terça-feira, 1 de dezembro de 2015

O MAR DO ESQUECIMENTO



O MAR DO ESQUECIMENTO

Curiosamente um número relativamente grande de pessoas cristãs procuraram no Google a palavra chave: "mar do esquecimento", "qual livro da Bíblia fala sobre mar do esquecimento", "onde está o versículo que diz que Deus lança nossos pecados no mar do esquecimento", "mar do esquecimento está na Bíblia?", entre outras coisas semelhantes.

Curioso imaginar que tanta gente faça esse tipo de pesquisa. 

Talvez alguém tenha lhe dito: "ih, mar do esquecimento nem está na Bíblia", na intenção de mostrar que a pessoa está sendo ludibriada, ou ela mesma quer provar aos cristãos que eles inventam coisas, ou quem sabe seja alguém genuinamente preocupado em saber se seus pecados serão realmente lançados no mar do esquecimento, pois quer ser perdoado por Deus.

Em todo caso, é pertinente e oportuno escrever sobre isso, para que, seja qual for a intenção da busca, quem chegar aqui encontre uma resposta a respeito do tal "mar do esquecimento".

Costumamos dizer que Deus lança nossos pecados no mar do esquecimento, e deles não se lembra mais, quando realmente nos arrependemos de nossos erros e pedimos a Ele perdão sincero. 

Isso é verdade. Mas se você busca o termo completo "mar do esquecimento" na Bíblia, o encontra? Vou explicar a origem desse termo.

Em Miquéias 7:18,19 diz: "Quem, oh Deus, é semelhante a ti, que perdoas a iniquidade e te esqueces da transgressão do restante da tua herança? 

O Senhor não retém a sua ira para sempre, porque tem prazer na misericórdia. Tornará a ter compaixão de nós; pisará aos pés as nossas iniquiadades e lançará todos os nossos pecados nas profundezas do mar."

Esta passagem maravilhosa fala a respeito do caráter misericordioso de Deus. Mesmo no Antigo Testamento, antes do tempo da Graça, Deus não era o ser cruel e implacável que muita gente até hoje acredita que Ele é (essas pessoas, obviamente, não o conhecem). 

Quando diante do verdadeiro arrependimento, Ele não pensa duas vezes antes de perdoar a iniquidade e esquecer da transgressão do Seu povo. Volta a ter compaixão de nós e lança nossos pecados nas profundezas do mar.

Em Isaías 43:2 o próprio Deus diz: "Eu, eu mesmo, sou o que apago as tuas transgressões por amor de mim e dos teus pecados não me lembro"

Não me lembro de ter lido o termo exato "mar do esquecimento", mas como a passagem de Miquéias diz que Deus esquece de nossas transgressões e lança todos os nossos pecados nas "profundezas do mar"

Isaías diz que Ele não se lembra de nossos pecados, e já sabendo que Deus não tem nenhum problema crônico de memória, e sabendo também que nenhuma expedição submarina encontrou toneladas de pecados incrustados de corais no fundo do mar, entendemos, de uma forma até mesmo bem poética, que este é o "mar do esquecimento".

Deus, que não se esquece de nada, pois é perfeito (e não, não tem problemas de memória), se permite não lembrar, ignorar, todos os nossos pecados, nos dando a chance de, diante dEle, começar de novo. 

O "mar do esquecimento" é, então, figura do grande perdão de Deus. Quando você lança algo nas profundezas do mar, teoricamente aquilo nunca mais será encontrado (não entremos na discussão sobre as expedições submarinas existentes hoje. 

Quem, em sã consciência, sairia em busca de pecados submersos???

Só se procura algo que tenha valor. Se você jogar uma coisa insignificante no fundo do oceano - acredite - ninguém irá ver, nem procurar), nem visto.

Quando pensamos em "perdoar", geralmente não temos em mente essa idéia de desaparecer com aquela iniquidade. Perdoamos nossos irmãos, mas sempre podemos visualizar o que nos fizeram. 

O perdão, humanamente falando, não costuma estar atrelado ao esquecimento. Mas o perdão divino inclui o desaparecimento daquela iniquidade. Deus a lança em um lugar de onde ela nunca mais voltará e no qual ela não poderá mais ser vista por Ele. Por isso o reforço nesta idéia de esquecimento, dizendo que Ele lança nossos pecados nas profundezas do mar.

Não me interessa saber se o mar do esquecimento existe ou não, não faz a menor diferença, pois de qualquer maneira o Mar do Esquecimento é uma metáfora que me faz ver o quanto Deus é maravilhoso, a ponto de escolher não se lembrar dos meus erros, quando eu realmente me arrependo e peço perdão a Ele, decidindo nunca mais cometer aquele pecado.

E se Deus é tão misericordioso a ponto de escolher se esquecer de meus pecados, quem sou eu para ficar me torturando ao me lembrar deles, dando ouvidos ao diabo, que é o acusador? 

E também se Deus, o Criador, o único Santo e puro, que é o principal ofendido pelos pecados dos homens, escolhe não se lembrar mais do erro de alguém, quem sou eu para apontar o dedo e julgar uma pessoa por atos que ela cometeu no passado, e dos quais já se arrependeu? Sou eu maior do que Deus?

Além de mostrar a grandeza de Deus e o caráter perdoador do nosso Senhor, essas passagens deixam claro que o homem deve ser grato por essa misericórdia e recolher-se à sua insignificância, deixando essa mania arrogante de querer se apegar às picuinhas para tentar provar que está certo e que Deus - veja só - está errado.

***

O AVIVAMENTO (PARTE 2)



O Padrão Bíblico de Avivamento

A igreja hoje busca mais uma vida antropocêntrica do que teocêntrica.Avivamento não é efervescência carismática. Uma igreja pode ter todos os dons sem ser uma igreja avivada. Avivamento não é conhecido pelos dons do Espírito, mas pelo fruto do Espírito.

A igreja de Corinto possuía todos os dons, todavia, era uma igreja imatura e bebê espiritualmente. Naquela igreja profundamente carismática, havia divisões, cismas, brigas, partidos, contendas, imoralidade e irmãos levando outros irmãos aos tribunais mundanos.

Havia falta de compreensão acerca do casamento e da liberdade cristã. Naquela igreja a ceia do Senhor estava sendo incompreendida, os dons estavam sendo usados erradamente, a ressurreição dos crentes estava sendo negada, e a cooperação financeira com os pobres negligenciada.É verdade que, em épocas de avivamento, os dons são buscados e exercidos para a glória de Deus e a edificação da igreja, mas a ênfase carismática não é sinônimo de avivamento.

