terça-feira, 25 de setembro de 2018

O VALE DA SOMBRA DA MORTE



AINDA QUE EU ANDE PELO VALE DA SOMBRA DA MORTE...
...NÃO TEMEREI MAL NENHUM, PORQUE TU ESTÁS COMIGO. (Salmo 23:4a)
Davi, no início deste Salmo, fala como se fosse uma ovelha, reconhece que: porque o SENHOR é o seu pastor então, nada lhe faltará.
O cuidado de Deus como vimos, estava manifestado, da seguinte maneira:
 Me faz repousar em pastos verdejantes.
 Leva-me para junto das águas de descanso.
 Refrigera-me a alma.
 Guia-me pelas veredas da justiça, por amor do seu nome.
• A primeira parte do salmo descreve o cuidado do pastor durante os meses da primavera e do outono, quando o pasto é menos abundante, e as ovelhas são cuidadas em pastos utilizados em forma de rodízio, sem grandes deslocamentos.
• A segunda parte do salmo aborda os meses do verão, quando as ovelhas são conduzidas para pastos distantes, nas montanhas.
Nessa ocasião, o relacionamento das ovelhas com o pastor se torna mais íntimo.
A dependência da ovelha do seu pastor se torna profunda, e isso, está claramente declarado nos próximos versos.
• O verso 4 é muito especial, porque o pronome “me” é substituído pelos pronomes “eu” e “tu”, indicando uma relação bem mais íntima.
• Dentro desse contexto, de maior dependência e maior intimidade, Davi diz.
AINDA QUE EU ANDE PELO VALE DA SOMBRA DA MORTE, NÃO TEMEREI MAL NENHUM, PORQUE TU ESTÁS COMIGO.
I. O Cuidado Contínuo do Pastor Para Com suas Ovelhas
• Uma vez passados os meses do outono, do inverno e da primavera, com os campos nas planícies exauridos, resta apenas conduzir as ovelhas para as montanhas.
• A busca por campos nas montanhas é uma aventura, tanto para as ovelhas como para o pastor.
Por esse motivo, pastores nunca conduzem suas ovelhas para lugares onde eles mesmos não estiveram antes.
Além disso, nesses casos, os pastores vão sempre adiante de suas ovelhas. As ovelhas seguem o pastor, mesmo sem vê-lo, sendo guiadas apenas pelo som da sua voz.
• Perigos, nesse momento, incluem:
 Ribeiros turbulentos.
 Avalanches de terra e pedras.
 Plantas venenosas.
 Animais predadores.
 Tempestades de granizo.
• O objetivo do pastor é conduzir seu rebanho para os lugares altos e mais espaçosos.
• O pastor experimentado sabe que o melhor caminho para se escalar uma montanha, passa por algum vale. Muitas vezes é preciso descer, quando se deseja subir.
• Vales, em sua grande maioria, são abertos pela erosão causada pela força da água. E, para a água, criar um determinado vale, ela certamente desceu a encosta da montanha e, nesse processo ela abriu uma trilha que pode ser seguida com segurança, a maior parte das vezes.
• Esses caminhos, além de serem mais fáceis, por serem caminhos de águas, estão repletos de relva nas encostas e de fontes de águas naturais e puras.
• Assim, Davi sabia que, muitas vezes, para se atingir o alto, era necessário passar por vales, sendo alguns deles, muito sombrios.
II. O Cuidado Contínuo de Deus para Com as Ovelhas do Seu Pastoreio.
• Desde o início da igreja cristã têm existido inúmeros movimentos espirituais que anelam por conduzir as pessoas a uma vida que esteja acima do nível da mediocridade geral.
• Em nossos dias, pastores e igrejas oferecem experiências religiosas que prometem arrancar a pessoas da mesmice de cada dia e transportá-la, num passe de mágica, para uma vida vitoriosa, seja financeiramente, seja da perspectiva da saúde ou da felicidade sentimental.
Tudo isso, é claro, tem um preço e nada é oferecido conforme o mandamento de Jesus que disse: “de graça recebestes, de graça daí” – Marcos 10:8.
• Mas meus irmãos e irmãs, assim como não existem atalhos para o topo da montanha, assim também não existem “passes de mágica” na vida cristã. Para se atingir o topo, da comunhão e da intimidade com Deus, é necessário, muitas vezes, nessa vida, passar por vales, sendo alguns deles muito profundos e sombrios.
• Mas o Salmo 23, a partir do verso 4, faz referência a uma grandeza, a uma tranqüilidade e segurança tais, que deixam nossas almas em completo repouso.
• O Salmista diz: Não temerei mal nenhum, porque tu estás comigo. Tu estás comigo em cada situação, em cada provação sombria, em cada frustração, em cada problema perturbador e em cada dúvida inquietante.
• Jesus como nosso Bom Pastor tem dito o seguinte:
 Aquele, porém, que entra pela porta, esse é o pastor das ovelhas. Para este o porteiro abre, as ovelhas ouvem a sua voz, ele chama pelo nome as suas próprias ovelhas e as conduz para fora.
