terça-feira, 8 de março de 2016
EPIDEMIA VIRTUAL MUNDIAL - PARTE 4
EPIDEMIA VIRTUAL MUNDIAL - PARTE 4
Transtorno de Dependência da Internet
O que é: uma vontade constante e não saudável de acessar à Internet.
O Transtorno de Dependência da Internet é o uso excessivo e irracional da Internet que interfere na vida cotidiana. Os termos “dependência” e “transtorno” são um pouco controversos na comunidade médica, já que a utilização compulsiva da Internet é vista frequentemente como sintoma de um problema maior, em vez de ser considerada a própria doença.
“Diagnósticos duplos fazem parte de tratamentos, de modo que o problema está associado a outras doenças, como depressão, TOC, Transtorno de Déficit de Atenção e ansiedade social”, diz a Dra. Kimberly Young.
A médica é responsável pelo Centro de Dependência da Internet, que trata de inúmeras formas de dependência à rede, como o vício de jogos online e jogos de azar, e vício em cibersexo.
Além disso, ela identificou que formas de vício de Internet geralmente podem ser atribuídas a “baixa autoestima, baixa autossuficiência e habilidades ruins”.
Vício de jogos online
O que é: uma necessidade não saudável de acessar jogos multiplayer online.
De acordo com um estudo de 2010 financiado pelo governo da Coreia do Sul, cerca de 18% da população com idades entre 9 e 39 anos sofrem de dependência de jogos online.
O país inclusive promulgou uma lei chamada “Lei Cinderela”, que corta o acesso a games online entre a meia-noite e às 6 da manhã para usuários com menos de 16 anos em todo o país.
Embora existam poucas estatísticas confiáveis sobre o vício em videogames nos Estados Unidos, o número de grupos de ajuda online especificamente destinados a essa aflição aumentou nos últimos anos.
Exemplos incluem o Centro para Viciados em Jogos Online e o Online Gamers Anonymous, que formou o seu próprio programa de recuperação de 12 passos.
“Quando você é dependente de algo, seu cérebro basicamente está informando que precisa de certas substâncias neurotransmissoras, particularmente a dopamina e a serotonina, para se sentir bem”, diz o Dr. Rosen. “O cérebro aprende rapidamente que certas atividades vão liberar essas substâncias químicas.
Se você é um viciado em jogos de azar, tal atividade é o jogo. Se você é um viciado em jogos online, então a atividade é jogar videogames.
E a necessidade de receber os neurotransmissores exige que você faça repetidamente a atividade para se sentir bem.”
Cibercondria, ou hipocondria digital
O que é: a tendência de acreditar que você tem doenças sobre as quais leu online.
O corpo humano é um magnífico apanhado de surpresas que constantemente nos presenteia com dores misteriosas, aflições e pequenos inchaços que não estavam ali da última vez que verificamos.
Na maioria das vezes, essas pequenas anormalidades não dão em nada.
Mas os vastos arquivos de literatura médica disponíveis online permitem que a nossa imaginação corra solta em todos os tipos de pesadelos médicos!
Teve uma dor de cabeça? Provavelmente não é nada. Mas, de novo, a WebMD diz que essas dores de cabeça são um dos sintomas de tumor no cérebro.
Há uma chance de você morrer muito em breve!
É esse o tipo de pensamento que passa pela cabeça de um cibercondríaco – que juntam fatores médicos para chegar às piores conclusões possíveis.
E isso está longe de ser incomum. Em 2008, um estudo da Microsoft descobriu que autodiagnósticos feitos a partir de ferramentas de busca online geralmente levam os “buscadores aflitos” a concluir o pior.
A cibercondria é apenas uma hipocondria com conexão banda larga.
“A Internet pode exacerbar os sentimentos existentes de hipocondria e, em alguns casos, causar novas ansiedades. Porque há muita informação médica lá fora, e algumas são reais e válidas e outras contraditórias”, disse o Dr. Rosen.
“Mas, na Internet, a maioria das pessoas não pratica a leitura literal da informação. Você pode encontrar uma maneira de transformar qualquer sintoma em milhares de doenças terríveis. Você alimenta essa sensação de que está ficando doente.”
O efeito Google
O que é: a tendência do cérebro humano de reter menos informação porque ele sabe que as respostas estão ao alcance de alguns cliques.
Graças à Internet, um indivíduo pode facilmente acessar quase toda a informação que a civilização armazenou ao longo de toda sua vida.
Acontece que essa vantagem acabou alterando a forma como nosso cérebro funciona.
Identificada algumas vezes como “The Google Effect” (ou efeito Google) as pesquisas mostram que o acesso ilimitado à informação faz com que nossos cérebros retenham menos informações. Ficamos preguiçosos.