2.5. Avivamento não é modismo.

Muitos crentes, por desconhecimento, se posicionam contra o avivamento porque acham que ele é a mais nova onda da igreja. Acham que avivamento é uma coqueluche moderna e uma inovação sem nenhum respaldo bíblico e histórico.

Certamente, aqueles que assim pensam não estudam com critério a Bíblia nem a história da igreja. Os pontos culminantes da igreja aconteceram em épocas de avivamento. Desde o Antigo Testamento que esta é uma verdade incontestável. É só olhar para os grandes despertamentos na época de Ezequias, de Josias e de Neemias. É só ver o grande avivamento em Jerusalém, em Samaria, em Antioquia da Síria e em Éfeso. 

É só ver o que Deus fez na Reforma do Século XVI, na Inglaterra, no século XVIII e em outros grandes avivamentos da história. Certamente, avivamento não é uma onda, não é um modismo. Ele possui firmes lastros históricos. Ele é nossa herança e nosso legado e deve continuar sendo nossa aspiração e nossa busca constante.

2.6. Avivamento não é uma visão dicotomizada da vida.

Muitas pessoas, quando começam a buscar avivamento, saem da realidade e enclausuram-se nos castelos inexpugnáveis de uma espiritualidade isolada e monástica. Tornam-se tão "espirituais" que já não sabem mais conviver com a vida, isolam-se, fazendo da vida uma caverna de fuga. Querem sair do mundo em vez de serem guardados do mal. Dividem a vida entre sagrado e profano, corpo e alma, matéria e espírito. Acham que Deus está interessado apenas nas coisas espirituais. Acham que Deus só olha para a vida de trabalho na igreja, sem observar os negócios, a família, o trabalho, os estudos e a vida do dia-a-dia com o mesmo interesse.

Esta não é a visão bíblica nem a visão do verdadeiro avivamento. Tudo em nossa vida é vazado pelo sagrado. Toda a nossa vida é cúltica. Todo o nosso viver é litúrgico. O grande avivalista John Wesley lutou pelas causas sociais na Inglaterra ao mesmo tempo que pregou sobre avivamento. Finney pregou ardorosamente contra a escravidão nos EUA no século passado ao mesmo tempo que foi o maior avivalista do seu país. João Calvino atacou com veemência os juros extorsivos em Genebra. O avivamento sempre traz profundas mudanças políticas, econômicas, sociais e morais. O avivamento não leva a igreja à fuga, mas ao enfrentamento. 

2.7. Avivamento não é campanha de evangelização.

Não podemos confundir avivamento com campanhas evangelísticas. Avivamento é para a igreja, pessoas que já têm vida; evangelização é para o mundo, pessoas que estão mortas em delitos e pecados. Avivamento é para crentes nascidos de novo; evangelização é para pecadores inconversos. Na evangelização, a igreja trabalha para Deus; no avivamento, Deus trabalha para a igreja. Na evangelização, a igreja vai aos pecadores; no avivamento, os pecadores correm para a igreja. Na evangelização, os pregadores apelam aos pecadores; no avivamento, os pecadores apelam aos pregadores.

III - O Padrão Bíblico de Avivamento:

Podemos definir o avivamento bíblico em dois sentidos distintos:

3.1. O sentido estrito de avivamento.

Estritamente falando, avivamento é algo que acontece unicamente no meio do povo de Deus. O Espírito Santo renova, reaviva e desperta a igreja sonolenta. É revitalização onde já existe vida. Ou, como disse Robert Coleman, é "o retorno de algo à sua verdadeira natureza e propósito" (7).

Comentando um pouco mais sobre o sentido estrito de avivamento, diz o Dr. Martin Lloyd-Jones: 

É uma experiência na vida da Igreja quando o Espírito Santo realiza uma obra incomum. Ele a realiza, primeiramente, entre os membros da Igreja: é um reviver dos crentes. Não se pode reviver algo que nunca teve vida; assim, por definição, o avivamento é primeiramente uma vivificação, um revigoramento, um despertamento de membros de igreja que se acham letárgicos, dormentes, quase moribundos (8).

Quando há esse impacto da obra do Espírito de Deus na vida da igreja, os resultados imediatos do avivamento são sentidos no povo de Deus: senso inequívoco da presença de Deus; oração fervorosa e louvor sincero; convicção de pecado na vida das pessoas; desejo profundo de santidade de vida e aumento perceptível no desejo de pregação do evangelho. Em outras palavras, a igreja amortecida e tristemente doente é a primeira a ser beneficiada pelo avivamento.

3.2. O sentido amplo de avivamento. 

Como a própria expressão define, neste sentido não apenas a igreja, mas a sociedade não-cristã também é beneficiada pelo avivamento. Isto acontece porque, além da atuação soberana do Espírito Santo no mundo, na igreja passa a existir uma conscientização profunda de sua missão; isto é, a missão integral de servir o mundo evangelística e socialmente. No avivamento a igreja vive a missão para a qual foi chamada.

A sociedade não-cristã, por sua vez, volta-se para Deus em resposta ao evangelho. Acertadamente o Dr. Héber de Campos comenta que "o reavivamento começa na igreja e termina na comunidade maior onde ela vive. Os efeitos do reavivamento são muito mais perceptíveis nas mudanças morais que acontecem na região ou num país onde ele acontece. Ele não se limita simplesmente aos membros das igrejas atingidas pela obra de Deus. Ele causa impacto em toda a comunidade onde a igreja de Deus está inserida" (9).

Em suma, as duas características principais do avivamento são 1) o extraordinário revigoramento da igreja de Cristo e 2) a conversão de multidões que até o momento estiveram fora dela na indiferença e no pecado.

3.3. Avivamento e a Bíblia. 

Aqui também abordaremos dois aspectos essenciais do avivamento.

1) O padrão bíblico de avivamento é a Bíblia

Por mais simplória e pleonástica que esta declaração pareça ser, ela é tão autêntica e singular como dois e dois são quatro. Estamos falando do único padrão inerrante e infalível de avivamento: a Bíblia. 

Uma vez que a Bíblia é a nossa única regra de fé e prática, é ela e somente ela que nos pode dar a direção certa deste assunto. A relação entre a Bíblia e o avivamento é tão intrínseca que é impossível um avivamento de verdade sem que a Bíblia faça parte dele.