Depois de fazer sair todas as que lhe pertencem, vai adiante delas, e elas o seguem, porque lhe reconhecem a voz – João 10:2—4.
 E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século – Mateus 28:20.
• Quando reconhecemos essas verdades, quando entendemos que o SENHOR está conosco em meio ao nosso sofrimento e que ele entende o que estamos passando, porque ele mesmo sofreu mais do que qualquer um de nós então, nesse momento, nossos temores e até mesmo nosso pânico e dúvidas cedem lugar a uma confiança calma e tranquila em Seus cuidados.
• É nos vales da vida, que encontramos o refrigério que apenas Deus pode oferecer. É nas horas de tribulação e dificuldade que a doce voz do pastor vem confortar nossas almas cansadas e assustadas.
• Alguns dizem que não tem condições de passar por essas situações. Não querem saber de nenhum vale em suas vidas. “Tá amarrado” ou “Isso não vai me acontecer de jeito nenhum, em nome de Jesus”, elas costumam dizer.
Elas se esquivam dos “vales” com forte senso de pavor e mau pressentimento, porque não conhecem o Bom Pastor.
Não confiam nele.
Então querem fugir das dificuldades. Acreditam nas mentiras dos que dizem que problemas e dificuldades são fruto de falta de fé, de pecado ou de ação de demônios na vida das pessoas.
São incapazes de entender que Deus, porque nos ama, nos faz passar por provações e tribulações, além de nos disciplinar quando nos desviamos do reto e bom caminho. Tudo isso para o nosso bem, para o nosso crescimento.
• A presença poderosa do Senhor em nossas vidas, através de seu Espírito Santo, se faz sentir melhor quando cessamos de lutar, quando entregamos os pontos, quando nos entregamos completamente em Suas mãos.
Paulo, que passou por muitas e boas – ver 2 Coríntios 11:23—28 – disse o seguinte:
E, para que não me ensoberbecesse com a grandeza das revelações, foi-me posto um espinho na carne, mensageiro de Satanás, para me esbofetear, a fim de que não me exalte.
Por causa disto, três vezes pedi ao Senhor que o afastasse de mim. Então, ele me disse: A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza.
De boa vontade, pois, mais me gloriarei nas fraquezas, para que sobre mim repouse o poder de Cristo. Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias, por amor de Cristo. Porque, quando sou fraco, então, é que sou forte
– 2 Coríntios 12:7—10.
• Quando abrimos o coração e deixamos Deus nos consolar nas horas mais difíceis, então somos capacitados a consolar outros que estão vivendo em medo – ver 2 Coríntios 1:4: É ele que nos conforta em toda a nossa tribulação, para podermos consolar os que estiverem em qualquer angústia, com a consolação com que nós mesmos somos contemplados por Deus.
Conclusão:
1. Muitas vezes, enquanto caminhamos nessa vida, nos sentimos bastante incomodados com a falta de alguma coisa, com o jeito de uma determinada situação ou com a forma como circunstâncias nos atingem.
Nessa horas, temos que concentrar nossa atenção naquilo que realmente importa: na voz do nosso bom pastor, na sua presença confortadora.
2. O autor da Epístola aos Hebreus diz o seguinte: Seja a vossa vida sem avareza. Contentai-vos com as coisas que tendes; porque ele tem dito: De maneira alguma te deixarei, nunca jamais te abandonarei - Hebreus 13:5.
3. O que esse verso nos ensina? Que o que realmente importa, não são as circunstâncias ao nosso redor, nem a presença ou ausência de bens materiais, nem as condições em que nos encontramos e sim a gloriosa presença do Senhor em nosso meio.
4. Se o Senhor está em nosso meio, se ele é nosso Bom Pastor, se ele está sempre cuidando de nós, então nós podemos afirmar confiantemente: O Senhor é o meu auxílio, não temerei; que me poderá fazer o homem? – Hebreus 13:6.
5. Mas só conseguimos chegar nesse ponto, se aprendermos a manter uma atitude serena quando as adversidades surgem.
6. Caros leitores, deixem o Espírito Santo fluir como um verdadeiro rio de águas vivas, através dos vales que foram escavados em suas vidas pelas experiências mais difíceis que vocês estão atravessando agora mesmo.
7. Ouçam as palavras de Jesus: Estas coisas vos tenho dito para que tenhais paz em mim. No mundo, passais por aflições; mas tende bom ânimo; eu venci o mundo - João 16:33.
8. Que nos apeguemos com fervor à voz do nosso Bom Pastor e que possamos confiar em Jesus, mesmo quando estivermos atravessando o mais escuro dos vales.
Que Deus abençoe a todos.
escrito por Alexandros Meimaridis

