segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020

O CRISTÃO PRECISA ESTUDAR TEOLOGIA?


O CRISTÃO PRECISA ESTUDAR TEOLOGIA?
A pergunta acima parece merecer mesmo um "não" como resposta. E creio que 90% das pessoas que lêem tem a mesma resposta de imediato na ponta da língua: Não! E o dizem por duas razões:
Primeira razão: A palavra seminário está fortemente ligada a teologias filosóficas, exigente de infinitos livros, o que está longe do alcance dos irmãozinhos que falam em línguas estranhas em cima do púlpito.
As inúmeras críticas aos seminários, oriundas de alguns pregadores neo-pentecostais, são muitas vezes movidas por um íntimo sentimento de defesa, pelo pesar de não poder ter feito.
No mais profundo de sua consciência ele sabe que o estudo da Palavra de Deus se faz necessário, e a cada dia de sua jornada cristã isso lhe pesa mais. Sua única saída é disparar críticas à "teologia".
Nem sempre o irmãozinho que pula, fala em línguas, entrega profecias e revelações, pode estar servindo a Deus realmente, e as Escrituras já nos alerta sobre isso: "Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitas maravilhas? E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade". (Mateus 7.22)
Segunda razão: O raciocínio de alguns sobre servir a Deus, é ligado aos tempos bíblicos em que "não existia seminário" e nem por isso os servos de Deus foram desqualificados.
É lógico que não existia o termo "seminário", nem as estruturas que hoje se encontram (apostilas, livros, vídeos, etc).
O que poucos procuram se informar é que o estudo da Palavra de Deus era DIÁRIO. "E todos os dias, no templo e nas casas, não cessavam de ensinar, e de anunciar a Jesus Cristo" (Atos 5.42).
No Antigo Testamento os seminários eram práticas evidentes haja vista as famosas Escolas dos Profetas dirigidas por Elias e Eliseu. Estes seminários eram verdadeiros muros, baluartes contra os que ameaçavam destruir a Casa de Israel.
Aos 12 anos de idade Jesus foi encontrado em meio aos sábios no templo. "E aconteceu que, passados três dias, o acharam no templo, assentado no meio dos doutores, ouvindo-os, e interrogando-os". (Lucas 2.46).
O versículo acima revela que Jesus não somente falava, mas também OUVIA os doutores no templo. Claro que Jesus, o Filho de Deus, não dependia de aprender daqueles doutores. Mas porque a Bíblia Sagrada nos registra esta passagem? Nós somos imitadores de Cristo, como disse o apóstolo Paulo em 1 Coríntios 11.1: "Sede meus imitadores, como também eu de Cristo".
O Senhor Jesus nos deixou o exemplo a seguir. Paulo não largava os estudos dos pergaminhos e dos livros: "Quando vieres, traze a capa que deixei em Tróade, em casa de Carpo, e os livros, principalmente os pergaminhos" (2 Timóteo 4.13).
Portanto, o nome seminário não existia nos tempos bíblicos, como não existia a "escola dominical", como não existia caixas-de-som, microfone, violão, etc.
A TEOLOGIA, tão criticada por muitos, nada mais é que o estudo acerca de Deus.
Theo=Deus Logia=Estudo.
A falta de preparação com base na Palavra de Deus, levam milhares de irmãos a criarem os ísmos da fé evangélica.
São criadas doutrinas, costumes, rituais, crendices, superstições evangélicas, ler o salmo 91 sete vezes para proteção, clamar "O Sangue de Jesus Tem Poder" para expulsar demônio (Jesus disse que em seu nome expulsaríamos os demônios - Marcos 16.17).
"O meu povo foi destruído, porque lhe faltou o conhecimento" (Oséias 4.6).
Grupinhos "de fogo" paralelos a igreja vão crescendo longe do conhecimento do pastor. Geralmente iniciam na casa de algum irmão (vaso) que é visto como um "mistério" entre os que nada entendem e saem destas orações sem entenderem menos ainda.
Ao serem questionados sobre qualquer assunto relativo ao movimento, a resposta que têm é única e imperativa: "- É mistério, irmão!".
Sinceramente, não pode haver mistério para quem está na luz. Para quem está sob a luz as coisas tem que estar claras.
Só fica escuro, confuso, misterioso, para quem está em trevas. "Lâmpada para os meus pés é tua palavra, e luz para o meu caminho". (Salmo 119.105).
As drásticas conseqüências não demoram a vir. Confusões, disputas de vasos, revelações que não se cumprem, etc.
Como pastor pentecostal quero deixar bem claro que creio nos dons espirituais, e gosto das reuniões de oração onde o Poder de Deus se faz presente, porém a Palavra de Deus ainda é o maior Poder de Deus que recebo em minha vida.
"Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus" (Romanos 1.16a).
Não é difícil encontrar casos de irmãos e irmãs, que eram vasos-de-fogo na igreja, e caíram, se desviaram, casos de adultérios, fornicações, embolados com profecias, visões, e outras manifestações "misteriosas".
O alicerce desse povo era o "pula-pula" pentecostal, e não viver o Evangelho de Cristo.
"Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras, e as pratica, assemelha-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha. E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e não caiu, porque estava edificada sobre a rocha" (Mateus 7.24, 25).
Uma das maiores aberrações que ouvimos constantemente é que não se estuda teologia porque "a letra mata".
Quando o apóstolo Paulo afirma em 2 Coríntios 3.6 que a letra mata, ele se referia a LETRA DA LEI, que os judeus queriam viver. Basta ler todo o texto para compreender o que Paulo diz. A letra da palavra de Deus jamais poderia "matar" um cristão.
O próprio Jesus ensinou: "Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de mim testificam" (João 5.39).
Uma das provas da importância do ensinamento está claramente relatado em Atos 8.30, 31:
"E, correndo Filipe, ouviu que lia o profeta Isaías, e disse: Entendes tu o que lês? E ele disse: Como poderei entender, se alguém não me ensinar? E rogou a Filipe que subisse e com ele se assentasse".
Felipe ouviu que o Eunuco lia o livro do profeta Isaías, e perguntou se ele entendia o que lia, o Eunuco disse que não, e ele o explicou. Isso é o que faz um seminário!
"Portanto ide, ensinai a todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo" (Mateus 28.19).
O erro na vida do cristão deve-se a falta de conhecimento da palavra de Deus:
"Errais, não conhecendo as Escrituras, e nem o poder de Deus". (Marcos 12.24).
Não conhecendo as Escrituras, logo não conhece o Poder de Deus, porque são as Escrituras que testificam de Jesus, lembra-se? João 5.39: "Examinais as Escrituras, são elas que de mim testificam".
A capacitação para a obra é um fator de real importância para a vida do obreiro quer realmente estar na Seara do Senhor. Veja o que diz a Bíblia:
"E a um deu cinco talentos, e a outro dois, e a outro um, a cada um SEGUNDO A SUA CAPACIDADE" (Mateus 25.15).
Se não nos esforçarmos em aprender a nos capacitar para a obra de Deus, não receberemos talentos além da nossa capacidade, como nos mostra o versículo acima.
O tempo de cristão pode ter seu valor, pois a experiência tem seu lado essencial. Mas o conhecimento é de vital importância.
"Sou mais prudente do que os velhos, porque guardo os teus preceitos" (Salmo 119.100).
Veja a importância do conhecimento na vida de Moisés:
"E Moisés foi instruído em toda a ciência dos egípcios; e era poderoso em suas palavras e obras" (Atos 7.22).
Ele estava capacitado a ir diante de Faraó. Ele era PODEROSO em suas palavras e obras porque foi instruído. O versículo de Atos 7.22 é claro: instrução = poder.
Muitos, vivendo ainda uma preguiça mental de se aprofundar mais nas escrituras, ainda tentam se escorar em João 14.26, que diz:
"Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito".
Sim, nos ensinará. Mas como? Se ficarmos com os braços cruzados e a Bíblia fechada? Qual a razão de se existir a Bíblia, então? Porque razão então não ensinou ao Eunuco, precisando Felipe o explicar?
Realmente, Deus nos ensinará todas as coisas, através do seu Santo Espírito, a partir do momento que nos esforçamos a buscar o conhecimento. Assim como Deus fala nos dias de hoje, usando os seus servos que se esforçam a cada dia em pregar a Palavra.
O exemplo de Pedro, como pescador humilde, sem muita cultura, é o que alguns dos neo-pregadores tentam se desculpar a sua ausência nos seminários. Mas se esquecem que os estudos da Palavra de Deus nos dias de Pedro eram TODOS OS DIAS. (Atos 5.42).
O próprio Pedro aconselhou:
"Antes crescei na graça e conhecimento de nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo" (2 Pedro 3.18).
"E estai sempre preparados para responder com mansidão e temor a qualquer que vos pedir a razão da esperança que há em vós" (1 Pedro 3.15).
Denis de Oliveira

