sábado, 26 de março de 2016

A PÁSCOA JUDAÍCA


A PÁSCOA JUDAÍCA
                                            I N T R O D U Ç Ã O 
   
      A Festa da Páscoa, a primeira das grandes Festas judaicas mencionadas na Bíblia, é observada e comemorada pelos judeus mais do que qualquer outra Festa do calendário judaico. Não é difícil de explicar por que os judeus se sentem atraídos pela Páscoa, pois as raízes da Festa, na história judaica, são profundas. A Páscoa celebra a saída dos filhos de Israel da servidão egípcia. 

A Páscoa, no hebraico Pesah, junto com a Festa das Semanas Chag há-Shavuót e a Festa dos Tabernáculos ou Cabanas Chag há-Sucót, é uma das três Grandes Festas ordenadas na Bíblia (Deut 16.1-17).
   Originalmente, a Páscoa era dividida em duas Festas. Uma era a Festa Agrícola chamada «Festa do Pão Sem Fermento» heb Chag há-Matsót; a outra era uma Festa pastoral chamada «Festa do Cordeiro Pascal» heb Chag há-Pesah. Ambos os feriados se desenvolviam independentemente na época da primavera, durante o mês de Nisã (março/abril).
   Festa do Cordeiro Pascal é a Festa mais antiga das duas. Nos tempos em que a maioria dos judeus ainda era formada de pastores nômades no deserto, as famílias judaicas comemoravam a chegada da primavera oferecendo o sacrifício de um animal. 

Neste ponto da Bíblia Moisés pede a Faraó que deixe os filhos de Israel irem até o deserto para celebrarem uma Festa a Yahweh (Êx 5.1). Este episódio aconteceu o efetivo Êxodo dos judeus do Egito.
   A Festa do Pão Asmo era uma Festa Agrícola primaveril separada na qual os camponeses judeus de Israel celebravam começo da colheita de grãos. Antes de cortar os grãos, eles separavam toda a massa azedada (a massa fermentada era usada, em vez de levedura, para levedar o pão).   

Com o tempo, estas duas Festas da primavera ficaram associadas com o outro evento ocorrido na primavera: «O Êxodo do Egito». A Bíblia apresenta estas celebrações de primavera da seguinte forma:

   1) «A Festa do Cordeiro Pascal», tornou-se identificada com os acontecimentos do Egito, quando Jeová «passou por cima» das casas dos Filhos de Israel, poupando-os da décima praga, «a morte do primogênito de cada família egípcia» (Ex 12.25-27).
   2) «A Festa do Pão Asmo» (sem fermento), conhecida antes da experiência judaica no Egito, foi ligada à repentina saída dos Filhos de Israel do Egito, quando «levou o povo a sua massa antes que estivesse levedada » (Êx 12.34; 23.15).
   Estas duas Festas que eram celebradas antes do Êxodo, portanto, adquiriram na saída dos Filhos de Israel do Egito, uma significação religiosa totalmente nova; exprimem a salvação trazida ao povo de Israel por Yahweh Deus, como explica a instrução que acompanha a Festa (Êx 12.25-27; 13.8).

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    Aproximadamente 430 anos se passaram desde que Yahweh falara a Abraão (Gên 15.13-16; Êx 12.40, 41), dizendo que sua descendência seria peregrina, sob a servidão e aflição. As Suas promessas, contudo, não falham, pois Ele vela pela Sua Palavra para cumpri-la (Jer 1.12). A peregrinação no Egito começou com a descida de Jacó e seus filhos. Um dos filhos de Jacó, José, tornou-se governador do Egito, e, durante o seu governo os hebreus não sofreram nenhum tipo de agravo ou sofrimento. 

Mas, «depois do falecimento de José e de seus irmãos e de toda aquela geração; levantou-se um novo rei sobre o Egito, que não conhecera a José» (Êx 1.6-8). A partir de então os egípcios começaram a afligir os israelitas, e a tratá-los com dureza (Êx 1.11-14). Quando os sofrimentos dos filhos de Israel estavam sendo insuportáveis, então clamaram ao Seu Deus, e os seus clamores subiram aos céus por causa de sua servidão (Êx 2.23). 

Yahweh interveio em favor de Seu povo, chamando Moisés, que após 40 anos de preparo no deserto apascentando ovelhas, foi enviado diante de Faraó para que começasse a libertação do Seu povo do Egito (Êx 3-4). Em obediência ao chamado de Yahweh, Moisés compareceu perante Faraó e lhe transmitiu a ordem divina: «Deixa ir o meu povo, para que me celebre uma festa no deserto» (Êx 5.1). 

Para conscientizar Faraó da seriedade dessa mensagem da parte de Yahweh, Moisés, mediante o poder de Yahweh, invocou pragas como julgamento contra o Egito. No decorrer de várias dessas pragas, Faraó concordava em deixar o povo ir, mas a seguir, voltava atrás, uma vez a praga suspendida. Soou a hora da décima e derradeira praga, aquela que não deixava aos egípcios nenhuma alternativa senão a de lançar os israelitas. 