sexta-feira, 21 de setembro de 2018

CONSTRUINDO SONHOS



CONSTRUINDO SONHOS


Eu é que sei que pensamentos tenho a vosso respeito, diz o SENHOR; pensamentos de paz e não de mal, para vos dar o fim que desejais. (Jr. 29.11)

Todos têm sonhos e acreditamos que Deus nos ajudará a realizar tudo.

Como fazer planos e construir sonhos de acordo com a vontade de Deus?

OS PLANOS HUMANOS PODEM FALHAR: Provérbios 14.12 e 16.1-3
Deus não tem compromisso em levar adiante os planos humanos que não estejam de acordo com Sua vontade. Ele já deixou sua vontade revelada que é “boa, agradável e perfeita” (Rm 12.1). Ele já revelou algumas ‘listas’ de sonhos que tem para nós como em Pv. 6.16-19:

ESTAS SEIS COISAS ABORRECE O SENHOR, E A SÉTIMA A SUA ALMA ABOMINA:
Olhos altivos, língua mentirosa, e mãos que derramam sangue inocente; Coração que maquina pensamentos viciosos; pés que se apressam a correr para o mal; Testemunha falsa que profere mentiras; e o que semeia contendas entre irmãos.

Da mesma forma que apresentamos a Deus as nossas listas, devemos dar uma olhadinha na ‘lista da Bíblia’ dos sonhos de Deus para nós.

FAÇA PROJETOS MENSURÁVEIS: Eclesiastes 5.2-7
É preciso ter cuidado para não fazer planos absurdos e inalcançáveis.
Precisamos projetar sonhos que estejamos dispostos a lutar pela realização.
Se não tiver coragem de lutar, então não sonhe.
Aquilo que prometer a Deus cumpra (v.2-5 e Números 30.2),teme a Deus em tudo o que fizer e será bem sucedido(v.7).

O QUE É POSSÍVEL PERTENCE A NÓS: Eclesiastes 9.10
O que está ao nosso alcance deve ser resolvido por nós mesmos e não jogar para Deus o que nós provocamos “o que é revelado pertence a nós e o que não é revelado (oculto) pertence a Deus” Deuteronômio 29.29.

O QUE É IMPOSSÍVEL PERTENCE A DEUS: Jeremias 32.27
Certamente tudo que for imprevisível e difícil demais para nós Deus entrará com providência –  “os impossíveis dos homens são possíveis para Deus” (Lucas 18.27).

CUIDADO COM QUEM COMPARTILHA SEU SONHO.
Há pessoas que ficam aborrecidas com a sua prosperidade como os irmãos de José do Egito que não acreditaram no sonho dele (Gênesis 37.5), com pessoas assim é melhor não falar nada, só orar.

CONHEÇA OS PLANOS DE DEUS PARA VOCÊ: Jeremias 29.11-13
O Senhor tem planos maravilhosos para nós e quer nos revelar estes planos. Através da oração Deus revela os seus sonhos para nós (Jr 29.12) e quando buscamos a Deus de ”todo coração” Ele nos atende prontamente. Sonhe seus sonhos junto com Deus!

Para ter um projeto bem sucedido é preciso muita oração e leitura da Palavra de Deus, buscando a Sua vontade para nós, então estamos autorizados a agir respaldados pelas credenciais do Reino de Deus.

OLHA PRA NÓS



OLHA PRA NÓS

Mas, tendo ele saído, começou a apregoar muitas coisas, e a divulgar o que acontecera; de sorte que Jesus já não podia entrar publicamente na cidade, mas conservava-se fora em lugares desertos; e de todas as partes iam ter com ele. (Marcos 1:45).  

Mas o homem começou a falar muito e espalhou a notícia. Por isso Jesus não podia mais entrar abertamente em qualquer cidade, mas ficava fora, em lugares desertos. E gente de toda parte vinha procurá-lo.

CORAGEM PARA DIZER “OLHA PARA NÓS” Pedro e João subiam ao templo para a oração da hora nona. Era levado um homem, coxo de nascença, o qual punham diariamente à porta do templo chamada Formosa, para pedir esmola aos que entravam. Vendo ele a Pedro e João, que iam entrar no templo, implorava que lhe dessem uma esmola. Pedro, fitando-o, juntamente com João, disse: OLHA PARA NÓS. Ele os olhava atentamente, esperando receber alguma coisa. Pedro, porém, lhe disse: Não possuo nem prata nem ouro, mas o que tenho, isso te dou: em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, anda! E, tomando-o pela mão direita, o levantou; imediatamente, os seus pés e tornozelos se firmaram; de um salto se pôs em pé, passou a andar e entrou com eles no templo, saltando e louvando a Deus. (Atos 3.1-8)

CORAGEM PARA DIZER “OLHA PARA NÓS”
"Vivemos num tempo que Jesus chamou de "o reino de Deus". Ele dizia: "O reino de Deus é chegado".

As pessoas deste reino devem ser diferentes.Não podem ser medrosos, Não podem ser sem autoconfiança, Sem uma boa imagem de si mesmo, Não podem ser inferiores, Nem gente sem importância...  Jesus afirmou que os nascidos no reino seriam maiores que todos os grandes homens nascidos anteriormente.

Às pessoas deste novo tempo é exigido, sobre tudo, coragem, Pois será um tempo marcado por grandes desafios, os que se acovardarem serão vencidos. Por isso, precisamos ter coragem... a coragem deverá ser uma das nossas marcas nesse tempo...  Como Pedro, coragem para dizer Olha Para Nós (v4) "A primeira palavra de Pedro diante daquela necessidade foi colocar-se como um diferencial.

Ele não era qualquer pessoa que estava entrando no templo, era um servo de Deus, o Espírito Santo estava com ele! E no v.4 Pedro falou pra ele: "OLHA PARA NÓS". Ao direcionar os olhos daquele homem para si, era como se Pedro quisesse ser lido interiormente, E que fosse percebida a diferença entre eles...  não era uma diferença física, nem mesmo social, mas espiritual.

