INTEGRAÇÃO NO POVO DE DEUS
Deixando, pois, toda a malícia, e todo o engano, e fingimentos, e invejas, e todas as murmurações, Desejai afetuosamente, como meninos novamente nascidos, o leite racional, não falsificado, para que por ele vades crescendo; Se é que já provastes que o Senhor é benigno;
E, chegando-vos para ele, pedra viva, reprovada, na verdade, pelos homens, mas para com Deus eleita e preciosa, Vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual e sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por Jesus Cristo.
Por isso também na Escritura se contém:Eis que ponho em Sião a pedra principal da esquina, eleita e preciosa;e quem nela crer não será confundido. E assim para vós, os que credes, é preciosa, mas, para os rebeldes,a pedra que os edificadores reprovaram,essa foi a principal da esquina, E uma pedra de tropeço e rocha de escândalo,para aqueles que tropeçam na palavra, sendo desobedientes; para o que também foram destinados. Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz; Vós, que em outro tempo não éreis povo, mas agora sois povo de Deus; que não tínheis alcançado misericórdia, mas agora alcançastes misericórdia.
E, chegando-vos para ele, pedra viva, reprovada, na verdade, pelos homens, mas para com Deus eleita e preciosa, Vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual e sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por Jesus Cristo.
Por isso também na Escritura se contém:Eis que ponho em Sião a pedra principal da esquina, eleita e preciosa;e quem nela crer não será confundido. E assim para vós, os que credes, é preciosa, mas, para os rebeldes,a pedra que os edificadores reprovaram,essa foi a principal da esquina, E uma pedra de tropeço e rocha de escândalo,para aqueles que tropeçam na palavra, sendo desobedientes; para o que também foram destinados. Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz; Vós, que em outro tempo não éreis povo, mas agora sois povo de Deus; que não tínheis alcançado misericórdia, mas agora alcançastes misericórdia.
(1 Pedro 2:1-10)
• O desafio que Deus nos tem dado como Igreja é a integração, como um grupo de pessoas que se ajuntam para servir a Deus.
O significado disto é que cada um de nós é chamado por Deus para fazer parte do seu povo.
• O primeiro grande movimento de integração aconteceu na igreja primitiva. Havia o perigo de uma divisão, ficando de um lado uma igreja cristã judaica e do outro lado uma igreja cristã gentia. A questão era: os gentios convertidos deviam ser circuncidados e deveriam ter a obrigação de obedecer a lei de Moisés para que fossem salvos? O assunto foi tratado numa reunião de presbíteros e apóstolos em Jerusalém, de acordo com Atos 15.
Houve acalorada discussão, mas o ponto alto daquela reunião foi o testemunho de Pedro, quando narrou o seu chamado para pregar aos gentios em Cesaréia e como Cornélio, os seus familiares e amigos se converteram, foram batizados, receberam o dom do Espírito Santo sem nenhuma exigência legal.
• Tiago, presbítero da igreja em Jerusalém, retomou o testemunho de Pedro e concluiu: "Irmãos, atentai nas minhas palavras: expôs Simão (Pedro) como Deus, primeiramente, visitou os gentios, a fim de constituir dentre eles um povo para o seu nome" (Atos 15.13-14). Naquela reunião ficou estabelecido o princípio de somos salvos pela graça mediante a fé e esta graça alcança judeus e gentios, pobres e ricos, cultos e iletrados. Todos são integrados no Corpo de Cristo onde não há divisão.
A igreja é muito mais que organização, templos, normas, regulamentos. A Igreja é o corpo de Cristo, é a noiva do cordeiro, é a comunhão dos salvos, é o Israel de Deus, é raça eleita, é sacerdócio real, é povo de propriedade exclusiva de Deus, é nação santa. Nós, os gentios, fomos visitados por Deus, chamados pela sua graça, alcançados pela sua misericórdia e, com os judeus convertidos, nos tornamos povo de Deus, família de Deus, lavoura de Deus, príncipes do Reino de Deus.
• O texto de 1 Pedro 2.1-10 nos mostra como nos integramos, pela graça, no povo de Deus.
SOMOS INTEGRADOS NA COMUNHÃO DO POVO DE DEUS
• A comunhão é representada no texto (1 Pedro 2.4-5) pela figura de um edifício, de uma casa, feita de gente, de pessoas, não de tijolos e cimento. O alicerce dessa casa é a PEDRA viva, eleita e preciosa que se refere a Jesus, o Filho de Deus; nós somos como PEDRAS que vivem e somos edificados na rocha que é Jesus.
Estamos, portanto, ligados uns aos outros e todos nós estamos ligados a Jesus. Fora do alicerce a casa cai, mas só o alicerce não é casa. Que figura impressionante da comunhão! Todos nós participamos de Jesus. Paulo chegou a dizer: "Já não sou que vivo, mas Cristo vive em mim". Ele pode compadecer-se das nossas fraquezas porque foi em tudo semelhante a nós, exceto no pecado. Mas servimos também uns aos outros, cada um conforme o dom que recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus (1 Pedro 4.10).
• O povo de Deus é um edifício em construção. Jesus é o edificador. Ele disse: "Edificarei a minha igreja" (Mateus 16.18). Cada um de nós deve estar disponível para que o Senhor nos coloque onde ele quiser. Se alguém roubar um tijolo de um monte de material de construção, dificilmente alguém vai perceber; mas se alguém tirar um tijolo da parede, vai ficar um buraco.