Yahweh disse a Moisés: «À meia-noite eu sairei pelo meio do Egito; e todo o primogênito na terra do Egito morrerá, desde o primogênito de Faraó, que se assenta com ele sobre o seu trono, até ao primogênito da serva que está detrás da mó, e todo primogênito dos animais. E haverá grande clamor em toda a terra do Egito, qual nunca houve semelhante e nunca haverá» (Êx 11.4-6).
   Visto que os israelitas também habitavam no Egito, como podiam escapar do anjo destruidor? O Senhor Yahweh emitiu uma ordem específica ao Seu povo; a obediência a esta ordem traria a proteção Divina a cada família dos hebreus, com seus respectivos primogênitos. Cada família tinha que tomar um cordeiro macho de um ano de idade, sem defeito e sacrificá-lo ao entardecer do dia 14 de Abibe; famílias menores podiam repartir um único cordeiro entre si (Êx 12.3-6). O sangue do cordeiro sacrificado devia ser aspergido nas duas ombreiras e na verga da porta de suas casas. 


Quando o Anjo passasse, passaria por cima daquelas casas que tivessem o sangue aspergido sobre elas (daí o termo Páscoa, do hebraico pesah, que significa «pular além da marca», «passar por cima», dando a idéia de poupar, de proteger (Êx 12.13). 

Assim, pelo sangue do cordeiro morto, os israelitas foram protegidos da condenação à morte executada contra os primogênitos egípcios. Yahweh ordenou o sinal do sangue, não porque Ele não tivesse outra forma de distinguir os israelitas dos egípcios, mas porque queria ensinar ao seu povo a importância da obediência e da redenção pelo sangue, preparando-o para o advento do «Cordeiro de Deus», que séculos mais tarde tiraria o pecado do mundo (Êx 12; João 1.29).
   Naquela noite específica, os israelitas deviam estar vestidos e preparados para viajar (Êx 12.11). A ordem recebida era assar o cordeiro e não fervê-lo, e preparar ervas amargas e pães sem fermentos. 

Ao anoitecer, portanto, estariam prontos para a refeição ordenada e para partir apressadamente, momento em que os egípcios iam se aproximar e rogar que deixassem o país. No dia 15 de Abibe (mais tarde chamado Nisã) os filhos de Israel deixaram a terra do Egito, em cerca de 1445 a.C. (há muitas especulações sobre a data exata em que ocorreu o Êxodo, no entanto, esta parece ser a mais provável). Observamos que tudo aconteceu conforme Yahweh dissera (Êx 12.29-36).
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   A Páscoa foi instituída na noite em que ocorreu o Êxodo do Egito. A primeira Páscoa (isto é, com um novo significado) foi celebrada na Lua Cheia, no final do dia 14 do mês de Abibe; aproximadamente no ano de 1445 a.C. Dali em diante deveria ser celebrada anualmente (Êx 12.14, 17-24). A Páscoa instituída por Yahweh no Egito foi acompanhada por leis que regiam a sua observância.
   Cada família devia escolher um cordeiro ou cabrito sem defeito, sem mácula, com a idade de «um ano». Tinha que ser o melhor cordeiro ou cabrito; o animal escolhido não podia ter defeitos. O fato de ter «um ano» de idade era requerido, tendo em vista a sua inocência, não podia ser um animal de qualquer idade (Êx 12.5). O cordeiro era levado para dentro de casa no dia 10 de Abibe, e mantido ali até o dia 14 do mesmo mês. 

Período, durante o qual era observado pela família que iria sacrificá-lo, caso não possuísse algum defeito o animal era então sacrificado (Êx 12.3, 6). Além de uma escolha cuidadosa do animalzinho no campo, o tal ainda era tomado da sua mãe e, levado pela família que iria sacrificá-lo, para confirmar a sua escolha; não podia haver erro ou engano na escolha. - O cordeiro (ou cabrito) após ser imolado o seu sangue (não podia ser desperdiçado, tinha grande valor e significado para os israelitas) era aspergido com um molho de hissopo nas ombreiras (partes verticais da porta) e na verga da porta (parte horizontal sobre as ombreiras) da casa em que comeriam o cordeiro (Êx 12.7, 22). 

Observa-se; que o sangue não poderia ser aplicado em mais nenhum outro lugar, nem na soleira da porta, onde poderia ser pisado. O sangue nas ombreiras e na verga da porta era o sinal que identificava a casa dos hebreus dos egípcios. Pois, o Senhor Yahweh havia falado a Moisés, seu servo em Êxodo 12.12, 13; «E eu passarei pela terra do Egito esta noite e ferirei todo primogênito na terra do Egito, desde os homens até os animais; e sobre todos os deuses do Egito farei juízos. 

Eu sou Yahweh. 

E aquele sangue vos será por sinal nas casas em que estiverdes: vendo eu sangue, passarei por cima de vós, e não haverá entre vós praga de mortandade, quando eu ferir a terra do Egito». À morte dos primogênitos era um desafio consumado em juízo sobre os falsos deuses egípcios. Porque quase todos os deuses do Egito eram semelhantes a algum animal, com feições humanas. Logo, a morte do primogênito de cada tipo de animal mostraria a falibilidade e a impotência das divindades pagãs que haveriam de protegê-los.
  O cordeiro (ou cabrito) era abatido, esfolado (isto é, tirava-se a pele), suas partes internas eram tiradas e assim eram limpas e depois recolocadas no lugar, daí então era assado inteiro, com a cabeça, as pernas e a fressura (Êx 12.9). O animal tinha que estar bem assado, nada cru, e sem que lhe quebrasse nenhum osso (Êx 12.46; Núm 9.12). 