Além disso, numa época de tantos extremos como este em que vivemos, é fundamental o equilíbrio que só a Bíblia oferece. Sabemos que hoje existem desde aqueles que vêem toda e qualquer manifestação entusiástica como avivamento, até àqueles que negam a sua existência, ou quando muito acham que avivamento é a mais nova onda do momento, uma coqueluche moderna, uma inovação humana sem respaldo bíblico. É necessário, mais do que nunca, recorrermos à lei e ao testemunho.

Permita-me ilustrar o que queremos dizer por "extremos". Edwin Orr (10), uma das maiores autoridades sobre avivamentos, disse que viu duas igrejas nos Estados Unidos convidando pessoas para suas reuniões de avivamentos. Uma delas dizia: "Reavivamento aqui todas às segundas-feiras à noite", enquanto que a outra prometia: "Reavivamento aqui todas às noites, exceto às segundas-feiras". Orr menciona este fato para relatar um desses extremos em que a palavra "avivamento" ou "reavivamento" é usada aleatoriamente, como se o avivamento fosse produzido simplesmente pelo desempenho humano com data e hora marcadas.

Voltando ao lugar da Bíblia no avivamento, é importante salientar que ela foi, é e sempre será a espada do Espírito Santo em todo avivamento bíblico. Não existe verdadeira espiritualidade sem a Bíblia. Observando os avivamentos ocorridos na Bíblia e na história da igreja, notamos que os objetos do Espírito eram sempre persuadidos com e para a Bíblia. Avivamento onde a Bíblia não está presente não passa de um mero pentecostalismo convencional.

"Um reavivamento", diz o Dr. Héber de Campos, "que é produto da obra do Espírito Santo na igreja, certamente tem sua ênfase naquilo que tem sido esquecido por muito tempo: a Palavra de Deus. A autoridade da Palavra de Deus passa ser algo extremamente forte num momento genuíno de reavivamento. A Bíblia passa novamente a ser honrada como a única Palavra inspirada de Deus" (11).

2) O padrão bíblico de avivamento está na Bíblia

Os primórdios do avivamento bíblico aparecem em Gênesis. Segundo Coleman, o que se pode chamar de "o grande despertamento geral" ocorreu nos dias de Sete, pouco depois do nascimento de seu filho Enos: "Então se começou a invocar o nome do Senhor" (Gn 4.26) (12). O nome Enos quer dizer fraco ou doente. O que é deveras significativo. Considerando o assassinato de Abel (Gn 3.9-15) e o aparecimento cada vez mais forte de doenças na raça humana, o nome Enos era bastante adequado. "É provável que fosse um reflexo da consciência da depravação humana e da necessidade da graça divina" (13). À parte desta indicação não existe nenhum outro relato de avivamento no princípio da história da raça humana. O relato subseqüente do dilúvio ilustra de modo dramático o que acontece com um povo que não se arrepende de seus pecados.

Depois temos os patriarcas que por vários séculos lideraram o povo de Deus. Sempre que a vitalidade espiritual do povo se desvanecia, eles agiam como a força que promovia novo vigor. O breve avivamento na casa de Jacó é um bom exemplo disso (Gn 35.1-15). Mais tarde, sob a liderança de Moisés, há períodos empolgantes de refrigério, especialmente nos acontecimentos ligados à primeira páscoa (Ex 12.21-28), na outorga da lei do Senhor no Sinai (Ex 19.1-25; 24.1-8; 32.1-35.29) e no levantamento da serpente de bronze no monte Hor (Nm 21.4-9). 

No tempo de Josué um despertamento espiritual predominou em suas campanhas, como na travessia do rio Jordão (Js 3.1-5.12) e na conquista de Ai (Js 7.1-8.35). Mas quando terminaram as guerras e o povo se assentou para desfrutar os despojos da vitória, uma apatia espiritual se apoderou da nação. Sabendo que seu povo estava dividido, Josué reuniu as tribos de Israel, em Siquém, e exigiu que cada um escolhesse, de uma vez por todas, a quem servir (Js 24.1-15). Um verdadeiro avivamento segue-se a esse desafio, prosseguindo durante "todos os dias de Josué, e todos os dias dos anciãos que ainda viveram muito tempo depois de Josué, e sabiam toda a obra que o Senhor tinha feito a Israel" (Js 24.31).

O período de trezentos anos de liderança dos juízes mostra os israelitas, de quando em quando, traindo o Senhor e servindo a outros deuses. O juízo de Deus é inevitável. Então, após longos anos de opressão, o povo se arrepende e clama ao Senhor (Jz 3.9,15; 4.3; 6.6,7; 10.10). Em cada ocasião Deus responde as orações, enviando-lhes um libertador que liberta o povo na vitória contra os inimigos. Um dos maiores movimentos avivalistas aparece no final desse período, sob a direção de Samuel (I Sm 7.1-17). 

Tempos de renovação ocorreram periodicamente no período dos reis. A marcha de Davi, entrando com a arca em Jerusalém, possui muitos ingredientes de um avivamento (2 Sm 6.12-23). A dedicação do templo, no início do reinado de Salomão, é outro grande exemplo (I Rs 8). O avivamento também chega a Judá nos dias de Asa (I Rs 15.9-15). E Josafá, outro rei de Judá, lidera uma reforma (I Rs 22.41-50), bem como o sacerdote Joiada (2 Rs 11.4-12.16). Outro poderoso despertamento é vivenciado na terra sob a liderança do rei Ezequias (2 Rs 18.1-8). Por fim, a descoberta do livro da lei, durante o reinado de Josias, dá início a um dos maiores avivamentos registrados na Bíblia (2 Rs 22,23; 2 Cr 34,35). 

Ainda, sob a liderança de Zorobabel e Jesua, outra vez começa a reacender um novo avivamento (Ed 1.1-4.24). Tendo as intimidações dos inimigos induzido os judeus a interromperem a reconstrução do templo, os profetas Ageu e Zacarias entraram em cena para instigar o povo a prosseguir (Ed 5.1-6.22; Ag 1.1-2.23; Zc 1.1-21; 8.1-23). Setenta e cinco anos depois, com a chegada de outra expedição liderada por Esdras, novas reformas são iniciadas em Jerusalém, dando-se mais atenção à lei (Ed 7.1-10.44). O avivamento alcança o auge poucos anos depois, quando Neemias se apresenta para completar a construção dos muros de Jerusalém e estabelecer um governo teocrático (Ne 1.1-13.31).

Uma oração por avivamento e a promessa de sua ocorrência encontramos também em Joel 2.28-32; Habacuque 2.14-3.19 e Malaquias 4.

