O Objetivo da Vinda de Jesus
Mateus 11: 25-30
Este estudo enfoca o objetivo
da encarnação de Jesus, ou seja, por que veio e para quem veio. É um assunto que empolga a todos nós que um
dia, pela fé, o aceitamos como Senhor e Salvador pessoal, Rm. 10: 17.
A
experiência de salvação, Sl. 119: 11, permanece escondida dentro de nós de
forma a fazermos novas descobertas e nos revestirmos cada vez mais de
conhecimento sobre aquele que deu sua vida em nosso favor.
I - A META DA SALVAÇÃO
Antes de entender Jesus na
sua difícil missão pela terra, precisamos entender primeiro o desígnio do Pai
ao enviá-lo.
a)
O propósito eterno.
Nos planos de Deus estavam traçadas todas as características que esta meta
deveria ter.
Era restaurar o estado de vida eterna perdida no Éden, Gn. 3:
22; redimir a raça humana do estado de pecaminosidade vivido desde a queda,
Rm. 8: 23; conduzir o homem já redimido ao estado de santificação gerado pelo
Espírito Santo, Rm. 8: 14-17 e, enfim, capacitar-nos para perseverar até que
tudo se cumpra, II Tm. 2: 4.
b)
O alvo de Deus. O “mundo” de que o evangelista fala e que
foi objeto do amor de Deus compreende os povos, ou seja, todos os homens da
terra. A razão que inspirou Deus a mover sua destra salvadora em nosso
benefício foi seu grande amor, Jo. 3: 16.
Observe que, no contexto,
para cada obra feita, a afirmativa era: “E viu Deus que isto era bom”, sendo
que, após ter feito o homem, passando as ordens de seu domínio e usufruto,
declara: “Viu Deus tudo quanto fizera e eis que era muito bom”.
A palavra tudo
dá idéia de complemento, significando que a obra criadora de Deus só se
tornou completa quando o homem foi feito, o que pode ser visto na ênfase e no
contentamento de Deus expressivamente narrado (“muito bom”).
Infelizmente, foi nesse mesmo ambiente que
o homem pecou, afastou-se dos propósitos de Deus e se encaminhou para a
morte. Foi, portanto, necessário o
plano da salvação, através de Jesus.
II - BUSCAR E SALVAR
A missão de Jesus está
basicamente registrada em Lc. 19: 10. Dois verbos apontam o objetivo de Jesus
e sua estratégia de resgate do pecador. Para salvar, é preciso primeiramente
buscar, e para buscar tem que haver o interesse de salvar.
Para salvar o homem, Jesus
identificou-se no contexto profissional da época; fez a alegria de uma festa
de casamento, evitando o vexame de não se ter o vinho, mantendo o clima em
estado de alegria, Jo. 2: 9-10; demonstrou, na purificação do templo, a
preservação do objetivo, para o qual fora edificada a casa do Pai, Jo. 2:
13-16; curou diversos enfermos físicos que lhe eram trazidos, Mc. 6: 55-56;
acalmou a tempestade que afligia os seus discípulos, Mt. 8: 23-27.
Estas citações exemplificam o
interesse de Jesus em nossa procura. Ele tentou dizer que estava em nossa
busca, no nosso encalço para nos salvar.
Vive na casa de Zaqueu não um
simples e ocasional encontro para diálogo, mas afirma a chegada da salvação
por meio dEle, Lc. 19: 9.
III - JESUS VIVENDO A
MISSÃO SALVADORA
Na plenitude dos tempos, ou
seja, quando o mundo estava preparado para recebê-lo, Deus enviou seu Filho
para cumprir a missão salvadora.
a)
O ponto basilar da missão de Jesus foi resgatar o homem. Jesus cumpriu integralmente
sua missão salvadora. Vejamos o que João registrou na oração sacerdotal, cap.
17.
Nesse preciosíssimo texto está a proclamação da vitória da missão vivida
por Jesus, dita por Ele mesmo. Veja o verso 4: “Eu te glorifiquei na terra,
consumando a obra que me confiaste para fazer”.
Na oração sacerdotal, uma
oração que só Ele poderia fazer, cuidou de pedir ao Pai a guarda e proteção
aos seus Jo. 17-11, mostrando entender a necessidade que tínhamos e que
continuamos tendo dEle conosco, Jo. 17: 15.
b)
O ponto culminante da missão salvadora de Jesus foi a cruz, Hb. 12: 2.
Nela ficou registrada toda a
redenção pretendida pelo Pai. Isaías, o profeta messiânico, declara que, no
episódio da crucificação, Ele tomou sobre si as nossas enfermidades, as
nossas dores, a nossa má reputação, o nosso desprezo e a nossa rejeição, Is.
53: 2-5. E, graças a Deus, foi até o fim sem hesitar.
CONCLUSÃO
Lucas, no cap. 3: 23, afirma
que Jesus tinha cerca de trinta anos quando começou seu ministério, e isto
abre entendimento para crermos em uma vida curta enquanto na terra. Jesus
mostrou que a vida humana depois do pecado não deve ser vista como a mais
importante uma vez que a vida eterna é dádiva divina, Rm. 6: 23.
Mostrou
também que um homem pode viver pouco fisicamente, e fazer muito
espiritualmente, construindo e edificando onde nem a traça e nem a ferrugem
podem estar, Mt. 6: 20, e nem ladrões podem minar.
Mostrou competência mesmo
na tenra idade, vivendo entre os “anciãos” da lei apesar de rejeitado por
eles, Lc. 9: 22, e ao mesmo tempo revelando que a idade pode não ser tão
importante assim, se formos honestos e leais em nossa forma de vida.
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