Após a carne ser assada no fogo, era comida pela família com pães asmos e ervas amargas (alfaces bravas etc.), Êxodo 12.8. - A Ceia Pascal devia ser comida pelos membros de cada família. Se a família fosse pequena demais para comer o cordeiro, chamavam-se os seus vizinhos mais próximos até que houvesse número suficiente para comer o cordeiro todo naquela noite (Êx 12.4, 8). Quaisquer sobras de carne deviam ser queimadas antes do amanhecer (Êx 12.10).
   A Páscoa realizada no Egito, a cabeça da família foi o responsável para abater o cordeiro (ou cabrito) em cada casa, e todos deviam permanecer dentro da casa até o amanhecer para que não fossem mortos pelo anjo da punição e da destruição (Êx 12.22, 23). Os participantes comeram em pé, e com os lombos cingidos (vestidos), com o cajado na mão, com as sandálias nos pés, e que comessem apressadamente para que estivessem prontos para uma longa jornada. 

À meia-noite (como Deus havia dito a Moisés), todos os primogênitos dos egípcios foram mortos, mas o anjo passou por alto as casas em que o sangue havia sido aspergido (Êx 12.11, 23). Toda família egípcia em que havia um varão primogênito foi atingida, desde a casa do próprio Faraó até os primogênitos dos prisioneiros, e assim, o Senhor Yahweh executou o seu juízo sobre os egípcios. É importante sabermos que, as dez pragas lançadas sobre o Egito, mostraram ser um julgamento contra os deuses egípcios, especialmente a décima praga; a morte dos primogênitos (Êx 12.12). 

O carneiro era sagrado para o deus Rá, de modo que aspergir sangue do cordeiro pascal nos marcos das portas seria blasfêmia aos olhos dos egípcios. Além disso, o touro era sagrado, e a morte dos primogênitos dos touros seria um golpe no deus Osíris. O próprio Faraó era venerado como filho de Rá. Assim, a morte do primogênito do próprio Faraó mostraria a impotência tanto do deus Rá como de Faraó.
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    Depois dos filhos de Israel terem se fixados na Terra Prometida, certas mudanças foram feitas e vários acréscimos vieram a existir na celebração da Páscoa. A Páscoa realizada no Egito foi uma Páscoa Histórica, e, está relacionada à décima praga e ao Êxodo de Israel do Egito (Êx 12). Naquela ocasião, os israelitas foram instruídos a aplicar o sangue de um cordeiro, ou de um cabrito, às ombreiras e à verga de suas portas, como sinal que lhe asseguraria segurança se ficassem em casa (Êx 12.22, 23). 

Quando os israelitas se instalaram na Terra Prometida não foi mais preciso aspergir o sangue, como da primeira Páscoa. Pois, as futuras Festas da Páscoa a serem realizadas depois do Êxodo, foram sacrifícios comemorativos sendo que o sacrifício inicial no Egito, foi um sacrifício eficaz. - Os israelitas também deixaram de comer a Ceia Pascal em pé, ou preparados para uma longa jornada, não mais precisavam ter pressa, pois, já estavam na Terra que o Deus lhes prometera. 

Na Páscoa inicial (no Egito), não houve tempo de fazer a Festa dos Pães Asmos, somente foi comunicada ao povo para que fosse observada quando houvesse entrado em Canaã (Êx 12.14-20). Vede ☞Festa dos Pães Asmos e o Vinho usado na ceia pascal
   Antes da construção do Templo em Jerusalém, em cada Páscoa os israelitas reuniam-se segundo suas famílias, sacrificavam um cordeiro, retiravam todo fermento de suas casas e comiam com pães asmos e ervas amargas (Núm 9.11). O chefe da casa recitava a história de como seus ancestrais experimentaram o êxodo milagroso na terra do Egito e sua libertação da escravidão sob Faraó. Assim, de geração em geração, o povo israelita relembrava a redenção divina e seu livramento do Egito (Êx 12.26). 

– Algumas outras afeições suplementaram a solenidade da Páscoa; de acordo com fontes judaicas tradicionais, empregavam «quatro» cálices de vinho misturado com água que a Lei não fala; cantavam os Salmos 113 a 118 (Isaías 30.29). Punham a mesa um prato de frutas desfeitas em vinagre, formando uma pasta, como recordação da argamassa que eles empregavam nos trabalhos do cativeiro egípcio.
   Depois da construção do Templo, Yahweh ordenou que a celebração da Páscoa e o sacrifício do cordeiro fossem realizados em Jerusalém (Deut 16.1-6). Faziam-se grandes preparativos em Jerusalém na época da Festa da Páscoa, visto que celebrar a Páscoa era um registro da Lei para todo varão israelita e não-israelita que estivesse circuncidado (Núm 9.9-14). Isto significava que muitas pessoas viajavam à Jerusalém com muitos dias de antecedência. Chegavam antes da Páscoa, a fim se purificarem cerimonialmente (João 11.55). 