Hoje em dia tudo é muito parecido, E a tendência é que as pessoas também se tornem mais parecidas umas com as outras. Na verdade as pessoas hoje estão olhando para nós, procurando ver alguma coisa diferente

O que é que as pessoas têm visto em você?
Olhamos para algumas pessoas, hoje em dia, e vemos somente dor, sofrimento, amargura, solidão, mágoas, revolta, desânimo, tristeza, acomodação, frieza, falta de amor, falta de perdão, descaso, desprezo… Então, é cada vez mais necessário que haja aqueles que corajosamente possam dizer:

"OLHA PARA NÓS"...  isto é, coragem para ser referencial, coragem para dizer: "imitem a minha vida".

"Isso é pretensão? ... não é!  Paulo dizia: "sede meus imitadores". Cristãos estão no mundo para fazer a diferença...  sal, luz... Mateus 13  —Vocês são o sal para a humanidade;  14  —Vocês são a luz para o mundo. 16 - Assim também a luz de vocês deve brilhar para que os outros vejam as coisas boas que vocês fazem e louvem o Pai de vocês, que está no céu.

Por fora, podemos ser igual... cantar bastante, orar, falar em línguas, profetizar, mas, que adiantará tudo isso se não pudermos dizer: "Olha para nós... olha para a minha vida?"

A Bíblia conta de uma viúva que recebeu o milagre de Deus na sua vida porque teve coragem de dizer o que não tinha (II Re.4:1-2).

"Pedro não tinha para dar àquele homem ouro ou prata, que era aquilo que ele pensava ser possível receber, mas Pedro afirmou ter aquilo que o homem nem pensava em receber. Eles não tinham ouro ou prata, mas tinha algo mais precioso... tinham Jesus Cristo em sua vida.

Paulo dizia: "Porque não me envergonho do evangelho, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê; primeiro do judeu, e também do grego"(Romanos. 1:16). O que ele tinha não era só precioso, mas era uma questão de vida ou morte, salvação ou perdição.

Jesus que estava na vida de Pedro... esse foi o porquê da cura daquele paralítico. O próprio texto diz que foi a fé em Jesus Cristo que deu ao paralítico, saúde perfeita (Atos.3:16). Jesus na sua vida, quando compartilhado será o porquê da transformação dos homens e uma conseqüente transformação das cidades.

A grande diferença entre nós e os outros será notada quando formos corajosos para dizer: Olhe para nós, não temos o que o mundo espera, mas temos o que o mundo realmente necessita.

Com estas marcas de coragem bem visíveis em nossas vidas, seremos vitoriosos diante de todos os desafios e exigências deste novo tempo e em qualquer época que vivermos.

A ENTRADA TRIUNFAL EM JERUSALÉM



A ENTRADA TRIUNFAL EM JERUSALÉM

Quando se aproximou e viu a cidade, Jesus chorou sobre ela. 
(Lucas 19.41)

A entrada de Jesus em Jerusalém é registrada pelos quatro evangelistas, embora cada um deles apresente detalhes que outros omitem.

Jesus já havia claramente decidido cumprir o que estava escrito a seu respeito em Zacarias 9. Um futuro rei de Judá entraria em Jerusalém trazendo salvação, não com bravata de valentia, nem sobre um arrogante cavalo de batalha, mas humilde e mansamente montado em um burro. Assim ele “proclamará paz às nações” (Zc 9.10).

Esse acontecimento tem indícios de ter sido pré-arranjado e até mesmo orquestrado. Provavelmente, em uma visita anterior, Jesus havia combinado com amigos em Betânia tomar emprestado um burrinho, que seria liberado mediante a senha “O Mestre precisa dele”.

Então as multidões tomaram parte na encenação, espalhando suas vestes sobre o dorso do animal e nas ruas, festejando animadamente.

Tendo passado pelas vilas de Betânia e de Betfagé, o desfile circundou o monte das Oliveiras e de repente Jerusalém surgiu, com seus pináculos reluzentes e os pátios espaçosos do templo.

Ali, ao que parece, enquanto o volume dos gritos da multidão diminuía, para espanto e constrangimento de todos, Jesus se desfazia em lágrimas.

Em meio a soluços, ele proferiu um lamento profético sobre a cidade, predizendo a sua destruição por ela não ter reconhecido o tempo da visitação de Deus.

É admirável que, no exato instante em que Jesus advertia a cidade sobre o juízo, ele estivesse chorando sobre ela em amor.

O juízo divino é uma realidade solene e aterradora, mas o Deus que julga é o Deus que chora. Ele não quer que nenhuma alma se perca. Quando finalmente o seu juízo cair sobre alguém (como Jesus disse que seria), os olhos de Deus estarão cheios de lágrimas.

E, quando ia chegando, vendo a cidade, chorou sobre ela,Dizendo: Ah! se tu conhecesses também, ao menos neste teu dia, o que à tua paz pertence! Mas agora isto está encoberto aos teus olhos. Porque dias virão sobre ti, em que os teus inimigos te cercarão de trincheiras, e te sitiarão, e te estreitarão de todos os lados;E te derrubarão, a ti e aos teus filhos que dentro de ti estiverem, e não deixarão em ti pedra sobre pedra, pois que não conheceste o tempo da tua visitação. (Lc. 19.41-44)

Retirado de A Bíblia Toda, o Ano Todo. [John Stott]. Editora Ultimato

O TEMPO DA ESPERA



O TEMPO DA ESPERA


A ansiedade é uma angústia, um mal que nos destrói pouco a pouco ”Então Samuel tomou o chifre do azeite, e ungiu-o no meio de seus irmãos; e desde aquele dia em diante o Espírito do senhor se apoderou de Davi; então Samuel se levantou, e voltou a Ramá.” (1Sm. 16.13.)

