terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

O CORAÇÃO DA HUMANIDADE


O CORAÇÃO DA HUMANIDADE

Nossos corações parecem tão distantes do dEle. Ele é puro; somos gananciosos. Ele é pacificador; somos conteciosos. Ele tem um propósito; nós somos ditraídos. Ele é agradável; somos irritantes. Ele é espiritual; somos materialistas. A distância entre os nossos corações e o dEle parece imensa. Como podemos anelar ter o coração de Jesus?

Pronto para a surpresa? Você já tem. Você já possui o coração de Cristo. Por que está me olhando dessa forma? Eu mentiria pra você? Se alguém está em Cristo, já possui o coração de Cristo. Uma das maiores, porém desapercebidas, promessas de Cristo é esta: se você entrega sua vida a Jesus, Ele entrega-se a si mesmo por você. Ele faz de seu coração a sua própria casa. Seria difícil ser mais suscinto do que Paulo: "Cristo vive em mim" (Gl 2.20).

Mesmo correndo o risco de ser repetitivo, permita-me sê-lo. Se você já entregou sua vida a Jesus, Jesus já habita em você. Ele já se mudou, desfez suas malas e está pronto para transformá-lo "de glória em glória, na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor" (2 Co 3.18). Paulo explica isso com estas palavras: "Mas, por estranho que pareça, nós, cristãos, possuímos efetivamente dentro de nós uma parcela dos próprios pensamentos e da mente de Cristo" (1 Co 2.16, A Bíblia Viva).

Estranho é a palavra! Se eu tenho a mente de Cristo, por que ainda penso tão como eu? Se tenho o coração de Cristo, por que ainda carrego as dificuldades de Max? Se Jesus habita em mim, por que ainda detesto os congestionamentos?

Parte da resposta é ilustrada em uma história sobre uma senhora que possuía uma pequena casa no litoral da Irlanda na virada o século. Ela era rica, porém econômica. Então as pessoas ficaram surpresas quando ela decidiu estar entre os primeiros que teriam eletricidade em sua casa.

Várias semanas após a instalação, um leitor de medição apareceu à porta. Ele perguntou se a eletricidade estava funcionando bem e ela respondeu que sim. "Estou intrigado, e gostaria que a senhora me explicasse uma coisa", disse ele. "Seu medidor demonstra que a senhora quase não utiliza a eletricidade!"

"Certamente", responde ela. "Todos os dias, quando o sol se põe, ligo minhas luzes tempo suficiente para acender meus candelabros; então as desligo".

Ela possui eletricidade mas não a utiliza. Sua casa está conectada, porém permanece inalterada. Será que não cometemos o mesmo erro? Nós também - salvos, embora com o mesmo coração - estamos conectados, porém permanecemos inalterados. Confiando em Cristo para a salvação, mas resistindo à transformação. Nós ocasionalmente ligamos o interruptor, entretanto, na maior parte do tempo, optamos pelas sombras.

O que aconteceria se deixássemos as luzes ligadas? O que aconteceria se não apenas ligássemos a luz mas vivêssemos na luz? Que mudanças ocorreriam caso persistíssemos na tarefa de descansar no esplendor de Cristo?

Não duvide: Cristo possui planos ambiciosos para nós. O mesmo que salvou sua alma anseia remodelar seu coração. Seu plano é nada menos do que uma total transformação: "... para serem conforme a imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos" (Rm 8.29).

"... e vos vestistes de novo, que se renova para o conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou" (Cl 3.10).

Deus está pronto a moldar-nos à semelhança do Salvador. Devemos aceitar sua oferta? Eis minha sugestão. Vamos imaginar o que significa ser simplesmente como Jesus. Vamos nos aprofundar no coração de Cristo. Vamos passar alguns momentos considerando sua compaixão, refletindo sobre sua intimidade com o Pai, admirando seu foco central, ponderando acerca de sua paciência. Como Ele perdoou? Quando Ele orou? O que o fez tão agradável? Por que Ele não desisitiu? Precisamos estar "olhando para Jesus" (Hb 12.2). Talvez, ao vê-lo, possamos perceber em que podemos nos tornar.

MAX LUCADO

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