Diz-se que com cerca de um mês de antecedência se enviava homens para reparar as pontes e colocar as estradas em boas condições para a jornada dos peregrinos a Jerusalém. Visto que o contato com um cadáver tornava a pessoa cerimonialmente impura, tomavam-se precauções especiais para proteger o viajante. Por ser costumeiro enterrar pessoa em campos abertos caso morressem ali, então os sepulcros eram caiados alguns dias de antecedência para serem claramente distinguíveis à distância (Mat 23.27). 

– Para os que vinham a Jerusalém a fim de celebrar a Páscoa, ofereciam-se acomodações nas casas. Em um lar oriental, podia-se dormir em todos os cômodos, e várias pessoas podiam ser alojadas em um só aposento. O teto plano da casa também podia ser usado. A maioria das casas dos judeus tinha salas no 1o andar, cujo acesso era permitido por meio de uma escada exterior. O comparecimento dos peregrinos era obrigatório somente à Ceia Pascal (Deut 16.7). Josefo informa-nos que até três milhões de pessoas podiam estar presentes em Jerusalém na Festa da Páscoa.
   Nota:  O grupo dos Salmos 113-118, Hallel (louvor). passou a ser conhecido como o Hallel Egípcio, devido à sua associação com o livramento de Israel da servidão egípcia. Esses Salmos eram usados por ocasião das três principais festividades (Páscoa, Pentecostes e Tabernáculos), e por ocasião da dedicação do Templo. Por ocasião da Páscoa, eram entoados os Salmos 113 e 114, antes da refeição pascal, e os Salmos 115 a 118, após a mesma, conforme foi observado por Jesus e Seus discípulos, na última Ceia (Mat 26.30).
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   Os versículos 43 a 50, do cap. 12 de Êxodo, descrevem a ordenança de Yahweh, para a celebração da Páscoa, aos «não-israelitas», para os anos vindouros. Todos varões israelitas tinham que estar circuncidados, para que tivessem o direito de participarem das bênçãos do concerto, de Yahweh e Abraão (Gên 17.11). Aquele que não fosse circuncidado era expulso do convívio do seu povo (Gên 17.14).
   Os não-israelitas (isto é, os escravos não judeus, os estrangeiros), não eram obrigados a participarem da Páscoa. Porém, se algum estrangeiro, que residisse entre os israelitas, quisesse celebrar a Páscoa de Yahweh, contudo, deveria ser circuncidado todo macho. A mesma lei era válida para todo escravo estrangeiro comprado por dinheiro. 

Depois de circuncidados, tinham o direito de aproximar-se de Yahweh, como os israelitas (vss. 44,48). «Mas nenhum incircunciso comerá dela [da páscoa]» (vs.48b). Assim, como a Páscoa, a Santa Ceia, não tem sentido para aqueles que são estranhos às promessas de Yahweh. Mas quando em comunhão com Ele, tais pessoas, sejam elas do baixo nível, humanamente falando, têm igual direito de se aproximar de Yahweh.
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   Relembrando; a Páscoa judaica era celebrada todos os anos em 14 de Nisã (março/abril), na Lua Cheia, sendo que o primeiro dia de cada mês Lunar do calendário Judaico começava com a Lua Nova, conforme determinado por observação visual. Vede  A ordem divina para imolar os cordeiros pascais, era na tarde (entre as duas tardes) do dia «quatorze do primeiro mês», isto é, 14 de Abibe/Nisã (Êx 12.6; Lv 23.5; Nm 9.3-5; Dt 16.6). 

É necessário não esquecer que os judeus contam o dia de pôr-do-sol a pôr-do-sol, cerca das 18h às 18h. Assim, o dia 14 de Nisã começava ao pôr-do-sol (18h) do dia «treze». Há divergências de interpretação quanto à hora exata em que eram imolados os cordeiros pascais. As dificuldades de interpretação estão na expressão «crepúsculo da tarde», literalmente «entre as duas tardes». Para o conhecimento do amado leitor, iremos citar duas destas interpretações:
  Primeira interpretação; alguns interpretam a frase «entre as duas tardes» como uma indicação do período entre o pôr-do-sol e a escuridão da noite, por volta das 18h às 19h20. Estes que assim interpretam são alguns estudiosos modernos, tendo também entre eles judeus caraítas e os samaritanos. Diz-nos a Bíblia: «O cordeiro, ou cabrito, será sem mácula, um macho de um ano, o qual tomareis das ovelhas ou das cabras e o guardarei até o décimo quarto dia do mês [Abibe], e todo o ajuntamento da congregação de Israel o sacrificará entre as duas tardes» (Êx 12.5,6). 

