quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

RESISTINDO ÀS PRESSÕES DO MUNDO

RESISTINDO ÀS PRESSÕES DO MUNDO

Os perversos e impostores irão de mal a pior, enganando e sendo enganados. Quanto a você, porém, permaneça nas coisas que aprendeu e das quais tem convicção, pois você sabe de quem o aprendeu. [2 Timóteo 3.13-14]

A Segunda Carta de Paulo a Timóteo foi sua última carta, escrita pouco tempo antes de seu martírio. Sua preocupação principal ainda é com o que irá acontecer ao evangelho quando ele não estiver mais por perto para guiar e ensinar a igreja.

Em 2 Timóteo 3.1-5, Paulo adverte Timóteo de que os “últimos dias” (que Jesus inaugurou) incluiriam “tempos terríveis” (v. 1). Em seguida ele apresenta um quadro vívido desses dias. Ele relaciona dezenove características dos últimos dias, sendo que a pior de todas é a deturpação do amor.

As pessoas serão “mais amantes dos prazeres do que amigas de Deus”, avarentas, egoístas e soberbas. De fato, as pessoas não terão amor pela família (v. 3). A falta do verdadeiro amor irá destruir os relacionamentos.

Paulo temia que Timóteo fosse arrastado por essa torrente de egoísmo, e insiste com ele para permanecer firme e resistir às pressões do mundo.

Em 2 Timóteo 3.10 e 14, Paulo se dirige a Timóteo usando duas palavras gregas monossilábicas, su de, que aparecem no texto como: “mas você” (v. 10) e “quanto a você” (v. 14).

Timóteo precisava ter uma conduta diferente, em evidente contraste com a cultura contemporânea, e, se necessário, permanecer só.

Paulo afirma que Timóteo tem “seguido de perto” o seu ensino e a sua conduta. Ele então exorta Timóteo a continuar no mesmo caminho: “permaneça nas coisas que aprendeu” (v. 14).

Assim, os versículos 10-13 descrevem a lealdade de Timóteo ao apóstolo, no passado, e os versículos 14-17 o conclamam a permanecer leal no futuro. Ele tinha boas razões para agir desta forma — ele sabia que quem o estava instruindo era o próprio apóstolo Paulo, cuja autoridade apostólica era reconhecida por ele, e também porque conhecia as Escrituras desde a infância, reconhecendo-as como theopneustos (literalmente, “sopradas por Deus”) e úteis.

Esses dois fundamentos se aplicam até hoje. O evangelho em que crêem os cristãos é o evangelho bíblico, referendado pelos profetas de Deus e pelos apóstolos de Cristo.

Somos gratos por essa dupla autenticação.

Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos. Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, Sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, Traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, Tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te. [...] Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste, e de que foste inteirado, sabendo de quem o tens aprendido, E que desde a tua meninice sabes as sagradas Escrituras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus.

Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça; Para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra. (2 Timóteo 3:1-17)

Retirado de A Bíblia Toda, o Ano Todo [John Stott]. Editora Ultimato.

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