A ansiedade é uma angústia, uma incerteza aflitiva, um mal que nos destrói pouco a pouco, dia após dia.

Davi não alcançou o reinado de sua nação logo após sua unção, houve um tempo de espera, tempo este que não foi pequeno, muitos anos se passaram, muitas situações aconteceram na vida daquele jovem, até que ele chegasse ao lugar para o qual Deus o havia ungido.

Deus, em sua eterna sabedoria e grandeza, projetou um propósito definido para cada um de nós. Ao nascermos Deus tinha em sua mente infinita um caminho perfeito para nós. Não é Deus, e, nós que precisamos estar prontos para a execução do plano de Deus.

Muitos em sua adolescência, como Davi, são escolhidos para serem ministros de Deus. Recebem palavras proféticas e promessas naquela direção sua vida começa a seguir. Começam a liderar trabalhos na casa do Senhor com os adolescentes, jovens, ministérios de música etc...

Muitos quando terminam os seus estudos no ensino médio, rapidamente se matriculam nas escolas teológicas e acham estar fazendo tudo certinho, que será apenas uma questão de cronômetro humano a conclusão do curso, que o levará ao lugar que Deus preparou para cada um.

Mas o tempo de Deus para nossa vida não é medido pela mente humana ou pelas circunstâncias preparatórias para o ministério. Todo preparo e estudo são válidos, mas não são eles que vão determinar o cumprimento do plano de Deus em nossa vida.

Davi foi ungido na casa de seu pai Jessé. Após sua unção, situações começaram a acontecer, mas Davi guardou em seu coração a palavra de Deus que lhe fora dada através do profeta. Teve uma postura de esperança guardada em paz, e foi esta esperança em paz que o capacitou a esperar todos aqueles anos para que chegasse ao reinado de Israel.

Quantas vezes nós recebemos palavras claras de Deus, e após isso começamos a mexer “nossos pauzinhos” para que a profecia se cumpra em nossa vida. O tempo da espera é tempo de deixarmos Deus agir endireitando nossa vereda. Não devemos estar ansiosos, procurarmos lugares ou situações nas quais possamos dar uma “forcinha” para Deus. Ele não precisa da nossa mão para estabelecer em nossa vida aquilo que ele preparou para nós em sua eternidade. Deus precisa apenas do nosso coração contrito em sua presença, esperando em fé.

O que Deus prometeu para sua vida isso ele cumprirá. “Tendo por certo isto mesmo, que aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo.” (F. 1.6.)

Não desprezemos o tempo da espera,  Analise todas as situações de sua vida, em cada uma delas Deus o está ensinando para algo que vai chegar em suas mãos.

Lembre-se: o sonho, antes de ser seu, é dele. Sábio você será se discernir o tempo e o modo de tudo acontecer. Deus nos abençoe nesse maravilhoso tempo de espera.

MULTIDÃO E DISCÍPULOS



MULTIDÃO E DISCÍPULOS


Em Mateus 16, do verso 13 ao 20, Jesus, enquanto caminhava para Cesaréia, aldeia ao norte da Galiléia, administrada por Filipe, perguntou aos seus discípulos sobre o que o povo pensava dele. Queria saber que identidade lhe atribuíam.

A gente sempre se relaciona com o outro a partir da identidade que lhe atribuímos, independente dessa identidade atribuída corresponder ou não com a identidade assumida pelo outro.

O povo atribuiu ao Senhor a identidade de profeta. É verdade que o compararam aos profetas mais contundentes que Israel já conheceu: Elias, Jeremias e João Batista. Mas profeta.

O povo errou, entretanto, Jesus não fez nenhum comentário. O povo não sabia quem era Jesus, mas não se importava muito com isso, porque buscava o que Cristo lhes pudesse fazer, não, necessariamente, o que tivesse a lhes dizer. Tanto que Jesus teve de orientar os discípulos a ter sempre um barquinho à mão caso ele fosse comprimido pelo povo (Mc 3.9,10). Porque, como o povo percebera que bastava tocar em Jesus para ser curado, muitos arrojavam-se sobre ele para o tocar. Iam ao encontro de Jesus para buscar uma benção. De fato, ao invés de irem ao encontro de Jesus, iam lhe de encontro. Jesus, então, foi obrigado a se proteger do povo que queria abraçar.

Acho que podemos chamar a esse ajuntamento de A Igreja da Multidão. A igreja que não sabe quem é Jesus, só sabe e só se importa em saber o que Jesus lhe pode fazer, como lhe pode ser útil.

Hoje, cada vez mais, há igrejas que parecem ter o mesmo perfil da multidão: sua mensagem acaba por incentivar um relacionamento utilitário com Jesus.

Em contrapartida há a Igreja dos Discípulos. Pedro, à mesma pergunta, respondeu: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo. Resposta perfeita, porque diz que Jesus era o Messias esperado, mas era mais do que se esperava, pois aguardava-se o maior de todos os profetas (era o que criam os mestres de Israel na época), entretanto, Deus mesmo veio em carne e osso para salvar a humanidade.