De acordo com a ordem recebida de Jeová, os filhos de Israel, deveriam imolar o cordeiro pascal na tarde dia 14 de Abibe. Comparando a Bíblia com a interpretação em foco: - Segundo esta interpretação, o cordeiro era abatido no começo do dia (a partir das 18h, começa um novo dia judaico), e não próximo a fim do dia, como afirma a Bíblia. Portanto, esta é uma interpretação não é real, pois, os que sustentam esta idéia, estão supondo que o cordeiro pascal era imolado no início do dia 14 de Nisã, ou ainda no início do dia 15, contrariando a prescrição de Yahweh. Sendo assim, não podemos aceitar esta interpretação, pois, a última Páscoa celebrada por Jesus e Seus discípulos, foi no início do dia 14 de Nisã, isto é, a Ceia pascal é que foi comida no dia 14 (à noite), enquanto, que o cordeiro foi imolado na «tarde» do dia 13. Vede ☞ a época da instituição da Santa Ceia.
  Segunda Interpretação; Por outro lado, os fariseus e rabinistas consideravam que a «primeira tarde» ocorria quando o sol começava a declinar, a saber, «das 15h às 17h», e o pôr-do-sol era a «segunda tarde», a saber, às 18h; de modo que «entre as duas tardes» era das 15h às 18h. Baseado neste conceito, afirmam os rabinos, que o cordeiro era imolado no fim do dia 14, e não no começo e, portanto, que a Ceia pascal era realmente comida no início do dia 15, ou seja, após o pôr-do-sol do dia 14 (a partir das 18h). Pois a Ceia pascal era somente comida à noite, se é Ceia, então tem que ser comida à noite.  

Este tipo de interpretação está em harmonia com a ordem Divina, sobre o abate do cordeiro (Êx 12.6). Fato que confirma a interpretação enfocada é a páscoa ocorrida na noite do Êxodo de Israel do Egito. Diz-nos a Bíblia: «E aconteceu, à meia-noite, que Jeová feriu todos os primogênitos da terra do Egito.Esta noite se guardará a Jeová porque nela os tirou da terra do Egito; esta é a noite de Jeová; que devem guardar todos os filhos de Israel nas suas gerações» (Êx 12.29a, 42 ). 

As expressões em itálicos acima, são acontecimentos ocorridos numa mesma noite, como; a Ceia pascal, a morte dos primogênitos e o êxodo do Egito, isto é, tudo isto ocorreu no período noturno do dia 15 de Abibe ou Nisã (ver Êx 12.8,10-12; Núm 33.3; Deut 16.1). Isto comprova que, no Egito, os cordeiros pascais foram imolados entre «as duas tardes» do dia 14, conforme a determinação de Yahweh, e que a Ceia pascal foi realmente comida no dia 15, visto que o dia 14 terminava no pôr-do-sol (18h). A idéia que os cordeiros pascais eram imolados das 18h às 19h20 (conforme a 1ª interpretação), fica inacreditável e inaceitável em relação à Páscoa realizada no Egito, ferindo assim, a ordem de Yahweh.
   Na verdade, era necessário um bom espaço de tempo, desde o abate do cordeiro até o momento em que estivesse preparado para a refeição. Era preciso muito cuidado na preparação do cordeiro pascal, visto que, depois de abatido o animal, em seguida a sua pela era tirada (esfolado), suas partes internas eram tiradas, após serem limpas, eram recolocadas no lugar, daí era assado inteiro, bem passado, nada podia estar cru (Êx 12.9,46). 

Portanto, o processo de preparação do cordeiro era consideravelmente longo. Presumimos confiantemente, que o tempo legal para o abate do cordeiro (mais esse processo todo que acabamos de ver) era a partir das «15h», isto é, das «15h às 18h» do dia 14 do mês de Nisã. Tempo suficiente, para que o animal fosse preparado, e estivesse pronto para ser comido (Ceia) a partir das 18h, ou seja, no início do dia 15. Por exemplo; Jesus expirou na cruz na «hora nona» judaica, isto é, aproximadamente às 15h em nosso horário (Mar 15.34), na mesma hora em que eram abatidos os cordeiros pascais.
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   A Bíblia nos fornece relatos diretos de Páscoas que foram celebradas durante a história de Israel.
  «No Antigo Testamento»
1) Páscoa celebrada no Egito (Êxodo 12).
2) Celebrada no deserto do Sinai, segundo ano da saída dos filhos de Israel do Egito (Núm 9.1-14).
3) Celebrada quando chegaram à Terra Prometida, em Gilgal (Josué 5.10).
4) Celebrada no ano primeiro do reinado do rei Ezequias, de Judá (2 Crônicas 30).
5) Celebrada nos dias de Josias, rei de Judá (2 Crôn 35.1-19).
6) Celebrada depois do retorno do exílio babilônico (Esdras 6.19-22).
   Além dessas celebrações citadas, faz-se menção das Páscoas realizadas nos dias do profeta Samuel e nos dias dos reis, veja em 2 Crônicas 35.18.
   «No Novo Testamento»
1) A Páscoa celebrada no início do ministério público de Jesus Cristo (João 2.13-25).
2) Registrada em João 5.1, uma festa dos judeus, possivelmente a Páscoa.
3) Registrada em João 6.4, também possivelmente a Páscoa.
4) A Última Páscoa que Jesus participou com os apóstolos, na noite em que foi traído e preso (Mat 26.20,21; Marc 14.17,18; Luc 22.14,15,18).
  Só se menciona uma celebração da Páscoa durante a peregrinação dos filhos de Israel no deserto, por 40 anos. Aquela que foi celebrada no deserto do Sinai, no segundo ano da partida dos filhos de Israel do Egito (Núm 9.1-14)
  A guarda da Páscoa durante a peregrinação no deserto foi limitada por duas razões:
Primeiro: As instruções originais do Senhor Jeová, eram que a Páscoa tinha de ser observada quando chegassem à Terra da Promessa (Êx 12.25; 13.5).
Segundo: Todos os nascidos no deserto não foram circuncidados, ao passo que todos os participantes varões, da Páscoa, tinham que estar circuncidados (Êx 12.45-49; Js 5.5).

