domingo, 3 de agosto de 2014

O BOM PREGADOR

O BOM PREGADOR
Quando alguém é chamado para pregar a palavra de Deus, a resposta não é muito diferente da maioria dos servo de Deus que ouve este chamado: Senhor, eu não posso! Não tenho capacidade. Não passo de um servo sem conhecimento, sem qualquer ferramenta que possa impressionar as pessoas. Senhor, quem sou eu pra fazer isto?

Isso é bem comum no início da jornada pois de fato, Deus escolhe as coisas loucas deste mundo. Então, na trajetória o Senhor se revela aos seus servos e os usa por misericórdia. Pela sua infinita graça Ele usa vasos quebrados para glorificar o seu nome e abençoar outras pessoas.

FAZENDO A OBRA RELAXADAMENTE

Contudo alguns se perdem no meio do caminho. O correto das orações de quem prega dizer a Deus que o use e que jamais, nunca, em circunstância nenhuma, a pessoa fale alguma coisa no púlpito que fosse por ela mesmo: “Senhor, eu não tenho nada para oferecer para este povo, mas tenha misericórdia deles e fale através de mim, pela tua graça. Tua palavra é santa demais para que um pecador como eu possa pregá-la, mas que o Teu Espírito fale conosco, em nome de Jesus”

Não é simplesmente dizer: Estou acostumado! Vou chegar lá, pegar o microfone e vai ser tranquilo, eu sei o que fazer. Não preciso me preocupar tanto. É preciso sempre do auxílio do Espírito Santo. Não pode haver uma uma tarefa mecânica e rotineira (o que talvez muitos pastores fazem hoje).

JAMAIS devemos fazer a sua santa obra de forma relaxada. Nõa devemos deixar de dobrar os joelhos, clamar por misericórdia, e reconhecer que não somos nada diante de Deus. E ore para que isto continue por todos os dias da nossa vida.

MOTIVADO POR NÚMEROS E APLAUSOS

As pessoas muitas vezes estão em busca de números e aplausos. Os ministérios de louvor quando tocam em cultos principais às vezes se portam de uma maneira, e quando tocam em reuniões de oração ou grupos menores, se portam de outra. Será que o pregador se esmera da mesma forma para falar do amor de Deus para uma pessoa, ou 2, 3, da mesma maneira que se esmera quando está diante de milhares? Qual a diferença?

Filipe estava diante de uma multidão de pessoas. A bíblia diz em Atos 8.6 que as multidões atendiam unânimes ao que Filipe dizia. Porém, Deus manda que ele se ausente da multidão e vá em busca de um. Aquele eunuco necessitava ouvir falar sobre Jesus. E Deus enviou Filipe até ele, e aquele homem foi salvo e batizado naquele mesmo dia.

Será que estamos dispostos a honrar a Deus em qualquer circunstância?

Jeremias foi chamado por Deus para pregar a sua palavra. Sabe quantas pessoas tinham na congregação do “Pastor” Jeremias? Nenhuma. Por muitos anos Jeremias pregou a um povo de coração duro que não o ouvia. Será que Deus não estava com ele? Será que Jeremias estava em pecado? Infelizmente a cultura do sucesso em igrejas hoje é que quanto maior a igreja, mais abençoada ela é. Isto é mentira.

Quando somos movidos por números, deixamos de lado os indivíduos, as conversas pessoais, e queremos apenas plateias. Jesus se ausentava por muitas vezes das multidões e tinha profundas conversas com pessoas à parte.

Quer ter números? Basta pregar o que o povo quer ouvir. Se Jeremias fizesse isso, teria muitos seguidores, porém jamais teríamos ouvido falar dele, pois não teria feito a diferença, e não teria sido profundamente usado por Deus como foi. E hoje, mais de 2500 anos depois estamos falando sobre a vida deste homem de Deus, que não era movido por números ou aplausos, mas por fazer a vontade de Deus, ainda que isto o levasse à morte.

Certa feita um grande pregador do passado, ao terminar seu sermão desce do púlpito e uma pessoa logo vem lhe congratular pela linda mensagem dizendo: Pastor, que bela mensagem! Sua pregação foi muito boa! Que eloquência!! E aquele pastor responde àquela pessoa: Acabei de ouvir isto do diabo enquanto descia as escadas também!

Um grande risco que pregadores e músicos têm ao exercer seu ministério com esmero, e buscando fazer da melhor maneira, é começar a pensar que é bom. O primeiro a dizer isto nem são as pessoas, são os próprios demônios. “Como você é bom!” “Nossa, sua palavra foi bem melhor do que de qualquer outro pregador que já esteve nesta igreja” “Parabéns! Você é o melhor que já ouvi”.

Se nossa expectativa ao pregar for de ser aplaudidos, estamos servindo à plateia e não a Deus. Queremos que a plateia goste e não que Deus aprove. E neste erro muitos caem.

Infelizmente, a real motivação de alguns é para terem o máximo de seguidores possível. É para terem o máximo de CDs vendidos. É para conseguirem vender o maior número de livros ou pregações que puderem.

É para conseguirem ver seu blog ou vídeo bombando na internet. E para isto, buscam os títulos que mais chamem a atenção das pessoas, falam do pecado dos outros para terem ibope, cantam músicas que falam apenas focado no homem para conseguir tocar em todas as rádios possíveis…

E a glória de Deus é esquecida. A honra de Deus fica de lado na vida destas pessoas. Caíram. Se perderam no meio do caminho. Talvez no início seu objetivo era sincero. Porém sua motivação mudou.

CONCLUSÃO

Quando fazemos algo para a glória de Deus, podemos querer que o máximo de pessoas seja atingido. Quando escrevo um artigo, quando faço um vídeo, ou uma pregação em uma igreja, meu desejo é que o máximo de pessoas possa ler, ver ou ouvir. Mas por um único motivo: para que lendo, vendo ou ouvindo possam se voltar para o seu Criador!! Para que busquem viver e morrer para a glória de Deus!! Jamais mudaria um conteúdo pensando que mais pessoas poderiam ver ou ler. Nunca! A centralidade é a cruz de Cristo e o seu amor por Nós!! Sua justiça satisfeita, nossa redenção!

Que a nossa motivação seja a glória de Deus apenas! Que seu nome seja honrado em nossas vidas! Para que nossas vidas não seja desperdiçada em busca de aplausos ou sucesso, mas que seja derramada aos pés do Senhor, para que Naquele Dia, no Dia do Senhor, possamos ouvir apenas Dele: Servo bom e fiel, foste fiel no pouco. Entra no gozo do Teu Senhor!


Qual é sua real motivação?

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