sábado, 14 de maio de 2016

A HISTÓRIA SOBRE A ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL


ESCOLA BÍBLICA - MESTRES E DOUTORES
Doutor ou Mestre “E a uns pôs Deus na igreja, primeiramente, apóstolos, em segundo lugar, profetas, em terceiro, mestres ou doutores, depois, milagres, depois, dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas” (1 Co 12.28).

Entre os dons ministeriais, concedidos por Deus para edificação e “aperfeiçoamento dos santos”, nas igrejas locais, está o de “doutor” ou “mestre”. Não é um dom muito reconhecido em geral, nas comunidades cristãs, por falta de entendimento acerca do seu valor, ou até por preconceito contra esses termos. As pessoas não têm qualquer receio de tratar um obreiro como “pastor”, “evangelista”, “bispo” ou até “apóstolo”, nos dias presentes. 

Mas não é comum um obreiro, que tem o dom de mestre ser chamado de “mestre” ou “doutor”. Isso se deve à visão que se tem do que é ser dotado de capacidade para o exercício desse dom ministerial, tão importante quanto os demais dons de Deus. Ou pelo “ar de superioridade” que alguns demonstram no exercício desse dom.

Em parte, também, percebe-se que, em muitos casos, os mestres ou doutores não têm a devida humildade no exercício do dom que Deus lhes concedeu. Alguns, ressaltamos, portam-se com diletantismo ou soberba, pelo fato de serem intelectualmente mais galardoados do que outros. 


Há até os que cobram “cachê” para ensinar, seguindo o exemplo de cantores ou pregadores, que só servem por dinheiro, e mercantilizam os dons e talentos que são concedidos por Deus. Não se deve generalizar em caso algum o comportamento dos obreiros. Há os mestres ou doutores que, a despeito de seu elevado grau de conhecimento bíblico, teológico e secular, são humildes e sinceros, colocando-se como servos a serviço das igrejas.

A HISTÓRIA SOBRE A ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL

O início da EBD, como a conhecemos hoje, deu-se em 20 de julho de 1780 na cidade de Gloucester. Era uma cidade importante da Inglaterra no período pós Revolução Industrial, notável por sua indústria de tecelagem. Atraía muita gente que, deixando a vida no campo, seguia para as cidades buscando melhores condições de vida.

Entretanto, na cidade de Gloucester, a imensa riqueza de uma minoria contrastava com a grande pobreza e o analfabetismo da maioria da população. O fato de existirem muitas igrejas não impedia o avanço da criminalidade.

Robert Raikes, fundador da Escola Dominical, dedicou-se à carreira de jornalista e editor, trabalhando na Imprensa Raikes, de propriedade da família, a qual ele passou a dirigir após a morte de seu pai.

Raikes preocupava-se muito em melhorar as condições das prisões, visando a regeneração dos criminosos que para ali eram conduzidos. Descobriu que o abandono em que viviam as crianças pobres da localidade e as suas atividades, também aos domingos, eram um estímulo à prática do crime. Que perversos os meninos de Gloucester ! Lutavam uns com os outros, eram mentirosos e ladrões, indescritivelmente sujos e despenteados. Depredavam propriedades e infestavam ruas, tornando-as perigosas com as calamidades deles.

Robert Raikes, um homem de profundas convicções religiosas, fundou então uma escola que funcionava aos domingos porque as crianças e os jovens trabalhavam 6 dias por semana, durante 12 horas. Usava a Bíblia como livro de estudo, cantava com os alunos e ministrava-lhes, também, noções de boas maneiras, de moral e de civismo.

O plano de Raikes exigia um profundo sentimento de caridade cristã. Conseguiu que algumas senhoras crentes o ajudassem, fazendo visitas aos bairros pobres da cidade, a fim de convencerem os pais a enviarem seus filhos à escola.

De 1780 a 1783, sete Escolas já tinham sido fundadas somente em Gloucester, tendo cada uma 30 alunos em média. Em 3 de novembro de 1783, Robert Raikes, triunfalmente, publicou em seu jornal a transformação ocorrida na vida das crianças.

O historiador John Richard Green afirmou:”As Escolas Dominicais fundadas pelo Sr. Raikes, no final do século XVIII, originaram o estabelecimento da educação pública popular”.

O efeito da Escola Dominical foi tão poderoso, que 12 anos após sua fundação, não havia um só criminoso na sala dos réus para julgamento nos tribunais de Gloucester, quando antes a média era de 50 a 100 em cada julgamento !

Em muito pouco tempo, o movimento se espalhou e várias igrejas ao redor do Mundo organizaram suas Escolas Dominicais. Nas E.B.D. mais antigas, segundo se tem notícia, o ensino limitava-se à leitura de passagens bíblicas estudadas simultaneamente por crianças e adultos. 

Mais à frente, nasceu o desejo de que houvesse um sistema de lições graduadas: seriam adaptadas ao desenvolvimento da mente infantil e viria estabelecer conveniente e necessária promoção de alunos de grau em grau entre os diferentes departamentos da Escola Dominical.

Em resposta a esse apelo, o Comitê das Lições Internacionais, unanimemente, encaminhou o assunto à Convenção em Louisville, realizada em junho de 1908. Foi criado um Subcomitê, que preparou lições dirigidas aos principiantes, ao departamento primário elementar e ao primário superior. Em anexo, enviaram uma lista dos assuntos que corresponderiam aos anos seguintes desses mesmos departamentos.

Anunciou-se também a preparação do programa geral de lições para todos os departamentos em que a Associação Internacional dividiu a Escola Dominical: Principiantes (4 e 5 anos), Primário Elementar (6 a 8 anos), Primário Superior (9 a 12 anos), Intermediário (13 a 16 anos), Superior (17 a 20 anos) e Adultos (20 anos em diante).

Extraído do site universidadedabiblia.com.br

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