  

sexta-feira, 11 de março de 2016

MANTENHA AMIZADES SAUDÁVEIS

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 MANTENHA AMIZADES SAUDÁVEIS
 
Melhor é serem dois do que um, porque tem melhor paga do seu trabalho. Porque se um cair, o outro levanta o seu companheiro: mas ai do que estiver só, pois caindo não haverá outro que o levante (Ec 4.9-10).

Os cientistas descobriram o que a Palavra de Deus já relata há mais de 2000 anos. O texto de Eclesiastes 4.9-10 nos ensina que ter alguém ao lado é importantíssimo nos momentos de dificuldade, pois não fomos criados por Deus para vivermos solitários.

Em momentos de adversidade muitos não podem contar com pai, mãe, filhos, irmãos, cônjuge, mas quem tem um amigo de verdade nunca estará só nem ficará prostrado.

Os amigos são responsáveis por muitos dos bons momentos que vivemos no dia a dia, sendo catalisadores de pontos altos no nosso cotidiano. Os cientistas também revelam que as amizades moldam nossos desejos, expectativas e metas para o futuro. Relacionamentos mais chegados podem influenciar crenças, valores e hábitos por décadas. 

Na história de Noemi e Rute, vemos que Rute foi beneficiada por ser amiga de sua sogra, e o quanto Noemi também desfrutou por ser amiga de sua nora. Felizmente, esta amizade coloca por terra um pensamento terrível mantido por gerações, o de que toda sogra é ruim. 

Se há uma amizade que deve ser buscada com afinco e que vale a pena para ambos os cônjuges, filhos, netos e toda a geração, é a amizade saudável entre sogra e nora, e vice-versa. Rute foi beneficiada por sua amizade com Noemi e mudou completamente seus hábitos religiosos e culturais (Rute 1.16).

Como é importante mantermos amizades saudáveis com pessoas que sejam canal de bênção para nossa vida, e com a qual iremos trocar nossas experiências mútuas, sendo, da mesma forma, canal de bênção para elas. 

O verdadeiro amigo deseja o bem do outro pelo simples fato de querer abençoá-lo. Em alguns momentos de sua vida você vai ajudar a um amigo e ele não poderá fazer nada por você, mas Deus irá recompensá-lo. 

A Bíblia relata o lindo exemplo de amizade entre Davi e Jonatas. Havia respeito, sinceridade, lealdade, cumplicidade e motivação. A amizade entre eles gerou benefícios até para a geração de Jonatas, pois Mefibosete, seu filho, foi abençoado por um voto de fidelidade que Davi fez com seu amigo.

Abraão foi amigo de Deus e foi fiel à aliança que fez com Ele, e o Senhor prometeu a Abraão que seria fiel aos que o abençoassem. Hoje, desfrutamos desta amizade. Somos filhos na fé e amigos de Deus, frutos desta amizade abençoada de milhares de anos atrás. 

A Palavra de Deus, nosso maior manual de regra de fé e pratica, instrui-nos e incentiva-nos a cultivarmos amizades verdadeiras e saudáveis.

Haverá situações em nossas vidas que os amigos serão o canal que Deus vai usar para nos abençoar em todas as áreas de nossa vida e o mesmo deve ser recíproco de nossa parte.

Elizete Malafaia

COMO LIDAR COM TERRÍVEIS FRAQUEZAS?


 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

COMO LIDAR COM TERRÍVEIS FRAQUEZAS?

 
 
Aquilo que você não consegue dominar hoje, lhe dominará amanhã

Salmos 103:14…porque ele sabe de que é que somos feitos, e não se esquece de que somos pó.

Toda fraqueza nossa que recusamos tratar continuará amanhã nos levando em caminhos maus e impedirá que cheguemos à nossa vitória, pra viver uma vida de vitória, devemos primeiramente aceitar que as nossas fraquezas podem ressurgir em qualquer momento.

AQUILO QUE VC NÃO CONSEGUE DOMINAR HOJE, LHE DOMINARÁ AMANHÃ.

Salmos 71:9: Na minha velhice não me rejeiteis, ao declinar de minhas forças não me abandoneis.

SE DECIDIMOS VOLTAR A DEUS E ACEITAMOS QUE ELE TRABALHE EM NÓS, O ESPIRITO SANTO IRÁ REPETIDAMENTE LHE AVISAR.

JESUS DISSE A PEDRO : Lucas 22:31-32 Simão, Simão, eis que Satanás vos pediu para vos cirandar como trigo; mas eu roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça; e tu, quando te converteres, fortalece teus irmãos.”

VOCÊ CONSEGUE IMAGINAR JESUS ORAR POR VOCÊ? É EXATAMENTE O QUE ACONTECE.

1 João 2:1: Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não pequeis; mas, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo.