No apogeu de um grande avivamento Jesus aparece e é batizado por João Batista. Escolhe e treina seus discípulos; ascende aos céus, deixando-os na expectativa de receberam a promessa do Espírito (Lc 24.49-53; At 1.1-26). O poderoso derramamento do Espírito Santo, no dia de Pentecostes, inaugura o avivamento que Jesus havia predito (At 2.1-47). "Marca-se, assim, o início de uma nova era na história da redenção. Por três anos Jesus trabalhara na preparação desse dia - o dia em que a Igreja, discipulada por intermédio de seu exemplo, redimida por seu sangue, garantida por sua ressurreição, sairia em seu nome a proclamar o Evangelho 'até os confins da terra' (At 1.8)" (14).

O livro de Atos registra a dimensão desse avivamento. Avivamento em Jerusalém, em Samaria, em Antioquia da Síria e em Éfeso. E de lá para cá, são muitos os relatos da obra vivificadora do Espírito Santo na história da igreja, como por exemplo, na Alemanha com a Reforma Protestante do século XVI, na Inglaterra no século XVIII, entre os negros Zulus da África do Sul na década de 60 e na Coréia do Sul nestes últimos tempos, dentre outros.

Que Deus derrame do seu Espírito sobre nós para que possamos, como igreja e povo brasileiros, experimentar mais uma vez daquele "fogo abrasador" que nos purifica e nos santifica para uma vida cristã de obediência à sua Palavra.

escrito por Josivaldo de França Pereira  

O AVIVAMENTO (PARTE 1)



O Padrão Bíblico de Avivamento

 Qual o padrão bíblico de avivamento? Os avivamentos bíblicos oferecem alguma coordenada para a renovação da igreja evangélica no Brasil de hoje?
Estas são algumas das perguntas que procuraremos responder no decorrer desse estudo.

I - O significado bíblico do termo "Avivamento":
1.1. No Antigo Testamento: O verbo hebraico hyh (avivar) tem o significado primário de "preservar" ou "manter vivo".
Porém, "avivar" não significa somente preservar ou manter vivo, mas também purificar, corrigir e livrar do mal. Esta é uma conseqüência natural em toda vez que Deus aviva.
Na história de cada avivamento, dentro ou fora da Bíblia, lemos que Deus purifica, livra do mal e do pecado, tira a escória e as coisas que estavam impedindo o progresso da causa (1).
O verbo "avivar", em suas várias formas (2), é usado mais de 250 vezes no Antigo Testamento, das quais 55 vezes estão num grau chamado piel. Um verbo nas formas do Piel expressa uma ação ativa intensiva no hebraico. 
Neste sentido, o avivamento é sempre indicado como uma obra ativa e intensiva de Deus. Alguns exemplos de sua ocorrência são as clássicas orações de Davi, como esta: "Porventura, não tornarás a vivificar-nos (3), para que em ti se regozije o teu povo?" (Sl 85.6) (4), e da clássica oração do profeta Habacuque: "Tenho ouvido, ó Senhor, as tuas declarações, e me sinto alarmado; aviva a tua obra, ó Senhor, no decorrer dos anos, e, no decurso dos anos, faze-a conhecida; na tua ira, lembra-te da misericórdia" (Hc 3.2).

1.2. No Novo Testamento:
Encontramos no Novo Testamento grego um conjunto de palavras que expressam o conceito básico de avivamento. São elas: 'egeíro, 'anastáso, 'anázoe e 'anakaínoo.
Outras palavras gregas comparam o avivamento ao reacender de uma chama que se apaga aos poucos (cf. 'anazopyréo em 2 Tm 1.6) ou uma planta que lança novos brotos e "floresce novamente" (cf. 'anaphállo em Fp 4.10).
No Novo Testamento grego as palavras supracitadas aparecem, no contexto de avivamento, apenas sete vezes, embora a idéia básica de avivamento seja sugerida com mais freqüência. Uma possível explicação para o uso escasso dos termos, em comparação ao Antigo Testamento, é que o Novo cobre apenas uma geração, durante a qual a Igreja Cristã desfrutou, na maior parte do tempo, um grau incomum de vida espiritual.
 II - O que não é avivamento bíblico:

Antes de falarmos sobre avivamento bíblico, propriamente dito, acreditamos ser de grande ajuda uma abordagem, mesmo que rápida, do que não é o padrão bíblico de avivamento.

O Rev. Hernandes Dias Lopes, em seu livro AVIVAMENTO URGENTE, apresenta sete interessantes razões sobre o que não deve ser entendido como avivamento de verdade. Sou devedor ao dileto colega por suas pertinentes observações. Transcrevo-as quase que na íntegra. 

2.1. Avivamento não é um programa agendado pela igreja.

Avivamento não é ação da igreja, mas de Deus. Avivamento é obra soberana e livre do Espírito Santo. A igreja não promove e nem faz avivamento. A igreja não é agente de avivamento. A igreja não agenda e nem programa avivamento. A igreja só pode buscar o avivamento e preparar o caminho da sua chegada. A igreja não produz o vento do Espírito, ela só pode içar suas velas em direção a esse vento.

A soberania de Deus, no entanto, não anula a responsabilidade humana. O avivamento jamais virá se a igreja não preparar o caminho do Senhor (5). O avivamento jamais acontecerá se a igreja não se humilhar. Sem oração da igreja, as chuvas torrenciais de Deus não descerão. Sem busca não há encontro. Sem obediência a Deus, jamais haverá derramamento do Espírito.

Contudo, quem determina o quando e o como do avivamento é Deus. Ele é soberano. David Brainerd orou vários anos pelo avivamento entre os índios peles vermelhas no século XVIII. Aquele jovem, ajoelhado na neve, suava de molhar a camisa, em agonia de alma, em oração fervente, em favor daqueles pobres índios. Quando o seu coração parecia desalentado e já não havia prenúncios de chuva da parte de Deus, o Espírito foi poderosamente derramado e os corações se dobraram a Cristo aos milhares. 

2.2. Avivamento não é mudança doutrinária.

Cometem ledo engano aqueles que querem descartar a teologia e desprezar a doutrina na busca do avivamento. Desprezar a doutrina é dinamitar os alicerces da vida cristã. Desprezar a doutrina é querer levantar um edifício sem lançar o fundamento. Desprezar a doutrina é querer por um corpo de pé e em movimento sem a estrutura óssea. 

Não há vida piedosa sem doutrina. A doutrina é a base da ética. A teologia é mãe da ética. 