Essa Igreja sabe quem Jesus é. E o sabe porque o próprio Pai o revelou, como afirmou Jesus a Pedro. A Igreja dos Discípulos é a Igreja que o Pai deu para o Filho, porque pertence a ela aqueles a quem Jesus, pelo Pai, foi apresentado (Jo 6.44).

A Igreja dos Discípulos sabe que a única maneira de relacionar-se corretamente com Jesus é através da adoração. A um líder a gente segue; a um chefe a gente obedece; a um profeta a gente ouve; de um mestre a gente aprende; a Deus a gente adora. Essa é a Igreja que o Filho edifica, porque esta fica sobre a Pedra, que é Jesus reconhecido como Deus que veio em carne e osso para nos salvar.

E como nos ensinou o apóstolo Paulo, adorar a Jesus é imitá-lo (1Co 11.1). E isso é fruto do desejo de ser igual a Jesus, e quanto mais a gente anda em direção a esse desejo, mais o Espírito Santo o torna realidade em nossas vidas (2 Co 3.18).

A Igreja da Multidão está à cata das bênçãos. Do tipo que até o adversário pode dar.
A Igreja dos Discípulos está à cata das palavras de vida eterna; essas que só Jesus tem (Jo 6.68).

A Igreja da Multidão busca crescer a todo custo, e para isso lança mão de todo e qualquer esquema.
A Igreja dos Discípulos vai buscar as ovelhas de Cristo, as que reconhecerão a sua voz, para que haja um só rebanho e um só pastor (Jo 10.16); e, para isso insiste na exposição da verdade que liberta.

A Igreja da Multidão promete o fim do sofrimento e bênçãos materiais.
A Igreja dos Discípulos promete a vida abundante e a ressurreição.

A Igreja da Multidão convoca indivíduos a serem individualistas: a terem tudo o que, pela fé, possam conseguir.
A Igreja dos Discípulos convoca indivíduos a serem pessoas comunitárias: a doarem tudo o que a fé, que liberta das posses, permite doar.

A Igreja da Multidão exorta as pessoas a desfrutarem o mundo.
A Igreja dos Discípulos exorta as pessoas a, irmanadas, transformarem o mundo.

A igreja dos Discípulos está querendo mais da vida de Jesus para, na vida, ser cada vez mais como Jesus.

Cada pessoa que se diz seguidora de Cristo; cada pessoa que se considera pregadora do evangelho; cada comunidade que se diz cristã precisa se submeter a esse gabarito, para descobrir de que referencial faz parte, ou de qual se aproxima mais: da Igreja da Multidão ou da Igreja dos Discípulos.

Todos seremos tentados a buscar o que busca a Igreja da Multidão, mas não nos esqueçamos: o tesouro é Cristo e, com ele, vem tudo o que precisamos para ser como ele: gente como gente deve ser.

No Reino de Deus Jesus é tudo em todos os súditos; e tudo o que os súditos do Reino querem ser é todo Jesus.

Ariovaldo Ramos

AS LÁGRIMAS DE JACÓ



AS LÁGRIMAS DE JACÓ


Jacó se tornou o primogênito, abençoado pelo pai e alvo do cumprimento de uma profecia sobre sua vida. Para que isso acontecesse, ele precisou ir contra toda e qualquer possibilidade, contrariar o caminho que seu próprio destino parecia ter traçado a olhos humanos, pois o próprio Deus tinha planos bem maiores para transformar completamente sua vida.

Mas por que Jacó teria sido escolhido por Deus para protagonizar uma história tão surpreendente como esta, na qual Deus chegou a revogar uma lei severa como a da primogenitura, especificamente para o seu caso?

Para entendermos isto devemos voltar àquele momento sobrenatural, em Betel – onde teve aquela visão de uma escada que levava aos céus – e buscar entender o que Deus viu em sua vida naquele momento. Desta forma, descobrimos que ele tinha quatro pré-requisitos importantes para ser considerado filho do Pai, naquele momento.
1. Ele havia sido abençoado por seu pai, o que o deixava debaixo da cobertura divina (Gênesis 27:27). 
2. Deus sabia que ele que seria grato ao Pai por sua bênção recebida, e assim Jacó o fez, construindo um altar naquele local onde teve sua visão e, por isso o lugar ganhou o nome de Betel, que significa “Casa de Deus”. (28:19)
3. Deus também sabia que Jacó faria um voto sincero com Ele, após receber a sua bênção. (Gênesis 28.20 – 22)
4. Jacó tinha o coração arrependido e chorou, clamando a Deus pelo perdão de seus erros do passado. (Oseias 12:4).