POR MAIS INCRÍVEL QUE PAREÇA, DEUS CONTINUARÁ A SE SERVIR DE VOCÊ MESMO SE AS SUAS FRAQUEZAS DOMINAM AINDA A SUA VIDA. ELE DARÁ INÚMERAS OPORTUNIDADES PARA QUE VOCÊ POSSA VOLTAR A ELE E LHE PEÇA AJUDA.

JESUS LANÇOU ESSA ADVERTENCIA A JERUSALEM : Mateus 23:37  Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas, apedrejas os que a ti são enviados! QUANTAS VEZES quis eu ajuntar os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintos debaixo das asas, e não o quiseste!

Se você rejeita a graça divina, o que lhe resta?

Somente as consequências da sua decisão!

O que posso fazer então?

Volte a Deus!

Ele não será surpreso nem chocado do quanto existem fraquezas dentro de você. Ele jamais recusará lhe ajudar!

Reconhece, em primeiro lugar, que você precisa de ajuda! Depois... confronta as suas fraquezas!

Deixe o Espírito de Deus lhe encher do seu poder, Ele pode libertá-lo, mas também transformar as piores fraquezas em suas verdadeiras armas ofensivas para atacar satanás.
  
por Chris Duran / Bob Gass

ONDE ESTÁ DEUS?



Quando acontece uma tragédia, seja pessoal, nacional ou global, as pessoas se perguntam como Deus pôde permitir que tais coisas acontecessem. No que ele estava pensando? Ele realmente está no controle? Podemos confiar a condução do universo a alguém que permite isso? 

É importante reconhecer que Deus habita uma esfera diferente. Ele ocupa outra dimensão. “Os meus pensamentos não são os pensamentos de vocês, nem os seus caminhos são os meus caminhos... Assim como os céus são mais altos do que a terra, também os meus caminhos são mais altos do que os seus caminhos, e os meus pensamentos, mais altos do que os seus pensamentos” (Isaías 55:8, 9).

Os céus declaram a glória de Deus; o firmamento proclama a obra de suas mãos. Um dia fala disso a outro dia; uma noite o revela a outra noite. Sem discurso nem palavras, não se ouve a sua voz. Mas a sua voz ressoa por toda a terra, e as suas palavras, até os confins do mundo. (Salmo 19:1-4)

A natureza é a oficina de Deus. O céu é o seu currículo. O universo é seu cartão de visita.

Você quer saber quem é Deus? Veja o que ele fez.

Você quer conhecer o poder de Deus? Dê uma olhada em sua criação.

Está curioso para saber sobre a força de Deus? Faça uma visita à sua casa: Avenida Um Bilhão de Estrelas do Céu.

Quer saber qual é o tamanho de Deus? Saia à noite e olhe para a luz das estrelas emitida há um milhão de anos e depois leia 2 Crônicas 2:6: “Quem é capaz de construir um templo para ele [Deus], visto que os céus não podem contê-lo, nem mesmo os mais altos céus?”

Ele não se contamina com a atmosfera do pecado, não é controlado pela linha do tempo da história, não é impedido pelo cansaço do corpo.

E quão mais Deus é capaz de voar acima e mergulhar abaixo de nossos problemas e pisar neles?

“O que é impossível para o homem é possível para Deus” (veja Mateus 19:26). Nossas perguntas traem nosso entendimento:

Como Deus pode estar em todos os lugares ao mesmo tempo? (Quem diz que Deus está preso ao corpo?)

Como Deus pode ouvir todas as orações que chegam até ele? (Talvez os ouvidos de Deus sejam diferentes dos seus).

Como Deus pode ser o Pai, o Filho e o Espírito Santo?(É possível que o céu tenha um conjunto de leis físicas diferente do da terra?)

Se as pessoas aqui da terra não me perdoarem, até que ponto serei eu culpado diante de um Deus santo? (Oh, é exatamente o contrário. Deus sempre pode conceder graça quando nós, humanos, não podemos — foi ele quem a inventou.)

Como é vital que oremos munidos do conhecimento de que Deus está no céu. 

Oremos com uma convicção um pouco menor e nossas orações serão tímidas, superficiais e vazias. Erga os olhos, veja o que Deus fez e observe como suas orações são estimuladas.

Esse conhecimento nos dá confiança enquanto enfrentamos o futuro incerto. Sabemos que Deus está no controle do universo e, por isso, podemos descansar seguros. Mas também é importante o conhecimento de que este Deus que está no céu escolheu se inclinar para a terra para ver a nossa aflição e ouvir as nossas orações.

Ele não está tão acima de nós a ponto de não ser tocado por nossas lágrimas.
Embora não possamos ver seu propósito ou seu plano, o Senhor do céu está no seu trono e no firme controle do universo e de nossa vida. Assim, nós lhe confiamos o nosso futuro. Nós lhe confiamos a nossa vida.

Extraído do livro Dias melhores virão de Max Lucado

CONTENTAMENTO



CONTENTAMENTO

Contentamento: Condição ou circunstância de quem está contente; quem está alegre, satisfeito. 

 Sinônimo de contentamento: Agrado, alegria, bom-humor, entusiasmo, jovialidade, júbilo, prazer, regozijo, satisfação. 
 