O IMPACTO DO RACIONALISMO NA IGREJA CRISTÃ


O impacto do racionalismo na igreja cristã

1. O Iluminismo

O surgimento do humanismo está ligado ao do Iluminismo. O Iluminismo, movimento surgido no início do século XVIII, era em vários aspectos uma revolta contra o poder da religião institucionalizada e contra a religião em geral. As pressuposições filosóficas do movimento eram, em primeiro lugar, o racionalismo de Descartes, Spinoza e Leibniz, e o empirismo de Locke, Berkeley e Hume. O termo "empirismo" vem do grego empeiria, que significa "experiência". A tese fundamental do empirismo é que o conhecimento humano legítimo é obtido pelas informações chegadas à mente através dos sentidos. A maioria dos filósofos empíricos não considera como legítimo o conhecimento que o homem adquire através da imaginação, dogma, tradição ou pelo raciocínio puro. Geralmente consideram como sendo "inverificável" qualquer conhecimento que provenha de áreas como arte, moralidade, religião e metafísica. O que estas duas filosofias tinham em comum é que ambas negavam a possibilidade de se conhecer a Deus e portanto, Ele deveria ser deixado de fora da pesquisa científica.

Não tardou que o Iluminismo provocasse impacto dentro da Igreja, especialmente na área de estudos bíblicos e da interpretação das Escrituras. Estudiosos da Bíblia, influenciados pelo humanismo racionalista do Iluminismo, adotaram diversas posturas em sua interpretação:

A. Rejeição do sobrenatural e da revelação
Eles passaram a rejeitar a idéia de que Deus se revela ou intervém na história e nos acontecimentos humanos. Não restou mais espaço para o sobrenatural. Houve uma secularização de todos os aspectos da vida e do pensamento. Como resultado desta invasão na teologia, chegou-se a conclusão de que o sobrenatural não invade a história. A história passou a ser vista como simplesmente uma relação natural de causas e efeitos. Revelação e atuação divinas na história foram excluídas a priori. Como conseqüência, os relatos dos Evangelhos acerca da atividade sobrenatural de Jesus passaram a ser desacreditados: eram meras lendas e invenções piedosas daqueles cristãos primitivos.

Os pesquisadores críticos justificaram sua abordagem "neutra" das Escrituras afirmando que a Igreja Cristã, pelos seus dogmas e decretos havia obscurecido o verdadeiro sentido das Escrituras. Tais pesquisadores diziam que, no caso dos Evangelhos, os dogmas acerca da divindade de Jesus haviam obscurecido a sua figura humana, e tornaram impossível, durante muito tempo, uma reconstrução histórica da sua vida. Essa impossibilidade, continuam, tornou-se ainda maior após a Reforma, quando a interpretação dos Evangelhos e do NT em geral passou a ser controlada pelas confissões de fé e pela teologia sistemática.

B. Leitura da Bíblia controlada pela razão
Estes estudiosos humanistas argumentam ainda que, para que se possa chegar aos fatos por detrás do surgimento do Cristianismo, seria necessário deixar para trás dogmas e teologia sistemática, e tentar entender e reconstruir os fatos daquela época.

O principal critério a ser empregado seria a razão, que os humanistas racionalistas entendem como medida suprema da verdade. As ferramentas a serem usadas seriam aquelas produzidas pela crítica bíblica, como crítica da forma, crítica literária, entre outras.

2. O impacto nos seminários e universidades

Os estudiosos responsáveis pelo surgimento e desenvolvimento inicial deste método racionalista de ler a Bíblia tentaram sustentar ao mesmo tempo sua fé em Deus e nas Escrituras e um compromisso com o racionalismo. Muitos se tornaram deístas. Deísmo é o termo aplicado ao pensamento dos livre pensadores dos séculos XVII e XVIII que procuraram compatibilizar a crença em Deus e o racionalismo do Iluminismo.

Mas gradualmente o racionalismo foi prevalecendo e sufocando a fé. Os principais estudiosos, que acabaram por influenciar profundamente os seminários e as igrejas em toda a Europa e nos Estados Unidos (e posteriormente esta influência chegou ao Brasil) adotaram algumas posturas quanto à Bíblia que acabaram por minar completamente a sua autoridade e a confiança da Igreja nela, como a infalível Palavra de Deus.

Um professor da Faculdade Teológica de Leipzig, na Alemanha, chamado Keil, tornou-se conhecido por insistir que o conceito de inspiração divina deveria ser deixado fora da leitura da Bíblia, já que dever-se-ia ler a Bíblia de forma neutra, sem idéias pré-concebidas. Johann G. Eichhorn (séc. XVIII-XIX), um erudito alemão orientalista da Faculdade de Göttingen, aplicou o conceito de mito aos relatos miraculosos do AT e NT. Para ele, mito era a maneira pela qual a raça humana articulava conceitos nos tempos primitivos. As fontes que os autores bíblicos usaram estavam revestidas de "mitos". Foi ele quem criou o termo "alta crítica".

A influência destes mestres foi muito grande em David F. Strauss (séc. XIX), filósofo e teólogo alemão protestante. Ele sintetizou o sobrenatural e o natural no conceito de mito. Declarou que os Evangelhos estão cheios de sagas, lendas criadas pela Igreja apostólica sobre Jesus.