LÁGRIMAS DE CONFISSÃO E ARREPENDIMENTO
Quando Deus aparece a Jacó em sonho e lhe pergunta “Qual é o seu nome?”, o filho de Isaque lhe responde prontamente - Meu nome é Jacó.
Por mais que inicialmente isso pareça óbvio aos olhos de muitos, é preciso entender o contexto no qual Jacó se encontrava naquele momento. Ele era um fugitivo, pois havia enganado seu pai e se aproveitado de um momento de vulnerabilidade do irmão mais velho para conseguir a bênção da primogenitura. Então, quando ele responde a Deus com seu nome verdadeiro, aquilo é bem mais que uma resposta, é uma confissão, pois ele sabia que seu nome estava ligado a erros graves do passado.
Ao receber a visita divina, representada por aquele anjo, Jacó realmente se sente confrontado e se arrepende naquele momento. Ele se agarra a Deus, se humilha, clamando com lágrimas por Seu perdão.
É interessante ver que antes de qualquer bênção relacionada à prosperidade, Jacó pede a transformação de sua própria vida, ou seja, ele compreendeu que ter a bênção da primogenitura sem uma vida perdoada por Deus de nada valeria.
As lágrimas de Jacó foram de arrependimento, mas o levaram a receber perdão e as bênçãos do Pai.

DEUS GUARDA NOSSAS LÁGRIMAS 
Sem dúvida alguma, as lágrimas de Jacó não foram em vão, elas foram vistas e acolhidas pelo Pai, que também faz o mesmo conosco, como lembra o salmista, no capítulo 56, versículo 8 “Contaste os meus passos quando sofri perseguições; recolheste as minhas lágrimas no teu odre: não estão elas inscritas no teu livro?”.
Nossas lágrimas choradas no abraço do Pai se tornam parte do ato de semear preces e súplicas para colher com júbilo, posteriormente, como também está escrito em outra passagem de Salmos. “Aqueles que semeiam com lágrimas, com cantos de alegria colherão. Aquele que sai chorando enquanto lança a semente, voltará com cantos de alegria, trazendo os seus feixes”. (Salmos 126: 5-6)

LÁGRIMAS ABREM OS PORTAIS CELESTIAIS
O Rabino Yosef Weiss afirma que as palavras “A Oração” em hebraico possuem o mesmo valor numérico que “Lágrimas do Justo”. Que interessante esta “coincidência”, não é mesmo? A verdade é que as lágrimas do justo ABREM OS PORTÕES CELESTIAIS! As lágrimas do justo abrem as portas de Deus.
A Mezuzá e as portas abertas
שעלי דמעזת יפתחSHADAI = שדי . É um mandamento para os judeus colocarem uma mezuzá ao lado da porta em toda a casa onde se dorme e é comum se colocar nos quartos onde as pessoas daquela casa dormem. É costume colocar também o objeto na entrada de cada empresa fundada por um judeu.

Dentro da mezuzá é colocado um pergaminho de forma a que a letra "shin” ש)) fique voltada para frente da mezuzá, como se estivéssemos, por detrás do material da mezuzá onde normalmente há outra representação do "shin", que é a indicação de Shadai. Colocar a Mezuzá com a indicação de “Shadai” na porta é um ato profético, indicando que ali “as lágrimas do justo abriram, não esta porta física, mas as portas de Deus, as portas do céu”.

Mas quem é este justo sobre o qual os anjos sobem e descem? Quem é este justo cujas lágrimas e intercessão trazem as bênçãos de Deus para nós? Quem é este justo cuja intercessão abre as portas dos céus?

Pela graça e misericórdia do Pai, meus irmãos, este justo sou eu, você e todo aquele que clama a Deus com um coração contrito e arrependido, reconhecendo sua fraqueza e necessidade diária de beber da fonte de água viva que é Jesus.

Que possamos continuar semeando com lágrimas para colher com júbilo, aquilo que Deus tem reservado para nós.

Pr. Joel Engel

VIDAS TRANSFORMADAS



COMPORTAMENTO - TRANSFORMANDO-SE COM CRISTO


Quando os cristãos se rendem totalmente ao Cristo vivo, suas vidas são transformadas e, como os cristãos primitivos, eles se tornam verdadeiras testemunhas do Salvador ressurreto. Ser um mero cristão professo não é o suficiente. A vida cristã não tem significado se o Cristo ressurreto não viver verdadeiramente no cristão.

Paulo lembrou os crentes de Colossos que se eles quisessem ser cristãos no verdadeiro sentido da palavra, precisavam entender que estavam começando uma nova vida em Cristo. Eles foram aconselhados pelo inspirado apóstolo com estas palavras: "Portanto, se fostes ressuscitados juntamente com Cristo, buscai as cousas lá do alto" (Cl 3:1). Ele lhes disse que no novo nascimento teriam que "despir-se da velha natureza" e "revestir-se com a nova natureza."

Esta nova natureza foi demonstrada pelo espírito de Cristo neles. E a fim de Cristo ser manifesto neles, teriam de fazer duas coisas: teriam de "despir-se" das velhas práticas pecaminosas; e depois teriam de "revestir-se" da nova conduta e comportamento de um cristão. É importante que observemos tanto o conselho negativo quanto as instruções positivas que foram dados.

DÊ EVIDÊNCIAS DE UMA VIDA TRANSFORMADA
Portanto, o remédio é cultivar as mais nobres virtudes da nova natureza, e permitir ao Espírito de Cristo possuí-lo de tal forma que se tornará um hábito para você irradiar graça e vida as quais provarão à pessoa mais incrédula que sua vida foi transformada, mudada; e que embora você antigamente tenha andado na concupiscência da carne, agora está revestido com a natureza celestial que é a herança de todos aqueles que nasceram no reino celestial.

