Acusação contra Israel
Oseias 4:1-3 apresenta Deus como Aquele que traz uma acusação ou uma questão jurídica (hebraico rîb) contra Israel. A nação escolhida era culpada diante de seu Deus porque o povo não havia conseguido viver de acordo com os termos da aliança.
Verdade, misericórdia e conhecimento de Deus deviam ser as qualidades do relacionamento entre Israel e Ele. De acordo com Oseias 2:18-20, esses são dons que Deus concede ao Seu povo na renovação da aliança.
Devido ao pecado, porém, a vida de Israel foi destituída desses dons da graça. Os crimes listados por Oseias tinham levado a nação à beira da anarquia. Os líderes religiosos, sacerdotes e profetas, tiveram parte na deterioração da vida de Israel naquele momento e foram responsabilizados por isso.
Eles tinham grande responsabilidade. Se não enfrentassem os abusos e não condenassem os atos de injustiça, seriam condenados por Deus.
No Antigo Testamento, a adoração de ídolos era considerada o pecado mais grave porque negava o papel do Senhor Deus na vida da nação e do indivíduo.
Devido ao clima seco, as chuvas nas terras de Israel eram questão de vida ou morte. Os israelitas chegaram a acreditar que suas bênçãos, como a vivificante chuva, provinham de Baal. Por isso, construíram santuários para deuses estrangeiros e começaram a misturar imoralidade com adoração.
Ao mesmo tempo, a injustiça social se alastrava na terra. As classes ricas em Israel exploravam os camponeses a fim de conseguir pagar tributo à Assíria. Muitos recorriam à fraude e ao engano (Oséias 12:7, 8).
Foi em virtude dessas coisas que o período anteriormente pacífico e próspero se tornou um momento de turbulência política e social. O país estava à beira do caos total.
“Pobres homens ricos, professando servir a Deus, são dignos de piedade. Enquanto professam conhecer ao Senhor, eles O negam em suas obras. Quão grandes são suas trevas! (Mateus 6:23).
Afirmam ter fé na verdade, mas suas obras não correspondem à sua religião. O amor às riquezas os torna egoístas, exigentes e arrogantes. Riqueza é poder, e frequentemente o amor a ela corrompe e neutraliza tudo o que é nobre e divino no ser humano”
Chamado ao arrependimento
“A vida eterna é esta: que Te conheçam a Ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste” (João 17:3).
O nome Oseias em hebraico significa “o Senhor salva”, e está relacionado com os nomes Josué, Isaías e até mesmo Jesus. O profeta chama o povo a rejeitar o pecado e encontrar refúgio no Senhor seu Deus, porque Ele é seu Criador e Redentor.
O propósito do juízo divino era lembrar aos pecadores que sua vida e força provinham dAquele a quem eles deviam voltar. Por isso, mesmo em meio a todas as advertências e pronunciamentos de juízo, o livro de Oseias apresenta os temas do arrependimento humano e do perdão divino.
O profeta exortou a nação, que estava perecendo no pecado por “falta [do] conhecimento” (Oséias 4:6), a continuar conhecendo plenamente a Deus e a viver em harmonia com Seus princípios eternos. Foi a falta de conhecimento de Deus que levou o povo à rebelião e acabou resultando no juízo.
Em contrapartida, por meio da fé e obediência eles poderiam conhecer o Senhor. Esse conhecimento pode ser próximo e íntimo. É precisamente por isso que o casamento é um símbolo do tipo de relacionamento que o Senhor deseja ter conosco.
Por isso também a vida cristã é principalmente um relacionamento com o Deus vivo. Por essa razão, o Senhor chama as pessoas para conhecê-Lo e seguir Sua vontade.
O problema do pecado trouxe uma terrível separação entre Deus e a humanidade. Mas, pela morte de Jesus na cruz, um caminho foi feito para que caminhemos lado a lado com o Senhor. Podemos, de fato, conhecê-Lo por nós mesmos.
Qual é a diferença entre saber coisas a respeito de Deus e conhecer a Deus?
Como essa diferença se reflete na nossa vida prática?
Se alguém lhe perguntasse: “Como posso conhecer a Deus?”, o que você responderia?
O que as seguintes passagens ensinam sobre a importância de “conhecer o Senhor”?
Veja estas passagens com atenção:
Êxodo 33:12, 13; Jeremias 9:23, 24; Daniel 11:32; 1João 2:4.
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