Em seguida, neste processo de sucateamento da Bíblia, houve uma gradual separação entre os dois Testamentos. A Bíblia, diziam eles, não é um livro harmônico e coerente, mas se contradiz. Não se pode estudar o Antigo Testamento à partir do Novo e nem vice-versa. Eles reagiram contra a interpretação do AT que era feita do ponto de vista do NT (interpretação cristológica). Ernesti (séc. XVIII), teólogo e filólogo de Leipzig (Alemanha), insistiu que o AT e o NT fossem separados, e que a leitura do NT fosse liberada do dogma eclesiástico da Igreja.

Finalmente, alguém assumiu claramente o que já estava oculto, que era o abandono da doutrina da inspiração e inerrância das Escrituras. Johann Semler (séc. XVIII), teólogo luterano alemão da Universidade de Halle fez a separação entre palavra de Deus e Escritura Sagrada, e com isso rejeitou o conceito de inspiração. O cânon era uma questão puramente histórica. As Escrituras deveriam ser entendidas como testemunhas de uma época histórica específica – sem relevância para hoje. Insistiu também em separar o AT e o NT. Esse conceito levou à rejeição da doutrina da revelação, inspiração e da intervenção sobrenatural de Deus no mundo. Como resultado, a Bíblia passou a ser estudada como qualquer outro livro, e o método histórico-crítico passou a ser a única ferramenta que poderia descobrir a verdade.

3. O impacto nas igrejas

O impacto do humanismo racionalista se fez sentir primeiramente nos seminários e faculdades de teologia. Mas logo, os pastores que ali estudaram, passaram estas idéias para suas igrejas. A missão da Igreja deixou de ser a evangelização de todos os povos e passou a ser somente obra social (já que não havia mais uma Bíblia que valesse a pena ser pregada!). Começa o movimento ecumênico, já que agora percebeu-se que o Cristianismo é uma religião igual às outras. Ser cristão não é mais visto como crer e seguir a Jesus Cristo, mas em viver uma vida moralmente correta e fazer obras sociais.

Não demorou muito para que as igrejas européias atingidas por esta forma de “cristianismo” começassem a se esvaziar. E este processo continua até o dia de hoje. Graças a Deus já podemos observar uma reação na própria Alemanha, de estudiosos que voltam a insistir em interpretar a Bíblia levando em conta o fato de que ela é a Palavra de Deus, como Peter Stuhlmacher, Gerhard Maier e Eta Linnemann.

4. Qual a influência no Brasil?

O Cristianismo moldado pelo humanismo racionalista alcançou o Brasil de diversas maneiras. Primeira, através de pastores brasileiros que foram estudar no exterior, especialmente na Europa e nos Estados Unidos, em seminários e universidades onde este tipo de leitura da Bíblia predomina. Voltando com graus de mestre ou doutores, tornaram-se professores de seminários evangélicos, onde transmitem estes conceitos aos alunos, futuros pastores das igrejas.

Segunda, através da literatura. Muito material escrito por estudiosos teologicamente liberais foi traduzido para o português. Os pastores brasileiros que não têm conhecimentos destas coisas, mas que são ávidos por aprender, acabam comprando e consumindo este material.

A ala progressista da Igreja Católica, influenciada por este tipo de abordagem da Bíblia, também traduz e publica muito material desta linha, utilizando-se de editoras católicas. Os cursos superiores de teologia das universidades católicas são via de regra dentro do “estudo científico” da Bíblia.

Entretanto, não se pode dizer que o humanismo “teológico” no sentido descrito acima é a linha predominante na Igreja evangélica brasileira, muito embora faça sentir sua presença, especialmente nas igrejas mais antigas e históricas.

Talvez a maior ameaça hoje às igrejas evangélicas do Brasil seja algo oposto, mas que ao final, leva ao mesmo efeito. Refiro-me ao experiencialismo e ao pragmatismo, que também acabam por tirar a autoridade máxima da Palavra de Deus. Mas, sobre isto falaremos em outra ocasião.

CONCLUSÃO
Não podemos desprezar e rejeitar tudo que vem do humanismo racionalista. A sua influência nos estudos da Bíblia serviram para alertar a Igreja da necessidade de estudar mais seriamente a Bíblia e utilizar-se de outras ciências que podem funcionar como auxiliares da teologia. Por outro lado, precisa-se ter cuidado com os princípios por detrás dos métodos de interpretação e das teologias surgidas debaixo do impacto do racionalismo. Deus é deixado de fora como Aquele que existe e atua diretamente neste mundo que Ele criou para a Sua glória.

Penso que devemos ter uma teologia, uma vida cristã e igrejas que sejam firmadas na verdade, que valoriza os estudos e o desenvolvimento do conhecimento teológico, e que por outro lado não abre mão da infalibilidade das Escrituras e sua autoridade para nós hoje.

Por:  Augustus Nicodemus

POR QUE ORAR É TÃO DIFÍCIL PARA OS CRISTÃOS


Por Que Orar É Tão Difícil Para Os Cristãos?


Há tempos tenho estado perplexo por um problema que persiste na igreja há anos - e que me interessa profundamente. Eis o problema: por que orar é tão difícil para os cristãos?

As Escrituras deixam claro que a resposta para tudo em nossa vida é a oração mesclada com a fé. O apóstolo Paulo registra: “Não andeis ansiosos de cousa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças” (Filip. 4:6). Paulo está nos dizendo: “Busquem o Senhor em todas as áreas da sua vida. E agradeçam-nO antecipadamente por lhes ouvir!”

A ênfase de Paulo é clara: ore sempre em primeiro lugar! Não é para orarmos só em última instância: primeiro ir atrás dos amigos, depois do pastor ou de um conselheiro, para acabar finalmente de joelhos. Não - Jesus nos diz: “Buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas cousas vos serão acrescentadas” (Mateus 6:33). Devemos primeiramente ir até o Senhor - antes de a qualquer outro!

É de partir o coração ler as cartas enviadas para o nosso ministério de multidões de cristãos arrasados. Famílias estão se esfacelando, casais se divorciando, pessoas que por anos andaram em fidelidade a Cristo estão vivendo em temor e em derrota. Cada uma dessas pessoas tem sido derrotada por algo - pecado, depressão, mundanismo, cobiça. E ano após ano, parece que os seus problemas vêm piorando.

No entanto, o que mais me choca em suas cartas é que muito poucos destes cristãos chegam a mencionar a oração. Eles utilizam fitas gravadas, livros, conselheiros, programas de ajuda pelo telefone, todos os tipos de terapias - mas raramente a oração. Vivem todos os dias preocupados, amedrontados, com uma nuvem sobre suas cabeças, porque não possuem uma resposta para os problemas.

Por que é tão difícil para os cristãos, durante as crises, buscar a Deus em favor de necessidades desesperadoras? Afinal de contas, a Bíblia sustenta um longo testemunho de que Deus ouve os clamores dos seus filhos e os responde com terno amor:


“Os olhos do Senhor repousam sobre os justos, e os seus ouvidos estão abertos ao seu clamor” (Salmo 34:15).

“Clamam os justos, e o Senhor os escuta e os livra de todas as suas tribulações” (verso 17).

“E esta é a confiança que temos para com ele: que, se pedirmos alguma cousa segundo a sua vontade, ele nos ouve. E, se sabemos que ele nos ouve quanto ao que lhe pedimos, estamos certos de que obtemos os pedidos que lhe temos feito” (I Jo. 5: 14-15).