"Assim como o homem crê no seu coração, assim ele é" (Pv 23.7). Vida sem doutrina gera misticismo e experiencialismo subjetivista. Avivamento sem doutrina é fogo de palha, é movimento emocionalista, é experiencialismo personalista e antropocentrista. 

Deus tem compromisso com a verdade e a sua Palavra é a verdade e todo avivamento precisa estar fundamentado na Palavra. O avivamento precisa estar norteado pelas Escrituras e não por sonhos e visões. Precisa estar dentro das balizas da Bíblia e não dentro dos muros de revelações subjetivistas, muitas vezes feitas na carne.

2.3. Avivamento não é mudança litúrgica. 

Muitos crentes confundem avivamento com forma de culto, com liturgia animada, com coreografia e instrumental aparatoso.Louvor não é encenação. Não é mimetismo. Não é ritualismo. Não é emocionalismo. 

Não é apenas seguir formas pré-estabelecidas, como bater palmas, dizer aleluia, amém e levantar as mãos. Louvor não é pululância, gingos e dança (6). Louvor que apenas levanta as mãos para o alto, mas não as estende para o necessitado não agrada a Deus. A Bíblia ordena levantar mãos santas ao Senhor, num gesto de rendição e entrega (I Tm 2.8). 

Louvor em que a pessoa apenas saltita e pula, mas não vive em santidade, é ofensa a Deus. Louvor que apenas verbaliza coisas bonitas para Deus, mas não leva Deus a sério na vida é fogo estranho diante do Senhor.Louvor que não produz mudança de vida, quebrantamento, obediência e não leva as pessoas a confiarem em Deus, não é louvor, é barulho aos ouvidos de Deus. Assim diz o Senhor: "Afasta de mim o estrépito dos teus cânticos; porque não ouvirei as melodias das tuas liras" (Am 5.23).

Hoje estamos vivendo a época dos shows evangélicos, dos show-men, dos animadores de programas religiosos, do "rock evangélico", das músicas badaladas por um ritmo sensual. Mais do que nunca é preciso tocar a trombeta em Sião e condenar a idéia de que precisamos imitar o mundo para atrair o mundo. A música do mundo tem entrado nas igrejas, para vergonha nossa e para derrota nossa. O louvor que agrada a Deus precisa ser em espírito e em verdade. 

O louvor precisa ser bíblico, senão é fogo estranho. Davi, no Salmo 40, versículo 3, fala-nos sobre as balizas do louvor que agrada a Deus: "E me pôs nos lábios um novo cântico, um hino de louvor ao nosso Deus; muitos verão estas coisa, temerão e confiarão no Senhor". Primeiro, vemos a origem deste cântico: "E me pôs nos lábios". Este louvor vem de Deus e não do homem.

Segundo, vemos a natureza deste cântico: "E me pôs nos lábios um novo cântico". Não é um novo de edição, mas novo de natureza. É um cântico que expressa a marca da sua nova vida, liberta do tremendal de lama (v2). 

Terceiro, vemos o objetivo deste cântico: "... Um hino de louvor ao nosso Deus". Este cântico não é para entreter ou agradar o gosto e preferência das pessoas. Este cântico vem de Deus e volta para Deus. Deus é o seu alfa e o seu ômega. 

Quarto, vemos o resultado deste cântico: "Muitos verão estas coisas, temerão e confiarão no Senhor". O louvor bíblico leva as pessoas a temerem a Deus, a confiarem em Deus. O verdadeiro louvor leva as pessoas a se voltarem para Deus.O louvor não é um espaço da liturgia. Louvor é a totalidade da vida. "Bendirei ao Senhor em todo o tempo, o seu louvor estará sempre nos meus lábios" (Sl 34.1).

À luz destas coisas, é preciso dizer que avivamento não é mudança litúrgica, é mudança de vida. Avivamento não é histeria carnal, é choro pelo pecado. Deus não procura adoração. Ele procura adoradores.Todavia, é preciso dizer que, embora o avivamento não seja mudança de liturgia, todo avivamento mexe com a liturgia. O avivamento desinstala a liturgia ritualista, cerimonialista, formalista, fria e morta e põe em seu lugar uma liturgia viva, alegre, ungida, onde há liberdade do Espírito, sem abandonar a ordem e a decência. 

Em épocas de avivamento, a liturgia é desingessada e o povo com alegria e liberdade do Espírito adora a Deus, em espírito e em verdade, sem regras rígidas pré-estabelecidas. Cada culto é um acontecimento singular, novo, onde há abertura para o que Deus deseja falar e fazer com o seu povo. 

Hoje existem muitos cultos solenes, aparatosos, pomposos, mas estão mortos. Disse J. I. Packer no seu livro "Na Dinâmica do Espírito": "Não há nada mais solene do que um cadáver. Há cultos solenes que estão mortos". Embora o avivamento não seja mudança litúrgica, todo avivamento muda a liturgia, tornando-a bíblica, alegre, ungida, dirigida pelo Espírito de Deus. Devemos clamar como os puritanos: "Queremos liturgia pura".

 2.4. Avivamento não é uma ênfase carismática unilateral.Muitas pessoas hoje estão limitando o avivamento a milagres, curas e exorcismos, sem observarem a abrangência global da doutrina pneumatológica. Este é um sério perigo. Toda vez que super-enfatizamos uma verdade em detrimento de outra, nós produzimos deformações e distorções nesta verdade.Deus pode e faz maravilhas, curas e prodígios extraordinários quando Ele quer. Ele é soberano. Ninguém pode deter a sua mão. Ninguém pode ser o conselheiro de Deus. 

Ninguém pode instruir a Deus e dizer o que Ele pode e o que Ele não pode fazer. Ninguém pode obstaculá-lo nem ensinar-lhe qualquer coisa. Ele faz tudo quanto Ele quer, como quer, onde quer, quando quer, com quem quer. "Ele faz todas as coisas conforme o conselho da sua vontade" (Ef 1.11). Ele não obedece à agenda dos homens. Ele não se deixa pressionar. Ele é livre.Entretanto, esta não é a ênfase do avivamento. A igreja hoje está correndo mais atrás de sinais do que atrás de santidade. A igreja hoje empolga-se mais com milagres do que com vida cheia do Espírito. 

A igreja hoje anseia mais as bênçãos de Deus do que o Deus das bênçãos. 

CONTINUA NA PRÓXIMA MENSAGEM - PARTE 2


escrito por Josivaldo de França Pereira  

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

SEXO ORAL E SEXO ANAL - QUAL O PROBLEMA?



