terça-feira, 22 de junho de 2021

A VIDA COM ABUNDÂNCIA

 


A VIDA COM ABUNDÂNCIA

Em Lucas 12:14-15 está escrito: “Mas ele lhe disse: Homem, quem me pôs a mim por juiz ou repartidor entre vós? *Acautelai-vos e guardai-vos da avareza; porque a vida de qualquer não consiste na abundância do que possui.”
Em "João 10.10" está escrito - O ladrão não vem senão para roubar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância”
O texto de João 10.10 tem sido muito requisitado em nossos dias por aqueles se dedicam à pregação incessante do chamado “evangelho de prosperidade”.
A alegação é sempre calcada em versículos bíblicos, especialmente escritos sob a égide da antiga aliança, ou seja, constantes do Antigo Testamento.
Consideremos que Jesus veio cumprir a lei, isto é, veio levá-la à sua plenitude.
“Não penseis que vim destruir a lei ou os profetas; não vim destruir, mas cumprir.” (Mateus 5-17).
Em Jesus a lei e os profetas encontram sua realização total.
Cabe, então, a análise do conceito de “vida”, tida por muitos como essencialmente a expressão da realização das metas materiais do ser humano.
Quando o Senhor Jesus nos fala que veio para que tenhamos vida temos que pensar nela como Ele mesmo a colocou: vida em abundância; não “abundância na vida”.
O que podemos entender como vida abundante?
Será esta nossa ligeira passagem pelo mundo material?
Lembre-se que Ele mesmo disse: *“Quem achar a sua vida perdê-la-á, e quem perder a sua vida por amor de mim achá-la-á.” *(Mateus 10.39). **
Refere-se o Mestre a perder a vida terrena para ganhar a eterna.
Qual, então podemos considerar como a vida abundante que Jesus veio trazer?
Esta que devemos almejar perder por Seu amor, ou aquela que conquistaremos por conseqüência?
Em **Lucas 12.14 **Jesus é taxativo: a vida não consiste na abundância de bens.
Não que devamos almejar uma vida terrena miserável, no pressuposto de que estaremos cumprindo a vontade de Deus. Não.
Sacrifício para a salvação só há um eficaz: o do Senhor Jesus.
O apóstolo Paulo nos esclarece a respeito da posição que temos de ter ao encarar a importância dos bens materiais.
Diz ele ao amado discípulo Timóteo: “Manda aos ricos deste mundo que não sejam altivos, nem ponham a sua esperança na incerteza das riquezas, mas em Deus, que nos concede abundantemente todas as coisas para delas gozarmos;” (I Timóteo 6.17).
Claro que Deus tem prazer na prosperidade dos seus filhos, desde que ela ocorra de forma natural e como conseqüência de uma vida dedicada a busca do cumprimento de Sua justiça.
É contrária ao ensinamento bíblico a doutrina que faz da riqueza terrena a medida da bênção de Deus a seus filhos.
Pergunta-se: qual o primogênito filho de Deus?
Jesus. Será, então que nada significa o fato de Ele ter vindo ao mundo em condição das mais humildes?
Se aceitamos a Jesus como nosso salvador e senhor e queremos tê-lo como modelo para nossas vidas precisamos refletir sobre o enfoque que estamos dando a nosso anseio de ajuntar bens materiais.
Não que o dinheiro seja um mal em si. Não é. Paulo, em I Timóteo 10.6 afirma: “Porque o amor do dinheiro é a raiz de toda espécie de males”.
Não afirmou que “o dinheiro gera toda espécie de males”, mas que “o amor a ele o faz”.
Fiquemos com as palavras de Jesus sobre o rico insensato: *“Louco, esta noite te pedirão a alma, e o que tens preparado para quem será? Assim é aquele que para si ajunta tesouros e não é rico para com Deus” *
***(Lucas 12.20,21). ***

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