“...Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo” (Tiago 5:16).

“E tudo quanto pedirdes em oração, crendo, recebereis” (Mateus 21:22).

“...a oração dos retos é o seu contentamento” (Provérbios 15:8).

“O Senhor...atende à oração dos justos” (verso 29).

“Atendeu à oração do desamparado e não lhe desdenhou as preces” (Salmo 102:17).
Ouça a grande vanglória de Davi: “No dia em que eu clamei, tu me acudiste e alentaste a força de minha alma” (Salmo 138:3). Davi dizia: “Fiz prova de Ti, Deus! Em todas as minhas lutas eu não busquei a mais ninguém. Procurei unicamente a Ti - e me ouvistes, respondestes, e destes-me força para a batalha que eu enfrentava!” “Clamaste na angústia, e te livrei...te respondi...” (Salmo 81:7).

Estas promessas e estes testemunhos constituem uma prova esmagadora do cuidado de Deus. E são tão variadas, profundas e numerosas, que não entendo como qualquer cristão poderia não alcançá-las!

Mesmo assim, quando se trata de oração, a Bíblia nos fornece mais do que promessas. Ela também nos previne quanto aos perigos de se negligenciar a oração: “Como escaparemos nós, se negligenciarmos tão grande salvação?...” (Hebreus 2:3). Em grego a palavra “negligenciarmos” aqui significa “não nos interessarmos; não levarmos a sério”.

O contexto deste versículo é uma discussão das coisas relacionadas à nossa salvação - e a oração é obviamente uma delas. Deus está nos perguntando: “Como você espera escapar da ruína e da devastação nos tempos tenebrosos que se aproximam, se não aprendeu a manter a comunhão comigo em oração? Como você conhecerá e reconhecerá a minha voz naquele dia, se não aprendeu a ouvi-la em seu quarto em secreto?”

Creio que Deus está profundamente ferido pela negligência da oração por parte do seu povo em nossos dias. Jeremias escreve: “Acaso, se esquece a virgem dos seus adornos ou a noiva do seu cinto? Todavia, o meu povo se esqueceu de mim por dias sem conta” (Jeremias 2:32).

Eis a minha grande pergunta - pergunta que simplesmente não consigo entender: Como pode o próprio povo de Deus - que está sob ataque constante do inferno, enfrentando problemas e tentações de todos os lados - passar semanas e semanas sem jamais buscá-lo? E como podem professar que o amam e crêem em suas promessas, e contudo jamais se achegar ao seu coração?




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O Escritor de Hebreus Conclama
a “Aproximarmo-nos de Deus”!



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Hebreus 10 contem uma promessa incrível. Diz que a porta de Deus está sempre aberta para nós, concedendo-nos acesso total ao Pai:

“Tendo, pois, irmãos, intrepidez para entrar no Santo dos Santos, pelo sangue de Jesus, pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou pelo véu, isto é, pela sua carne, e tendo grande sacerdote sobre a casa de Deus, aproximemo-nos, com sincero coração, em plena certeza de fé, tendo o coração purificado de má consciência e lavado o corpo com água pura” (Hebreus 10: 19-22).

Alguns versículos adiante, somos avisados de que o dia do Senhor se aproxima rapidamente: “Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns; antes, façamos admoestações e tanto mais quanto vedes que o Dia se aproxima” (verso 25). Deus está dizendo: “Agora mesmo, ao se aproximar o tempo da volta de Cristo, você necessita buscar a minha face. Chegou a hora de você se dirigir ao seu quarto em secreto e me conhecer!”

Creio que já estamos vendo os sinais que provam que estamos próximos à uma fusão do sistema financeiro: a violência e a imoralidade crescem. A nossa sociedade está presa ao prazer. Falsos profetas - “anjos de luz” - já enganaram a muitos com suas doutrinas dos demônios. E, a qualquer hora, poderemos ver a hora da tribulação, que levará o coração dos homens a fraquejar devido ao medo. No entanto, antes de tudo isto acontecer, o escritor aos Hebreus diz:

“Não permitam que a verdade venha a escapulir de vocês! Mantenham-se acordados e alertas. Vocês possuem uma porta aberta para a presença santa de Deus - então, dirijam-se a ele com plena certeza de fé, tornando conhecidas as suas petições. O sangue de Cristo já lhes abriu o caminho - e nada se coloca entre vocês e o Pai. Vocês têm todo o direito de entrar no santo dos santos, para receber todo o socorro de que necessitam!”

Quando não valorizamos o sacrifício de Jesus - que ele aceitou para que tivéssemos acesso ao Pai para todas as nossas necessidades - nós “desprezamos” a graça de Deus, provocando a sua ira!

Mesmo assim, com todas estas advertências poderosas quanto aos riscos de se negligenciar a oração, os cristãos ainda acham difícil orar. Por que? Creio que há quatro razões para isto?




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1. Alguns Cristãos Não Oram
Porque Têm um Amor Morno pelo Senhor



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Ao usar a palavra “morno” para descrever o amor de alguém por Jesus, não quero dizer que ele seja frio em relação ao Senhor. Em vez disto, quero significar que o seu amor é “barato” - não caro. Dou-lhe um exemplo:

Ao se dirigir à igreja de Éfeso em Apocalipse 2, ele primeiro os elogia por tudo que fizeram. Ele reconhece que trabalharam arduamente na fé - que detestam o pecado e as concessões, recusando-se a aceitar falsas doutrinas, jamais esmorecendo ou desistindo quando perseguidos, sempre defendendo o evangelho.

Mas, Cristo diz ter algo contra eles: abandonaram o seu fervente e caro amor por ele! “Tenho, porém, contra ti que abandonaste o teu primeiro amor” (Apocal. 2:4).

De alguma maneira, no meio de todas suas obras, eles deixaram o seu caminhar amoroso, disciplinado, com o Senhor. E agora ele lhes diz: “Vocês deixaram o seu primeiro amor. Abandonaram a cara disciplina de vir à minha presença, de manter comunhão comigo!”

Note por favor: Jesus está falando aqui de crentes que começaram com um amor fulgurante por ele. Ele não está se dirigindo a cristãos mortos, frios, formais, que nunca o amaram acima de tudo. Pelo contrário, está dizendo: “É possível que uma pessoa que já teve um coração amoroso por Mim permita que o seu zelo se torne morno. O servo devotado que anteriormente corria todos os dias em busca de Mim em seu quarto em secreto, agora raramente chega a orar!”

Pense o quanto isto deve insultar a Cristo, que é o nosso noivo. Que tipo de casamento pode existir quando marido e mulher não possuem um período privativo de intimidade? E é bem a respeito disto que Jesus está falando aqui. Ele deseja momentos com você só para Ele, para desfrutar de intimidade!

Você pode dizer que O ama - mas se jamais aparece para estar com Ele, prova que não O ama em absoluto. Este tipo de comportamento jamais daria certo com um outro noivo. Se você dissesse à sua namorada que a amava, mas a visse só uma vez por semana - só o suficiente para dizer: “Olá, meu bem, eu te amo, agora tchau!” - ela não iria tolerar. Por que deveria Jesus - que se deu inteiro, deu a própria vida para você - tolerar?