A BÍBLIA CONDENA SEXO ORAL E ANAL? 



A BÍBLIA CONDENA SEXO ORAL E ANAL? 


Antes de escrever qualquer texto costumo ler, pesquisar, orar,consultar a Bíblia, autores que
entendem do assunto, médicos.e etc..  

O negócio dá trabalho! Se a minha intenção fosse criar polêmica e ficar famoso, eu não 
precisaria me dar a este trabalho, concordam? 

Quando tocamos no assunto "sexo anal" à luz das Escrituras, o primeiro texto bíblico  que 
nos vem a mente é o de Romanos 1:26-27:

"Por causa disso Deus os entregou
a suas paixões vergonhosas. Até suas mulheres  
trocaram suas relaçõessexuais naturais por outras, contrárias à natureza. Da mesma 
forma, os homens também abandonaram as relações naturais com as mulheres e se 
inflamaram de paixão uns pelos outros. Começaram a cometer atos indecentes, homens 
com homens, e receberam em si mesmos ocastigo merecido pela sua perversão."
 
Se estudarmos o contexto destes
versículos, vamos descobrir que Paulose referia aos 
bacanais públicos e oficiais de Roma. A orgia era parte oficial da instituição. É só ler com 
um pouco mais de atenção que você vai perceber. 

César transava com todas as mulheres que queria e também fazia-se mulher para muitos 
homens. Tudo era possível e permitido! Ele definitivamente não estava falando de sexo anal 
entre marido e mulher com consentimento e prazer mútuo.

Mas vamos agora a questão fisiológica - O sexo anal, no geral, é muito dolorido para a 
mulher, pois é um local bastante sensível, cheio de vasinhos internos e externos. 

Quando um deles estoura, pode surgir a tão famosa e dolorida hemorroida. Outra coisa que
acontece, é o alargamento do esfincter. Alguns casos ficam tão graves com o passar dos 
anos, que precisam até de cirurgia para reconstrução. 

Além de tudo, o ânus é um lugar muito sujo, criado para eliminar as fezes. Não dá para limpar
com sabonete até onde o pênis alcança. Desse modo, o homem poderá transmitir alguma 
doença para a esposa, caso haja penetração na vagina após o sexo anal. 

E com as fissuras no ânus, a porta ficará aberta para infecções pelo HIV e outras DSTs. 
 
Sofrimento!  Esse é o "x" da questão.
Agora não falo mais de sexo anal, mas, sim de amor. 

O amor não faz mal ao próximo. 

Se você ama sua esposa, não vai ter prazer em vê-la sofrer,  vai?

Se o Espírito Santo habita em você, isso provavelmente vai te incomodar um bocado. 

Mas geralmente, o desejo acaba passando por cima deste incômodo. Recebo algumas 
perguntas de irmãos cristãos dizendo que respeitam suas esposas, mas desejam demais o
sexo anal, e como não podem ter no casamento, acabam apelando para a pornografia e 
masturbação. 

Sem contar os que recorrem a traição ou  prostituição.Por isso tantas esposas  acabam  
cedendo, por medo de  perderem seus maridos.
O conselho que costumo dar a estes homens é: O amor não faz mal ao próximo, e se sua 
mulher sofre com o sexo anal, por amor a ela (e a Deus)você não deve fazer. Nem com ela 
e nem com mais ninguém! 

É importante que vocês conversem sobre essa sua necessidade e orem juntos por isso.
Controle sua mente e seus olhos Quanto mais alimentar pensamentos e fantasias, mais forte
o "monstro do desejo"  ficará, e aí será mais difícil  lutar contra ele. Cada vez que um  
pensamento vier, lute contra ele em oração. Se não alimentar o desejo, mais fraco o 
"monstro" vai ficar. E sem alimento, uma hora ou outra acaba morrendo. 

É o famoso: "Resisti ao diabo e ele fugirá de vós. (" Tiago 4:7).  

Talvez seja interessante conversar com sua esposa sobre algumas formas de deixar a relação 
sexual mais intensa, enquanto não se vê livre disso definitivamente quem sabe com carinhos 
e posições diferentes... Descubram-se! 

Meu conselho continua: "Cada um,
porém, é tentado pela própria cobiça sendo por esta arrastado
 e seduzido. Então a cobiça, tendo engravidado, dá à luz o pecado, e o pecado, após ter-se 
consumado, gera a morte." (Tiago 1:14-15.)  

O pecado sendo consumado, pode gerar a sua morte espiritual, a morte espiritual da sua esposa
 e a destruição do seu casamento.  

Persevere! Diga não quando o desejo bater a sua porta:"Porque sabemos que a tribulação produz 
perseverança a perseverança, um caráter aprovado, e o caráter aprovado, 
esperança, e você não ficará decepcionado." (Romanos 5:3-4). 

Feche os olhos para a pornografia, controle seus pensamentos: "Tudo o que for verdadeiro, tudo
o que for nobre, tudo o que for correto, tudo o que for puro, tudo o que for amável, tudo o
que for de boa fama, se houver algo de excelente ou digno de louvor, pensem nessas coisas. 

Filipenses 4:8. A tentação sempre vai estar a nossa porta, seja nesta ou em qualquer outra 
área  da vida, mas nós temos o poder de dominá-la 

Veja o que Deus disse a Caim quando, alimentado pelo ódio, planejava matar seu irmão:  
"Se você  fizer o bem, não será aceito? Mas se não o fizer, saiba que o pecado o ameaça à porta, 
ele deseja conquistá-lo, mas você deve dominá-lo". (Gênesis 4:7.) 

Infelizmente Caim não escutou o conselho. Ele não dominou o pecado, alimentou o ódio e 
assassinou seu irmão.

Queridos, Deus é perfeito e faz tudo
perfeito. O Seu plano original para o sexo era perfeito também. 
Ele criou o orifício certo pra isso! O ponto "G" da mulher está na vagina e não no ânus. 

Mas com o pecado no mundo, muitas coisas mudaram. Deus não criou o sexo anal. Se ele nunca 
tivesse existido, provavelmente o ser  humano não sentiria essa necessidade mas como ele 
existe, a vontade surge claro. Como eu disse, o sexo criado por Deus é lindo! 

A posição tradicional pênis na vagina, corpo no corpo,  olhos nos olhos, também traz MUITO
prazer. Quando o casal se ama, vive uma só carne, e tem intimidade com Deus, aos poucos vai                               
voltando ao princípio, a origem daquilo que Deus criou, como um imão, entende? 