Então, nos foi ordenado "revestirmo-nos" destas qualidades divinas. Ouça à Palavra de Deus: "Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados..." Agora são mencionadas vestes da justiça. E se você tem este tipo de veste, o povo deste mundo saberá que você é cristão.

O QUE SÃO ESTAS VESTES?
A PRIMEIRA A SER MENCIONADA É A VESTE DA MISERICÓRDIA (Cl 3:12). Esta é uma palavra rica no seu significado. Significa, literalmente, o amor de Deus em você saindo para alcançar seus semelhantes. Você nunca desprezará nenhum indivíduo humano se você amá-lo como Deus o ama. Se você se colocar no lugar dele e lembrar-se que foi por ele que Cristo morreu, assim como morreu por você, se o seu coração puder alcançar aquela pessoa com um interesse autêntico por ela, você nunca terá más intenções e nem guardará rancor contra ela; porque amor e ódio nunca podem habitar juntos. Então, "dispa-se" da ira e malícia e "revista-se" do espírito de misericórdia.

EM SEGUIDA VEM A VESTE DA BONDADE. Bondade é o amor em ação. Você nunca pode ser hostil, desagradável ou áspero com alguém se você o ama. Pelo contrário, você pode perdoar facilmente sua atitude hostil ou desagradável para com você. Você não tentará "acertar as contas" com aqueles que prejudicaram você. Tente esta fórmula: retribua com bondade a cada ação desagradável que alguém fizer contra você; isto funcionará maravilhosamente. Pense em como o mundo seria se o espírito de bondade cristã estivesse nos corações de todos os homens. Bem, isto pode acontecer, no que nos diz respeito, se nós, que "temos nos revestido de Cristo", praticarmos o espírito de bondade todos os dias de nossas vidas.

ALÉM DISSO, TEMOS TAMBÉM A VESTE DA HUMILDADE - "humildade de mente". Um dos piores pecados da carne é o orgulho. Hoje, muitas pessoas são presunçosas, exaltadas e arrogantes. Mas quando acertamos a vida com Deus, ficamos humildes de espírito. O Espírito de Cristo nos quebranta. O novo nascimento nos dá uma nova atitude em relação aos nossos semelhantes. Lemos em Romanos 12: "Digo a cada um dentre vós que não pense em si mesmo, além do que convém, antes, pense com moderação segundo a medida da fé que Deus repartiu a cada um." Portanto, "amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros." Assim sendo, se devemos nos portar como cristãos, precisamos nos revestir da veste da humildade.

A PRÓXIMA DESTA LISTA DE VESTES CELESTIAIS É A MANSIDÃO.
Revista-se de mansidão. Se os outros são vaidosos e orgulhosos e se envolvem em conversas caluniosas e odiosas, e fofocas, você que leva o nome de Cristo não deve ter mostrar estas coisas. A mansidão foi uma das qualidades mais notáveis de Jesus, e através do espírito da mansidão cristã nós O faremos conhecido para os outros. Comportamento cristão é o que devemos enfatizar.

AINDA NESTA MESMA LISTA ESTÁ A VESTE DA PACIÊNCIA."Revista-se" de paciência. Não são muitos os que se dispõem a esperar e orar. Parece-me que não há graça que precise ser mais cultivada entre os filhos de Deus do que a graça da paciência. Nós devemos ser pacientes na tribulação, na perseguição, nas aflições, pacientes com pessoas que são difíceis de se relacionar.
A paciência é uma qualidade da nova natureza. Mas precisa ser cultivada. A instrução santa dada aqui associada à paciência é que devemos "suportar-nos uns aos outros." Infalivelmente veremos erros nos outros mas temos que suportá-los pacientemente.

NOTE, DEPOIS, A PRÓXIMA VESTE DA JUSTIÇA: o espírito de perdão. "Perdoai-vos mutuamente,caso alguém tenha motivo de queixa contra outrem. Assim como o Senhor vos perdoou, assim também perdoai vós." Nada impedirá mais o seu testemunho por Cristo do que abrigar um espírito que não perdoa aqueles que o prejudicaram ou maltrataram. "Assim como Cristo nos perdoa", devemos perdoar, e devemos fazê-lo por amor a Cristo. Dá-nos uma sensação de paz celestial saber que Ele perdoou aqueles que Lhe fizeram mal. Com Cristo no seu coração, você pode sempre perdoar alguém por qualquer tipo de erro cometido contra você.

ACIMA DE TUDO REVISTA-SE DE AMOR
Chegamos agora ao clímax do estudo sobre estas vestes de justiça."Acima de tudo isto, porém, esteja o amor," que é o vínculo da perfeição. Uma outra tradução diz: "Acima de todos estes, revesti-vos de amor, que une tudo em perfeita harmonia."

Esta é a resposta a todos os nossos problemas de relacionamento com nossos semelhantes, e especialmente com nossos irmãos em Cristo. Devemos nos revestir do amor de Cristo. Todos os nossos preconceitos desaparecerão; toda a nossa raiva, malícia, má vontade e ciúmes cessarão quando o amor de Deus possuir nossos corações. "Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três: porém o maior destes é o amor."

Dessa forma o Cristo ressurreto e vivo se manifestará em nossos próprios corações, em nossos corpos e em nossas vidas.

Extraído de Cinqüenta Sermões de Rádio de Dale Crowley