Não importa a altura com que você louva o Senhor na igreja, o quanto diz que O ama, o quanto de lágrimas você derrama. Você pode contribuir com generosidade, amar os outros, detestar o pecado, repreender os culpados - mas se o seu coração não está sendo permanentemente atraído para a presença de Cristo, você simplesmente não O ama. Você está orando por orar, negligenciando a oração - e de acordo com as próprias palavras de Jesus, isto é uma prova de que perdeu o seu amor por Ele.

Todas as nossas obras são em vão, a menos que voltemos ao nosso amor flamejante por Jesus. Temos de nos conscientizar: “Amar a Jesus não se trata de realizar coisas; envolve a disciplina diária de se manter um relacionamento. E isto vai custar algo de mim!”




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2. Alguns Cristãos não Oram
Porque Perverteram as Suas Prioridades!



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Prioridade é a importância que se deposita em algo. E os cristãos que negligenciam a oração perverteram as suas prioridades!

Muitos cristãos garantem que oram se e quando têm tempo. Porém à cada semana, buscar a Cristo se torna menos importante para eles do que lavar o carro, limpar a casa, visitar os amigos, comer fora, fazer compras, assistir aos esportes. Simplesmente não criam tempo para orar.

Contudo, as pessoas não eram diferentes nos tempos de Noé e de Ló. Suas grandes prioridades eram comer e beber, comprar e vender, casar e cuidar da família. Não tinham tempo para ouvir mensagens da condenação de Deus que chegava. E assim, ninguém estava preparado quando o julgamento caiu sobre eles!

Evidentemente, nada mudou com os séculos. Para a maioria dos americanos, Deus permanece no fundo da lista de prioridades. E no alto estão a sua renda, segurança, o prazer, a família. É claro, para muitos americanos Deus nem participa da lista. Mas isso não magoa Deus tanto, quanto a valorização que ele recebe de Seus próprios filhos!

Hoje, milhares de cristãos atravessam o país para receber oração de algum ministro, profeta ou evangelista. Estes crentes desejam sentir o toque de Deus e uma experiência extática de Sua presença. Mas mesmo que consigam o que buscam, a experiência só dura um tempo curto. E, ironicamente, todo o tempo em que estão viajando e buscando o toque de Deus, eles não gastam cinco minutos em oração!

Amado, o Senhor não deseja as suas sobras - aqueles insignificantes pedacinhos de tempo quando você só tem um instante para mandar ao céu um breve pedido de oração. Isto não é um sacrifício de oração. É uma oferenda capenga - e ela polui o altar dEle!

O profeta Malaquias escreve: “Quando trazeis animal cego para o sacrificardes, não é isso mal? E, quando trazeis o coxo ou o enfermo, não é isso mal? Ora, apresenta-o ao teu governador; acaso, terá ele agrado em ti e te será favorável? - diz o Senhor dos Exércitos” (Malaquias 1:8).

Malaquias está dizendo: “Vocês estão trazendo qualquer animal velho da criação para sacrificar na presença de Deus. Porém estas oferendas são desleixadas, descorteses, de segunda mão. Experimentem dar este tipo de oferta para o seu governador. Ele os lançará fora de sua presença!”

Deus esperava que o seu povo percorresse o seu rebanho cuidadosamente, examinando um por um dos animais, para escolher o mais perfeito dentre eles para Lhe sacrificar. E hoje igualmente, Deus espera o mesmo de nós. Ele deseja o nosso tempo de qualidade - o tempo sem pressa ou correria. E devemos fazer deste tempo uma prioridade!

Uma vez encontrei-me com o pastor de uma das maiores igreja dos Estados Unidos. Este homem era um dos ministros mais ocupados que eu já vi. Ele me disse sem se desculpar: “Não tenho tempo para orar”. Porém, o que ele realmente queria dizer era: “Não dou nenhuma prioridade para a oração.”

Ao visitar a sua igreja, não discerni nenhum movimento do Espírito de Deus na congregação. Em verdade, era uma das igrejas mais mortas em que já preguei. Mais ainda, como poderia haver alguma vida, se os pastores não oravam?

O fato é o seguinte: nenhum cristão vai separar tempo para a oração a menos que ela se torne a sua primeira prioridade na vida, acima de tudo mais - acima da família, da carreira, do lazer, de tudo. De outro modo, o seu sacrifício estará pervertido!




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3. Alguns Cristãos não Oram
Porque Aprenderam a Viver sem Oração !



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Muitos cristãos acham que a única coisa que se requer deles é que vão à igreja, adorem, ouçam à pregação, resistam ao pecado, façam o melhor possível, e tudo estará bem com eles. Este é o sacrifício que trazem para Deus - e acham que Ele se agrada disto!

Tenho gasto tempo junto ao leito de cristãos moribundos que eram fiéis freqüentadores da igreja por mais de cinqüenta anos. Eram pessoas que nunca faltaram á uma reunião. Eram pessoas boas, de família, e podiam discorrer a respeito de qualquer assunto espiritual. Mas não tinham nenhum tipo de vida de oração. Gastavam horas com suas famílias, ou sentados em frente à TV, ou trabalhando em seus hobbies - mas não dispunham de tempo para estar a sós com Cristo.

Isto pode lhe soar áspero, mas creio que estas pessoas foram para a eternidade sem conhecer o seu Senhor. Deus nunca se aproximou deles - porque eles nunca chegaram perto dEle!

Temo por todo cristão que aprendeu a viver confortavelmente sem vida diária de oração - que nunca teve uma comunhão crescente com o Senhor. Estes tipos de pessoas acabam estranhas para Ele. E estarão entre aqueles que Cristo repreende no dia do juízo: “Sim, você realizou muitas obras - curou pessoas, realizou milagres, trouxe muitos para o meu reino. Mas nunca lhe conheci. Afaste-se de mim, estranho!”

Como escaparemos da ira e do desprazer de Deus, se negligenciarmos o Seu grande dom da salvação? Como enfrentá-lO no dia do julgamento, quando os livros serão abertos para revelar que não gastamos nenhum tempo com Ele? Podemos responder: “Senhor, compreendo que arranjei muito pouco tempo para Ti. Gastei-o todo para mim mesmo, para minha família, minha carreira. Mas agora estou disposto a gastar a eternidade para Te conhecer”. Você acha que Ele aceitará isto? Não - nunca!

O fato, é que se pode passar uma vida toda sem oração. Em verdade, sei de alguns pastores e evangelistas “de sucesso” que aprenderam a ministrar totalmente sem oração. Podem trazer entretenimento, contar grandes histórias e fazer rir. Mas não conseguem trazer convicção a alguém, ou transformação, ou levá-lo a buscar a face de Deus!

Depois de um certo tempo, estes homens chegam a um profundo desespero. Por que? Eles tornam-se mais e mais dependentes do braço da carne, em vez do Senhor. E as suas vidas se tornam cheias de confusão de todos os lados. Pregadores sem oração constituem pregadores sem poder!

Igualmente, cristãos sem oração são ocos na fé, alvos fáceis para os falsos mestres, rapidamente desviáveis do evangelho verdadeiro. Tais cristãos estão sempre “aprendendo” - mas nunca alcançando a maturidade!