Quanto mais perto de Deus, mais longe estaremos do pecado, e quanto mais perto do pecado, 
mais longe 
estaremos de Deus. Mas quem sou eu para julgar a vida sexual de alguém? 

E quem sou eu para convencer (que é diferente de esclarecer) alguém do pecado? Isso é um  
trabalho que compete ao Espírito Santo de Deus: "Quando ele vier (e já veio), convencerá o mundo
 do pecado, da justiça e do juízo. (João 16:8)

"Mas e se a esposa sente prazer no
sexo anal? e o marido usa camisinha para evitar infecções? 
Sei que muitos estão querendo, na busca de um juiz a seu favor, escutar um "sim, é pecado" e 
outros "não, não é pecado"!

Sinto decepcioná-los, mas a única coisa que tenho a dizer é: Busquem intimidade com Deus! 
Orem juntos,  devorem a Palavra, absorvam os ensinamentos de Cristo e busquem praticar tudo 
aquilo que aprenderam...

Quanto mais próximos da Luz vocês estiverem, mas fácil será para  enxergar a Verdade. 

Não precisamos de "secretários de Deus" apontando o pecado alheio, isso é papel do diabo, 
ele é o acusador! Busque a Deus como nunca, insaciavelmente,  DEVORE os evangelhos 
(Mateus, Marcos, Lucas e João) quantas vezes forem necessárias. E Ele através do Espírito 
Santo , vai te dizer: "Isso te afasta de Deus e isso não!"

Neste contexto ainda, gostaria de deixar 
algumas perguntas: Qual a sua intenção ao praticar 
sexo anal com sua esposa? É satisfazê-la? Demonstrando o seu amor e glorificando a Deus? 

"Tudo o que fizerem, seja em palavra ou em ação, façam-no em nome do Senhor Jesus, 
dando por meio dele graças a Deus Pai." (Colossenses 3:17)

Pecado terrível não vem da região anal
vem do coração, de onde procedem os maus desígnios,                                 
conforme disse Jesus(Marcos 7:21).  

Cada um cuide de si mesmo e não faça de seus gostos ou desgostos pessoais, regras para a
vida de ninguém! "Há apenas um Legislador e Juiz, aquele que pode salvar e destruir. 
Mas quem é você para julgar o seu próximo?   (" Tiago 4:12)

O modo natural é o sexo vaginal. A vagina tem forma, dimensões e elasticidade próprias para o 
coito;  tem inervação capaz de despertar na mulher, o desejo e o prazer sexuais. 

No casamento monogâmico, a vagina não oferece risco de contágio infeccioso; é a via natural
 para o início de uma gravidez. 

A boca e o ânus/reto, não  apresentam inervação erótica; são fontes certas de 
infecção e não levam à gravidez. O sexo oral ou anal é egoísta porque, geralmente, só dá
prazer ao homem. 

A Bíblia diz que é contra a natureza, contra a vontade de Deus. Não deve ser praticado, portanto.
Estamos vivendo dias semelhantes aos de Sodoma e Gomorra. 

As fantasias e aberrações sexuais atingiram o seu apogeu.. Essas alternativas sexuais são fruto 
do hedonismo, esta corrida louca em busca do prazer, tão características desta geração.
Já no Sexo oral, embora tenha seus defensores ou aqueles que são tolerantes, não é 
recomendável do ponto de vista da saúde. 

Os tecidos da cavidade bucal não têm condições de resistir à ação de microorganismos que 
tem o seu habitat no canal vaginal ou na uretra masculina. 

Este comportamento sexual tem facilitado a transmissão  de enfermidades venéreas 
transportadas agora para a boca, laringe ou faringe. Dentistas têm encontrado abcessos nas 
gengivas provenientes de bactérias próprias do aparelho geniturinário. 

A boca não foi planejada por Deus senão para as finalidades que já conhecemos.como
para louvar a ele e alimentar-se. 

A  psicologia e a psicanálise explicam tais fenômenos com base nos estágios do 
desenvolvimento psicossexual, confirmando o princípio bíblico na dimensão 
emocional e espiritual do ser humano.
Muito mais repugnante e abominável é o sexo anal. Ao criar o homem e a mulher, conforme lemos 
em Gênesis1:27, o Criador fê-los cada um com sua anatomia e fisiologia próprias . 

Assim ,o ânus não foi feito para a finalidade sexual. A medicina condena tal prática. 

É fácil de entender. A mucosa anal favorece a proliferação de germes patogênicos, 
 responsáveis pelas doenças sexualmente transmissíveis. 

As esposas infelizes, abusadas e  desrespeitadas por seus maridos com estes aberrativos e 
bestializados instintos, são vítimas de herpes, além de outras infecções graves. 

Para aquelas com tendências a hemorróidas, o problema é ainda mais sério . Sangramentos, 
fissuras,  estrangulamentos são comuns. 

Qualquer médico pode confirmar. Lemos em Romanos 1:24 e 26 : “Pelo que também Deus 
os entregou às concupiscências de seus corações, à imundícia, para desonrarem seus 
corpos entre si. Pelo que Deus os abandonou às paixões infames. Porque até as suas 
mulheres mudaram ao uso natural, no contrário à natureza.”

Devemos esclarecer que Deus não é contra o sexo normal, dentro das fronteiras sagradas do 
matrimônio, mas há limites. Aqui está resumidamente a lista do que Deus condena de maneira 
absoluta e inegociável:




1. Deus é contra a pederastia, o lesbianismo, a pedofilia (sexo com crianças). 
Lev. 18: 22 . “Com varão não te deitarás, como se fosse mulher. Abominação é.”

2. Deus é contra a prostituição .I Tess. 4:3. “Porque esta é a vontade de Deus, a vossa 
santificação, que vos abstenhais de prostituição.” Não haverá prostitutas dentre as filhas 
de Israel. ”Deut.23:17.

3. Deus é contra a bestialidade . “Não te deitarás com um animal,
para te contaminares com ele,nem a mulher se porá perante um
animal, para ajuntar-se com ele: é confusão.” Lev. 18:23.

4. Deus é contra o incesto, isto é, união sexual com parentes chegados: pai, mãe, madrasta, 
padrasto, irmão,irmã, tios, noras, genros, sogros, netos, ((ler Lev.18).