Em algum lugar do nosso cérebro está o pensamento “eu não preciso memorizar isso porque posso achar no Google mais tarde”.
Segundo o Dr. Rosen, o Efeito Google não é necessariamente uma coisa ruim.
Ele poderia ser visto como o marco de uma mudança social, uma evolução que apontaria para o nascimento de uma população mais esperta e mais informada.
Mas também é possível, admite ele, que tenha resultados negativos em certas situações.
Por exemplo, um jovem adolescente não memorizar a matéria das provas porque ele sabe que a informação estará no Google quando ele precisar, diz o médico.
Fonte: http://www.pragmatismopolitico.com.br/…/conheca-doencas-pro… .
EFEITO DA TECNOLOGIA NAS CRIANÇAS
Tecnologia em excesso afeta a saúde física e mental das crianças
“As que passam muitas horas conectadas diariamente são as que mais correm riscos, que vão desde problemas sociais, passando por depressão, ansiedade e baixa auto-estima.
As mãos pequenas das crianças podem catar as letras miúdas das telas touchscreen de forma bem mais ágil que os dedos maiores dos adultos. Eles usam Whatsapp para conversar com as mães, postam selfies no Instagram e a grande maioria está no Facebook — mesmo sendo, teoricamente, proibido para menores de 13 anos.
(…) Relatório divulgado no último dia 16 pela Public Health England, agência responsável por definir os parâmetros do sistema de saúde público britânico, apontou que crianças que passam muito tempo na internet seja pelo computador seja pelo celular estão desenvolvendo problemas de saúde mental.
De acordo com matéria publicada pelo site do jornal inglês The Telegraph, o relatório garante que aquelas que passam mais de quatro horas conectadas diariamente são as que mais correm riscos, que vão desde problemas sociais, passando por depressão, ansiedade e baixa autoestima.
Os dados foram considerados alarmantes e reforçam o temor de pais e educadores quanto à dificuldade em fazer com que as crianças consigam se desligar desses aparelhos.
(…) A pesquisa Digital Diares é realizada desde 2010, pela AVG Technologies, com mães de todo o mundo. Os últimos resultados, divulgados neste ano, mostraram que, na faixa etária entre 3 e 5 anos, 66% das crianças conseguem operar jogos de computador e 47% delas sabem usar um smartphone.
Em contrapartida, somente 14% são capazes de amarrar os cadarços e só 23% sabem nadar.
Entre os entrevistados no Brasil, a pesquisa demonstrou que 97% das crianças entre 6 e 9 anos usam a internet. “Outro dado que chama a atenção no país é o uso do Facebook.
Apesar da restrição de 13 anos, 54% das crianças têm perfil na rede social”, alerta Mariano Sumrell, diretor de Marketing da AVG Brasil.
Como consequência direta desse uso desenfreado, 27% das crianças entre 6 e 9 anos já sofreram com o cyberbullying. “Os pais precisam estar mais atentos aos perigos.
A criança não sabe quem está do outro lado”, completa Mariano.
Em artigo publicado pelo site americano Huffington Post, a terapeuta ocupacional pediátrica Cris Rowan disse: “A tecnologia priva a criança do envolvimento com esses fatores. E, em algumas delas, isso tem retardado o desenvolvimento cerebral e físico.”
(…) A diretora pedagógica do colégio Seriös, Andrea Bichara, garante: a melhor decisão ainda é restringir o uso. “Do sexto ao nono ano, fizemos uma experiência em 2014: eles puderam acessar nos intervalos e no horário de almoço. Foi desastrosa. Ninguém conversava com mais ninguém.
Havia um isolamento que contrariava o que a escola acreditava, que são as relações interpessoais.” Agora, os alunos podem usar seus aparelhos durante 15 minutos após o almoço e mesmo essa decisão está sendo repensada. “Eles deixam de interagir entre si para focar em uma tela (…)”.
Uso da internet por crianças no Brasil (Digital Diaries – AVG Technologies)
Entre 6 e 9 anos:
62% participam do mundo digital (Ex: Club Penguin, Webkinz etc.)
54% estão no Facebook, mesmo que a idade mínima seja de 13 anos
15% se comunicam por meio de mensagens instantâneas
21% usam e-mail
Entre 3 e 5 anos:
76% sabem ligar um computador ou tablet
73% jogam on-line
42% sabem abrir um navegador
42% sabem usar um smartphone
43% conseguem escrever o próprio nome
31% sabem o endereço de casa
15% sabem nadar
Fonte:
http://sites.uai.com.br/…/pesquisas-recentes-apontam-que-a-…
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LIVRE-SE O QUANTO ANTES DO VÍCIO DESTA EPIDEMIA VIRTUAL
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