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4. Alguns Cristãos não Oram
Porque não Crêem que Deus
Ouça as Suas Preces !



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Com o tempo, muitos crentes se tornam desencorajados devido à preces não respondidas - e, finalmente, simplesmente desistem. Pensam: “Talvez eu tenha falta de fé. O que eu sei, é que para mim a oração não funciona. E por que eu haveria de orar se não funciona?”

Os israelitas no tempo de Isaías tinham a mesma atitude. Isaías escreveu: “...me procuram dia a dia, têm prazer em saber os meus caminhos; como povo que pratica a justiça... perguntam-me...têm prazer em se achegar a Deus, dizendo: Por que jejuamos nós, e tu não atentas para isto? Por que afligimos a nossa alma, e tu não o levas em conta?...” (Isaías 58:2-3).

Estas pessoas estavam acusando Deus de abandono dos filhos! Estavam dizendo: “Amo a Deus - pratico o que é reto e evito o pecado. E até há pouco tempo, era fiel em buscá-lO em oração. Mas, sabe o que aconteceu? Ele nunca me respondeu! Então, por que eu deveria continuar a afligir minha alma diante dele? Ele nunca tomou conhecimento dos meus pedidos!”

Muitas cristãs solteiras tendem a pensar assim. Elas dizem: “Durante anos busquei o Senhor em sinceridade, pedindo-Lhe que trouxesse para a minha vida um homem de Deus. Já orei por mais de uma década. Mas não aconteceu nada!” Então elas próprias tentam fazer com que um casamento aconteça - e o desastre segue-se.

Recentemente, um pastor me escreveu uma carta alarmante: “Irmão Wilkerson, a semana passada fechei as portas da igreja que pastoreei por vários anos. Simplesmente debandei a congregação e abandonei o púlpito. Durante anos oramos por um reavivamento - mas isto nunca aconteceu. Oramos por um edifício - mas isto nunca se concretizou. Com os anos fomos diminuindo para trinta pessoas. Simplesmente não estava adiantando. E agora estou saindo em busca de outro emprego.”

Apiedo-me por este homem abatido. Contudo, eu concordo - ele precisa de um outro emprego, porque para começo de conversa, ele provavelmente não foi chamado para ministrar. Entenda, o nosso chamado não é para ver acontecer um reavivamento, ou para construir um prédio para a igreja, ou para ter números respeitáveis na congregação. Não - o nosso chamado é para ministrar fielmente em favor do Senhor - e isto inclui a nossa vida de oração!

Tiago escreve que Deus não responde as orações daqueles que pedem coisas para simplesmente satisfazerem a si próprios: “Pedis e não recebeis, porque pedis mal, para esbanjardes em vossos prazeres” (Tiago 4:3). Em outras palavras: “Você não está pedindo a vontade de Deus. Você não está pronto para submeter-se a tudo que Ele desejar. Em vez disto, você está tentando ditar-Lhe as coisas que satisfarão o seu próprio coração!”

Não se engane - o nosso Deus é totalmente fiel. Paulo escreve: “...Seja Deus verdadeiro, e mentiroso, todo homem...” (Rom. 3:4). Ele está dizendo em essência: “Não importa se você escuta um milhão de vozes clamando: ‘A oração não adianta. Deus não me ouve!’ Que todo homem seja chamado de mentiroso. A palavra de Deus se mantém - e Ele é fiel em nos ouvir!”

Jesus disse, “E tudo quanto pedirdes em oração, crendo, recebereis” (Mateus 21:22). Em poucas palavras Cristo está dizendo: “Se você crer verdadeiramente, estará desejoso de esperar e aguardar uma resposta do seu Pai celestial. E não vai lhe importar quanto tempo vai levar. Você se agarrará à fé, crendo que Ele responderá!”

Se Deus está atrasando uma oração sua em particular, pode ter certeza de que Ele está testando a sua fé. Ele deseja que você creia nEle quando Ele aparenta estar em silêncio. E lhe testa, para ver ser você diz: “Eu desisto. Ele não responde!” No final das contas, Ele deseja que a sua fé se desenvolva tão pura como o ouro - de maneira que você estará equipado para receber muitas respostas, suas e para os outros!

Uma vez li a história de uma santa de Deus - uma irmã idosa, muito querida, que havia andado próxima a Jesus por muitos anos. A sua vida de oração era tão intensa, que as pessoas de todos os lugares pediam que ela orasse por elas. Um dia uma amiga lhe escreveu solicitando uma oração, e a mulher concordou.

Algumas semanas mais tarde, esta mulher piedosa recebeu outra carta desta mesma amiga, dizendo: “Obrigada por ter orado - eu fui curada!” Mas a senhora piedosa se convenceu de que havia esquecido de orar! Ela se alegrou de que a sua amiga havia sido curada - mas mesmo assim ficou pensando: “Senhor, ela disse que a sua fé era débil. Por que o Senhor a curou, se eu me esqueci de orar?”

Deus lhe respondeu: “Eu a curei porque você Me conhece! Você se aproximou tanto de Mim, que cumpri o desejo específico que você tinha pela sua amiga - mesmo sem a sua oração.”

“Como é grande a tua bondade, que reservaste aos que te temem, da qual usas, perante os filhos dos homens, para com os que em ti se refugiam!” (Salmo 31:19). “...porém aos que buscam o Senhor bem nenhum lhes faltará” (Salmo 34:10).

Vá ao seu lugar secreto com regularidade, e busque-O de todo o seu coração. Eis a resposta que você deve dar para restaurar um casamento, a favor de membros da família não salvos, para toda necessidade de sua vida. As respostas dEle podem não vir da noite para o dia. Contudo, Deus fará a obra no tempo dEle e da maneira dEle. A parte que cabe a você é confiar que Ele é fiel em responder - porque você é Seu filho amado!

Por David Wilkerson





AS PROFECIAS DE DANIEL


As Profecias de Daniel

No capítulo segundo do livro de Daniel, encontramos relatado o sonho do rei Nabucodonosor. Daniel, como sabemos, contou ao rei o sonho e deu seu significado. Iremos analisá-lo destacando as partes principais. O texto completo é o de Daniel 2:1-49, e a visão do rei, foi de uma estátua cuja cabeça era de ouro, os peitos e os braços de prata, o ventre e os quadris de bronze, as pernas de ferros, os pés em parte de ferro, em parte de barro. (v. 32-33 ). Daniel dá o significado: "Tú, ó rei, rei de reis, a quem o Deus do ceú conferiu o reino ( Babilônia ), o poder a força e a glória........ tu és a cabeça de ouro "( Destaque é nosso - v.37-38 ). O Império Babilônico representado através de seu rei, Nabucodonosor, era a cabeça de ouro da estátua. Ela simbolizava impérios que surgiriam na face da terra, iniciando pelo babilônico. Seguindo o texto Daniel coloca: "Depois de ti se levantará outro reino, inferior ao teu... "( v.39a )."O próprio Daniel registra a queda do domínio Babilônico, com a conseqüente ascensão do Império Medo-Persa: "Naquela mesma noite foi morto Belsazar, rei dos Caldeus. E Dario, O MEDO , com cerca de sessenta e dois anos, se apoderou do reino. " ( Dan 5:30-31 ). Seguindo na profecia Daniel coloca: ".... e um terceiro reino, de bronze, o qual terá domínio sobre toda a terra " ( v.39 b ).

