em um mundo em que as pessoas não têm mais paixão pela vida, por aquilo que é eterno. Vemos grandes paixões por futebol, sexo, esportes, e tudo o mais que é passageiro. Porém precisamos ser apaixonados por Jesus, enamorados por Ele.

 

Romanos 12:11 – não sejais vagarosos no cuidado; sede fervorosos no espírito, servindo ao Senhor.

 

Precisamos ser apaixonados de espírito por Cristo.

Quando nos apaixonamos nos tornamos zelosos pelo alvo de nossa paixão.

 

 

 

Por que hoje muitas vezes somos tão apáticos no reino de Deus? 


1.   Porque deixamos algo precioso se tornar comum. O reino de  Deus deixa de ter brilho e beleza, e tudo se torna comum, e vai com o tempo saindo do coração. Pensamos: mais um encontro, mais uma reunião,... Mas precisamos manter em nossos corações o brilho de Deus, vendo quão grande e precioso é aquilo que é eterno. Amar de todo coração a Deus.

 2.   Porque nossa motivação se torna errada. Esperamos algo que não nos é devido, honra e glória humanas. Quem anda neste caminho acaba se esmorecendo, e não conseguindo os resultados esperados.

 3.   Porque entramos na apatia do mundo, somos contaminados por ele.  Os princípios e valores de forma sutil são incutidos em nossas mentes, e os nossos valores são invertidos. Esta apatia cresce com a idade.

 4.   Porque perdemos de vista o propósito de Deus para nossas vidas.  Começamos a correr de um lado para outro, buscando moveres, avivamentos e não se detendo somente no alvo.

 

Algo deve está bem firme dentro de nós:

 

Os princípios de Deus são inegociáveis.

 

Por que esta paixão é tão importante?

 1.   Porque esta paixão, este fogo é a realização de toda obra de Deus em nossas vidas. Deus consegue fazer qualquer coisa com aqueles que estão apaixonados, cheios de fogo. Naqueles que  têm dentro de seus corações, ardendo, o verdadeiro amor apaixonado, por Deus, pelos irmãos, pelo Reino e pelas almas dos homens.

 2.   Porque ela desenvolve a força interior que há em nós. O apaixonado descobre forças que não sabia que possuía. Viaja horas a fio, caminha o quanto for necessário para agradar o alvo de sua paixão. Neste momento Deus manifesta sua força, derrama sua benção, diante de um coração apaixonado.

 

Paixão é algo de todo coração. Devemos fazer dos poucos talentos recebidos um muito para o Senhor. Um apaixonado muda tudo ao seu redor. Quando se está incendiado tudo que está ao seu redor se incendeia. O fogo impactua aqueles que estão á volta. Não tenha inveja do fogo do outro, mas esteja perto dele para ser contaminado com este fogo. Esteja perto de pessoas apaixonadas, para que o convívio com elas aumente ainda mais a chama que há em você.

              

                 Sal e Luz = paixão = atitudes de vida que fazem a diferença.

 3.   Porque a paixão muda nossas prioridades. Quando somos apaixonados por Jesus temos nossas prioridades mudadas. Priorizamos tudo aquilo que sabemos ser importante para Cristo. Buscamos conhecê-lo para agradá-lo.

 4.   Quando se é apaixonado pelo Senhor vemos as coisas impossíveis se tornarem possíveis. Passamos a fazer coisas as quais considerávamos impossíveis de serem feitas. Não só fazemos como também o Senhor começa a operar em nós, através de nós e nos outros.

 5.   Esta paixão nos guarda do pecado. A presença de Deus se torna tão ntensa que não há lugar para o pecado. Nossas motivações são voltadas para o Pai. Temos como exemplo vida de José. Um homem apaixonado por Deus, que diante do pecado não pensou duas vezes e saiu correndo.

 

         Como desenvolver esta paixão?

 1.   Crer que esta paixão é algo decisivo e verdadeiro que precisamos ter em nossas vidas. Buscar de Deus isto. Orar com o coração limpo, para obter isto de Deus.

 2.   Retornar ao primeiro amor. O primeiro impacto que tivemos ao receber a palavra de Cristo, o mesmo fervor, ardor e temor precisam voltar. Viver o primeiro amor diariamente é viver cada dia como sendo aquele o mais lindo de todos, o dia de se encontrar com o noivo.

 

                        Como fazer esta paixão crescer no coração?

 1.   Viva numa atmosfera onde esta paixão é valorizada. Aproxime-se de pessoas que também possuem esta paixão, que valorizem este fogo e põem lenha na fogueira.

 2.   Nunca esqueça do que Deus já fez por você. Traga sempre à memória as curas, as provisões, as maravilhas, toda obra já realizada. Deus é fiel.

 3.   Valorize tudo que Deus tem feito na vida dos outros. Valorize o fogo que Deus está dando ao outro, mesmo que você não esteja queimando tanto, se aproxime e receba através dele. Valorize com humildade e simplicidade de coração, se colocando como servo e abençoador. Esta atitude incendeia novamente nossas vidas.

                 

                                    Onde colocar nossa paixão?

 1.   No que é eterno. Julgar todas as coisas e ver o que é eterno, o que vai durar não só neste mundo, mas no por vir.

 2.   Naquilo que sabemos ser a vontade de Deus. (Relacionamentos na  família, na igreja,...)


Asaph Borba