 Quando o profeta Habacuque falou no versículo 3:17,18 desfrutava plenamente deste contentamento. 

 Porquanto ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; o produto da oliveira minta, e os campos não produzam mantimento; as ovelhas da malhada sejam arrebatadas, e nos currais não haja vacas, todavia, eu me alegrarei no Senhor, exultarei no Deus da minha salvação. 
 
 A alegria de Habacuque não estava apoiada nas circunstâncias, pois o mesmo passava por momentos de extrema pressão. 
 
 Fruto de intimidade, sua alegria alegria estava totalmente apoiada em Deus. 
 
 O seu amor a Deus não era baseado no que O Senhor daria a ele. Um coração grato independente de coisas, situações... Agrada ao Senhor!!!
 
 Diferente do descontentamento, que é um tipo de avareza, que habita em meio a falta de tranquilidade que é alimentada pelo desejo incessante. O descontentamento que desagrada a Deus, habitou por exemplo, no coração daqueles que estavam murmurando no deserto. Eles não gostaram do processo que Deus havia escolhido para prepará-los para possuir a terra prometida. 
 
Eles continuaram aquilo que achavam melhor para eles, mesmo quando Deus fez Sua vontade conhecida, e reclamaram das condições, água, comida, ou seja, murmuravam. {Êxodo 15:24} 
 
 Assim acontece nos tempos de hoje, nossa geração imediatista não consegue viver plenamente os planos de Deus, impedindo de ter um caráter forjado pelo Senhor, sabotando a si mesmo, tornando-se pessoas com amarguras e frustrações. 
 
 Entregue suas emoções ao Senhor, deixando assim Ele cuidar de todas as tuas carências, seja contente no que Deus tem para ti, porque o que Ele tem para ti, não tem para mim, é particular com cada um.  
 
Requer intimidade. 


 
 Alessandra Araújo.  

O BOM PERFUME DE CRISTO

Somos o bom perfume de Cristo.

 
Para muitos o aroma de um bom café, que acabou de ser preparado, traz uma sensação de paz e alegria.

Para outros, nada melhor do que o cheirinho de alho e cebola sendo torrados na panela para preparar um bom almoço. Hum... abre o apetite!

Há também aqueles que amam o cheiro de gasolina quando vão abastecer seu carro. Taí um odor que não agrada a todos.

Paulo em sua segunda carta aos Coríntios, no capítulo 2, versos de 15 à 17 diz assim: "Porque nós somos para com Deus o bom perfume de Cristo, tanto nos que são salvos como nos que se perdem. Para com estes, cheiro de morte para morte; para com aqueles, aroma de vida para vida. Quem, porém, é suficiente para estas coisas? Porque nós não estamos, como tantos outros, mercadejando a palavra de Deus; antes, em Cristo é que falamos na presença de Deus, com sinceridade e da parte do próprio Deus."

Temos sido mesmo um bom perfume ou uma colônia barata, perfume genérico?

O bom perfume exala seu odor sem ostentação. Ele é forte, marcante, deixa rastro. Mas não ostenta seu valor, exibe suas nuances, ou transborda vaidade. Ele pode ser feito das mais simples de todas as matérias primas, mas tem poder igual ao que muito caro custou.

O bom perfume neutraliza por completo o mal odor. Mesmo aquele cheiro fétido que está impregnado num tecido ou objeto. Ele age com tamanha eficácia, que já não se pode dizer que algo estava sujo. A sensação de limpeza e frescor passa a dominar o ambiente.

O bom perfume não enjoa. Ele não confronta o estômago das pessoas com sua presença, não causa náuseas, não impõe-se quando não foi consultado, não fere pelo excesso.

 Ele chega sem ninguém perceber, e mesmo depois que vai embora, deixa ali sua marca. Sua presença é tão poderosa que capaz de curar sem a necessidade do toque ou da palavra.

A colônia barata e os genéricos tem um atrativo irresistível à muitos: o baixo custo. Já o bom perfume custa caro. Ele já vem desde sua origem com o alto preço de sua composição: da vitória sobre a morte na cruz. Além do alto preço da salvação, ele é inflacionado pelo preço do discipulado, do domínio próprio, da sede de Deus, pelo preço pago pela unção.

Mas não se engane. Ao exalar o bom perfume você não estará como num comercial de desodorante masculino; irresistivelmente sedutor. 
 
Pelo contrário. Aqueles que possuem o bom perfume de Cristo atraem os que buscam a unção, mas acima de tudo repelem todos os urubus que buscam o cheiro de morte, tanto quanto o repelente aos mosquitos.

Portanto, não se aflija quando perceber que algumas pessoas tem se afastado de você. Mas também não se acomode quando perceber que há alguém cheio de vontade de se aproximar para sentir um pouco mais do seu suave cheiro, e que talvez por estar a muito tempo acostumado a pagar barato pelos perfumes genéricos, não tenha coragem de dar o primeiro passo. 

Como cristão autêntico, lavado e remido no sangue de Jesus, expelindo com suavidade o bom perfume de Jesus, você está apto a espalhar o amor por meio de cada um dos seus poros.

 Lembre-se da sua missão, do chamado em sua essência: busquemos aqueles que têm desejo de vida, desejo de uma nova vida em Cristo!


Alexandra Vidal