Com o surgimento do Império Grego, Alexandre, o Grande empreende suas conquistas para várias áreas, criando um vasto domínio, derrotando o império Medo-Persa. No auge do seu império, ainda jovem, Alexandre morre, e como não tinha descendentes para o suceder no reino, seu império foi dividido entre seus principais generais, o que favoreceu o crescimento de Roma, e o surgimento de um novo império. "O quarto reino será forte como ferro; pois o ferro a tudo quebra todas as cousas, assim ele fará em pedaços e esmiuçará .. "( V. 40 ). O quarto império é o Romano, e durante a sua fase áurea, temos a primeira vinda de Nosso Senhor Jesus Cristo ao mundo. Mas havia mais dois reinos simbolizados naquela estátua, o quinto: "Quanto ao que viste dos pés e dos dedos, em parte de barro de oleiro e em parte de ferro, será isso um reino dividido; contudo haverá nele alguma cousa da firmeza do ferro, pois que viste o ferro misturado com barro de lodo. "( Daniel 2:41 ). E o sexto: "Quando estavas olhando, uma pedra foi cortada sem auxílio de mãos, feriu a estátua nos pés de ferro e de barro, e os esmiuçou " ( V. 34 ). Qual seria esse sexto reino? Daniel mesmo responde: "Mas, nos dias destes reis, o Deus do céu suscitará um reino que não será jamais destruído; este reino não passará a outro povo; esmiuçará e consumirá todos estes reinos, mas ele mesmo subsistirá para sempre"( V. 44 ). É claro pelo texto que se trata do reino eterno de Jesus Cristo a ser estabelecido aqui na terra, conforme ainda Apocalipse , Isaías e outros. Mas destaca-se a primeira frase do texto de Daniel 2:44: "Mas, nos dias destes reis "; ora, que reis? Os representados através dos pés da estátua, pôr essa razão, a pedra cortada sem o auxílio de mãos, acerta a estátua nos pés, simbolizando que quando o reino de Jesus for estabelecido, o seria durante este império. Os amilenistas interpretam tal passagem colocando a pedra como sendo o estabelecimento do reino de Cristo através da pregação do Evangelho. Uma análise precisa dos textos entretanto, revelará que se trata da instauração do reino eterno de Jesus Cristo o que ocorrerá em sua segunda vinda: "O reino do mundo se tornou de nosso Senhor e do Cristo, e ELE REINARÁ PELOS SÉCULOS DOS SÉCULOS " ( Destaque é nosso - Apocalipse 11:15 b ). E temos ainda: "e para o nosso Deus os constituíste reino de sacerdotes; e REINARÃO SOBRE A TERRA "( Destaque é nosso Apocalipse 5:10 ).

Mas note a constituição deste novo reino, que é o ferro misturado com a argila. Verificando os reinos anteriores, o ferro era a constituição do quarto império, o Romano. Logo, neste quinto império, teríamos uma relação com o anterior. Seguindo Daniel coloca: "Quanto ao que viste do ferro misturado com barro de lodo, misturar-se-ão mediante casamento, mas não se ligarão um ao outro, assim como o ferro não se mistura com o barro " (v.43). Começaremos a fazer a primeira comparação com os eventos que estão ocorrendo nos dias atuais. A União Européia conta hoje com 15 países membros, e assistimos o processo para unificação destes países, monetária, economicamente, e política. As bases desta unificação foram estabelecidas no Tratado de Maastrich, e era necessário que para entrar em vigor, o tratado fosse ratificado pêlos parlamentos dos países membros. Alguns países, dentre eles a Dinamarca, resolveram fazer um plebiscito sobre o assunto, e para surpresa geral, o povo dinamarquês disse não a União Européia. Crescia um temor entre os cidadãos dos países membros da UE, de perderam a soberania nacional com a unificação.

Com o não na Dinamarca, as conseqüências foram desastrosas inicialmente, obrigando os principais líderes, a virem a público garantir a soberania. "PARIS- O primeiro-ministro britânico John Major e o presidente francês François Mitterrand concordaram ontem em que a Comunidade Européia (CE) deve caminhar unida mas A SOBERANIA NACIONAL NÃO DEVE SER SACRIFICADA. "( Destaque é nosso - Estado de Minas 01/10/92 pg.15 ). O Chanceler Alemão também manifestou a mesma posição: "Disse (Helmut Kohl) que as identidades nacionais não serão ameaçadas pelo tratado"( entre parentes é nosso - Estado de Minas 22/09/92 ).Destacamos as palavras de John Major a seguir: " Bruxelas não vai nos controlar a identidade -... Insistimos em manter nossa identidade. NÃO QUEREMOS SER CONTROLADOS POR BRUXELAS "( Destaque é nosso - Folha de São Paulo, 22/09/92 ). A França levou o assunto também a plebiscito, o sim venceu com uma pequena margem sobre o não o que levou os principais líderes da UE a levarem mais a sério os temores quanto a perda da soberania nacional: "A apertada vitória do "sim "no referendo francês levou mesmo os mais ferrenhos defensores da Europa Unida a reconhecerem a necessidade de considerada mais seriamente os temores populares quanto a questões como soberania nacional e moeda única. "( O Globo pg. 19 23/09/92 ). Reveja agora o texto de Daniel, e lembre-se de que com a unificação, um cidadão francês pôr exemplo ,poderá transitar livremente entre os países membros, morar, comprar, vender, trabalhar, como se estivesse em seu próprio país, mas contudo não deixará de SER FRANCES, pois a soberania nacional, os limites geográficos serão respeitados. Acorrerá uma verdadeira mistura conforme predisse Daniel, mas não se ligariam um ao outro, ou seja, as fronteiras nacionais será respeitada. A aliança é o símbolo do casamento, e como descrito em Gênesis, o homem ao unir a sua mulher, se torna com ela uma só carne.