Na casa temos tijolo sobre tijolo, cobertura, janelas, portas, tudo no lugar certo. Cada membro do povo de Deus é um ministro. Se ele sair do corpo fica uma vaga no ministério. Estamos, de fato, integrados, ou somos como materiais de construção soltos num monte?
• Outra figura que a Bíblia usa e que ilustra a comunhão é o Corpo. O corpo é um só, mas tem muitos membros. É impossível um membro fora do corpo. Só faz parte do corpo se estiver integrado, no seu lugar próprio, exercendo a sua função. Cada membro depende do outro na função que este exerce. Todo o corpo vê através dos olhos, anda através dos pés, trabalha através das mãos, ouve através dos ouvidos, sente através do olfato e assim por diante. Quando somos crianças na fé somos dependentes; quando nos tornamos jovens na fé, temos a tendência da independência; mas ao atingirmos a maturidade espiritual percebemos que somos interdependentes. Precisamos uns dos outros.
• O desafio para nós, como igreja, é que nenhum de nós fique de fora, desintegrado, fora da comunhão na célula e na família, sem ministério, infrutífero!
SOMOS INTEGRADOS NA ADORAÇÃO DO POVO DE DEUS
• A casa espiritual, feita de gente, tem um objetivo: ser um sacerdócio santo. Cristo é o sacerdote. O sacerdócio é de Cristo. Ligados a Jesus, como pedras que vivem, edificados sobre a pedra viva, todos somos sacerdotes. Somos redimidos por Cristo e nele somos sacerdócio real (Apocalipse 5.9-10). Não precisamos de outra mediação para adorar a Deus senão a mediação de Cristo. Nele, todos temos acesso ao Pai.
• De acordo com o texto (1 Pedro 2.4-5), a adoração é oferta a Deus. É sacrifício espiritual que oferecemos a Deus pela mediação de Cristo. É louvor, fruto de lábios que confessam ao Senhor (Hebreus 13.15). Não é sacrifício meritório para receber graças ou bênçãos de Deus, mas é sacrifício de amor, de gratidão por tudo o que somos e temos em Cristo (Efésios 1.3); é gratidão a Deus porque ele faz infinitamente além do que pedimos ou pensamos segundo o seu poder que já opera em nós (Efésios 3.20)
• Adoramos e louvamos porque o louvor é arma eficaz na guerra espiritual. Das crianças que mamam Deus suscita o perfeito louvor para fazer emudecer o inimigo e o vingador (Salmo 8.2); Jesus citou esta passagem de Salmos para emudecer autoridades religiosas que estavam incomodadas com o louvor das crianças que aclamavam a Jesus como o rei, filho de Davi. Enquanto adoramos e louvamos, Deus age nas regiões celestiais destronando as hostes espirituais da maldade que atuam nessas regiões. Uma igreja que adora, que louva, é uma igreja espiritualmente viva e vitoriosa!
• Somos desafiados a adorar ao Senhor individualmente (Mateus 6.6), nas células (Mateus 18.20) e na Grande Congregação (Salmo 35.18, Atos 2.46). Como sacerdotes, representemos os pecadores diante do Pai em intercessão e, assim, poderemos representar Deus diante deles através da pregação, da mensagem profética!
SOMOS INTEGRADOS NA MISSÃO DO POVO DE DEUS
• O povo de Deus, como comunidade do Reino, que experimenta a verdadeira comunhão e adora a Deus em espírito e em verdade já é, em si mesma, uma poderosa testemunha do Evangelho. Ray Stedman escreveu que o impacto da igreja primitiva no mundo pagão deveu-se não só à pregação, mas à koinonia, à comunhão, que era tão perceptível que levou um escritor pagão a afirmar: "Veja como se amam esses cristãos!". Stedmann conclui: "A pregação poderia ter sido considerado como mais uma doutrina entre outras, mas todos se rendiam à evidência da comunhão".
• Mas a comunhão sem missão pode virar koinonite (inflamação da comunhão) e a adoração, pietismo egoísta e inconseqüente. Em 1 Pedro 2.9 aprendemos que a nossa identidade e a nossa missão estão ligadas, são inseparáveis. Somos raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus A FIM DE proclamarmos as virtudes daquele que nos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz. A árvore sem frutos pode ser bonita, mas é inútil. Foi isto que João Batista disse aos zelosos religiosos que o procuraram (Mateus 3.7-10). Jesus disse também que são filhos de Abraão (identidade) os que fazem as obras de Abraão (missão) - João 8.39.
• O povo de Deus tem, portanto, natureza missionária. Filipe Maury, em seu livro "Evangelização e Política" defende a tese de "uma igreja que cessa de evangelizar é não só infiel ao seu Senhor, mas, na realidade, deixou de ser Igreja de Jesus Cristo". Essa igreja cai num torpor espiritual e, por fim, desaparece quanto tantas organizações no mundo empresarial.
• Diante disto, somos desafiados a nos integrarmos na missão do povo de Deus nas seguintes áreas: a) onde estamos colocados como empresários, executivos, operários, médicos, advogados, donas de casa, estudantes, industriais, ou qualquer outra função, conscientes de que todos somos missionários e que a vida cristã é vocação para servir a Deus e às pessoas;
b) como membros de células, evangelizando e discipulando as pessoas do nosso círculo de relacionamentos e participando dos eventos de colheita promovidos pelas áreas de supervisão, de superintendência, de distritos e pela igreja toda para alcançar com as estratégias mais variadas as pessoas que estão sem salvação;
c) participando ativamente dos projetos missionários para alcançarmos o objetivo de ser testemunhas de Cristo até aos confins da terra.
Escrito por Mathias Quintela de Souza
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