5. Deus é contra o adultério.
“Não adulterarás.” (Êxo.20:14). Ler ainda Mat.5:27 e 28).

6. Deus é contra o estupro. (Ler Deut. 22:25-29).

7. Deus é contra a fornicação. (Ler Apoc. 21:8).

8. Deus é contra a lascívia. “Mas, as obras da carne são.... lascívia significa: sensualidade, 
imoralidade, libidinagem, licenciosidade, impudícia.”

9. E finalmente Deus é contra osabusos e fantasias sexuais anormais, 
como já foi exposto.

LEMBRE-SE:  Mas, como é santo aqueleque vos chamou, sede vós também santos
em toda a vossa maneira de viver; Porquanto está escrito: Sede santos,

A IGREJA PLAYGROUND




A IGREJA PLAYGROUND




A IGREJA PLAYGROUND

Uma nuvem de novidades tem invadido o ambiente da igreja atual o que nos dá a convicção de que não é o Espírito Santo que está agindo dentro dela, mas o “outro espírito”. 
A igreja nos dias atuais se transformou num playground. Na verdade, é uma casa de diversões que caiu sob a influência do mundo, em vez de influenciá-lo. 
O mundo nem mesmo pode condená-la, porque ela é igual ao mundo. 
A grande meta dos pastores da igreja playground é lotar a igreja, pois igreja cheia é prestígio na comunidade evangélica e muito mamon na conta bancária. 
Se removermos do culto a gaiatice, o forró, o samba, o funk, o rock, a coreografia sensual, o balé, as festanças e as apresentações dos “artistas”, a igreja playground ficará vazia, pois o rebanhão não gosta da Palavra de Deus. 
Na igreja playground, por prevalecer o bum da diversão, as doutrinas bíblicas foram diluídas e a intimidade com Deus foi à bancarrota.

Na igreja Playground tudo é dirigido para garantir a “posse da benção”. 
A ordem e a decência são substituídas pelo atrativo das multidões, pela manipulação e pela hipnose de massa. 
A igreja apresenta-se como um remédio milagroso capaz de aliviar dores, angústias e depressões. 
Neste contexto, seus líderes se utilizam dos lixos psicoterápicos de Freud, Carl Jung, Fritz Perls, Alfred Adler e tantos outros que carregavam nas veias o ódio fanático ao cristianismo. 
Os pastores da igreja playground desconhecem o andar com Deus em intimidade, pois são “MBA’s da fé”. 
Eles são especialistas em estratégias de marketing, em fazer a igreja crescer em números, não em intimidade com o Senhor. Além disso, são vendedores de “bênçãos”, politiqueiros carnais, e falam mentiras para acalentar o ego de seus ouvintes. 
A triste conseqüência é que na igreja playground dificilmente alguém se converte com arrependimento de pecado conforme os padrões bíblicos.




Os líderes da igreja playground estão muito mais para manipuladores do que para ministros da graça de Deus. São “legais”, pois em nome do “politicamente correto” não desagradam a ninguém. 
Buscam unidade com todos, demonstrando tolerância com as esquisitices doutrinárias, desculpando tal procedimento pelo uso da palavra “amor”. 
Apresentam-se engravatados, com paletó de grife, verdadeiros janotas, pregando felicidade, saúde e prosperidade material. Quando estão pregando, “línguas estranhas” estão sempre presentes nos seus lábios para passar ao povo a impressão de que são espirituais. 
Os pastores playground estão atolados até o pescoço na doutrina do triunfalismo. Têm o “dom” da exibição, querem está em evidência, querem ser grandões. Ou seja, estão acometidos da doença “importantite”. 
Quanta diferença dos apóstolos e líderes da igreja primitiva que tanto batalharam pela fé! O Senhor Jesus falando de si mesmo disse: “O filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e para dar a vida em resgate de muitos” (Mc 10:45). 
Jesus nunca lutou por títulos, por triunfo nem se esforçou para manipular as pessoas. Ele as conquistou por que as serviu.
Quando os pastores playground falam de Abraão dão ênfase às suas riquezas e não a intimidade que ele tinha com o Senhor. Em Isaías 41:8 o próprio Deus descreveu o seu relacionamento com Abraão: “Mas tu, ó Israel, servo meu, tu Jacó, a quem elegi semente de Abraão, meu amigo”. 
O Novo Testamento nos diz semelhantemente: “Abraão creu em Deus e foi chamado de amigo de Deus” (Tiago 2:23). 
Em hebraico a palavra usada para “amigo” quer dizer “afeição” – “Abraão meu afeiçoado”. No grego a palavra que Tiago usa para “amigo” significa “Aliado querido” – “Abraão foi chamado aliado querido de Deus”. Isso não é ressaltado pelos líderes playground.



Quando os líderes playground falam de Enoque ressaltam o trasladamento, enfatizam a glória do trasladamento. 
A questão não é o trasladamento, mas sim, que Enoque andou com Deus. Enoque nunca realizou um milagre, nunca desenvolveu uma teologia profunda, nunca fez grandes obras que merecessem menção nas Escrituras. 
O que sabemos da vida de Enoque é que ele andou com Deus (Gn 5:24). Foi a sua intimidade com o Senhor que o fez um gigante da fé. Isso não é enfatizado pelos brincalhões do Evangelho. 
Certa vez perguntaram a George Müller qual o segredo que leva Deus operar tantos milagres em resposta às suas orações. Ele respondeu: “Não há segredo, há um mandamento a cumprir – conhecer a Deus em intimidade”. 
Na igreja playground, intimidade com Deus nem pensar. O atributo mais importante na igreja playground não é a semelhança a Cristo, são os talentos. 
Cristo deixou de ser a motivação central e fundamental na vida da membresia da igreja. O triste resultado é um povo sem identificação com o Supremo Pastor.


Os incrédulos não necessitam da igreja playground a qual prega sermões divertidos proclamando que Deus eleva a auto-estima, reduz o estresse e cura o “eu interior”. 
O que os incrédulos carecem de verdade é da Verdade imutável, inerrante e convincente que conduz ao arrependimento e à salvação.
A igreja do Senhor não é salão de alaridos. Ela é a menina dos olhos do Senhor, é a casa do Deus vivo, é coluna e baluarte da verdade, é pérola de grande preço. Deus não terá por inocente aquele que trata levianamente a noiva de seu Filho transformando-a num playground. 
A Bíblia alerta que o julgamento vai começar pela casa de Deus (I Pe 4:17). 
Oremos pelas igrejas playground para que se arrependam e voltem à prática das primeiras obras! À semelhança do pai do filho pródigo, Deus anseia por abraçar pecadores arrependidos.