Esse é o ponto marcante de uma união. Entretanto, essa aliança mencionada em Daniel, foge ao padrão normal de um casamento, pois não teríamos após a sua realização, UMA NAÇÃO APENAS, o que seria o lógico, mas continuariam a existir as 10 nações. "Os adversários da unidade européia sempre disseram: vamos nos tornar como os Estados Unidos da América, que não são constituídos de verdadeiras potências; seremos fundidos, consumidos nesse quadro unitário. Mas acredito que o passado dos Estados europeus não permite visualizar que possamos nos transformar em Estados Unidos da Europa. Temos bases históricas totalmente diferentes. Dito isto, os Estados Unidos constituíram fora da Europa uma espécie de comunidade européia. "( Jacques Le Goff - Historiador Francês - Publicado pela Folha de S. Paulo 20/12/92 - Especial pg. 18). Destacamos agora o fato da profecia o ferro está misturado com o barro, o que segundo Daniel revelava que pôr um lado o reino seria forte, mas pôr outro seria fraco: "Como os dedos dos pés eram em parte de ferro e em parte de barro, assim pôr uma parte o reino será forte, e pôr outra será frágil "(Daniel 2:42 ).Agora atente para as palavras de Josephs Nye Jr. : "A Europa possui PONTOS FRACOS e FORTES e ainda é altamente incerto quais destes irão prevalecer" ( Destaque é nosso - Josephs S. Nye Jr. É Diretor do Centro de Assuntos Internacionais da Universidade de Havard e autor de "Bound to Lead: The Changing nature of American Power" - Folha de São Paulo - Especial - Domingo, 20/12/92 pg.4 ).Passaremos agora para a visão de Daniel no capítulo sete, que é paralela com esta de Nabucodonosor, e traz os mesmos personagens, porém acresce mais detalhes. Leia agora Daniel 7:1-28, a visão é sobre 4 animais diferentes que subiam do mar. O primeiro era como Leão, representava a Babilônia, era a cabeça de ouro na estátua: "O Símbolo nacional da Babilônia era uma figura com a cabeça humana, o corpo de um leão, com as asas de águia, conforme certos achados que subsistem até hoje"( Bíblia Vida Nova ).O segundo animal, um Urso, simbolizava o Império Medo-Persa, e tinha seu equivalente nos peitos e braços de prata na estátua. O terceiro, o Leopardo com quatro cabeças, representava o império grego, e a divisão do império entre os generais de Alexandre após sua morte, e tem seu equivalente na estátua no ventre e quadris de bronze. Agora o quarto animal que era sobremodo espantoso, simbolizava o Império Romano, e tinha na estátua seu equivalente nas pernas de ferro da estátua. Mas neste quarto animal, havia sobre sua cabeça dez chifres e entre estes eles se levanta mais um, um menor, diante do qual três dos outros chifres são arrancados. ( V. 7:8). Dá mesma forma que em Daniel 2:44, temos aqui menção ao reino eterno de Jesus Cristo. Nos dias destes reis, simbolizados aqui pêlos chifres, e na estátua pêlos dedos, Jesus Cristo assume o reino: "Foi-lhe dado domínio e glória, e o reino, para que os povos, nações e homens de todas as línguas o servissem; o seu domínio é domínio eterno, que não passará, e o seu reino jamais será destruído. " Daniel 7:14 ).

Observe o texto abaixo: "Então ele disse: O Quarto animal será um quarto reino na terra, o qual será diferente de todos os reinos; e devorará toda a terra, e a pisará aos pés , e a fará em pedaços. Os dez chifres correspondem a dez reis que se levantarão daquele mesmo reino; e depois deles se levantará outro, o qual será diferente dos primeiros e abaterá a três reis" ( Daniel 7:23-24). Na estátua o Império Romano era simbolizado pelas pernas em ferro, e o novo império, pêlos dedos, que eram em barro e também em ferro ( simbolizando a ligação com o império anterior). Aqui, o quarto animal é o Império Romano, e mostrando mais uma vez a ligação entre o quinto império com o quarto, os chifres, estão no quarto animal. Daniel então confirma o fato ao colocar que os chifres serão dez reis que se levantarão daquele mesmo reino ( alusão ao quarto animal ). A sede do Império Romano era ROMA, e acima temos como profecia que este quinto império se levantaria daquele mesmo reino: "Apesar do " não " a Maastricht, a Dinamarca continua signatária DO TRATADO DE ROMA, que criou em 1957 a CE. "( Destaque é nosso - Folha de São Paulo Pg. 12 - 04/06/92. A futura Europa Unificada, levantou-se da sede do antigo império. Hoje ela conta com 15 a países membros, tendo a Dinamarca em novo plebiscito votado sim a unificação. Recentemente entrou em vigor o Euro, a nova moeda européia, que foi adotada inicialmente por apenas 11 nações. No Estudo Bíblico acerca da Besta e o Falso Profeta, voltaremos a abordar esse tópico em comparação à Apocalipse 17.

Para a Maior Glória de Deus !


 Maury de Paula Santos



A ESSÊNCIA E OS ATRIBUTOS NATURAIS DE DEUS


          A ESSÊNCIA E OS ATRIBUTOS NATURAIS DE DEUS

                       


                A Essência de Deus

            Não encontramos no Velho Testamento qualquer declaração que defina a substância ou a essência de Deus. Somente no Novo Testamento é apresentada a espiritualidade de Deus. Ele é, essencialmente, Espírito, e, nessa qualidade, é imaterial. Portanto, não pode ser visto pelo olho material e nem pode ser representado por cousas materiais (Êx.33:20-23).

            O Deus Vivo

            Este nome, o Deus Vivo, significa mais do que um contraste com os deuses das nações. Indica a ação de Deus através da criação, do cuidado para com seu povo, do amor e do livramento por ele executado.

            A Eternidade do Deus Vivo

            Tal atributo significa que Deus nunca teve princípio e nunca terá fim.

            A Imutabilidade do Deus Vivo.

            Deus, em sua natureza, seus atributos e conselhos, é imutável. Ele é absolutamente perfeito, não admitindo nem necessitando de qualquer variação. Esta imutabilidade não significa uniformidade fixa nas atividades de Deus na história. Suas ações mudam, mas seu caráter é o mesmo em todas elas.

            O Conhecimento do Deus Vivo (Onisciência)

            Deus conhece todas as coisas. Nele está a suprema sabedoria, manifestada através da obra da criação.

            O Poder do Deus Vivo (Onipotência)

            Deus tem todo poder. Isso se evidencia pelo fato de haver ele criado todas as coisas e ainda mantê-las sob seu comando. Seu poder se mostra também na vitória sobre seus inimigos.

            A Sublimidade de Deus

            O Nome El Elyon significa Deus Altíssimo. Originalmente, parece indicar que Deus habita nas alturas celestiais (Mq.6:6). Sua sublimidade consiste em sua elevação pessoal acima de toda a criação e de todos os deuses. A santidade de Deus é a essência de sua sublimidade. Além disso, Deus é totalmente independente de qualquer de suas criaturas.

           



            O Deus Criador

            Seu nome : Elohim, está vinculado ao seu caráter criador e controlador do universo.

            O Deus Único

            A unidade de Deus significa que não existe outro igual a ele. A ênfase nessa questão visa combater o politeísmo, tão comum no período do Velho Testamento. O próprio povo de Israel precisou assimilar o monoteísmo de forma lenta e difícil.

            A Personalidade de Deus

            Tal atributo indica que Deus é uma pessoa.  Ele possui vontade própria e sentimentos. Sua personalidade se mostra através de seus nomes e suas relações com o universo, com a humanidade e, principalmente, com o povo de Israel.



            OS ATRIBUTOS REDENTORES DE DEUS


            A Santidade de Deus

            Deus é santo. Etimologicamente, isso significa estar separado, ou, ser puro.

            A Justiça de Deus

            A justiça do Senhor é o atributo de perfeição moral. Seus pensamentos e atos são perfeitamente retos e perfeitos.

            O Redentor de Israel

            Tal atributo foi manifestado no Velho Testamento nas ocasiões em que Deus livrou seu povo das mãos dos seus opressores, como, por exemplo, Egito e Babilônia.

            O Amor de Deus

            O Amor é a inclinação divina de buscar o melhores interesses de suas criaturas e a comunicar-se com elas, a despeito do sacrifício que isso represente.