sexta-feira, 4 de maio de 2018

PRESENÇA OU SENSAÇÃO DA PRESENÇA DE DEUS?



PRESENÇA DE DEUS OU SENSAÇÃO DA PRESENÇA DE DEUS?

Vivemos tempos onde as sensações estão em alta. "Nada é errado se te faz feliz" é o lema da modernidade ou pós modernidade como alguns sugerem.

E isso de alguma forma também afetou aos cristãos. Quantas vezes não tomamos decisões com base naquilo que sentimos?

Largamos um curso porque não sentimos que devemos continuar nele.

Divórcios surgem porque o casal não sente mais a mesma coisa um pelo outro.

Não fazemos nossas orações ou leituras devocionais porque não estamos sentindo fervor.

Deixamos de ir à igreja porque não sentimos mais aquele arrepio ou choramos na hora do louvor.

Tratamos alguém com aspereza por causa da ira ou amargura dentro de nós.

Os exemplos são infinitos..

Em relação à presença de Deus se dá a mesma coisa.

Achamos que Deus está ou não presente conosco pelo que sentimos sobre Ele e nos tornamos escravos de experiências sensoriais subjetivas.

É claro que as nossas emoções são importantes e são uma bênção de Deus para nós, mas quem disse que elas são confiáveis?

Quem disse que nossas emoções devem ser o parâmetro que deve guiar as nossas vidas?

Jeremias 17:9.Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá?

A. W. Tozer disse certa vez algo importante:

"Muitas pessoas sinceras desanimaram por causa da ausência de emoção religiosa e concluíram que não eram cristãs afinal de contas, achando que perderam o caminho certo em algum ponto e sua reli­gião tornou-se praticamente vazia de sentido.

Durante algum tempo então censuram-se pela sua frieza e finalmente entram num estado de desânimo completo, mal sabendo o que pensar.

Elas acreditam em Deus; confiam verdadeiramente em Cristo como seu Salvador, mas o amor que esperavam sentir lhes escapa sempre."

C. S. Lewis diz algo também sobre o mesmo tema: "Presença de Deus não é o mesmo que sensação da presença de Deus.

Esta pode ter origem na imaginação; aquela pode ser vivida sem nenhuma “consolação sensível” […]

O ato que gera uma criança deve ser, e em geral é, praticado por prazer. Todavia, não é pelo prazer que a criança vem ao mundo.

No casamento espiritual entre Deus e a alma ocorre o mesmo:

É a presença real, e não a sensação da presença que gera Cristo em nós.

A sensação é um dom formidável, e agradecemos a Deus quando a experimentamos, mas é apenas isso."

Qual é a saída então? O que fazer quando se perde o senso da presença de Deus?

A saída é a fé! É a fé que deve guiar nossa vida.

A Escritura diz que o justo viverá pela fé e não pelos seus sentimentos.

Infelizmente nós temos uma tendência natural a achar que estamos sendo sinceros e honestos com nós mesmos quando estamos seguindo e obedecendo aquilo que nossos sentidos nos sugerem.

É por isso que a fé é tão importante!

Lewis diz ainda: A fé [...] é a arte de se aferrar, apesar das mudanças de humor, àquilo que a razão já aceitou.

Pois o humor sempre há de mudar, qualquer que seja o ponto de vista da razão.

Agora que sou cristão, há dias em que tudo na religião parece muito improvável. [...]

A rebelião dos humores contra o nosso eu ver­dadeiro virá de um jeito ou de outro.

É por isso que a fé é uma virtude tão necessária: se não colocar os humores em seu devido lugar, você não poderá jamais ser um cristão firme [...] será apenas uma criatura hesitante, cujas crenças dependem, na ver­dade, da qualidade do clima ou da sua digestão naque­le dia.

Consequentemente, temos de formar o hábito da fé.

O primeiro passo para que isso aconteça é reco­nhecer que os sentimentos mudam.

O passo seguinte, se você já aceitou o cristianismo, é garantir que algumas de suas principais doutrinas sejam mantidas deliberadamente diante dos olhos de sua mente por alguns mo­mentos do dia, todos os dias.

É por esse motivo que as orações diárias, as leituras religiosas e a freqüência aos cultos são partes necessárias da vida cristã.

Temos de nos recordar continuamente das coisas em que acreditamos.

Nem essa crença nem nenhuma outra podem perma­necer vivas automaticamente em nossa mente. Têm de ser alimentadas.

Aliás, se examinarmos um grupo de cem pessoas que perderam a fé no cristianismo, me pergun­to quantas delas o terão abandonado depois de conven­cidas por uma argumentação honesta.

Não é verdade que a maior parte das pessoas simplesmente se afasta, como que levadas pela correnteza?"

Você é um cristão? Você crê em Cristo?

Então alegre-se, pois o próprio Cristo fez uma promessa a você: Mt 28:20. [...] eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos.

No mesmo Evangelho diz que Jesus é Emanuel, ou seja, DEUS CONOSCO!

Jesus está conosco não porque eu sinto, mas porque Ele disse que estaria.

A fé deve guiar nossos sentimentos e não o contrário.

E quando nossos sentimentos em relação a Cristo faltarem, que permaneça sempre a fé nEle! Amém!

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